Projecto Curricular Sala C

Projecto Curricular da Creche 2009/2010
Creche e Jardim Infantil O CARACOL
Ano lectivo 2009/2010
Educadora Vitória Marques
1
Índice:
Introdução 3
1- Caracterização do Contexto Educativo 4
1.1 - Breve Caracterização da Faixa Etária - 2/3 Anos 4
1.2 - Caracterização do grupo - Sala C 6
2- Organização do Ambiente Educativo 8
2.1 - Organização do Espaço 8
2.2 - Organização do Tempo 10
2.3 - Organização da Equipa 12
3 - Metodologia 13
4 - Plano de Acção 14
4.1 - Objectivos Gerais 14
4.2 - Plano de Actividades Trimestral 15
5 - Avaliação 16
Bibliografia
Anexos
2
Introdução
Este projecto curricular de sala consiste na selecção de conteúdos que serão
apresentados ao longo do ano lectivo, para uma melhor aprendizagem, tendo
em conta as necessidades colectivas e individuais do grupo de crianças.
Tem como objectivo dar a conhecer o trabalho pedagógico que realizamos, em
correspondência com os interesses do grupo.
Além dos objectivos delineados neste projecto, serão também levados em conta
os objectivos da creche, regulamentados no Despacho Normativo nº 99/89 de 27
de Outubro de 1989, que são os seguintes:
a) Proporcionar o atendimento individualizado da criança num clima de
segurança afectiva e física que contribua para o seu desenvolvimento
global;
b) Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e
responsabilidades em todo o processo evolutivo de cada criança;
c) Colaborar no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência,

encaminhando adequadamente as situações detectadas.
Este projecto refere-se à sala de creche e será um instrumento de trabalho
relativo ao ano lectivo 2009/2010. Está também associado a outros dois
documentos, o Projecto Educativo da instituição e o Projecto Pedagógico, cuja
temática é “À Descoberta das Tradições”.
3
1. Caracterização do Contexto Educativo
1.1. Breve Caracterização da Faixa Etária
A criança de dois anos está cheia de energia, entusiasmo, vontade de explorar e
cada vez mais independente.
Nesta fase do desenvolvimento a criança é muito activa. O seu desenvolvimento
motor, nomeadamente a aquisição da marcha de uma forma mais segura e
estável, permite-lhe explorar tudo o que está à sua volta. Com maior autonomia
motora, a criança acaba por desenvolver novas competências aplicadas à
exploração do meio ambiente e fá-lo de diversas formas: corre, pula, arrasta e
puxa os objectos com maior coordenação.
Neste período dão-se importantes progressos, nomeadamente, ao nível da
linguagem. O desenvolvimento do vocabulário, incluindo a capacidade de
compreender e usar as palavras, é especialmente notável.
Agora, a criança está mais aberta à aprendizagem da língua. O adulto, ao falar
com ela, está a comunicar e a “ensinar”. Assim, é de extrema importância que se

converse com a criança, quanto mais rico for o meio verbal, durante este
período, maior é a probabilidade no desenvolvimento da linguagem.
Uma das características desta faixa etária, segundo Piaget (psicólogo suíço) é o
egocentrismo. A criança acha-se o centro de tudo e não é capaz de perceber o
ponto de vista do outro. Surgem agora os primeiros grandes conflitos: com os
adultos, afirmando a sua vontade e contrariando o que o adulto impõe, e com as
outras crianças, maioritariamente causadas pelo sentimento de posse que tem
sobre os objectos e brinquedos. Nesta fase, a criança não percebe o conceito de

