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Material de Apoio

Prof. Edson Yamaguti


Fev/2008

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 1


O AMBIENTE EMPRESARIAL

CENÁRIO ATUAL:
Cada vez mais os profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) necessitam ter
uma visão e conhecimento do negócio da organização para aplicar com mais eficiência e eficácia as
soluções.

Hoje, o profissional de TIC que quer ser valorizado precisa entender além de software e hardware;
precisa conhecer como a organização está estruturada, quais são os seus objetivos estratégicos, e
como funcionam os processos de vendas, marketing e finanças, entre outros. Isso é fundamental
para que possa opinar com mais segurança sobre quais soluções tecnológicas e de infra-estrutura
podem ser utilizadas em cada área da empresa.

Atualmente os profissionais mais qualificados dentro da área de TIC são aqueles que conseguem
aliar o foco técnico ao “business” da organização.

Para isto os profissionais precisam estar preparados para essa nova realidade, aliando os atuais
cenários estratégicos que envolvem a área de TIC e sua compatibilização com as demandas
organizacionais, estando apto a:

• Entender o papel da área de TIC na integração dos processos organizacionais da empresa.


Ter uma visão global dos processos da empresa e como a sua integração contribui para o
aumento da eficácia da área de TIC.
• Fortalecer o conhecimento do negócio da empresa, propiciando a adoção de soluções de TIC
mais alinhadas com as demandas organizacionais.
• Conhecer os fatores críticos de sucesso que fazem a diferença em uma empresa inovadora e
como estar inserido neste contexto.
• Compreender a importância da aplicação de conceitos de estratégia organizacional no
desenvolvimento das atribuições do profissional de TIC.

PERFIL PROFISSIONAL EM TIC:


Para atingir a qualificação nas atividades relacionadas a sistemas e a tecnologia da informação e
comunicação requeridas pelo mercado de trabalho, há necessidade de uma postura efetiva no
tocante ao perfil profissional, contemplando o domínio das habilidades técnica, de negócios e
comportamental.

As habilidades de negócios e comportamental, são as mais difíceis de adquirir, já a habilidade


técnica em tecnologia da informação é mais fácil tendo em vista que esta formação normalmente é
tratada em cursos técnicos, de graduação e pós-graduação.

Este perfil está embasado em pesquisas elaboradas junto a diversas empresas, bem como nas
tendências de atuação em tecnologia da informação.

a. Habilidades técnicas
Adquiridas ao longo da formação técnica do profissional, em cursos acadêmicos e em outros
complementares diversos, destacam-se: metodologias, técnicas, ferramentas tecnológicas,
linguagens de programação, etc.

b. Habilidades de negócios
Adquiridas ao longo do exercício profissional, desenvolvendo soluções efetivas para as empresas,
destacam-se: negócios em questão, funções empresariais, funções da administração, processos,
procedimentos, idiomas, etc.

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c. Habilidades comportamentais
Adquiridas ao longo da vida pessoal, na educação, cultura, filosofia de vida e com os
relacionamentos humanos e corporativos, destacam-se: proação (iniciativa, execução e conclusão),
criatividade, comunicação, expressão e relacionamento pessoal, espírito de equipe e/ou
administração participativa, planejamento pessoal, organização, concentração, atenção,
disponibilidade, responsabilidade, etc.

As habilidades técnica, de negócios e comportamentais são exigidas de todos os profissionais,


independente de nível de atuação. Além destas habilidades, para os gestores ainda são requeridos os
conhecimentos de atuação junto a pessoas ou recursos humanos, processos e/ou atividades e
recursos diversos.

O desafio para conquistar estas habilidades é cotidiano e principalmente individual, leal e


profissional, trabalhado de forma conjunta, contínua e crescente. Os profissionais não podem ser
inertes, devem ser ativos e superar a mediana, que é a ação comum das pessoas sem destaque,
evitando a mediocridade.

FORMAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL:


A Tecnologia da Informação vista como uma ferramenta de trabalho, moderna, transparente e
efetiva, deve estar disseminada e distribuída em toda a empresa, inclusive como uma subfunção
empresarial (Departamento de TI).

A forma de atuação pode ser como funcionário, prestador de serviços ou consultor, onde o mercado
requer destes profissionais que nele atuam muita capacitação, dedicação, qualidade e produtividade
nas suas atividades, principalmente porque as empresas de um modo geral, estão reduzindo seus
níveis hierárquicos e o número do quadro de funcionários diretos, muitas delas optando por trabalho
predefinido com objetivos específicos.

As formas de atuação relacionadas com a área de informática ou Tecnologia da Informação, podem


se apresentar das seguintes maneiras: especialista segmentado, analista de negócios e/ou
informações, engenheiro de software, CIO (Chief Information Officer) e ITM (Information
Tecnology Manager). Outras formas de atuação estão também vinculadas com as atividades de
Tecnologia da Informação, tais como, CEO (Chief Executive Officer), E-CEO (Chief E-Commerce
Officer), CRO (Chief Resource Officer) e CKO (Chief Knowledge Officer), CFO (Chief of
Financial Officer).

INTERDISCIPLINARIDADE:
A informática é transversal a todas as profissões mas independentemente da formação, o
profissional de TIC tem de estar comprometido com o aprendizado contínuo e interessado em
trabalhar com gestão de projetos, saber se comunicar e trabalhar em diversas equipes, vencendo
assim a fragmentação do conhecimento.

É uma carreira multifacetada, que encontra espaço em consultorias, cooperativas, grandes empresas,
locais que terceirizam mão-de-obra ou no empreendedorismo. O profissional tem de ter visão do
negócio e conhecer a realidade da empresa onde trabalha e principalmente, da empresa que atende,
senão ficará sem emprego.

Atualmente a especialização é uma característica predominante nos profissionais, muitas vezes


como uma exigência do perfil profissional procurado pelo mercado de trabalho, principalmente nas
áreas de alta tecnologia como a tecnologia da informação. Mas a especialização divide o trabalho
intelectual, fragmentando o conhecimento.

A interdisciplinaridade é uma forma de agir contra essa fragmentação do saber, privilegiando a


visão global dos saberes. Estabelece um contexto mais geral em que as disciplinas postas em
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contato, modificam-se e vivem uma relação de dependência uma das outras. É um elemento
integrador capaz de propiciar uma visão global não somente acerca das disciplinas mas também do
próprio ser humano e o meio em que vive, despertando a sensibilidade para os contextos em que se
dão as ações humanas.

A interdisciplinaridade diz respeito à transferência de métodos de uma disciplina a outra,


ultrapassando-as mas sem deixar que se perca o objetivo que as integra num mesmo quadro de
referência. Neste quadro, cada especialista deve ultrapassar sua própria especialidade cujos limites
deve reconhecer para abrir-se às contribuições de outras disciplinas.

O tratamento interdisciplinar do conhecimento é capaz de assegurar que as aplicações do


desenvolvimento industrial e da inovação tecnológica se harmonizem com a ética de respeito e
responsabilidade para com o homem e o meio em que vive, privilegiando a aplicação integrada da
ciência e tecnologia nos diversos campos do saber e da produção de bens e serviços.

Isto amplia a visão e aumenta a possibilidade de atuação, pois o profissional tem de agregar um
conjunto de conhecimentos que vai além da TIC. Com isto têm a sua frente oportunidades para
estender seu portfólio, o que exige que o mesmo reveja a posição de sua área, se direcionando para
o business mas, sem abandonar a tecnologia.

Este movimento está ligado às mudanças pelas quais, atualmente, as empresas estão passando no
que se refere à forma de gerenciar os funcionários. A grande maioria das empresas brasileiras tem
estrutura clássica, baseada na hierarquia. No entanto, o que foi muito importante na era industrial
não funciona mais na era do conhecimento, quando o que conta é o capital intelectual.

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AMBIENTE:

Definições:

Conjunto de condições materiais, culturais, sociais, políticas e morais que rodeia ou envolve por
todos os lados e influenciam (favoravelmente ou não) as pessoas físicas e jurídicas (empresas
privadas e públicas) como o ar, a temperatura, a política, os concorrentes, o mercado consumidor, as
reservas energéticas, as inovações tecnológicas e que, constitui o meio em que se vive.

Conjunto de todos os fatores que tem alguma influência sobre o funcionamento da empresa.
Exemplo: Fatores Políticos, Legais, Econômicos, Culturais, Sociais, Ecológicos, Tecnológicos.

EMPRESA (OU ORGANIZAÇÃO):


Para o pleno entendimento de uma Empresa, é necessário o entendimento prévio de Sistemas.

Em essência, as empresas ou organizações são grupos de pessoas (as pessoas são o principal recurso
das organizações) que usam recursos: recursos materiais (concretos ou tangíveis), como espaço,
instalações, máquinas, móveis e equipamentos; e recursos não materiais (abstratos ou intangíveis)
como informação, tempo e conhecimentos.

Toda organização existe com a finalidade de fornecer alguma combinação de produtos e/ou
serviços. Os recursos são utilizados pelas pessoas na produção de bens materiais ou não materiais
e/ou de serviços, com fins lucrativos ou não.

O grupo de pessoas e recursos possui um conjunto de responsabilidades, autoridades e relações


orientadas através de uma estrutura, conhecida como estrutura organizacional, representado
graficamente em forma de organograma.

CONCLUSÃO:

AMBIENTE EMPRESARIAL:

É a circunvizinhança em que uma organização existe e atua. É formado pelos agentes (pessoas,
organizações) ou fatores (econômico, tecnológico, demográfico, sociocultural, meio ambiente,
político/legal) que promovem ações positivas ou negativas com a organização e que influem em
suas ações competitivas. Exemplos: Governo, Concorrência, Consumidores, Comunidade,
Sindicatos, Sistema Financeiro, Fornecedores, Mercado de Mão-de-Obra.

O Ambiente Empresarial não é um conjunto estável, uniforme e disciplinado, mas um conjunto


bastante dinâmico e mutável. Constantemente grande quantidade de forças, de diferentes dimensões
e naturezas e que muda a cada momento podem interferir, influenciar e interagir com a Empresa.

Este Ambiente pode oferecer para a empresa oportunidades e ameaças. Nesse contexto as empresas
devem procurar aproveitar as oportunidades, bem como procurar amortecer ou absorver ou,
simplesmente adaptar-se a elas.

O meio ambiente pode-se dividir em Ambiente Externo e Ambiente Interno. O meio ambiente
externo condiciona o desenvolvimento da empresa, sendo altamente influenciada por esses fatores.
Ela deve adaptar-se a eles e a cada nova situação de mercado.

