You are on page 1of 6

IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 3, NO.

5, DECEMBER 2005 377

Técnica Computacional para Implementação de


Condições de Fronteira Absorvente UPML - por
FDTD: Abordagem Completa
José Felipe Almeida, Carlos Leonidas da S. S. Sobrinho, Member, IEEE e Ronaldo O. Santos

Resumo—Este trabalho aborda, em uma forma didática, a d 1 2 UPML 3 σx


técnica computacional para implementação das condições de xo (Meio 2)

fronteira absorvente UPML. Esta técnica está baseada na


descrição física de um meio constituído por camadas PEC
8 Região de análise 4 σx=0
caracterizadas por anisotropia uniaxial. A solução numérica das x (Meio 1)
equações que descrevem este meio é feita pelo método FDTD.
7 6 5 σx
z
Palavras-chave —Anisotropia uniaxial, método FDTD, UPML.
σz σz=0 σz
I. INTRODUÇÃO Fig.1 - Seção plana do domínio computacional, analisado por FDTD.
A Figura 1 mostra uma idealização, no plano, de duas
C om o advento dos computadores vários métodos têm sido
desenvolvidos para a representação virtual da realidade
eletromagnética. Entre estes, está o método dos elementos
regiões que fazem parte do domínio computacional, quando o
método FDTD é utilizado na eletrodinâmica. Esta figura é,
finitos (FEM) e o método das diferenças finitas no domínio do também, análoga ao modelo físico de uma câmara anecóica. A
tempo (FD-TD) [1], etc. Entretanto, o problema mais comum região interna é conhecida como região de análise e deve
envolvido com estas técnicas é a truncagem do domínio representar um modelo real para simulações de campos
computacional. Este problema surge quando as evoluções no eletromagnéticos em espaço aberto. O contorno externo é uma
tempo, de uma grandeza física requerida para análise sobre o representação de ABCs e será usado para manter a precisão
grid espacial, precisam ser mantidas em longas durações. Se dos cálculos no domínio de análise. Em uma condição ideal,
nenhum critério for estabelecido para fechar este domínio, isto esta última região deve dispor de poucas células em sua
levará a um problema infinito de armazenamento de dados geometria, na qual toda energia das ondas é dissipada,
gerados na simulação, tornando o método impraticável. Assim, enquanto um perfeito casamento de impedância é mantido nas
esta idéia sugere a simulação de uma caixa anecóica interfaces de separações entre os meios. Espera-se com isto
conhecida, nesta linguagem, como condição de fronteira manter um limite aceitável de espaço de memória para
absorvente (Absorbing Bondary Condition (ABC)). armazenamento dos dados.
Muitos trabalhos têm sido publicados recentemente usando A primeira tentativa na utilização do modelo da Figura 1 foi
a implementação do método FDTD em aplicações na feita, em 1983, por Holand [2]. Porém, se restringe a poucas
eletrodinâmica. Em geral essas abordagens são feitas usando aplicações. A dificuldade encontrada em sua formulação se
algum tipo de técnica sobre ABC. Vale ressaltar que a precisão deve ao casamento de impedâncias entre os meios. Em sua
das medidas, obtida nas amostras analisada numericamente, descrição, a relação entre os parâmetros constitutivos:
depende da eficiência da técnica utilizada para truncar a região σe σm
de análise. Isto fica bem evidenciado em problemas de = , (1)
ε μ
simulação de ondas eletromagnéticas propagantes no espaço
livre. Nesta análise, um problema de erro típico é causado por sendo σe, σm, ε e μ, a condutividade elétrica, a correspondente
reflexões que surgem da(s) parede(s) escolhida(s) como condutividade magnética, a permissividade elétrica e a
fronteira absorvente. Assim, a idéia de um meio material, permeabilidade magnética, respectivamente, é válida apenas
dispersivo e dividido por camadas com casamento perfeito de para ondas planas com incidência normal à interface de
impedâncias (PML (Perfect matched layer)), tem sido separação entre as regiões consideradas. Essa idéia serviu de
desenvolvido com condição de fronteira que limita base para o trabalho publicado por J. P. Berenger, em 1993
externamente a região de análise efetiva. [3].
A técnica de PML que Berenger desenvolveu, para ser
usada como condição de fronteira, deu um novo avanço ao
desempenho do método FDTD. Por esta técnica, a região de
Este trabalho teve o apoio financeiro do CNPq e da FUNADESP. ABCs é preenchida com um material de diferentes
J. F. Almeida – Instituto de Estudos Superiores da Amazônia-IESAM propriedades condutivas, escalonadas por planos paralelos
(e-mail: felipe@lane.ufpa.br). (camadas absorventes). Para resolver o problema de ondas
C. L. da S. S. Sobrinho – Depto. de Eng. Elétrica da UFPa, Belém-PA,
66075-900, Brasil (e-mail: leonidas@ufpa.br).
com incidência oblíqua, Berenger levou em conta um grau de
R. O. Santos – Instituto de Estudos Superiores da Amazônia-IESAM liberdade adicional ao campo incidente sobre um meio
(e-mail: ronaldo@prof.iesam-pa.edu.br). condutivo. Dessa forma, cada componente de campo é
378 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 3, NO. 5, DECEMBER 2005

