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Ficha 3
O Pífaro
Música é bonito. Todas as pessoas gostam, mas poucas são as que sabem as razões por que se gosta de
música.
A mim o segredo dos sons foi-me ensinado por um pífaro que comprei numa feira. Era um desses
pífaros de madeira barata, com sete buracos redondinhos no meio das costas. A pessoa põe a boca numa das
pontas, a mais delgadinha, a seguir coloca os dedos sobre os buracos redondinhos e, consoante mexe este ou
aquele dedo, assim o instrumento emite este ou aquele som.
Som de pífaro é bonito.
O meu foi comprado numa feira a um pastor que nas horas vagas também vende pífaros. Negócio
iniciado, apenas discutido e logo concluído. Em menos tempo do que leva a contar, o pífaro passou das mãos
do pastor para o meu casaco.
Felicíssimo com o novo tesouro apressei-me a regressar a casa. Sentia muitas cócegas nas pontas dos
dedos, que ansiavam por experimentar o novo instrumento. Fechei-me no quarto, retirei cuidadosamente o
pífaro do bolso e levei-o à boca. Soprei pela tal fenda delgadinha e, em vez do som musical esperado, saiu
uma gargalhada! Segunda tentativa, mesmo resultado... Terceira experiência e a gargalhada foi ainda mais
forte. Entre espantado, alarmado e deslumbrado, mirei e remirei aquele objecto musical tão esquisito.
Cuidadosamente coloquei-o sobre a secretária do quarto e eis que sucede novo prodígio: o pífaro rodopia
duas vezes sobre si próprio e desata a língua, que o mesmo é dizer, começa a falar comigo...
É muito difícil encontrar as palavras justas para exprimir tudo o que naquele momento me passou pela
cabeça. Contudo, posso contar o seguinte, sem receio de vos mentir: bati por duas vezes seguidas com a
cabeça na parede para me certificar se sonhava ou se estava mesmo ali, a ouvir o pífaro falar. Os galos que
quase de seguida nasceram na minha testa dolorida foram a certeza certinha de que aquele pífaro falava.
Carlos Correia,
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Pífaro Lá-Mi-Fá-Sol
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Lê o texto com atenção e responde, de forma clara e correcta, às questões que se seguem.
1. "Música é bonito... A mim o segredo dos sons foi-me ensinado por um pífaro..."
Indica o autor desta história.
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1.2. Indica o tipo de narrador e transcreve uma frase em que possas assinalar duas marcas desse tipo de
narrador.
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2. "Era um desses pífaros de madeira com sete buracos redondinhos no meio das costas."
Como é que o menino arranjou aquele instrumento musical?
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2.2. "Uma pessoa põe a boca numa das pontas, a seguir coloca os seus dedos sobre os buracos redondinhos
e, consoante mexe este ou aquele dedo, assim o instrumento emite este ou aquele som."
As palavras sublinhadas pertencem à classe dos __________________________
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3. "Apressei-me a chegar a casa."
"Apressei" é uma forma do verbo apressar. Quanto ao processo de formação, a palavra sublinhada é
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B. deslumbrado B.
C. receio C.
D. mentir D.
E. certeza E.
F. excitado F.
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5. "O menino estava espantado. Mirou e remirou aquele estranho objecto musical..."
Completa o esquema com as palavras sublinhadas.
Determinantes
Nomes
Adjectivos
Verbos
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7.
Esta história é muito engraçada! (A)
– Tu acreditaste nela? (B)
– Não é fácil imaginar um pífaro a falar! (C)
Tipo Forma
(A)
(B)
(C)
Imagina um diálogo entre ti e um objecto de que gostes ou tenhas gostado, à semelhança do que
"aconteceu" com este menino.
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Ficha 4
A Raposa e o Bode
La Fontaine,
Fábulas
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1. Para melhor compreenderes o texto, completa este exercício de vocabulário:
ardil satisfeito
arrebitar truque
eloquência engano
estratagema fluência, persuasão
exortar artimanha
saciado levantar
trapaça aconselhar
40
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a raposa o bode
41
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4.3. Observa os verbos sublinhados e completa o esquema.
levantas
salto
trepo
4.4. Reescreve a frase "Tu levantas as patas", colocando a forma verbal na 3.ª pessoa do plural do...
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6. Por sua vez, a raposa revela uma vez mais ser velhaca e matreira. Como o demonstra?