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Componentes do meio ambiente externo:
• concorrentes;
• fornecedores e/ou intermediários;
• clientes e/ou consumidores (usuários);
• mercado nacional e internacional;
• comunidade, conjuntura e mercado;
• governo, legislação, sindicatos e fiscalização;
• tecnologias disponíveis, etc.

Os componentes do meio ambiente interno da empresa devem ser administrados e geridos de forma
que coexistam harmonicamente:
• recursos humanos e seus valores;
• máquinas e equipamentos;
• recursos logísticos disponíveis;
• conhecimento e tecnologias apreendidas, etc.

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SISTEMAS

TGS - TEORIA GERAL DE SISTEMAS:


Desde 1950 a Teoria Geral de Sistemas (TGS) começou a ser estudada como teoria pelo biólogo
alemão Ludwig von Bertalanffy, abordando as questões científicas e empíricas ou pragmáticas dos
sistemas. O foco de seus esforços estava na produção de conceitos que permitam criar condições de
aplicações na realidade empírica e pragmática, sob a ótica das questões científicas dos sistemas.

Os pressupostos básicos da Teoria Geral de Sistemas são (CHIAVENATO, 1993):

• existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;
• essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
• essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não-
físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;
• essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam verticalmente
os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do objetivo da
unidade da ciência;
• isto pode nos levar a uma integração muito necessária na educação científica.

A Teoria Geral de Sistemas fundamenta-se em três premissas básicas que relatam que os sistemas
existem dentro dos sistemas, os sistemas são abertos e as funções de um sistema dependem de sua
estrutura (CHIAVENATO, 1993):

1. Os sistemas existem dentro dos sistemas, porque as moléculas estão dentro das células, as
células dentro de tecidos, os tecidos dentro dos órgãos, os órgãos dentro dos organismos, os
organismos dentro de colônias, as colônias dentro de cultura nutrientes, as culturas dentro de
conjuntos maiores de culturas, e assim por diante.
2. Os sistemas são abertos porque é uma decorrência da premissa anterior, pois são
caracterizados por um processo de intercâmbio infinito com seu ambiente, que são os outros
sistemas, e, quando o intercâmbio cessa, o sistema se desintegra, isto é, perde suas fontes de
energia.
3. As funções de um sistema dependem de sua estrutura porque os sistemas são
interdependentes, na medida que suas funções se contraem ou expandem, sua estrutura
acompanha.

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SISTEMAS – DEFINIÇÃO:

É um conjunto de elementos ou partes, concretos (ex. uma máquina) ou abstratos (ex. uma
empresa), que se inter-relacionam ou interagem entre si e também com o ambiente em que está
contido. Neste relacionamento existe, direta ou indiretamente, uma relação de dependência entre as
partes. Estas devem trabalhar em conjunto (sinergia) na realização de tarefas, buscando objetivo em
comum. As partes menores de um Sistema são conhecidas como Subsistemas.

Qualquer sistema pode ser representado como um conjunto de elementos ou componentes


interdependentes, que se organizam em três partes:
• Entrada
• Processo
• Saída

ECONOMIA

ENTRADAS RH FINAN. SAÍDAS

PROD,
CONT.
SÓCIO
- PESSOAS MKT
- BENS POLÍTICAS
- EQUIPAMENTOS VEND.
LEIS - SERVIÇOS
- INSUMOS
JURID. MAT. ADM

PROCESSOS

.........

Sistemas tratam entradas ou insumos para transformá-los em saídas ou produtos, costuma-se


considerar o Processo a menor entidade que transforma insumos em produto.
Tanto as entradas como as saídas podem ser:
• Tangíveis ou Concretas (ex. matéria-prima)
• Intangíveis ou Abstratas (ex. informação)

Os elementos da entrada podem ser materiais e equipamentos, materiais processados, informações


(normas, resultados de ensaios, instruções de montagem, listas de verificação, etc), serviços ou uma
combinação destes.

Entrada ou Insumo é tudo aquilo que é fornecido ao processo para:


• Utilização (um dado ou informação, uma instrução, um instrumento, um serviço de máquina
ou trabalho humano);
• Transformação (energia, matéria-prima por exemplo); ou
• Consumo (energia, material de escritório etc.).

Saídas, Produtos ou Resultados de um processo, tal como as entradas, podem ser podem ser
materiais e equipamentos, materiais processados, informações, serviços ou uma combinação destes.
Como consequência, sob vários outros pontos de vista (do produtor, do cliente, do controle de
qualidade, etc.) prefere-se focalizar o produto, definindo-o como “resultado de um processo”.
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Em síntese, pode-se dizer que entradas ou insumos constituem-se em documentos ou itens
documentáveis sobre os quais as ações serão executadas.

Um sistema fica inteiramente definido quando se conhecem:


• Seu Objetivo
• Seu Resultado ou Efeito sobre o ambiente
• Seu Relacionamento Externo

Deve-se considerar os três níveis da hierarquia de sistemas:


• Sistema
• Subsistema
• Super ou ecossistema

O Ambiente Empresarial é um sistema de sistemas (conjunto de subsistemas)

São diversos os conceitos de Sistema, porém modernamente destacam-se os seguintes:


• conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou
resultado;
• são as partes interagentes e interdependentes que conjuntamente formam um todo unitário
com determinados objetivos e efetuam determinadas funções;
• relacionado com informática, é o conjunto de software, hardware e recursos humanos;
• componentes da tecnologia da informação e seus recursos integrados;
• a empresa e seus vários subsistemas.

Os sistemas biológicos foram um dos primeiros a serem estudados, servindo de ponto de partida
para posteriores evoluções em outras áreas. Os termos anatomia e fisiologia, originários da biologia,
referem-se, respectivamente, às partes constitutivas de um ser e o funcionamento e relacionamento
das partes.

Representação concreta que mais facilmente ilustra um sistema é o ser humano.

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VISÃO, ABORDAGEM OU PENSAMENTO SISTÊMICO:

A Abordagem Sistêmica considera o objeto de nosso estudo ou análise um Sistema. Assim, a


organização pode ser tratada como um sistema que compreende subsistemas (departamentos e
subdivisões, por exemplo) incumbidos da execução de processos interligados (administração,
produção, projetos, etc).

SISTEMAS E SUBSISTEMAS:

Figura 1 Figura 2

Figura 3 Figura 4

Na Fig. 1, e considerando-se apenas três camadas, denomina-se a do meio como o nível


hierárquico de sistemas. Cada peça nesse nível hierárquico é um sistema, que foi construído da
organização (ou auto-organização) de seus componentes (sub-sistemas) situados na camada
imediatamente inferior, ou seja na camada representativa do nível hierárquico de sub-sistemas.
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Finalmente, no nível de sistemas, algumas peças (sistemas) podem se organizar (auto-organizar) e
fazer surgir (construir) um outro todo funcional, denominado de super-sistema na camada
imediatamente superior, representativa do nível hierárquico de super-sistemas.

Na Fig. 2, a representação diagramática do fenômeno da emergência. Observe que a construção do


sistema se dá, sempre, de baixo para cima (bottom-up), pela auto-organização de seus
componentes. Sendo que a construção emergente (bottom-up) é feita de um nível hierárquico para
outro imediatamente superior. Por exemplo, do nível de sub-sistemas para o nível de sistemas, ou
do nível de sistemas para o nível de super-sistemas, como indica a seta na Fig. 3. É dessa forma que
emergem sistemas como moléculas, células, órgãos, organismos, Ecossistemas, vulcões, galáxias,
etc.
Por fim, a Fig. 4, que traz a construção de sistemas na forma de cima para baixo (top-down) ,
através de projeto, planejamento. Tal tipo de construção se dá sempre de um nível hierárquico para
outro imediatamente inferior. Por exemplo, do nível de super-sistemas para o de sistemas, e deste
para o de sub-sistemas. Sistemas deste tipo incluem Sistemas de Informação, Sistemas de
Transporte Coletivo Urbano, Sistemas de Saúde, Sistemas Macroeconômicos, Geladeiras, etc.

Na escala da evolução, os primeiros organismos necessitavam tão somente de sistemas construídos


de forma botton-up (emergentes), incluindo os próprios. Nem poderia ter sido diferente, uma vez
que para tal, esses organismos precisariam, primeiro, adquirir a capacidade de elaborar planos,
projetos, para construir esses sistemas top-down. Enquanto não eram capazes de tal proeza, eram
obrigados a conviver apenas (apenas? é pouco?) com sistemas emergentes.

Temos, então, uma visão introdutória sobre um sistema e seus componentes, no que diz respeito à
sua construção: emergentes (bottom-up) ou teleológicos (top-down).

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SISTEMAS ABERTOS E FECHADOS:

SISTEMAS FECHADOS:
Nos sistemas empresariais fechados não existem permutas da empresa com o meio ambiente
externo que está a sua cerca, as mesmas são insensíveis e indiferentes a qualquer influência
ambiental, não integrando-se ou interagindo com o mundo, inviabilizando sua existência.

O conceito de Sistema Fechado segue a mesma idéia, é isolado, hermético, independente e sem
abordagem sistêmica, sem receber influência qualquer ao mesmo e também sem permitir influenciar
o meio ambiente externo.

SISTEMAS ABERTOS:
Nos sistemas empresariais abertos existem permutas da empresa com o meio ambiente externo que
está a sua cerca, as mesmas são dependentes e necessitam da influência ambiental externa,
plenamente integradas e interagindo com o mundo, viabilizando sua existência e perenidade.

Neste caso, o conceito de Sistema Aberto também tem relações de troca e interdependência dos
demais sistemas a sua cerca, com abordagem sistêmica e possibilitando receber influências e
influenciar os outros sistemas externos a ele.

As empresas devem ser sistemas abertos, com integridade, planejamento, normas, procedimentos,
regras, envolvimento das pessoas, tudo de forma estruturada e organizada, possibilitando uma
dinâmica de funcionamento sistêmico e integrativo.

Os sistemas abertos propiciam muitos facilitadores na condução cotidiana, na manutenção e


crescimento da empresa, favorecendo e destacando:
• a gestão e administração participativa;
• mudanças e adaptações internas;
• produtividade e qualidade nos serviços e produtos;
• capacidade de administrar diferenças ambientais, organizacionais e comportamentais;
• perenidade e melhoria dos negócios;
• lucro e competitividade empresarial.

AMEAÇAS:
São as variáveis externas e não controláveis pela empresa que podem criar condições desfavoráveis
para a empresa. Exemplo:

OPORTUNIDADES:
São as variáveis externas e não controláveis pela empresa, que podem criar condições favoráveis
para a empresa, desde que a mesma tenha condições e/ou interesse de usufruí-las. Exemplo:

SINERGIA:
Corresponde a uma ação coordenada entre vários elementos que compõem um sistema, de modo
que a soma das partes se torne maior que o efeito obtido, isoladamente, através de cada elemento.