partilha, para ela, tudo o que vê e conhece lhe pertence. Surgem assim, os
pequenos/grandes conflitos entre colegas.
4
É também, durante este período, que a criança adquire um maior controlo dos
esfíncteres (músculos da zona genital e anal). Desta forma, a bexiga e o
intestino, começam a estar sobre o se domínio voluntário. Mas este é, para ela,
um processo complexo, pois tem de coordenar uma série de aspectos para o
conseguir, tais como: o domínio da linguagem, a postura, etc.
À medida que se aproxima dos três anos a criança está mais segura de si.
O seu autodomínio, nesta idade, tem uma base motora. Toda a sua
aprendizagem motora está mais equilibrada e fluida. Gosta de correr, saltar
trepar, mas também de actividades que exigem mais concentração e uma
coordenação motora mais delicada. Pega nos lápis e utensílios mais pequenos
com maior destreza e segurança.
O facto de já não usar fralda, permite à criança, uma maior autonomia em
relação ao adulto, já faz a sua higiene quase sem ajuda. Agora, menos
dependente do adulto, realiza a maioria das suas rotinas diárias sozinha e gosta
de mostrar que é capaz de o fazer.
Ao nível da linguagem, o seu vocabulário é mais extenso e executa as palavras
com maior segurança e compreensão. Gosta de palavras novas e imita o adulto
quando as ouve.
Apesar das crianças nesta faixa etária se centrarem muito em si, já gostam de
cooperar com o adulto e de agradar.
Para si, as pessoas são importantes e gosta de criar amizades.
5
1.2. Caracterização do Grupo Específico
O grupo da sala C é composto por 14 crianças, cinco das quais são do sexo
masculino e as restantes nove do sexo feminino.
Deste conjunto, duas crianças já se encontravam nesta sala, no anterior ano
lectivo. A idade predominante do grupo é os dois anos. Embora hajam quatro
crianças que ainda não os completaram e, duas crianças que completam muito
breve três anos.
Algumas crianças do grupo já tinham frequentado outra creche, sendo notável a
sua maior facilidade de adaptação. Outras crianças vieram de ama ou de casa.
Há no grupo uma criança com o “pé boto”, deficiência motora que condiciona o
seu quotidiano. Contudo, ele tenta ultrapassar essa sua limitação, deslocando-
se como pode, mas nunca se inibindo de concretizar a chegada aos objectivos
possíveis, a que se propõe. As outras crianças do grupo aceitaram-no bem e
tem-se desenvolvido ao longo do tempo um significativo sentido de entreajuda.
A maioria das crianças que frequentam a creche reside em Queluz. O transporte