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6.1. A raposa é normalmente caracterizada com os adjectivos que se seguem e que aqui são apresentados em
vários graus. Identifica-os.
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7.1. Explica, agora, por palavras tuas a mensagem que ela pretende transmitir.
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8. Ordena as imagens, de acordo com os momentos da acção, e reconstitui em prosa a história que leste.
❑ ❑ ❑ ❑
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Ficha 5
Firmino, o Amigo dos Pássaros
“Por que não gostam os pássaros de mim, se os pássaros são a coisa de que eu mais gosto na vida?” –
lamentava-se, choroso, o espantalho Firmino, vendo bandos de pardais, tentilhões e pintassilgos a voar
muito distantes, a caminho de terras quentes.
Tinham-no colocado no meio de uma grande seara para afugentar a passarada. Estava ali de pé firme,
com um ar muito triste, roupas esfarrapadas e lágrimas secas ao canto dos olhos pequeninos.
Quando chegava a Primavera e os pássaros chegavam de muito longe, com as suas penas coloridas e
chilreios alegres, tentava acenar-lhes com as mãos de pano, mas não conseguia fazer sequer um movimento,
porque estava preso a grossas estacas de madeira.
Por mais que tentasse, por maiores que fossem os seus esforços, não conseguia deixar de assustar os
pássaros. Gostava de ser amigo deles, de os ajudar, de os abrigar, cansados da longa viagem, debaixo dos
seus grandes braços de pano, madeira e arame.
O dono das terras queria-o ali, carrancudo e ameaçador, para evitar que os pássaros estragassem as
culturas. Mas Firmino, embora compreendesse o que se esperava dele, não conseguia estar de acordo. Não
podiam fazer dele um espantalho mau à força. Ele que gostava de flores, de rios de água azul, do riso das
crianças, de estrelas, de fios de luar e palavras doces.
Ano após ano chegavam bandos de pássaros de muito longe, mas com nenhum conseguiu fazer
amizade. Mal o viam lá de cima mudavam de rota.
Firmino ainda se tentou embelezar. Encheu de lindas papoilas vermelhas o grande chapéu preto, sujo e
esburacado. Mas nem assim conseguiu melhores resultados.
Que podia ele fazer numa situação daquelas? Fugir? Deixar de ser espantalho? Explicar aos pássaros
que não queria nem podia fazer-lhes mal? Foram ideias que teve, mas nenhuma podia tornar-se realidade,
porque cada vez se sentia mais enterrado no chão mole da seara, incapaz de se mexer, de fazer um gesto
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sequer.
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Ia já adiantada a Primavera, quando viu desenhar-se no grande céu azul um bando de pássaros
coloridos. Foi então que tudo se tornou cinzento e frio e Abril, de súbito, se transformou num Dezembro de
tempestade. Era a primeira vez que via uma coisa assim.
Empurrados pela forte ventania, os pássaros afastaram-se da rota e foram cada um para seu lado, muito
aflitos. Alguns caíram exaustos no meio da seara.
Só lhes restava um caminho e foi esse precisamente que escolheram: num esforço final juntaram-se
todos e poisaram no chapéu e nos braços de Firmino que, feliz, os protegeu para evitar que fossem arrastados
pela tempestade. Enfiou uns debaixo do casaco, outros debaixo do chapéu, outros ainda dentro das mangas
largas e cheias de palha macia.
Quando o temporal amainou, os pássaros agradeceram-lhe e prepararam-se para seguir de novo a sua
rota. A rota tranquila da Primavera.
“Levem-me convosco. Porque gosto muito de pássaros e estou farto de ser espantalho” – pediu
Firmino, cheio de timidez. Ainda não tinha acabado de falar e já os pássaros o elevavam no ar, a grande
altura. Tão alto que nunca mais ninguém o viu.