EFICIÊNCIA:
Indica que a organização utiliza produtivamente, ou de maneira econômica, seus recursos. Quanto
mais alto o grau de produtividade ou economia na utilização dos recursos, mais eficiente a
organização é. Em muitos casos, isso significa usar menor quantidade de recursos para produzir
mais.

É o princípio da administração de recursos, mais que uma simples medida numérica de


desempenho. O principio da eficiência é o da relação entre esforço e resultado. Quanto menor o
esforço necessário para produz um resultado, mais eficiente e o processo. A antítese da eficiência é

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o desperdício. Eliminar desperdício significa reduzir ao mínimo a atividade que não agrega valor ao
produto ou serviço. Agregação de valor é a contrapartida da eliminação de desperdício.

Eficiência é:
• Fazer as coisas de maneira adequada
• Resolver problemas
• Salvaguardar os recursos aplicados
• Cumprir o seu dever
• Reduzir custos

EFICÁCIA:
Indica que a organização realiza seus objetivos. Quanto mais alto o grau de realização dos
objetivos, mais a organização é eficaz.

É o conceito de desempenho que envolve a comparação entre objetivos (desempenho esperado) e


resultados (desempenho realizado). Eficácia significa o grau ou a taxa de realização de objetivos
finais da organização: satisfação dos clientes, dos acionistas, impacto na sociedade a aprendizagem
organizacional.

A eficácia de uma empresa depende, basicamente, de dois aspectos:


• De sua capacidade de identificar as oportunidades e necessidades do ambiente e,
• De sua flexibilidade e adaptabilidade, visando usufruir dessas oportunidades e atender as
necessidades identificadas no ambiente.

Um modelo para medição da eficácia é o Balanced Scorecard onde o desempenho da organização é


avaliado por quatro resultados: satisfação dos acionistas, do cliente, eficiência dos recursos e
aprendizagem organizacional.

Eficácia é:
• Fazer as coisas certas
• Produzir alternativas criativas
• Maximizar a utilização dos recursos
• Obter resultados
• Aumentar o lucro

EFETIVIDADE:
Representa a capacidade de a empresa coordenar constantemente, no tempo, esforços e energia,
tendo em vista o alcance dos resultados globais e a manutenção da empresa no ambiente. Portanto,
para que a empresa seja efetiva, é necessário que ela também seja eficiente e eficaz.
• Efetividade é: Manter-se no mercado

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SISTEMA EMPRESA:

A Empresa ou Organização, objeto de estudo no nosso curso, é vista como um tipo de sistema,
sistema do tipo aberto, ou seja um conjunto de partes em constante interação, constituindo um todo
orientado para determinados fins e em permanente relação de interdependência com o ambiente
externo, influenciando e sendo influenciado por ele.

Por sí mesma, uma empresa excede a soma de atividades isoladas, tais como: vender, comprar,
pagar, receber, etc. Há que buscar uma síntese entre as diversas funções, divisões, produtos,
mercados e também entre ambiente interno e externo da empresa.

Ela deve ser considerada como algo a mais do que meros componentes reunidos, de forma estática,
através de uma estrutura de organização. É necessário conceituá-la como um sistema de partes
(subsistemas) estreitamente relacionadas, com fluidez dinâmica.

Dia a dia o processo de gerir empresas vem se tornando mais complexo. O crescimento dos
sistemas econômicos, a quantidade e rapidez das mutações sociais, o surgimento de novos recursos
tecnológicos, de novos produtos e mercados, provocam, como conseqüência, um aumento na
complexidade da rede de interpelação dos inúmeros fatores que afetam a sobrevivência e o
crescimento das empresas.

Para atender e agir sobre estes fatores, o dirigente empresarial necessita de informações não só
sobre o ambiente externo à empresa como também quanto ao seu ambiente interno, ou seja, a
utilização dos recursos produtivos e a capacidade da empresa de fazer face às mutações ambientais.

Ao se considerar a empresa como um sistema aberto, a sua eficácia como um todo é entendido
como a capacidade de atender quantitativamente e qualitativamente a determinada necessidade do
ambiente. A eficiência refere-se à quantidade de recursos despendidos no processamento interno do
sistema para produzir um volume de produtos, serviços ou bens.

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FUNÇÕES EMPRESARIAIS:
São as atividades básicas para uma organização ser bem sucedida. Cada uma das funções será
identificada a seguir.

Quando se quer criar uma organização:


1. Desenvolver uma espécie de divisão de produção - arranjo de pessoas, máquinas e
procedimentos a serem seguidos para gerar um produto (produto físico ou serviço).
2. Grupo ou divisão de vendas e marketing cuja função principal será vender o produto ou
serviço a um preço rentável
3. Grupo de finanças e contabilidade, pessoas que procurariam fontes de crédito ou verbas e
controlariam as transações financeiras em andamento.
4. Grupo de pessoas para se dedicar à seleção, contratação, motivação e treinamento do pessoal
que trabalhará na empresa, o grupo de recursos humanos.

De acordo com o tamanho do negócio são criados grupos ou divisões especializadas para cumprir
tais tarefas.
Para um negócio pequeno, uma ou mais pessoas irão realizar estas tarefas, uma vez que não há
necessidade nem recursos para criar grupos.

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PROCESSOS EMPRESARIAIS:

Corresponde a uma série de atividades inter-relacionadas. Através dela o trabalho é realizado e


focalizado. Os processos empresariais refletem a maneira específica pela qual a empresa coordena
o trabalho, a informação e o conhecimento.

A visão da organização através dos processos permite o acompanhamento das tarefas realizadas e a
forma de coordenação do trabalho.

FUNÇÕES E PROCESSOS EMPRESARIAIS:

FINANÇAS E CONTABILIDADE:
• Contas a Receber
• Contas a Pagar
• Gerenciamento e Previsão de Caixa
• Contabilidade de Custo de Produto
• Contabilidade Central de Custos
• Contabilidade de Ativos

RECURSOS HUMANOS:
• Administração de Pessoal
• Controle de Horas Trabalhadas
• Folha de Pagamento
• Planejamento e Desenvolvimento de Pessoal
• Recrutamento e Seleção de Candidatos

PRODUÇÃO E FABRICAÇÃO:
• Estoque/Armazenagem
• Compra
• Expedição
• Planejamento de Produção
• Planejamento de Necessidades de Materiais
• Planejamento da Manutenção das Instalações e Equipamentos

VENDAS E MARKETING:
• Processamento de Pedidos
• Determinação de Preços
• Expedição
• Faturamento
• Gerenciamento de Vendas
• Planejamento de Vendas

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VANTAGEM COMPETITIVA:

Competitividade é uma tradução particular da idéia de eficácia, que se aplica particularmente a


empresas. As empresas têm natureza competitiva – elas concorrem entre si disputando a preferência
dos mesmos clientes e consumidores. O sucesso de uma pode significar o fracasso de outra. Há
várias empresas que querem vender seus produtos (automóveis, computadores, sabonetes, etc). A
mais competitiva é aquela que consegue transformar grande número de pessoas em seus clientes,
obter lucro e sobreviver com isso.

Para serem competitivas, as empresas precisam ter desempenho melhor que outras que disputam os
mesmos clientes. Uma empresa é competitiva quando tem alguma vantagem sobre seus
concorrentes. A vantagem competitiva faz uma empresa ser preferida pelos clientes, ser mais
competente em alguma forma de relacionamento com o ambiente ou, dispor de algum recurso
singular.

As vantagens competitivas estão embutidas nos indicadores de eficiência e eficácia. Uma


organização eficiente e eficaz tem alta probabilidade de ser competitiva. No entanto, há outros
indicadores de competitividade que as organizações e seus administradores devem considerar.

Algumas das vantagens competitivas mais importantes podem incluir:


• Qualidade do Produto ou Serviço
• Domínio de Fontes de Matéria-Prima
• Posse de Capital
• Imagem Positiva junto aos Clientes e à Sociedade
• Sistema Eficaz de Distribuição
• Sistema Eficiente de Produção

A Vantagem Competitiva de uma empresa pode ser resultado do ambiente onde ela opera, da
situação geral da empresa, bem como da postura de atuação de sua alta administração.

Fica evidente que o rumo mais adequado para a futura estratégia empresarial ser aquele em que a
empresa possa distinguir-se, favoravelmente, de seus concorrentes. Portanto se uma empresa quiser
ser eficaz no mercado, ela deve ter significativa vantagem competitiva.

A empresa pode ter uma vantagem competitiva, correlacionada a seu ambiente, quando , entre
outros aspectos:
• Não tem concorrentes muito fortes
• Não tem problemas de suprimento de recursos financeiros, humanos e materiais
• Tem acesso a tecnologia inovadora
• Tem boa imagem institucional
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A situação interna da empresa pode proporcionar vantagem competitiva quando, entre outros
aspectos, apresentar:
• Alta tecnologia
• Alta liquidez financeira
• Baixo grau de endividamento
• Alto nível de quadro profissional
• Boa imagem de produtos e serviços
• Agilidade e flexibilidade interna
• Adequada situação de capacidade instalada

COMPETÊNCIA:
Competências são conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para uma pessoa ou grupo de
pessoas desempenhar atividades. As competências desenvolvem-se por meio de experiência
profissional, educação formal e informal e convivência familiar e social.

Para produzir, processar e utilizar informações, as pessoas aplicam suas competências ou


habilidades intelectuais. Em essência, as habilidades intelectuais referem-se a todas as formas de
raciocinar. São as competências usadas para elaborar conceitos, fazer análises, planejar, definir
estratégias e tomar decisões.

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ESTRATÉGIA EMPRESARIAL E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

ESTRATÉGIAS:

O conceito de estratégia nasceu da guerra, usado pelas


organizações militares há muito tempo em que a
realização de objetivos significa superar um
concorrente, que fica impedido de realizar os seus. Cada
um dois lados quer derrota do outro. Vem daí a
definição de Aristóteles, seguindo qual a finalidade da
estratégia é a vitória. A estratégia é o meio (ou conjunto
dos meios) para alcançar um fim (ou objetivo), que é a
vitória sobre um oponente.

No campo da administração das organizações, a estratégia é o caminho (ou caminhos) que a


organização segue, para assegurar seu desempenho e sua sobrevivência. A estratégia também pode
ser considerada como a escolha das formas de competir: onde, como, quando e com quem competir.

A estratégia compreende os caminhos para chegar a objetivos ou pode determinar que objetivos
podem ser alcançadas.

São planos que definem os caminhos ou ações traçadas para a consecução de um resultado.

Caminho, maneira ou ação formulada e adequada para alcançar preferencialmente de maneira


diferenciada, os objetivos e desafios estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante
seu ambiente.