utilizado pelas famílias na deslocação para a instituição é o carro.
Este grupo é oriundo de um extracto social médio e as famílias apresentam
estabilidade.
São crianças bem cuidadas, com pais atentos e interessados na vivência diária
das crianças.
É um grupo constituído por crianças bem dispostas, muito afectuosas, gostando
de dar e receber. Curiosas e ávidas de aprender novas coisas.
6
Apreciam muito as canções, sobretudo as mimadas. Gostam de ouvir histórias.
Sobretudo gostam muito que o adulto comunique com elas. As actividades
ligadas à expressão plástica (pintura, amachucagem, etc) e à psicomotricidade
(jogos espontâneos com liberdade total de movimentos do corpo) deixam-nos
fascinados.
Sentem-se confortáveis na exploração das diferentes áreas existentes na sala e
manifestam as suas preferências quer seja, pela área do faz-de-conta, da
garagem, da casinha ou dos jogos.
São crianças que apresentam um desenvolvimento adequado à sua idade, à
excepção da criança que apresenta a condicionante relativa à deficiência motora
do “pé boto”
Já interiorizaram algumas regras elementares – estar sentado na mesa durante
as refeições. Lavar as mãos antes e após as mesmas. Deslocarem-se ao recreio
para brincar após o almoço, etc.
As rotinas transmitem-lhes, de facto, segurança e conhecimento do seu
quotidiano.
Rotinas que não são rotineiras. Pois dentro da rotina estabelecida, existe
sempre a diversidade do conteúdo.
7
2. Organização do Ambiente Educativo
2.1. Organização do Espaço
A organização do espaço da creche deve ter em conta as necessidades
específicas de cada idade, de uma boa organização da sala, depende todo o
funcionamento diário da mesma, actividades, repouso, etc. e
consequentemente, o bem estar de quem nela vive diariamente, crianças e
adultos.
A criança de dois anos necessita de uma clara delimitação do espaço de
trabalho e do espaço de jogo. As áreas presentes devem estar bem definidas e
os materiais devem ter o seu próprio lugar definido e ao alcance da criança.
Permitindo-lhe assim ter a noção do que existe à sua disposição tendo a
iniciativa de os usar e explorar.
A sala de creche é uma sala rectangular, com iluminação natural (duas janelas),
uma casa de banho, onde se encontra também a bancada onde se trocam as
fraldas (este móvel possui gavetas individuais, que contêm os pertences de cada
criança e elas utilizam-nas autonomamente).
As diversas áreas da sala estão divididas da seguinte forma: a área da casinha
das bonecas, pista de carros, jogos de construção e a área do tapete. Aqui,
encontram-se, também duas mesas (semi-círculo) utilizadas nos trabalhos de
expressão plástica (ex. pinturas) e jogos de mesa (ex. puzzles).
A sala é usada, também, como dormitório. O mobiliário é reorganizado de forma
a colocar catorze camas para o repouso diário das crianças. Todas as paredes
estão cobertas com placards, onde se expõem os trabalhos realizados.
8
Mas, a sala não é o único espaço utilizado pelas crianças da creche. O almoço e
o lanche realizam-se no refeitório (situado no piso inferior) e o recreio é feito no
espaço exterior da instituição. Durante os períodos de acolhimento, as crianças
ficam na sala polivalente (refeitório) ou numa das salas de pré-escolar.
9
2.2. Organização do Tempo
Em qualquer grau de ensino a organização temporal é extremamente
importante. Mas, em situação de creche, a gestão do tempo é crucial para o
desenvolvimento harmonioso da criança. Nesta fase da sua vida, a criança não
tem qualquer noção temporal, ou seja, não se apercebe da passagem do tempo.
É através da organização de rotinas diárias que a percepção do tempo existe
para a criança.
As referências temporais estabelecidas pelas rotinas transmitem segurança à
criança, através delas ela sabe o que pode fazer e prevê a sucessão de
acontecimentos diários (ex: almoço, repouso, lanche, etc.).
Rotina diária da sala C
7h 30m Acolhimento
9h Conversa na manta, histórias e canções
9h 30m Actividades livres/dirigidas
10h 45. Higiene
11h 10m Almoço
12h Actividades livres*
12h 30m Higiene
13h Repouso
15h Higiene
15h 30m Lanche
16h Higiene
16h 15m Actividades livres */Acolhimento aos pais
19h 30m Encerramento
10
*Recreio exterior, quando está bom tempo
Na 5ª feira, é feita uma aula de movimento na, onde sobretudo se pretende que
a criança se movimente livremente e criativamente.
Na 6ª feira, o grupo tem aula de Expressão Musical.
É importante referir que, apesar se essencial, a rotina diária também tem de ser
flexível. O educador tem de estar atento aos ritmos naturais e temperamentos
das crianças e, se achar necessário, reajustar a rotina diária do grupo.
11
2.3. Organização da Equipa
A equipa da sala de creche é constituída por uma Educadora de Infância, uma
Auxiliar de Educação e uma Ajudante de Acção Educativa.
O grupo de crianças conta, também, no caso ser necessário com o apoio de
toda a equipa da instituição.
A organização de horários dos adultos da sala é a seguinte:
Educadora de Infância – Vitória Marques 8h 30m – 16h 30m
Auxiliar de Educação – Adélia Ferreira 7h 30m – 15h 30m
Ajudante de Acção Educativa – Fernanda Pintão 11h 30m – 19h 30m
12
3. Metodologia
O método centrado nas crianças tem a vantagem destas poderem trabalhar em
conformidade com níveis adequados às suas capacidades, interesses e
necessidades,
Há necessidade de lhes proporcionar a observação e a prática directa, sempre
que possível.
O processo de aprendizagem de cada criança realiza-se a partir da sua
maturação pessoal e das possibilidades que lhe oferecem para interagir com o
seu ambiente, sendo importante ao longo da etapa conduzir os processos de
aprendizagem através da experiência pessoal, com o jogo e a representação
simbólica.
13
4. Plano de Acção
4.1. Objectivos Gerais
Ao considerar os seguintes objectivos, pretende-se que a criança consiga:
Identificar e expressar as suas necessidades básicas de saúde e bem-
estar (hábitos de higiene, alimentação e cuidados) de uma forma
autónoma;
Descobrir, conhecer e controlar progressivamente o seu próprio corpo,
valorizando as suas possibilidades;
Relacionar-se com o outro, aceitando e compreendendo diferentes
emoções e sentimentos, desenvolvendo atitudes de ajuda e
compreensão;
Desenvolver os diferentes aspectos da linguagem, ao nível da
compreensão, articulação e vocabulário;
Comunicar com o outro, utilizando as diferentes formas de expressão e
comunicação;
Interiorizar e praticar regras de conduta simples, que são a primeira
iniciação na vida colectiva.
14
4.2. Plano de Actividades - Trimestral
O Plano de Actividades foi elaborado tendo em conta os objectivos gerais da
creche e os objectivos gerais deste projecto. Estes serão trabalhados de acordo
com as áreas de conteúdo.
As áreas baseiam-se no nível de desenvolvimento da criança e na sua
actividade espontânea e lúdica, assim, através deste processo educativo a
criança é encarada como sujeito da aprendizagem. As áreas de conteúdo são:
 Área de Formação Pessoal e Social
 Área de Conhecimento do Mundo
 Área da Expressão e Comunicação
 Domínio da Expressão Dramática
 Domínio da Expressão Motora
 Domínio da Expressão Plástica
 Domínio da Expressão Musical
 Domínio da Linguagem
 Domínio da Matemática
O Plano de Actividades encontra-se em anexo.
15
5. Avaliação
A avaliação do grupo realizar-se-á de forma continuada mas informalmente,
através do método de observação constante, das actividades e das atitudes de
cada criança. Os factos considerados relevantes serão anotados num dossier
concebido para o efeito.
O progresso de cada criança é avaliado em relação à sua própria actuação.
Trimestralmente serão utilizadas fichas com o registo de cada criança.
A avaliação do projecto terá como suporte de auto-avaliação as planificações,
anotações e as fichas de observação das crianças.
As planificações de actividades semanais, contém anexada a respectiva
avaliação.
Poderá então entender-se quais as novas actividades a propor e quais as que
necessitam de ser reforçadas e reformuladas.
16
Bibliografia
 Gesel, A. A Criança dos 0 aos 5 anos. Lisboa: Publicação D. Quixote,
1970
 Hohman, Mary e outros. A criança em acção. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian
 Despacho normativo Nº 99/ 89 de Outubro
 Sprinthall, N. e Sprinthall, R. Psicologia Educacional. Lisboa: Mc Graw
Hill, 1993
17
Anexos
18
1ºPeríodo (Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro)
Área de Conteúdo Objectivos Actividades Recursos
Fomentar a interacção com os colegas