decomposta em duas novas componentes ortogonais. Com III. PML UNIAXIAL (UPML)
isso, doze equações devem ser calculadas. Esse procedimento As propriedades do meio descrito anteriormente serão
provoca reflexões na interface entre os meios, quando os levadas agora à região que limita a malha computacional da
parâmetros constitutivos são escolhidos de acordo com (1). Figura 1. Esta situação atingirá seu objetivo se: uma onda
Após a publicação do trabalho de Berenger, outros trabalhos plana incidente na fronteira entre os dois meios for totalmente
surgiram na tentativa de reduzir o problema das reflexões. As transmitida independentemente do ângulo de incidência,
principais modificações aparecem nos trabalhos de: Sachs et polarização e de sua freqüência. A demonstração física deste
al. [4], Zhao [5] e Gedney [6]. Em [4], foi apresentada pela problema será feita a seguir.
primeira vez uma proposta baseada na construção de um meio
com propriedades anisotrópicas, porém, mantém a mesma A. Região Homogênea Isotrópica
linha matemática do split field. Esta formulação exigir um z
longo tempo de processamento. Na publicação de Zhao, foi i
H Hr
utilizado o mesmo recurso de [4] sem a utilização da
decomposição de campo, contudo, sua implementação
apresenta erros de instabilidade numérica em situações que β ii
β
exigem um longo tempo de processamento. Ei θi θr βr Er
A técnica de fronteira absorvente desenvolvida por S. D. Meio 1
x
Gedney segue a mesma idéia de [4] e [5]. Todavia, é mais Meio 2