É a arte de preparar e aplicar meios e especificar os cursos de ação, consideradas as oportunidades e


as ameaças, para alcançar ou manter os objetivos fixados pela política.

Tem similaridade com as políticas e por isso estes dois tipos de planos são às vezes confundidos na
prática. Tem diferenciação por seu limite de tempo, estratégias tem caráter temporário enquanto
políticas tem caráter temporário.

Estratégia significa literalmente “a arte do general”, derivando-se da palavra grega strategos que
significa, estritamente, general. Em termos militares é arte e a ciência de conduzir forças para
derrotar o inimigo ou abrandar os resultados das derrota. O termo é amplamente empregado em
diversas áreas, inclusive na administração.

Estratégias são planos que definem os caminhos ou ações traçadas para a execução de um resultado.
É conjunto de decisões que determinam o comportamento a ser exigido em determinado período de
tempo.
Exemplo: um objetivo de atingir determinada participação de mercado de determinado produto
pode gerar estratégias de comprar uma empresa concorrente, melhorar os serviços aos clientes,
aumentar e/ou capacitar a equipe de vendas, procurar canais alternativos de distribuição.

É um instrumento administrativo facilitador e otimizador das interações da empresa com os fatores


ambientais.

As estratégias determinam as necessidades da estrutura organizacional em termos de qualificações,


as quais por sua vez, estabelecem a estrutura de pessoas, sistemas e outros recursos. A estratégia
não é o único fator determinante do sucesso ou fracasso de uma empresa, a competência de sua
cúpula administrativa é tão importante quanto a sua estratégia.
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 19
PLANEJAMENTO:

Consiste em preestabelecer todas as atividades subseqüentes, mediante a especificação do que fazer


(o resultado a obter), como, por quem, onde, quando, com que recursos (humanos, materiais,
financeiros), em quanto tempo e como aceitar o produto e demais condições da execução, controle e
do acompanhamento da vida do produto.

Planejamento é elaborado em diferentes níveis de uma empresa, seu resultado é expresso em um


documento chamado de plano. É definir um futuro desejado a todas as providências necessárias
para a sua materialização:
• Coordenar fatos e eventos necessários
• Estabelecer prioridades e dependências
• Conhecer o “gargalo” ou caminho crítico
• É tomar no presente, decisões que afetarão o futuro
• Oportunidade de participação e comprometimento

Todo Planejamento deve responder no mínimo, as seguintes questões:


• Qual é o problema a ser solucionado ?
• Qual é o objetivo a ser atingido ?
• O que deverá ser feito ?
• Quando acontecerá ?
• Quanto custará ?
• Quem o fará ?
• Que Produtos ou Serviços serão conseguidos ?
• Quem é o responsável pelo aceite do que será feito ?

Pensar e agir em relação ao futuro é a essência do processo de planejamento. Planejar é tomar


decisões sobre o futuro.

Planejar é definir objetivos ou resultados a serem alcançados.


Planejar é definir meios para possibilitar a realização de resultados desejados.

O contrário de planejamento é improvisação.

Uma das razões para planejar é lidar com a incerteza do futuro. A incerteza é maior quando há
concorrentes tentando alcançar o mesmo objetivo: conquistar os mesmos clientes, desenvolver um
produto para o mesmo mercado ou assegurar o controle da mesma fonte de matéria-prima.

As empresas e outros tipos de organização, como países e igrejas, transformam-se, para crescer e
sobreviver, ou desaparecem. Tudo depende de sua capacidade de lidar com a mudança.
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 20
A decisão e a capacidade de lidar com o futuro por meio do planejamento refletem, portanto, uma
forma de inteligência.

FASES DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO:


1. Definição dos resultados a alcançar ou seja, definir com clareza o futuro que a empresa
deseja
2. Avaliação das condições internas e externas que favoreçam ou dificultam a consecução
desses resultados
3. Formulação de alternativas de ação
4. Avaliação das alternativas e a tomada de decisão para escolha da melhor alternativa
5. Detalhamento da alternativa escolhida

ANÁLISE DOS PONTOS FORTES E FRACOS DA EMPRESA:

FORTES:
São as variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa, em
relação a seu ambiente. Exemplo:

FRACOS:
São as variáveis internas e controláveis que provocam uma situação desfavorável para a empresa,
em relação ao seu ambiente. Exemplo:

ANÁLISE EXTERNA E INTERNA DA EMPRESA:


A Análise Externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em
termos de Oportunidades e Ameaças.

A Análise Interna tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa
que está sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da empresa que deverão ser
determinados diante da sua atual posição.

MISSÃO:
Razão de ser da empresa. Razão de sua criação e constituição. É a sua obrigação, os compromissos
e os deveres a cumprir.

É estabelecida em documento formal, sendo estatuto e regimento interno para as organizações


públicas ou, registros em cartório e em órgãos reguladores das diversas atividades para as
organizações privadas.

A missão define a razão de ser da empresa, e reflete os motivos pelos quais foi criada e é mantida.
A definição de missão significa responder à pergunta “por que existimos ?” Ela define como a
empresa vê suas responsabilidades e sua contribuição no atendimento às necessidades sociais. A
definição de missão reflete preocupações em destacar pontos específicos e relevantes no campo de
atuação de cada empresa em particular.
A missão deve ser definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente e não em
termos de oferecer algum produto ou serviço.

OBJETIVOS:
Plano que estabelece as definições que orientam mais especificamente as operações que fixam os
resultados a serem atingidos e mantidos.

Objetivo é o alvo ou ponto que se pretende atingir. Refere-se ao plano que estabelece as definições
que fixam os resultados a serem atingidos e mantidos. Exemplos: ser líder em determinado
segmento de mercado; manter a rentabilidade numa taxa de x% de retorno sobre os investimentos.
Numa empresa não há apenas um, mas vários objetivos que se integram numa ordem hierárquica.
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 21
PLANOS:
O resultado do processo de planejamento é a preparação de planos. Em essência, um plano é o
registro das decisões resultantes do processamento dos dados de entrada, pois estas decisões
precisam ser formalizadas e documentadas.

Um plano é um guia para a ação no futuro. O plano estabelece qual situação deverá ser alcançada, o
que precisa ser feito para alcançá-la e os recursos que serão aplicados nesse esforço.

De forma geral, um plano contém pelos menos os seguintes componentes:


• Objetivos
• Meios para realizar os objetivos
• Meios ou instrumentos de Controle

Formulação do resultado final da utilização de determinada metodologia. Documento formal que


consolida informações, atividades e decisões desenvolvidas no processo.

Documento que resulta de um planejamento, que substancia as decisões, tomadas em um


determinado momento em cada um dos níveis da organização e que visa à consecusão de objetivos
finais a serem alcançados sob determinadas condições.

Um plano é composto por projetos e de operações correntes, podendo ser estruturados em


programas, que subdivisões que permitem, agrupar as decisões e as ações por áreas afins ou por
objetivos setoriais ou relacionados entre si.

São planos feitos para as atividades não rotineiras. Por exemplo: Construção de uma nova fábrica.
Lançamento de um novo produto.

Os projetos são baseados em objetivos e estratégias e são necessários para o desenvolvimento do


planejamento estratégico.

Projeto pode ser considerado um trabalho com datas de início e término previamente estabelecidas,
coordenador responsável, resultado final predeterminado e no qual são alocados os recursos
necessários a seu desenvolvimento.

O plano de um projeto envolve as especificações de etapas, atividades e respectivos responsáveis


por sua execução, recursos, custos, prazos. Os projetos requerem mecanismos e técnicas gerenciais
próprias, pois sua execução não é repetitiva, envolve grande número de atividades diversificadas,
não rotineiras, interdependentes e exige conhecimentos específicos e equipes multidisciplinares
internas e externas à empresa.

Portfólio ou Carteira de Projetos é um conjunto de projetos onde não há vinculação direta entres
estes projetos.

ANÁLISE DO AMBIENTE:
A Análise Ambiental corresponde ao estudo dos diversos fatores e forças do ambiente, às relações
entre eles ao longo do tempo e seus efeitos ou potenciais efeitos sobre a empresa.

A análise das ameaças e oportunidades do ambiente é um dos pilares do planejamento estratégico.


Quanto mais competitivo, instável e complexo o ambiente, maior a necessidade dessa análise. Há
diversas maneiras de dividir o ambiente em componentes para facilitar a análise.

Os componentes que devem sempre ser considerados são os seguintes: ramo de negócio, ações do
governo, tecnologia, conjuntura econômica e sociedade.
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 22
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL:
Planejamento Estratégico é um processo intelectual, que consiste em estruturar e esclarecer a visão
dos caminhos que a organização deve seguir e os objetivos que deve alcançar. O processo de
planejamento aplica-se à organização em sua totalidade e também a cada uma de suas partes. Pode-
se então falar em estratégias de produção, de marketing, recursos humanos e assim por diante.

O conceito de Planejamento Estratégico, ou mesmo o conceito mais amplo de Estratégia sempre


estiveram presentes na atividade empresarial, ainda que de forma simples e não sistemática. Mesmo
na época em que a economia era menos complexa e a facilidade de colocação dos produtos no
mercado era maior, fica difícil de se imaginar que os empresários deixassem de fazer algum tipo de
prospecção sobre o futuro, ou que evitassem conhecer mais a fundo a natureza de seus negócios,
pois afinal, não há forma melhor para se definir os conceitos de Estratégia Empresarial e
Planejamento Estratégico do que:
• Conhecer a natureza do próprio negócio e as potencialidades dos mercados e da empresa;
• Procurar visualizar o futuro e se preparar para enfrentá-lo;

Com o processo de desenvolvimento, uma série de modificações passou a se verificar no cenário


empresarial. Dentre alguns, podemos mencionar:
• Maior complexidade nas relações econômicas, devido ao crescimento e/ou fusão de
empresas, criando a possibilidade de controle de preços e maior poder de influência no
mercado.
• Crises afligindo os mercados, mostrando os riscos a que os empresários se submetem se não
mantiverem constante vigilância sobre o cenário econômico.
• Surgimento de uma "opinião do consumidor", maior seletividade na compra de produtos,
maior exigência de qualidade e diversidade de produtos, e até o surgimento de movimentos
organizados de consumidores.

Planejamento é o processo que consiste em estabelecer todas as atividades subseqüentes, mediante a


especificação do que fazer (o resultado a obter), como, por quem, onde, quando, com que recursos
(humanos, materiais, financeiros), em quanto tempo e demais condições da vida de um produto ou
serviço.

O planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a


serem tomados para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado. Neste processo
dever-se-á considerar a empresa como um todo, bem como as relações com o ambiente. A sua falta
pode sepultar todo o planejamento pois a premissa básica do planejamento é a adequação da
empresa a seu ambiente, verificando como suas forças e energias atuam em situações de mudanças
interagentes.

TOMADA DE DECISÃO:
Uma decisão é uma escolha entre alternativas ou possibilidades. As decisões são tomadas para
resolver problemas ou aproveitar oportunidades. O processo de tomar decisões (ou processo
decisório) é a seqüência de etapas que vai da identificação de uma situação que prefere um
problema ou oportunidade, até a escolha e colocação em prática de uma ação ou solução.

O processo de tomar decisões para resolver problemas e aproveitar oportunidades, tem cinco fases
principais:
• Identificação do problema ou oportunidade
• Diagnóstico
• Geração de alternativas
• Escolha de uma alternativa
• Avaliação da decisão

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 23


Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 24
PROJETOS

DEFINIÇÃO:

São planos feitos para as atividades não rotineiras, não


repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de
eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um
objetivo claro e definitivo, sendo conduzido por pessoas dentro
de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos
envolvidos e qualidade.

Características:
• Empreendimento Não Repetitivo:
Evento, acontecimento que não faz parte da rotina da empresa. É algo novo para as pessoas
que irão realizar.
• Seqüência Clara e Lógica de Eventos:
Atividades encadeadas logicamente de modo a permitir que durante a execução, o
acompanhamento e o controle sejam precisos.
• Início, Meio e Fim:
Projeto não é uma rotina. Possui atributos temporais, tem início, durante e fim.
• Objetivo Claro e Definido:
Todo projeto deve possuir metas e resultados bem estabelecidos para serem atingidos em sua
finalização.
• Conduzido por Pessoas:
O cerne de todo projeto é o homem pois sem ele o projeto não existe.
• Utilizam Recursos:
Todo projeto utiliza recursos especificamente alocados para as suas atividades.
• Parâmetros Predefinidos:
Todo projeto necessita de valores pré-estabelecidos para referência para o projeto e sua
avaliação.
• Restrições:
Tempo, capital, recursos limitados
• Multidisciplinaridade:
Diferentes áreas da empresa, diferentes áreas de conhecimento, diferentes habilidades

Razões para Abordagem por Projetos:


• Competição (eficácia e eficiência)
• Padrões de Qualidade (ISO 9000, QT, CMM, INMETRO)
• Redução das margens de lucro
• Fatores tecnológicos
• Aspectos legais (SLA)
• Aspectos sociais (responsabilidade social, globalização)
• etc

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 25


Projetos Bem-Sucedidos:
Um Projeto bem-sucedido é aquele que é realizado conforme o planejado, é aquele feito com o
usuário e não para o usuário.
Não é somente quando o projeto ficou:
• Abaixo do orçado
• Concluído dentro do tempo previsto
• Ter utilizado recursos sem desperdícios
• Ter atingido qualidade

Mas também ter concluído com:


• O mínimo de alterações
• Aceitação sem restrições pelo contratante ou cliente
• Sem interrupções ou prejuízo nas atividades normais da organização
• Ter agregado valor não somente às equipes mas também à empresa

Projetos Mal-Sucedidos - Causas de Fracasso:


• Metas e Objetivos mal estabelecidos ou não compreendidos
• Pouca compreensão da complexidade do projeto
• Estimativas financeiras são pobres e incompletas
• O projeto é baseado em dados insuficientes ou inadequados
• O sistema de controle é inadequado
• O projeto não teve um gerente de projeto, ou teve vários
• Falta de liderança do gerente
• O projeto foi estimado com base na experiência empírica ou feeling dos envolvidos
• O treinamento e capacitação insuficiente
• etc

Causas de origem externa:


• Cenário político-econômico desfavorável
• Mudanças na tecnologia disponível
• Evolução nos preços e prazos
• Mudanças na estrutura organizacional da empresa
• etc

VISÃO GERAL:
Antes que você possa ser um bom 'gerente de projeto' e possa aplicar boas técnicas de
'gerenciamento de projetos', você deve estar seguro de que o trabalho que você está assumindo é, de
fato, um projeto. Algumas pessoas dizem que todo o trabalho é um projeto, mas não é exatamente
isto. Há realmente múltiplos tipos de trabalho – suporte (apoio), operações, gerenciamento,
projetos, etc.

O trabalho de suporte inclui manutenção sistemas, soluções ou processos que são atuais. Para
pessoas de desenvolvimento de TI, o trabalho de suporte consiste em responder a perguntas, ir às
reuniões regularmente agendadas, solucionar os problemas nos sistemas de produção, etc. Para o
pessoal de vendas, isto pode significar fazer chamadas diárias de vendas, movimentar contratos
através de um processo de aprovação, atualizar registros de chamadas, etc. Trabalho de operações
consiste no trabalho de rotina requerido para execução dos processos de negocio da empresa. Para
um encarregado de contas a receber, isto poderá significar verificação de contratos, de contas de
saldos, afixar notícias de jornal, fechar o sistema, etc. O trabalho de gerenciamento é requerido para
gerenciar e liderar pessoas e processos do negocio.

Os critérios-chave são de que este tipo de trabalho é continuo e é uma parte rotineira de seu
trabalho. Este é o trabalho que você faz hoje, fará amanhã, e daqui a um mês.
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 26
Por outro lado, os projetos não são rotineiros. A maior diferença dessas categorias do trabalho é que
os projetos, por definição, têm uma data de início e de término definidas. Existe um ponto de tempo
no qual o trabalho não existiu (antes do projeto), existe (o projeto), e não existe outra vez (após o
projeto). Esta é a chave para determinar se um trabalho é um projeto. Entretanto, outras
características de um projeto incluem um Escopo definido, um orçamento finito, um resultado final
específico (ou deliverables) e recursos designados. Outra característica de um projeto é que o
trabalho é único. Mesmo se um projeto for semelhante a outro, ele não é exatamente o mesmo
porque as circunstâncias mudam, e porque as coisas são sempre diferentes quando você está lidando
com pessoas.

Dito isto, você deve conhecer a prática. Na teoria, os projetos podem ter uma hora, 100 horas ou até
100.000 horas. Então, você deve reconhecer que, embora a criação de um deliverable (resultado
esperado) pequeno seja um projeto, a mesma não necessita da estrutura e da disciplina de um
projeto maior. Um projeto de uma hora, você "somente executa". Toda a análise e o projeto estão
na sua cabeça. Para um projeto de vinte horas você, na maior parte, 'simplesmente executa'.

Entretanto, agora você poderá necessitar planejar um pouco, comunicar-se um pouco, talvez tratar
um pouco dos problemas. Um projeto de cem horas resulta em demasiado trabalho de planejamento
e controle.

Por exemplo, você necessita começar a definir o trabalho e construir um workplan simples. Um
projeto de 5.000 horas necessita toda a disciplina do gerenciamento de projetos. No outro extremo,
um projeto de 100.000 horas provavelmente possui muitas coisas para colocarmos nossas cabeças
em torno dele. Este requer que você divida o projeto maior em projetos menores, mas relacionados,
para que todo o trabalho seja executado.

Certifique-se de que você possui um projeto e de que você está utilizando a disciplina e o rigor
necessários com base no tamanho do projeto.

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 27


GERENCIAMENTO DE PROJETOS:

De acordo com o A Guide to the Project Management Body of Knowledge – 2000 Edition, [Project
Management Institute (PMI®) December 2000], Gerenciamento de Projetos “é a aplicação de
conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto a fim de atender os
requisitos do projeto”. Este conceito é melhor compreendido através dos grupos de processos que o
compõem: Iniciação, Planejamento, Execução, Controle e Encerramento.

Os elementos-chave do gerenciamento de projetos:


Os elementos-chave do gerenciamento de projetos são stakeholders, áreas de conhecimentos,
ferramentas de gerenciamento e técnicas.

Stakeholders são todos os indivíduos envolvidos e afetados pelas atividades do projeto, e incluem o
patrocinador (sponsor) do projeto, o gerente do projeto, a equipe que vai implementar ou
desenvolver o produto ou serviço do projeto, os clientes e os usuários. Saber gerenciar as
necessidades e as expectativas dos stakeholders desde o começo até o fim do ciclo de vida do
projeto é um fator de sucesso. Gerentes de projetos devem trabalhar em sintonia com os
stakeholders para garantir que as suas expectativas e necessidades sejam atendidas.

A maioria dos conhecimentos necessários para gerenciar projetos é único da disciplina de


gerenciamento de projetos. No entanto, os gerentes de projeto devem também ter conhecimento e
experiência em gerenciamento geral e devem conhecer bem a área de aplicação do projeto.

Benefícios do gerenciamento de projetos


Inúmeros são os benefícios que o gerenciamento de projetos oferece para as empresas. Destacamos
os seguintes:
• Evita surpresas durante a execução dos trabalhos;
• Permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas, uma vez que toda a
metodologia sta sendo estruturada;
• Antecipa as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para que ações
preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que essas situações se consolidem como
problemas (proatividade);
• Adapta os trabalhos ao mercado consumidor e ao cliente;
• Disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos;
• Agiliza as decisões, já que as informações estão sendo estruturadas e disponibilizadas;

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 28


• Aumenta o controle gerencial de todas as fases a serem implementadas devido ao
detalhamento ter sido realizado;
• Facilita e orienta as revisões e estrutura do projeto que forem decorrentes de modificações
no mercado ou no ambiente competitivo, melhorando a capacidade de adaptação do projeto;
• Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários;
• Documenta e facilita as estimativas para futuros projetos.

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 29


SISTEMAS DE INFORMAÇÃO:
Sistema de Informação é um componente do Sistema Empresa. É uma rede, uma grande teia
espalhada na organização inteira, utilizada por todos os componentes do sistema empresa. Pela
definição de sistema, um sistema de informação também é formado por vários subsistemas.

O comportamento do sistema empresa é diretamente afetado, em termos de eficiência e eficácia,


pela qualidade das decisões, as quais por sua vez, são influenciadas pela qualidade do seu sistema
de informação.

O objetivo de um Sistema de Informação é permitir que cada funcionário de uma organização tenha
a informação necessária para melhorar a qualidade de seu trabalho, seja ela para que o mecânico
conserte um veículo ou para que um presidente escolha determinado plano. Além disso, é objetivo
do Sistema de Informação maximizar o uso das informações dentro da organização, estimulando o
trabalho cooperativo dos departamentos em busca de melhorias para a organização como um todo.