Adaptação ao contexto escolar.
e os adultos.
Promover a autoconfiança.
Encorajamento e estimulação dos
Formação
progressos das crianças nas
Pessoal e Social Fomentar bons hábitos de higiene e
actividades do quotidiano. Materiais Diversos
alimentação.
Saber respeitar, ouvir e cooperar com o
Incutir regras elementares.
“outro”
Valorizar os afectos.
Demonstrar disponibilidade, reforçando
a afectividade.
Transmitir as mudanças que traz o

Outono.
Explorar e descobrir o meio ambiente.
Apresentação de imagens relativas aos
animais e à alimentação. Materiais da Natureza
Reconhecer os primeiros grupos sociais
(família, educadores/auxiliares, amigos).
Histórias. Cartões
Conhecimento
Dar a conhecer alguns animais,
Do Mundo Vivenciar o Magusto Livros
domésticos e selvagens.
- Confecção de um bolo para partilhar
com os pais; Castanhas
Abordar e descobrir alimentos
- Adquirir castanhas a um vendedor que
indispensáveis.
se desloca à escola no Dia de S. Materiais diversos
Martinho.
Sensibilizar para as tradições
Autocarro
- Magusto
Vivenciar o Natal
- Natal
- Construir a árvore de Natal;
- Elaborar uma prenda para os pais;
- Festa de Natal
Passeio “A Birra do Pai Natal”
4
Deslocamentos: caminhar, rodar,

rastejar. Bolas
Deslocação pelo espaço com
Expressão movimentos. Combinação de posturas: de pé, Argolas
Motora sentado.
Experimentação de situações de Banco sueco
equilíbrio. Dança – Educativa
Leitor de CD’s
Brincar com o corpo
Dramatizações.
Fantoches.
Desenvolver a imaginação e a
criatividade Dança.
Leitor de CD’s.
Expressão
Dramática Projectar a capacidade de expressão do Fantoches.
Casinha das Bonecas.
Mundo interior.
Faz-de-conta.
5
Desenho livre.
Pintura. Lápis de cera

Promover o gosto pela descoberta.
Digitinta. Lápis de cor
Explorar Diferentes técnicas e materiais. Carimbagem. Canetas

Expressão
Rasgagem/colagem Tintas / pincéis
Plástica
Estimular a garatuja.
Amachucagem Carimbos
Desenvolver a criatividade. Elaborar uma castanha. Papel de lustro / cola
Elaborar a prenda de Natal. Materiais diversos
Construir uma árvore de Natal.