Lê o texto com atenção e responde, de forma completa e correcta, às questões que se seguem.
1. "Por que não gostam os pássaros de mim, se os pássaros são a coisa de que eu mais gosto na vida?"
Identifica a personagem principal desta história.
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1.3. O narrador faz-nos o seu retrato.
Coloca, no local adequado, as expressões que caracterizam a personagem principal.
RETRATO
FÍSICO PSICOLÓGICO
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3. "Ano após ano chegavam bandos de pássaros de muito longe, mas com nenhum conseguiu fazer amizade.
"Por que motivo?
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4. "Ia já adiantada a Primavera quando viu desenhar-se no grande céu azul um bando de pássaros coloridos."
De repente algo de extraordinário se passou.
Conta em poucas palavras o que aconteceu.
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5. "Empurrados pela forte ventania, os pássaros afastaram-se da rota e foram cada um para o seu lado muito
aflitos. Alguns caíram exaustos no meio da seara."
Dos adjectivos sublinhados só um não está no grau normal. Indica-o e diz em que grau se encontra.
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6. "Só lhes restava um caminho e foi esse precisamente que escolheram: num esforço final juntaram-se
todos e poisaram no chapéu e nos braços de Firmino que, feliz, os protegeu para evitar que fossem
arrastados pela tempestade."
Determinantes
Nomes
Adjectivos
Pronomes
Verbos
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Do esquema anterior copia...
6.1.1. 6.1.2.
6.3. Copia o único adjectivo sublinhado e constrói uma frase em que o empregues no superlativo relativo de
inferioridade.
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Considera a frase sublinhada e indica as palavras ou expressões que exercem as funções de...
os pássaros a ajuda
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8. "Ainda não tinha acabado de falar e já os pássaros o elevavam no ar, a grande altura. Tão alto que nunca
mais ninguém o viu."
Completa o esquema, de forma conveniente.
Formas
verbais Modo Tempo Pessoa / N.º Infinitivo
elevavam
viu
MODO CONJUNTIVO
PRESENTE
Talvez eu veja o espantalho.
Se tu o vires...
•
Talvez o dono o visse no céu. •
Se víssemos todos os pássaros...
PRETÉRITO IMPERFEITO
Se virdes o Firmino...
Oxalá os pássaros o vejam... •
•
FUTURO
•
•
9. Firmino, o espantalho, aparece nesta história como uma personagem com sentimentos, com vontade de
modificar a sua vida...
Que recurso expressivo utilizou o autor? Marca uma cruz na resposta certa:
Adjectivação ❑
Personificação ❑
Repetição ❑
Enumeração ❑
10. E Firmino lá foi, pelo ar, viajando com os pássaros... Conheceu assim novas terras, novas gentes...
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Imagina como foi essa viagem e como passou a ser a nova vida de Firmino.
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Ficha 6
João Só
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1. "João Só tinha catorze anos", mas tinha começado há muito a lutar pela vida.
Porquê?
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1.1. Que trabalhos realizou para conseguir viver sem ter de pedir esmola?
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conhecer / possível /
aparecer / capaz /
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2.1. Completa o esquema, de acordo com o exemplo, partindo dos vocábulos que encontras no rectângulo
da esquerda.
substantivos adjectivos
2.2. Consulta o rectângulo da direita. Faz a escolha certa e redige uma frase com o adjectivo triste no grau...
3. "Todos os dias, à tardinha, ia para o cais e olhava tristemente o mar." Ali, conheceu um velho lobo do mar.
Que influência teve o velho marinheiro na sua vida?
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4. "Depois de muitas arrelias, Pedro, o velho lobo do mar, lá conseguiu autorização para que João Só
embarcasse como grumete. Este, doido de contente, não dizia coisa com coisa, parecia aparvalhado,
com medo que à última hora surgisse qualquer complicação que o impedisse de embarcar."
4.1. Nas expressões o velho lobo do mar e o impedisse de embarcar as palavras sublinha-
Encontram-se nos tempos e modos assinalados abaixo. Copia-as para o local adequado.