Para atingir estes objetivos, o Sistema de Informação envolve: a coleta, preservação, classificação e
indexação dos dados e posterior divulgação destes dados em forma de informação. Informações que
são importantes para o bom andamento da organização.
Para estabelecer o que é importante, deve-se verificar o que exatamente a organização produz
(produto ou serviço), para quem ele produz (o cliente) e quais os objetivos da organização.
A crescente concorrência ainda estabeleceu o tempo como elemento diferenciador: não basta
possuir a informação, é necessário trabalhá-la devidamente e aplicar o mais rápido possível o
conhecimento dela obtido.
Podemos encontrar nas empresas, Sistemas de Informação informatizados e não informatizados. A
utilização da Tecnologia da Informação e Comunicação os tornam informatizados. A informática é
uma ferramenta que melhor permite trabalhar a informação, facilitando o armazenamento,
processamento e recuperação da mesma, tudo isso com alta velocidade. Entretanto, informatizar um
sistema de informação mal-estabelecido é garantir maior agilidade para o problema, e não para a
solução.
Para garantir a aplicação coerente da informática é preciso assegurar que o dado correto está sendo
armazenado, que o processamento necessário à empresa está sendo empregado, que a informação
pertinente está sendo recuperada e primordial, que os resultados de tudo isso estão sendo
corretamente aplicados na evolução da organização. Por isso mesmo é fundamental manter uma
avaliação contínua do uso da informação gerada pelos sistemas, efetuando as modificações
necessárias para mantê-lo produtivo dentro do processo informacional.
Os sistemas de hoje precisam ser continuamente alterados com rapidez para atender as necessidades
do mercado e, apresentar as informações necessárias para a cúpula executiva. Caso contrário, a
organização corre o risco de perder a concorrência.
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 30
Ao setor de informática cabe uma mudança de pensamento: não existe mais o usuário mas sim o
cliente da informação, um elemento com necessidade de informação e capacidade de transformá-la
em conhecimento aplicável a organização.
A informatização de uma organização somente poderá auxiliá-la caso haja pessoal adequado para
fazer uso da informação gerada pelos sistemas informatizados, criando um conhecimento que
extrapole o indivíduo e que possa ser armazenado como conhecimento institucional.

DEFINIÇÕES:
Sistema de Informação (em inglês, Information System) é a expressão utilizada para descrever um
sistema automatizado (que pode ser denominado como Sistema de Informação Computadorizado),
ou mesmo manual, que abrange pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para coletar e
processar dados, produzir, transmitir e disseminar informação aos usuários. Sistemas de Informação
contém informações sobre pessoas, locais e coisas significativas para a aorganização ou para o
ambiente que a cerca, auxiliam as empresas a entender seu alcance a locais distantes, oferecer novos
serviços e produtos, reoaganizar fluxo de tarefas e trabalho e, talvez, transformar radicalmente o
modo como conduzem os negócios.

Um Sistema de Informações pode ser então definido como todo sistema usado para prover
informação (incluindo o seu processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação.
Um sistema de informação possui vários elementos inter-relacionados que coletam (entrada),
manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um
mecanismo de feedback.

Os Sistemas de Informação estão difundidos por todas as funções organizacionais. Eles são usados
por áreas como contabilidade, finanças, vendas, produção e assim por diante. Em conseqüência,
esse uso generalizado aumenta a necessidade por novos sistemas cada vez mais complexos e por
profissionais com conhecimento no seu desenvolvimento e gerenciamento.

ATIVIDADES ENVOLVIDAS:
O tipo de trabalho previsto em Sistemas de Informação abrange a administração do fluxo de
informações geradas e distribuídas por redes de computadores dentro de uma organização. Suas
responsabilidades em uma empresa podem abranger o planejamento e organização do
processamento, armazenamento, recuperação e disponibilização das informações. Este trabalho
também abrange funções relacionadas a suporte aos usuários e infra-estrutura tecnológica.
No âmbito do desenvolvimento de sistemas, o trabalho em Sistemas de Informação inclui gestão de
projetos, levantamento de requisitos, análise, especificação, projeto/desenho (no sentido de design)
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 31
do sistema, programação, testes, homologação, implantação e acompanhamento dos sistemas
solicitados pelos seus usuários/clientes.

ELEMENTOS OU COMPONENTES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO

DADOS:
Dado é entendido como um elemento da informação, é a matéria-prima bruta cuja principal
finalidade reside na obtenção da informação. É um conjunto de letras, números ou dígitos, imagens
e sons que tomado isoladamente não transmite nenhuma informação ou conhecimento, ou seja, não
contém um significado claro. Apesar de não transmitir informação, os Dados podem ser usados para
representar e registrar fatos ou objetos como, por exemplo, o nome de um cliente, número de
pedidos de venda, a data de início de um projeto, a idade de um funcionário, etc.
Os dados são peças puramente descritivas ou quantitativas: não julgam, não interpretam nem
orientam sobre o que fazer com eles.

PROCESSOS:
É um conjunto de ou seqüência de atividades interligadas, com começo, meio e fim, que utiliza
recursos, como trabalho humano e equipamentos, para fornecer produtos e serviços. Um Processo é
uma estrutura de ação de um sistema.

Todas as organizações podem ser desmembradas em processos. Alguns Processos comuns, que se
encontram na maioria das organizações, são as seguintes: Produção, Vendas, Recursos Humanos,
Finanças.

Em Sistemas de Informação, Processo é um conjunto de Recursos (humanos, materiais,


financeiros) e Atividades (trabalhos, tarefas) inter-relacionados que transformam Entradas
(DADOS) em Saídas (INFORMAÇÃO).

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 32


Recursos:
São os meios integrantes do processo necessários para que os resultados possam ser produzidos a
partir das entradas. Os elementos dos recursos podem compreender, por exemplo, pessoal, finanças,
utilidades, equipamentos, métodos, programas de computador, sistemas de informação, etc.
Sinteticamente, os recursos são classificados em três categorias: financeiros, humanos e materiais,
de amplo emprego entre nós, na indústria, no comércio, na economia em gral, no serviço público,
etc.

Atividades:
É “qualquer ação ou trabalho especifico” exercido sobre as entradas ou providos pelos recursos do
processo, com a finalidade de obter as saídas. Pode-se afirmar que nem todos os insumos ou
entradas são necessariamente transformados em resultados ou produtos, como consta das
definições. Os elementos das atividades podem compreender conhecimentos, habilidades, técnicas,
gerenciamento, serviços, etc.

Procedimentos:
Procedimentos também chamados rotinas ou normas, são descrições detalhadas de seqüências de
atividades, que devem ser realizadas para que um objetivo possa ser cumprido.

Os Procedimentos procuram reduzir ao mínimo as possibilidades de erro e, para isso, definem com
precisão o comportamento a ser seguido.

Os Procedimentos padronizam a conduta das pessoas, uniformizando o processo de tomar decisões


para resolver determinados tipos de problemas.

Os Procedimentos evitam que um mesmo problema seja resolvido de maneira diferente por
diferentes pessoas, ou em diferentes lugares.

INFORMAÇÃO:
São dados tratados, processados, apresentados de forma inteligível às pessoas que irão utiliza-los.
Em dados processados podermos entender como dados organizados, classificados, ordenados,
relacionados ou interpretados dentro de um contexto exprimindo significado.

O processo de definição de relacionamentos de dados exige dos profissionais que trabalham com
Sistemas de Informação um conhecimento específico e parte desse conhecimento baseia-se na
compreensão do processo de conversão dos dados em informação. Portanto, o profissional de SI
deve compreender a informação como dados que se tornam úteis quando aplicados com
conhecimento.

De uma maneira geral, as informações se apresentam em grande volume atualmente,


disponibilizadas nos mais diversos meios de comunicação, exigindo de todos a seleção e
organização das informações para sua efetiva utilização.

A Informação é todo o dado trabalhado, útil, tratado, com valor significativo atribuído ou agregado
a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação. Quando a informação é
“trabalhada” por pessoas e pelos recursos computacionais, possibilitando a geração de cenários,
simulações e oportunidades, pode ser chamada de conhecimento.

A informação torna-se assim uma ferramenta poderosa de gestão, daí sua importância para todas as
organizações que desejam atuar de forma consistente no mercado, desenvolvendo bancos de dados e
outros sistemas que são continuamente atualizados para servirem como fonte para a tomada de
decisões estratégicas. Constitui-se na base fundamental para a proposição de projetos eficazes,
constituindo-se em valor estratégico para as corporações, uma vez que é a partir dela, de sua
qualidade e confiabilidade, que se podem orientar os caminhos a serem seguidos.
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 33
Características da Informação:
A informação é cada vez mais um recurso estratégico, na medida em que pode diferenciar a
competitividade de uma pessoa ou de uma empresa no mercado. Sendo um recurso de natureza
estratégica para a empresa deve ser gerenciado com métodos, metodologias, ferramentas e pessoal
adequados para garantir a sua qualidade.

Quando uma informação não é suficientemente precisa ou completa, um profissional pode tomar
decisões equivocadas, podendo gerar grandes prejuízos sociais e/ou econômicos. Por esse motivo, a
importância da informação pode apresentar diferenças dependendo do valor que é atribuído para
cada uma de suas características de qualidade. Dentre as características de valor que podemos
atribuir a informação podemos destacar:

Confiável: A informação não contém erro. Uma informação imprecisa normalmente é originada
por dados imprecisos que alimentam o processo; A imprecisão pode estar presente também nos
processos.

Oportuna: A informação deve ser gerada e disponibilizada em tempo hábil;

Acessível: A informação deve ser facilmente acessível aos usuários autorizados, que podem obtê-la
na forma correta e no tempo certo;

Segura: A informação deve ser segura para possibilitar o seu acesso apenas pelos usuários
autorizados.

DOCUMENTO:
È o nome genérico de qualquer meio de contenha informação. Pode ser um impresso (livro, jornal,
relatório, formulário, etc), uma gravação (som, voz, imagem) ou um objeto (amostra, esqueleto,
maquete, etc). Documentação vem a ser um conjunto de documentos, por exemplo, a documentação
de um projeto.

COMUNICAÇÃO:
É um conjunto de técnicas, procedimentos e ferramentas para a disseminação de informação,
independente do documento que a contenha. O processo de disseminação das informações visa com
seus canais de comunicação, assegurar que elas cheguem aos destinatários nas condições previstas,
especialmente quanto aos prazos e ao conteúdo, que devem ser adequados às necessidades de quem
as recebe.

A comunicação ordena, sistematiza e acompanha todo o ciclo de vida da informação: da entrada dos
dados, do processamento dos dados e até a saída das informações.

A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é a ferramenta que proporciona condições às


comunicações para que ela funcione. Trata-se de um meio, um instrumento sofisticado atualmente,
pelo qual a comunicação seja realizada. A Tecnologia é um instrumento, uma atividade-meio. A
atividade fim é a comunicação, que bem empregada, é um dos fatores que geram e difundem
conhecimento.