Sensibilidade para a música. Mimar algumas canções.
Produzir sons com os instrumentos.

Explorar a musicalidade da voz. Leitor de CD’s
Expressão
Interpretar pequenas canções.
Musical Instrumentos musicais
Conhecer alguns instrumentos musicais Produzir ritmos com o corpo (palmas).
e respectivos sons.
Participação na festa de Natal.
6
Valorizar a função comunicativa da

Emitir mensagens simples ligadas a necessidades.
linguagem.
Apresentação de: Livros

Fomentar a compreensão de textos
Linguagem - Histórias; Leitor de CD’s
orais sensíveis e curtos.
- Canções;
Imagens
- Imagens.
Promover a aquisição de
vocabulário.
Levar a criança a interagir verbalmente
Incentivar a criança à resolução de pequenos

Manipulação livre de jogos de
problemas do quotidiano. Jogos
construção.
Puzzles
Matemática Jogos / puzzles.
Observação de algumas figuras Materiais
geométricas diversos
Colaboração na arrumação da sala (fazer
corresponder os materiais aos respectivos lugares).
7
2ºPeríodo (Janeiro, Fevereiro, Março, Abril)
Adquirir e desenvolver hábitos de

cooperação e partilha. Histórias
Exploração global do corpo. Jogos tradicionais

Livros
Formação
Exploração das sensações através dos Verificar as diferenças que existem
Pessoal e Social sentidos. entre as pessoas. Jogos
Manifestação de sentimentos e Partilhar sentimentos de alegria e Imagens

emoções. diversão através de situações lúdicas.
Sensibilizar a criança para o respeito Conhecer tradições associadas à nossa

por si, pelos outros e pelo que a rodeia. cultura.
8
Conhecer as tradições associadas aos Canções Leitor de CD’s

Reis Magos, Carnaval e Páscoa, de
Elaboração das coroas dos Reis Magos Livros
forma lúcida e criativa.
Passeio ao Tivoli – “O Mundo dos sonhos” Cartolinas
Exploração do esquema corporal.
Tradições carnavalescas – Desfile. Papéis diversos
Aquisição de hábitos relacionados com o
vestuário, ordem. Rasgagem / colagem Autocarro
Amachucagem Fatos de carnaval

Observação de algumas características
dos elementos do ambiente segundo a Dramatizações Fantocheiro
Conhecimento mudança de clima e estação.
Do Mundo Fantocheiro Flanelógrafo
Distinguir e identificar alguns transportes.
Flanelógrafo Ingredientes alimentares
Comemorara o dia do pai.
Culinária Tinta
Contribuição para a conservação e Digitinta Água

manutenção de um ambiente limpo e
saudável. Experiências com diversos materiais Serradura
Incentivar a investigação, exploração e Experiências com água Meia

registo de resultados.
Sementeira “O relvinhas” Sementes
9
Área de
Objectivos Actividades Recursos
Conteúdo
Bolas
Caminhar, correr, saltar.
Argolas
Jogos de encaixe
Desenvolver a motricidade global
Expressão jogos
Motora Enfiamentos
Estimular habilidades motoras de coordenação óculo -
puzzles
manual
Modelagem
Enfiamentos
Jogar com bola
Farinha / água /
corante e óleo
Promover a socialização da criança através do jogo

simbólico Dramatizações. Fantoches.
Proporcionar situações de desinibição da criança. Fantoches. Leitor de CD’s.