A. Pretérito perfeito
do indicativo
B. Pretérito imperfeito
do indicativo
C. Pretérito imperfeito
do conjuntivo
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4.3. As formas verbais que se seguem estão no Modo Conjuntivo. Diz em que tempo se encontram.
5. Como é que o velho marinheiro fez de João "o rapaz mais feliz do mundo"?
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7. João Só pensava em embarcar!... E tu? Já fizeste... ou gostarias de fazer uma viagem de barco?
Conta ou imagina essa viagem... Fala também da paisagem que observaste, descreve as pessoas com quem
conviveste...
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Caderno
do Aluno
Soluções
(Ficheiro autocorrectivo)
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FICHA AUTOCORRECTIVA
1. vogais: a, e, i, o
consoantes: g, j, l, m, r, s, t, v
3. livro lápis
caneta régua
compasso borracha
marcador apara-lápis
4. panela
canela
FICHA AUTOCORRECTIVA
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3. 1 – sol 5 – chávena
2 – árvore 6 – cadeira
3 – bicicleta 7 – livro
4 - sal
FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Rato-Lagarto
Texto livre
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3. Analisar morfologicamente; Caracterizar; Concluir; Conjugar; Descrever; Enumerar; Expressar;
Identificar; Justificar; Localizar; Narrar; Nomear; Ordenar; Recolher; Recontar; Redigir; Relatar;
Resumir; Seleccionar; Transcrever.
FICHA AUTOCORRECTIVA
1. A E ponto final
B D dois pontos
C A reticências
D B vírgula
E C ponto de exclamação
3. Texto livre
FICHA AUTOCORRECTIVA
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FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Os Nomes
2. b) comuns
3.2. Porto, Portugal, Santos, Expresso, Dulce Pontes, Aquilino Ribeiro, Tempo de Crescer.
3.3. Ford é uma marca; Sophia M. B. Andresen é uma escritora; Sporting é um clube; Douro é um rio;
João Pinto é um futebolista; Madeira é uma ilha.
3.4. a) alcateia; b) frota; c) cáfila; d) rebanho; e) cardume; f) matilha; g) exército; h) vara; i) bando;
j) sobral.
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59
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4.1. duque (duquesa) 4.2. marido (mulher)
FICHA AUTOCORRECTIVA
há à ah!
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
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60
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houve / ouve
FICHA AUTOCORRECTIVA
1. b); d)
2.
2.1. perfume; 2.2. prémio; 2.3. rapariga
4. Texto livre.
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FICHA AUTOCORRECTIVA
1. assento / acento; apressar / apreçar; concelho / conselho; laço / lasso; sela / cela
FICHA AUTOCORRECTIVA
2. A - indelicadeza; acalmar
B - reler; indelicado
C - orgulhoso; carteiro; realeza
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FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Aqui Há Gato
FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Momento Difícil
2. ... sua redacção; ... a palavra; ... seu irmão; ... o mesmo cão;
o professor; ... um aluno; esta redacção; ... teu pai
2.1. possessivos: (sua, seu, teu); artigos definidos: (a, o); artigos indefinidos: (um);
demonstrativos: (esta, o mesmo)
FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Dario, Sol nos Olhos, Pés no Rio
9) recortadas; 10) brancas; 11) luzidio; 12) transparente; 13) novas; 14) florido
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FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: O Lobo e o Cordeiro
1.2. bebia
1.3. pediu
1.4. conseguisse
é
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4. Texto Livre
FICHA AUTOCORRECTIVA
1. Horizontais:
A - saltavas B - queixaremos C - puseram D - chamas
E - farei F - satisfaço G - formulou H - correram
I - peço J - desaparece
Verticais:
I - traremos II - quis II - lançaremos
IV - aparecia V - dizem VI - houve
VII - era VIII - foram
65
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FICHA AUTOCORRECTIVA
FICHA AUTOCORRECTIVA
66
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FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Tempo Vai; Tempo Vem
FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Zé Espantalho
FICHA AUTOCORRECTIVA
Texto: Zé Espantalho
2. diga
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Índice
• Apresentação 4
• Material de Apoio 6
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