CONHECIMENTO:
Informação devidamente tratada. São informações analisadas e avaliadas sobre a sua confiabilidade,
relevância e importância. É obtido pela interpretação e integração de várias informações. Não é
estático, modifica-se pela interação com o ambiente da empresa e do indivíduo, processo
denominado aprendizagem.

O conceito de Conhecimento complementa o de informação com valor relevante e de propósito


definido. O conhecimento é uma informação valiosa da mente humana, que inclui reflexão, síntese
Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 34
e contexto. Normalmente é de difícil estruturação, trabalhosa captura em máquinas, freqüentemente
tácito ou subentendido, de transferência dificultosa e complexo de gestionar (DAVENPORT &
PRUSACK, 1998).

COMPETÊNCIA:
Conjunto de conhecimentos a respeito de um determinado tema utilizado para a resposta ao sistema.
Competências são também habilidades e atitudes necessárias para uma pessoa ou grupo de pessoas
desempenhar atividades. As competências desenvolvem-se por meio de experiência profissional,
educação formal e informal e convivência familiar e social.

Para produzir, processar e utilizar informações, as pessoas aplicam suas competências ou


habilidades intelectuais. Em essência, as habilidades intelectuais referem-se a todas as formas de
raciocinar. São as competências usadas para elaborar conceitos, fazer análises, planejar, definir
estratégias e tomar decisões.

INTELIGÊNCIA:
Conhecimento sintetizado e aplicado a uma determinada situação, usado com julgamento e intuição
pelo tomador de decisão e visualização completa da situação. Constitui-se numa atividade
puramente humana, com base na experiência e intuição, obtida/desenvolvida pela capacidade de
síntese.

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IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS:
Sistema de Informação é essencial para a sobrevivência e sucesso das empresas modernas. Seus
processos de tomada de decisão para criação de novos produtos e serviços; para atuação em
novos mercados (nichos); para conquistar e manter clientes e fornecedores, devem ser muito
mais eficientes e eficazes devido a crescente velocidade dos negócios e a evolução
tecnológica, onde quatro grandes mudanças no âmbito mundial estão alterando o Ambiente
Empresarial:
1. Globalização
2. Transformação das Economias Industriais
3. Transformação da empresa
4. Internet (empresas digitais)

PRINCIPAIS APLICAÇÕES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS:


Os Sistemas de Informação podem ser classificados pela função organizacional específica a que
atendem, bem como pelo seu nível organizacional.

Nos diferentes Níveis Organizacionais:


• Sistemas de Informação Operacional: tratam das transações rotineiras da organização
• Sistemas de Informação Gerencial: agrupam e sintetizam os dados das operações da
organização para facilitar a tomada de decisão pelos gestores da organização
• Sistemas de Informação Estratégicos: integram e sintetizam dados de fontes internas e
externas à organização, utilizando ferramentas de análise e comparação complexas,
simulação e outras facilidades para a tomada de decisão da cúpula estratégica da
organização

Nas diferentes Áreas ou Funções Organizacionais:


• Sistemas de Informação Financeiro (ou de Finanças)
• Sistema de Informação de Produção

Nos diferentes Processos das Funções Organizacionais:


• Sistema de Informação de Contas a Pagar
• Sistema de Informação de Contas a Receber

VANTAGENS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO:


Em um Sistema, várias partes trabalham juntas visando um objetivo em comum. Em um Sistema de
Informação não é diferente, porém o objetivo é um fluxo mais confiável e menos burocrático das
informações.

Em um Sistema de Informação bem construído, suas principais vantagens são:


• Acesso rápido às informações;
• Garantia de integridade e veracidade da informação;
• Garantia de segurança de acesso à informação;
• Informações de boa qualidade, essenciais para uma boa tomada de decisão.

Observações: Um Sistema de Informação não precisa ter essencialmente computadores envolvidos,


basta ter várias partes trabalhando entre si para gerar informações.

Ele pode ser tanto manual quanto baseado em TI, ou uma mescla dos dois. Acontece que um
Sistema de Informação grande dificilmente sobrevive atualmente sem estar informatizado, o que
por si só não elimina o fator humano no processo. É a interação dos componentes da TI com o
componente humano que faz com que um Sistema de Informação tenha funcionalidade e utilidade
para a organização.

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INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

São as relações de interdependência entre os subsistemas, que resultam


principalmente na troca de informações entre eles. Estas relações são
necessárias para o funcionamento efetivo das funções empresariais e
respectivos sistemas de informação.

Atualmente é muito difícil encontrar um subsistema isolado e completamente independente dentro


de uma empresa. Sendo assim, necessariamente implica no uso de equipamentos de eletrônicos de
processamento de dados e respectivos recursos de Tecnologia da Informação.

Com a utilização destes recursos, é plenamente possível construir um sistema integrado pelos vários
subsistemas de empresa que considere as suas funções empresariais internas, tais como Produção
e/ou Serviços, Comercial, Financeira, Materiais, Recursos Humanos e Jurídico Legal.

Existem limitações de integração quando se leva em conta os fatores e sistemas externos ao meio,
pois muitas dessas informações são aleatórias, desestruturadas e assistemáticas, tendo em vista que
não existem padrões nacionais efetivamente usados consensualmente.

Integração também pode ser chamada e conhecida como visão sistêmica, abordagem sistêmica,
visão de floresta, engrenagem empresarial, sinergia da informação ou conjunto harmônico das
funções empresariais.

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A ANÁLISE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO:

A análise de Sistemas de Informação é o estudo de um problema de


informação de uma Organização (Empresa) que possa ser resolvido com o
uso das Tecnologias da Informação e Comunicação.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO:

Conceito: conjunto de recursos computacionais para manipular dados e gerar informações e


conhecimentos.

As empresas na atualidade perseguem três metas básicas: Redução do esforço do trabalho, Aumento
da produtividade, Melhoria da qualidade. Para tal, implementam a Tecnologia da Informação e
Comunicação.

Componentes da TIC:
Hardware e seus dispositivos e periféricos;
Software e seus recursos;
Sistemas de telecomunicações;
Gestão de dados e informações

Todos estes componentes interagem e necessitam do componente funcional, o Recurso Humano


(pessoas), conhecido como peopleware ou humanware.

Evolução da TIC:

Era Transacional (1960-1970): o uso da TI com enfoque contábil, por meio da execução de
uma série complexa de cálculos e equações;

Era Informacional (1970-1990): uso dos computadores. Proliferam os CPDs; surgiram os


Bancos de Dados;

Era do conhecimento (início dos anos 90): a TI torna-se estratégica nos mercados
competitivos, surgindo inúmeras aplicações em setores-chaves (planejamento, marketing,
RH e automação de escritórios).

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Seja como um gerente da área de informática (CIO-Chief Information Officer) ou como um
executivo de negócios (CEO-Chief Executive Officer), é necessário estar familiarizado com os
elementos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) pois é através da utilização destes
que irá conceber, construir e manter Sistemas de Informação, o seu sucesso ou fracasso muitas
vezes está relacionado na seleção e utilização, correta ou não, da Tecnologia da Informação.
A infra-estrutura de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) provê a fundação ou
plataforma sobre a qual a empresa pode e montar seu sistema de informação. Cada organização
deve projetar e administrar cuidadosamente sua infra-estrutura de TIC, de modo que contenha o
conjunto de serviços tecnológicos necessários para o trabalho que quer realizar com o sistema de
informação.

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O PROCESSO DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO:

Análise é o estudo, a observação de uma realidade, quebrando-a em partes menores, para


perceber sua composição e estabelecer uma identificação das partes observadas. É a decomposição
de algo que não se conhece, em algo (partes) que se conhece. É o “dividir para conquistar”. Após a
análise, realiza-se a etapa de síntese, que consiste na montagem das partes conhecidas, chegando
assim ao todo conhecido.

Existem várias formas de estudo, de observação de uma realidade; estudaremos no nosso curso,
duas destas formas. Uma é a observação de uma realidade através dos seus procedimentos ou seja,
observação através de COMO são feitas as coisas; outra forma seria a observação desta mesma
realidade, a partir do COM O QUE são feitas as coisas.

FORMAS DE ANÁLISE DE SISTEMAS:

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1. ORIENTADO A PROCEDIMENTOS:

É o estudo de uma realidade, a empresa, através dos seus procedimentos, funções e


atividades, ou seja, é a preocupação de COMO são feitas as “coisas”. É a tentativa de representar,
descrever, imitar uma empresa através de um modelo, o modelo de procedimentos. Um exemplo de
modelo de procedimentos muito utilizado em análise de sistemas é o DFD (Diagrama de Fluxo de
Dados). O DFD é um modelo em forma de diagrama empregado na representação dos
procedimentos de um determinado contexto (sistema) da empresa, possui vários níveis de
detalhamento, da visão geral até o detalhamento lógico dos procedimentos (fluxograma). A
modelagem de procedimentos é uma técnica muito utilizada pela metodologia de análise conhecida
como Análise Estruturada de Sistemas.

2. ORIENTADO A DADOS:

No decorrer de 20 anos de uso de técnicas para o desenvolvimento de sistemas, no qual a


idéia central era analisar com base nos processos atuais apresentados no ambiente do usuário, e nos
propostos para chegar ao sistema final, começou-se a notar que os processos dentro de uma
empresa, corporação, repartição, etc, eram fortemente influenciados pelo meio ambiente externo aos
locais de utilização destes processos.

Com estas observações conclui-se que os dados desenvolvidos em cada processo eram
externamente estáveis, se comparados com os processos. Esta estabilidade era devido ao fato de que
os dados só sofrem algum tipo de mudança no momento em que o negócio também muda e/ou
evolui.

Como o centro desta abordagem é o Dado, a idéia principal é levantar as estruturas de dados que
vão dar origem aos bancos de dados, provendo um fácil acesso aos mesmos. O suporte desta
abordagem está baseado na técnica de Modelagem de Dados, desenvolvida inicialmente por Peter
Chen em 1976, denominada Modelo Entidade-Relacionamento (MER).

Esta técnica de análise é o estudo de uma realidade, a empresa, a partir do seu acervo de dados; ou
seja, a preocupação é com O QUE são feitas as “coisas”. É a tentativa de representar, descrever
uma empresa, através de um modelo, o modelo de dados. Esta técnica de modelagem é muito
utilizada pela metodologia de análise conhecida como Engenharia da Informação.

O acervo de dados de uma empresa é inerente a natureza da empresa (setor, ramo de atividade);
para que ocorra uma mudança significativa neste acervo, torna-se necessário que a mesma mude sua
atividade-fim, por exemplo: em uma indústria metalúrgica, seus dados somente irão mudar, quando
a mesma se transformar em uma empresa agrícola ou fechar e abrir como um ferro-velho. Um
banco, enquanto continuar operar como um banco, basicamente mexe sempre com os mesmos
assuntos.