Expressão
Dramática Capacitar para o improviso. Mímica Casinha das Bonecas.
Desenvolver a criatividade e imaginação.
10
Pinturas
Amachucagem
Produção de elaborações plásticas para
expressar acções e vivências Rasgagem
Colagem
Utilização de técnicas básicas do
desenho, pintura, amachucagem, Carimbagem
Expressão colagem,…)
Plástica Modelagem
Estimular a aprendizagem das cores
primárias. Elaboração da coroa dos Reis
Elaboração da máscara de carnaval

Desenvolver o sentido do tacto.
Realização da prenda do dia do pai
Realização da prenda da mãe

Explorar sonoramente vários objectos
Cultivar a sensibilidade
Bater palmas / bater com os pés.
Expressão Exploração das propriedades sonoras
Musical do próprio corpo e dos objectos. Discriminação dos contornos musicais.
Reconhecer instrumentos musicais Danças de roda.
11
Participar em diálogos.
Histórias
Promover o interesse pelos livros. Livros
Interpretação de imagens:
- imagens Imagens
Estimular a aquisição.
- gravuras
Linguagem - fotos Fotos
Transmissão de textos orais, contos,
fábulas, poesias. Leitor de CD’s
Consulta de livros.
Respeito pelas normas que regem o
Interpretar fábulas e canções de
discurso linguístico: prestar atenção,
tradição popular.
aguardar a vez,…
Identificação das cores primárias.
Utilização de noções espaciais. Experienciar objectos de uso

quotidiano. Objectos variados
Matemática
Referenciação de quantificadores Imagens
Reconhecimento de objectos.
básicos (muito / pouco, grande /
pequeno)
12
3ºPeríodo (Maio, Junho, Julho)
Jogo “Vamos ajudar a Terra”

Sensibilizar a criança para o respeito
pela Natureza. Jogos
Coordenação, colaboração + ajuda com Celebrar o Dia da Mãe:

Saco de plástico
Formação os colega e adultos. - actividade com as mães
Pessoal e Social - prenda
Materiais Diversos
Tolerância perante a espera de
determinados acontecimentos. Celebrar o dia da criança
Jogos
Aceitar progressivamente as suas Realização dos caracolímpicos
possibilidades e limitações com vista a (parceria com os pais)
favorecer uma auto-estima positiva.
Celebrar o Dia da Criança.
13
Sensibilizar as crianças para as

questões ambientais, Jogos
As questões ambientais, Pintura / Rasgagens para Jogos

preenchimento de alguns transportes,
Referenciar os meios de transporte, Tinta
Conhecimento do
Observação e classificação dos Doar brinquedos ou outros objectos a Papel variado
mundo objectos em função das características uma entidade que disso necessite,
e da sua utilização, Brinquedos
Praia (2º quinzena de Julho)
Adquirir hábitos em relação ao respeito Objectos
e valorização dos brinquedos, objectos
e materiais escolares. Festa de final de Actividades
14
 Apreciar os trabalhos que realiza,  Desenhos  Folhas de papel,

 Tinta,
 Pinturas
 Pincéis,
Expressão
 Esponja,
Plástica 
 Promover a liberdade de expressão,  Elaboração de prendas para o
Carimbos,
através do desenho, pintura, dia da mãe  Materiais
trabalhos manuais. diversos

 Desenvolver a linguagem através

das canções,  Canções alusivas a momentos
temáticos  Leitor de CD’S
o Primavera
Expressão o Dia da Mãe
Musical o Dia da criança  Instrumentos
 Danças de roda, musicais
 Conhecer vários estilos de  Festa de final de actividades
música
15
Lápis
Melhorar a utilização do lápis,
marcadores, pincéis, Marcadores
Estimular a motricidade fina,
Expressão motora Enroscar e desenroscar objectos, Pincéis
Consolidar a exploração de diferentes
formas de movimento Realizar a pedido alguns traços, Garrafas
Caminhar, correr, saltar, etc. Folhas de papel
Promover a auto-estima,
Explorar diferentes formas de

expressão,
 Representações,
Expressão Roupas
 Contar histórias,
Dramática Desenvolver a linguagem verbal através Objectos Diversos
do jogo simbólico,  Faz-de-Conta.
Estimular a imaginação e criatividade
16
 Conversas,
Livros
 Estimular o vocabulário,
 Ouvir a criança,
Imagens
 Nomear personagens e
Linguagem  Progressiva utilização de frases Fotos
acontecimentos relativos a uma
com sentido completo
história.
Leitor de CD’s
 Relativamente à:
Identificação das cores primárias. o Quantidade “Muitos -Poucos”
o Espaciais “Aberto – Fechado”
o Temporais “Primeiro – último”
Utilização de noções espaciais. o Tamanho “Grande –
Imagens
Pequeno”
Matemática o Noção de classificação
Referenciação de quantificadores Objectos variados
“Classificar objectos segundo
básicos (muito / pouco, grande / um critério”,
o Noção de correspondência
pequeno) “Associação Básica”
17

