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3.

ª Sessão – tarefa 2
Análise à realidade da escola e à capacidade de resposta ao
processo

Não é muita a minha experiência como Coordenadora da Biblioteca


Escolar, muito menos como Professora Bibliotecária, mas é-me possível
fazer uma comparação entre a Biblioteca Escolar dos nossos dias e o 1
espaço designado como Biblioteca Escolar do nosso tempo de estudantes.
Com efeito, não é necessário estarmos «dentro» da orgânica deste espaço
para percebermos e sentirmos as diferenças, pois elas são por demais
evidentes.

Ao longo dos anos a BE tem-se afirmado como um espaço de


aprendizagens cada vez mais significativas; o silêncio sepulcral deu lugar a
um burburinho, no meu entender, representativo de dinâmica, de
criatividade e de aprendizagem; o armazém de livros fechados em armários
de madeira, deu lugar a estantes de livros à disposição de quem os quer
ler, ou simplesmente tocar… Uma equipa (será que era assim que se
chamava?) constituída, por alguém detentor de conhecimentos de
catalogação e arrumação (!)) e pelos professores sem turma atribuída,
por apresentarem problemas de saúde, ou por já estarem perto da reforma,
deu lugar a uma equipa formada por um professor bibliotecário, que ainda
desconhece muitos procedimentos técnicos (falo por mim!), mas que tem
muita vontade de aprender, que faz tudo para ser dinâmico, líder,
empreendedor, colaborativo… Junta-se a ele uma equipa que se pretende
que detenha, tanto quanto possível, características semelhantes. Perante
estas diferenças, temporais e ideológicas, reparamos, agora, que somos
chamados a fazer entender aos nossos parceiros educativos, e à
comunidade em geral, as funções da BE nos dias de hoje. Temos como
nossos aliados os recursos tecnológicos e outros, dos quais não dispunham
os nossos antecessores.

Progressivamente, foram-se dinamizando estratégias com o objectivo


primordial de atrair os alunos e a Biblioteca Escolar foi-se afirmando como
um espaço mais atractivo e propiciador de novas experiências. Pretende-se
oferecer um conjunto de estratégias activas, de promoção e de
dinamização do livro e da leitura e de articulação de saberes.

Na realidade que melhor conheço, a da minha escola, a frequência e


a adesão dos alunos às actividades propostas são motivadoras e exigem,
também, um redobrado empenho e uma contínua responsabilidade. Os
alunos utilizam regularmente a Biblioteca, são exigentes, críticos e 1
participativos; com a implementação do PNL e a multiplicação da RBE, o
trabalho torna-se mais exigente. É indispensável personalizar cada vez
mais estes serviços, inovar permanentemente, monitorizar os
procedimentos e implementar a avaliação. É indispensável ter presentes as
linhas orientadoras definidas pelo Ministério da Educação e pela RBE para
as BE’S e proceder a uma avaliação sistemática dos impactos na
aprendizagem dos alunos.

No que à minha BE diz respeito, penso que, ao longo dos anos, tem
vindo a afirmar-se como uma estrutura de apoio e desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem, com recursos indispensáveis ao
crescimento da escola e dos alunos; exemplo disso é a sua integração nos
documentos estruturantes do Agrupamento, como é o caso do Projecto
Educativo, Plano Anual de Actividades e Regulamento Interno.

Breve caracterização do Agrupamento de Escolas de


Arronches

N.º Alunos
Pré – Escolar 45
1º CEB 100
2º CEB 52
3º CEB 95
Novas Oportunidades E.F.A. Secundário 10
Total 302

No Projecto Educativo (2009 – 2013) ficamos a conhecer os


grandes objectivos deste Agrupamento: «No âmbito da declaração pelas
Nações Unidas, da Década 2005 – 2014, como a “Década da Educação
para o Desenvolvimento Sustentável”, considerou-se importante
efectuar a ligação entre a valorização da educação.
Assim, perante a diagnose realizada sobre as potencialidades,
constrangimentos e oportunidades do Agrupamento, protagonizamos,
baixo o lema CIDADANIA E EMPREENDEDORISMO RUMO AO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, a missão deste agrupamento.
Para a concretização desta missão definem-se como grandes
objectivos gerais:
1. PROMOVER UM SUCESSO EDUCATIVO DE QUALIDADE;
2. FOMENTAR A EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA ACTIVA;
3. PROMOVER UMA ATITUDE EMPREENDEDORA EM TODA A
COMUNIDADE EDUCATIVA;
4. PUGNAR PELA CONSTRUÇÃO DE UM NOVO CENTRO ESCOLAR
SUSTENTÁVEL DO PONTO DE VISTA ECOLÓGICO.»