O mesmo não ocorre com os procedimentos, que podem sofrer mudanças, mesmo a empresa não
mudando sua atividade-fim. Este fato leva a análise de uma empresa, através de seus dados, a
produzir um Modelo mais seguro e estável.

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CONCLUSÃO:

Estas duas metodologias não são mutuamente exclusivas e sim mutuamente


complementares. Um sistema de informação irá refletir melhor uma realidade quando esta for
analisada, modelada por estas duas metodologias; analisando a empresa ou uma área de negócio da
mesma através do seu acervo de dados e os procedimentos que agem sobre os mesmos.

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COMPARTILHAMENTO DA INFORMAÇÃO:
Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair dele e está se enxugando.
A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem vai atender a
porta, a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o vizinho
Pedro em pé na soleira. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Pedro diz: "Eu lhe dou "$ 800
Reais" se você deixar cair esta toalha!"
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Pedro então entrega a
ela os 800 Reais prometidos e vai embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola
de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
-"Quem era?"
"Era o Pedro, o vizinho da casa ao lado." - diz ela.
O marido pergunta - " Ótimo! Ele lhe deu os 800 Reais que estava me devendo ? "

Moral da história:

Se você compartilha as informações a tempo, você pode prevenir "exposições" desnecessárias!!!

DEFININDO O FLUXO DE INFORMAÇÕES:

Um dos maiores problemas enfrentados atualmente pelas organizações é


determinar com segurança quais são as informações necessárias para
atender às necessidades dos trabalhos em realização. Ao mesmo tempo,
existem inúmeras dúvidas quanto à legitimidade ou não da eliminação de
informações, assim como sobre a existência de prazos oficiais sobre sua
preservação.

A solução desses problemas requer que seja dedicada uma atenção


especial ao Fluxo de Informações, empregando-se técnicas de Gestão
Documental, que permita analisar o valor e a importância das informações nos processos de
trabalho.

O Fluxo de Informações compreende todas as ações e todos os movimentos que são praticados com
respeito aos documentos, desde a sua elaboração e/ou recepção até o seu destino final: preservação
e/ou eliminação. Dessa forma, o Fluxo de Informações gera e transmite os dados necessários para a
operação de vários Órgãos Internos que executam desde trabalhos bem simples aos altamente
complexos. Os dados existentes no Fluxo de Informações percorrem sempre os mesmos caminhos:
recebidos e/ou gerados, processados, transmitidos e/ou guardados. Os tratamentos variam,
formalmente ou informalmente, conforme estejam ou não disciplinados, muitas vezes integrados,
outras não, de acordo com uma maior ou menor preocupação voltada para isso.

Uma análise das informações que circulam numa organização deverá envolver todos os cargos,
altos ou baixos. Até certo ponto, todo funcionário acumula, transfere, usa ou arquiva informações.
À medida que tais atividades forem formalmente reconhecidas como parte do trabalho que compete
a cada cargo, teremos determinado a importância e responsabilidade de tais informações.

O Fluxo de Informações, portanto, caracteriza-se como um ponto-chave para a fixação de critérios


de organização de arquivos, controle de informações, definição de prazos de arquivamento e
destruição e análise das rotinas com vistas ao seu aprimoramento, padronizando-o o mais possível,
simplificando-o dentro dos limites de segurança e presteza da informação, a fim de operá-lo com o
menor custo e a maior velocidade, com informações necessárias e suficientes, eliminando-se as
desnecessárias e estabelecendo-se, dessa forma, o valor das informações.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO:
O Século XX é considerado aquele do advento da Era da Informação. A partir de então, a
informação começou a fluir com velocidade maior que a dos corpos físicos. Desde a invenção do
telégrafo elétrico em 1837, passando pelos meios de comunicação de massa, e até mais
recentemente, o surgimento da grande rede de comunicação de dados que é a Internet, o ser humano
tem de conviver e lidar com um crescimento exponencial do volume de dados disponíveis.

O domínio da informação disponível é uma fonte de poder, uma vez que permite analisar fatores do
passado, compreender o presente, e principalmente, antever o futuro.

Os sistemas de informações são tão antigos quanto há nossa própria existência, pois deles somos
formados, informados e transformados A Tecnologia da Informação tem participado das
nossas vidas de forma tão determinante e intrínseca o momento atual em que vivemos é
denominado, por muitos, de Era da Informação. Jon Naisbitt no seu livro Megatrends 2000
marca o ano de 1956 como o começo da sociedade da informação, pois pela primeira vez na
história dos americanos, a quantidade de Executivos superou a de operários.

Segundo Crawford (1994), a sociedade passou por quatro momentos econômicos diferentes.

1. O primeiro foi a sociedade primitiva, baseada numa visão natural do mundo, cujas
principais atividades econômicas eram a colheita, a caça e a pesca.
2. O segundo momento foi à sociedade agrícola, formada num sistema político feudal, baseada
em crenças religiosas, quando o conhecimento era concentrado em matemática e
astronomia.
3. O terceiro momento foi a sociedade industrial, caracterizada pela valorização do capital
físico e da mão-de-obra com habilidades específicas. A imprensa e a televisão eram os
principais meios de comunicação.
4. O quarto momento, tido como presente é representado pela sociedade do conhecimento, que
compartilha ilimitados meios eletrônicos de comunicação e tem como principal atividade
econômica a prestação de serviços baseados no conhecimento. Outra característica desta era
é a valorização do indivíduo, capaz de transformação contínua e de crescimento. O capital
humano é o recurso fundamental.

Vejamos a seguir sua evolução ao longo do tempo.

PRÉ-HISTÓRIA:
Antes da popularização dos computadores, os sistemas de informação nas organizações se
baseavam basicamente em técnicas de arquivamento e recuperação de informações de grandes
arquivos. Geralmente existia a figura do "arquivador", que era a pessoa responsável em organizar os
dados, registrá-los, catalogá-los e recuperá-los quando necessário.
Esse método, apesar de simples, exigia um grande esforço para manter os dados atualizados bem
como para recuperá-los. As informações em papéis também não possibilitavam a facilidade de
cruzamento e análise dos dados. Por exemplo, o inventário de estoque de uma empresa não era uma
tarefa trivial nessa época, pois a atualização dos dados não era uma tarefa prática e quase sempre
envolvia muitas pessoas, aumentando a probabilidade de ocorrerem erros.

PRIMEIRA E SEGUNDA GERAÇÃO:


A Primeira Geração é caracterizada pelo surgimento dos Sistemas de Informações Operacionais ou
Orientados à Operação (ou Transações), automatizados através de grandes computadores (em seu
início) e mais à frente migrado para microcomputadores.

A Segunda Geração é caracterizada pelo surgimento Sistemas de Informações Gerenciais (SIG) e


Sistemas de Apoio a Decisão ou Sistemas de Informações Estratégicas.

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PERFIL PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO:
O bom desempenho de uma empresa ou instituição depende, quase que de maneira essencial, do
fluxo “adequado” de informações, em todos os níveis, do operacional ao gerencial. O acesso aos
dados corretos, no momento oportuno, é decisivo para a organização atingir aos seus objetivos.

Daí a importância do profissional de Sistemas da Informação, encarregado de planejar, desenvolver,


implantar, manter e administrar os sistemas computacionais que geram informações para a tomada
de decisão das empresas.

O profissional dessa área está qualificado a administrar centros de suporte a usuários de


computador; gerenciar projetos de sistemas da informação, recursos da Internet, Extranet ou
Intranet; planejar, selecionar e implantar soluções/aplicativos para as empresas, utilizando diversos
sistemas e tecnologias; além de controlar a qualidade do software.

O Profissional de Sistemas de Informação deve ter um sólido conhecimento técnico para absorção
de novas tecnologias, metodologias de sistemas de informação, ferramentas de hardware e software,
além de conhecimentos gerais de gestão empresarial.

Sendo o profissional de Sistemas de Informação responsável pelo planejamento, desenvolvimento,


implantação, manutenção e administração dos sistemas computacionais que geram informações
para o processo de tomada de decisões por todos os níveis organizacionais, seu futuro é promissor e
a sua carreira vai seguir o próprio crescimento dos negócios, independentemente do ramo de
atuação ou porte da empresa e do nicho de mercado.

As habilidades, competências e atitudes esperadas do profissional são:


* ter visão sistêmica e multidisciplinar;
* agir com ética;
* expressar–se com coerência e objetividade;
* dominar as várias formas de expressões específicas de sua área;
* saber trabalhar em equipe;
* ter a capacidade de absorver novos conhecimentos e tecnologias no decorrer de sua vida
profissional;
* ter atitude empreendedora;
* ter raciocínio lógico”.

Mercado de Trabalho:
Pesquisa realizada em 2006 no evento ITForum, envolvendo os executivos de algumas das maiores
corporações do País, o estudo aponta o Analista de Negócios ou Informação como o profissional
mais requisitado pelo setor de Tecnologia da Informação. “O Analista de Informação já é alvo de
42% das empresas, sendo considerado o mais procurado para se compor uma equipe de TI e um
recurso estratégico para as empresas”.
O mercado está em expansão, já que cada vez mais se tem a necessidade de organizar o fluxo de
informações e de processos de gestão. “Ter as informações de forma organizada e rápida torna a
empresa mais competitiva”.

Ambiente Empresarial – Sistemas de Informação. Pág. 45


BIBLIOGRAFIA

Livro 1:
Maximiano, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. Atlas. 2004. 6 edição, 2 tiragem.
433 páginas.

Livro 2:
Arantes, Nélio. Sistemas de Gestão Empresarial – Conceitos Permanentes na Administração de
Empresas Válidas. Atlas. 1998. 2 edição. 5 tiragem. 439 páginas.

Livro 3:
Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de. Oliveira. Planejamento Estratégico – Conceitos
Metodologia Práticas. Atlas. 2001. 16 edição. 337 páginas.

Livro 4:
Valeriano, Dalton. Moderno Gerenciamento de Projetos. Pearson Prentice Hall. 2005. 254 páginas.

Livro 5:
Laudon, Kenneth C. e Jane Price Laudon. Sistemas de Informação. Editora LTC. 389 páginas.

Livro 6:
Bio, Sérgio Rodrigues. Sistemas de Informação – Um Enfoque Gerencial. Atlas. 1991. 6 tiragem.
183 páginas

Artigos (Guideline):
Ortolani, Luiz Fernando Ballin. Gerenciamento dos recursos de Informação: Vantagem Competitiva
para a Sociedade da Informação. Brisa. 2002. 19 páginas.

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