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Projecto Curricular da Creche 2009/2010

Creche e Jardim Infantil O CARACOL

Ano lectivo 2009/2010

Educadora Vitória Marques

1- Caracterização do Contexto Educativo 4

1.1 - Breve Caracterização da Faixa Etária - 2/3 Anos 4

1.2 - Caracterização do grupo - Sala C 6

2- Organização do Ambiente Educativo 8

2.1 - Organização do Espaço 8

2.2 - Organização do Tempo 10

2.3 - Organização da Equipa 12

4.1 - Objectivos Gerais 14

4.2 - Plano de Actividades Trimestral 15

Este projecto curricular de sala consiste na selecção de conteúdos que serão

apresentados ao longo do ano lectivo, para uma melhor aprendizagem, tendo

em conta as necessidades colectivas e individuais do grupo de crianças.

Tem como objectivo dar a conhecer o trabalho pedagógico que realizamos, em

correspondência com os interesses do grupo.

os objectivos da creche, regulamentados no Despacho Normativo nº 99/89 de 27

de Outubro de 1989, que são os seguintes:

a) Proporcionar o atendimento individualizado da criança num clima de

segurança afectiva e física que contribua para o seu desenvolvimento

b) Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e

responsabilidades em todo o processo evolutivo de cada criança;

c) Colaborar no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência,

Este projecto refere-se à sala de creche e será um instrumento de trabalho

relativo ao ano lectivo 2009/2010. Está também associado a outros dois

documentos, o Projecto Educativo da instituição e o Projecto Pedagógico, cuja

temática é “À Descoberta das Tradições”.

1. Caracterização do Contexto Educativo

1.1. Breve Caracterização da Faixa Etária

A criança de dois anos está cheia de energia, entusiasmo, vontade de explorar e

cada vez mais independente.

Nesta fase do desenvolvimento a criança é muito activa. O seu desenvolvimento

motor, nomeadamente a aquisição da marcha de uma forma mais segura e

motora, a criança acaba por desenvolver novas competências aplicadas à

exploração do meio ambiente e fá-lo de diversas formas: corre, pula, arrasta e

puxa os objectos com maior coordenação.

Neste período dão-se importantes progressos, nomeadamente, ao nível da

linguagem. O desenvolvimento do vocabulário, incluindo a capacidade de

compreender e usar as palavras, é especialmente notável.

Agora, a criança está mais aberta à aprendizagem da língua. O adulto, ao falar

com ela, está a comunicar e a “ensinar”. Assim, é de extrema importância que se

período, maior é a probabilidade no desenvolvimento da linguagem.

egocentrismo. A criança acha-se o centro de tudo e não é capaz de perceber o

ponto de vista do outro. Surgem agora os primeiros grandes conflitos: com os

adultos, afirmando a sua vontade e contrariando o que o adulto impõe, e com as

outras crianças, maioritariamente causadas pelo sentimento de posse que tem

sobre os objectos e brinquedos. Nesta fase, a criança não percebe o conceito de

esfíncteres (músculos da zona genital e anal). Desta forma, a bexiga e o

um processo complexo, pois tem de coordenar uma série de aspectos para o

conseguir, tais como: o domínio da linguagem, a postura, etc.

aprendizagem motora está mais equilibrada e fluida. Gosta de correr, saltar

trepar, mas também de actividades que exigem mais concentração e uma

com maior destreza e segurança.

O facto de já não usar fralda, permite à criança, uma maior autonomia em

de mostrar que é capaz de o fazer.

Ao nível da linguagem, o seu vocabulário é mais extenso e executa as palavras

com maior segurança e compreensão. Gosta de palavras novas e imita o adulto

cooperar com o adulto e de agradar.

Para si, as pessoas são importantes e gosta de criar amizades.

1.2. Caracterização do Grupo Específico

masculino e as restantes nove do sexo feminino.

Deste conjunto, duas crianças já se encontravam nesta sala, no anterior ano