1
Estes objectivos foram tidos na elaboração do Plano Anual de
Actividades da Biblioteca e estarão subjacentes às actividades
desenvolvidas. Para isso, colocámo-nos à disposição de TODA a
Comunidade Educativa, para que se encare a Biblioteca Escolar como um
recurso interventivo e eficiente, ao serviço dos seus utilizadores, e ao qual
sejam reconhecidas práticas capazes de promover o Sucesso Educativo dos
nossos alunos. Pela minha parte, como Professora Bibliotecária, ao lado de
uma Equipa que dá o seu melhor para responder aos objectivos do Projecto
Educativo, vou tentar ser «interventora no percurso formativo e curricular
dos alunos e no desenvolvimento curricular em cooperação com os
professores. Trabalhar e trabalhar com…».

Factores inibidores do processo Medidas necessárias à alteração


de auto-avaliação e sua consecução

• Inexistência de práticas • Apostar na mobilização e


consolidadas de auto- esforço de todos;
avaliação;
• Reorientar permanentemente
• Insuficiência de tempo útil práticas e processos;
disponível (por parte de todos
os elementos da Equipa) para • Mostrar que as evidências a
o desenvolvimento de todas recolher servirão de suporte à
as acções associadas às proposta de estratégias de
iniciativas da BE e previstas melhoria;
no Modelo de Auto-Avaliação;
• Implicar os professores no
• Falta de resposta pelos processo, levando-os a
professores às solicitações da concluir que a sua
BE (inquéritos, instrumentos, participação é decisiva nas
registos…); tomadas de decisão.
Plano de Acção
(para implementação do MAA)

Acções Calendário
• Apresentação do Modelo de Auto-avaliação
em Conselho Pedagógico e tomada de
• Outubro
decisão sobre o domínio a avaliar;
• Definição do Plano de Acção em trabalho • Novembro 1
colaborativo com as estruturas intermédias;
• Apresentação do Plano de Acção à Direcção, • Dezembro
ao Conselho Pedagógico e a toda a
Comunidade Educativa;
• Recolha de evidências: questionários a • Abril e Maio
professores e alunos, estatística,
registo/relatório de actividades,
planificações…
• Gestão e interpretação da informação • Maio e Junho
recolhida;
• Inclusão da BE no adequado perfil de • Junho
desempenho;

• Elaboração do relatório de auto-avaliação,


discussão e aprovação do mesmo no
Conselho Pedagógico; • Julho a
• Elaboração do Plano de Melhoria, discussão e
Setembro
aprovação do mesmo no Conselho
Pedagógico;
• Elaboração de uma síntese do relatório de
auto-avaliação da escola para integrar o
relatório da escola (para que o impacto da BE
na escola seja referenciado no relatório final
de avaliação da escola).

• «Ter atitude e capacidade de intervenção • Ao longo do ano


face aos problemas identificados»; lectivo

• «Reconhecer a oportunidade e ter sentido de • Ao longo do ano


agenda na abordagem dos problemas e na lectivo
apresentação de propostas e estratégias
junto do órgão de gestão»;

• Ao longo do ano
• «Articular prioridades e objectivos com a lectivo
escola, os programas e projectos em
desenvolvimento»;
• Ao longo do ano
• «Desenvolver uma cultura de avaliação. Gerir lectivo
as evidências recolhidas no sentido de
comunicar o valor da biblioteca escolar e
corrigir os gaps identificados»;

• Ao longo do ano
• «Articular, colaborar e comunicar em lectivo
permanência na escola e com outros
stakeholders». 1

Bibliografia: Texto da Sessão; MAA.

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