eficiente, fisicamente real e mais simples matematicamente. A


βa
formulação teórica desta técnica será apresentada neste
θt
trabalho. Na seqüência, é apresentada, também, a descrição de
sua implementação usando o método das diferenças finitas. Ht
Et
II. MEIO MATERIAL COM ANISOTROPIA UNIAXIAL
As relações constitutivas para um meio material com Fig.2 - Modo TMy (ou TE em relação ao plano x-z) incidente sobre a interface
entre os meios. O vetor campo elétrico é perpendicular ao plano de incidência.
características anisotrópicas, meio 2 da Fig. 2, são escritas
como: A Figura 2 ilustra esquematicamente uma onda plana que se
D = [ε ] E , (2a) propaga inicialmente em um meio isotrópico (Meio 1) até
B = [μ ] H , (2b) atingir um meio anisotrópico (Meio 2). Considera-se a
sendo que [ε] e [μ] são os tensores permissividade elétrica e interface de separação entre os meios localizada no plano z=0.
permeabilidade magnética do meio, respectivamente, E é o Neste caso, o problema pode ser resolvido decompondo os
vetor intensidade de campo elétrico, H vetor intensidade de campos em modos TE e TM, em relação ao plano de
campo magnético, D vetor densidade de fluxo elétrico e B incidência (plano x-z). No modo TE (Fig.2) o campo elétrico é
vetor densidade de fluxo magnético. Com esta notação, polarizado linearmente e está perpendicular ao plano de
assumindo os campos com dependência harmônica no tempo incidência. Já para o modo TM o campo magnético é que é
na forma ejωt, as equações de Maxwell ficam na forma: polarizado linearmente e está perpendicular ao plano de
incidência. Devido à linearidade das equações (3), podem-se
∇ × Ε = − jω[μ ] H , (3a) tratar as duas polarizações separadamente e depois, através do
∇ × H = jω[ε ]E . (3b) princípio da superposição, obter a resposta final.
Considerando-se um meio anisotrópico uniaxial Na Figura 2, para a região isotrópica z > 0, o campo elétrico
(rotacionalmente simétrico em relação ao eixo z), onde as é representado a partir da superposição das ondas incidente(i)
direções dos eixos ópticos coincidem com aquelas dos eixos e refletida(r), cujos campos são expressos por:
do sistema de coordenadas, pode-se escrever: i − jβ x + jβ z z
i i
(6a)
E =aˆ y E0 e x ,
[ε ]=ε 2 ( diag{a , a , b}) , (4a)
r − jβ x− j β z z r r
(6b)
E =aˆ y ΓE0 e x ,
[μ ]=μ 2 ( diag{c, c, d }) , (4b)
onde Γ representa o coeficiente de reflexão, E0 a amplitude do campo
sendo a, b, c e d os elementos pertencentes a diagonal das i i r
elétrico incidente e, β x e β z ( β x e β z ) são as componentes do
r

matrizes que definem os tensores, os quais serão encontrados


convenientemente mais na frente. Estes parâmetros são vetor número de onda incidente (refletido) β i ( β r ) nas
adimensionais e, em geral, são também complexos. Para este direções x e z, respectivamente.
caso, as equações de Maxwell (3a) e (3b), expressas em termos Os vetores intensidade de campo magnético H
a correspondentes às equações (6) podem ser determinados a
do vetor número de onda β , onde a indica a região
partir da lei de Faraday (equação (3a) para um meio
anisotrópica (meio 2), ficarão escritas como: isotrópico). Assim, tem-se:
a
β × Ε = ω [μ ] H , (5a)
i E0 i i − j β xi x + j β zi z
a
β × H = − ω [ε ]E . (5b) H = ( aˆ x β z + aˆ z β x ) e , (7a)
ωμ 1
ALMEIDA et al.: COMPUTATIONAL TECHNIQUE TO UPML 379

r E0 r r − j β xr x − j β zr z
Dessa forma, os problemas que envolvem os modos TE (Fig.
H =Γ ( − aˆ x β z + aˆ z β x )e . (7b) 2) com componentes Hx, Hz e Ey, e TM (Ex, Ez, Hy), por
ωμ 1 exemplo, podem ser resolvidos independentemente. Para os
Ainda da Fig. 2, tira-se que β xi = β i senθi , β zi = β i cosθi , modos de propagação TE, de (12) se obtém:

β xr = β r senθr e β zr = β r cosθr . De onde se conclui que ⎡(βa )2a−(βza )2c-1 0 βza βxac-1 ⎤⎡ 0 ⎤ ⎡0⎤
⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 0 (βa)2a−(βxa)2d-1 −(βza)2c-1 0 ⎥⎢Ey ⎥ = ⎢0⎥, (15)
β i = aˆ x β xi + aˆ z β zi e β r = aˆ r β xr + aˆ z β zr . Assim, chega-se a
⎢ (βa)2b−(βxa)2c-1⎦⎥⎢⎣ 0 ⎦⎥ ⎢⎣0⎥⎦
⎣ βx βz c
a a -1
0
seguinte igualdade:
β i = β r = ω μ1ε1 , (7c)
da qual se encontra a seguinte relação de dispersão
que pode ser demonstrada substituindo (6a) e (7a), para obter
β i, ou (6b) e (7b), para obter β r, na equação rotacional de H (β a )2 a − (βxa ) 2 d -1 − (βza ) 2 c -1 = 0 . (16)
de Maxwell.
Da mesma maneira, obtém-se de (14), para os modos TM:
B. Região Homogênea Anisotrópica Uniaxial
No interior da região anisotrópica (Meio 2), para z < 0, a (β a )2 c − (βxa )2b-1 − (βza )2 a -1 = 0 . (17)
equação de onda em termos de E pode ser deduzida das
As relações de dispersão (16) e (17) devem ser satisfeitas
equações (5). Assim, multiplicando-se (5a) por [μ]-1 e o
simultaneamente e o desafio é encontrar os valore adequados
resultado sendo multiplicado vetorialmente pelo vetor número
a para a, b, c e d.
de onda β , resulta na equação de onda:
C. Cálculo do Coeficiente de Reflexão e Condição de
βa ×[ μ] (βa ×E) + ω2 [ ε]E = 0 ,
-1 (8)
Transmissão Total
a a a Para o caso da Fig. 2, a onda eletromagnética transmitida
na qual, β = aˆ x βx +aˆ z βz . Com isso, equação (8) pode, então,
para o meio anisotrópico é também TE com características de
ser escrita na forma matricial, como segue:
propagação governadas por (16). Para esta região, o vetor
⎡ βza βxa c -1 E z -( βza ) 2 c -1 E x ⎤ ⎡ ω2 aE x ⎤ ⎡ 0⎤ campo elétrico transmitido é expresso por:
⎢ a 2 -1 ⎥ ⎢ 2 ⎥ ⎢ ⎥.
⎢ -( βx ) d E y -( βz ) c E y ⎥ +μ2 ε2 ⎢ω aE y ⎥ = ⎢ 0⎥
a 2 -1 (9) (18)
E t =â y τE 0 e -jβ x x+ jβ z z ,
a a

⎢ a a -1 ⎥ ⎢ 2 ⎥
⎣ β x βz c E x -( βx ) c E z ⎦ ⎣ ω bEz ⎦ ⎢⎣ 0⎥⎦
a 2 -1
sendo τ o coeficiente de transmissão. O vetor intensidade de
A partir disso, tem-se: campo magnético correspondente é determinado a partir da lei
de Faraday (3a), expressa aqui como:
⎡ ( β a ) 2 aE x + βza β xa c -1 E z - ( βza ) 2 c -1 E x ⎤ ⎡0 ⎤
⎢ a 2 ⎥ ⎢ ⎥,
⎢ ( β ) aE y - ( βx ) d E y - ( βz ) c E y ⎥ = ⎢0 ⎥ (10) ⎡ aˆ x aˆ z ⎤
a 2 -1 a 2 -1
aˆ y ⎡c 0 0 ⎤ ⎡ H x ⎤
t

⎢ ⎥ ⎢ ⎥,
∂ / ∂z ⎥ = − jωμ2 ⎢⎢ 0 c 0 ⎥⎥ ⎢ H yt ⎥
⎢ ( β a ) 2 bE + β a β a c -1 E - ( β a ) 2 c -1 E ⎥ ⎢0 ⎥ (19)
⎣ z x z x x z ⎦ ⎣ ⎦ ⎢ ∂ / ∂x ∂ / ∂y
⎢ a a ⎥ ⎢⎣ 0 0 d ⎥⎦ ⎢ H t ⎥
⎣ 0 τE0 e -jβ x x+ jβz z 0 ⎦ ⎣ z⎦
sendo ( β ) = ω μ2 ε2 . Cujo desenvolvimento leva para:
a 2 2

ou ainda:
⎡ E x [( β a ) 2 a − (β za ) 2 c -1 ] + 0 + E z β za β xa c -1 ⎤ ⎡0 ⎤
⎢ a 2 −1 ⎥ ⎢0 ⎥ . ⎡ β za ⎤ ⎡ cH xt ⎤
(11)
⎢ 0 + E y [( β ) a − (β x ) d − (β z ) c ] + 0 ⎥ = ⎢ ⎥ ⎢ t ⎥.
a 2 a 2 -1
⎢ ⎥ -jβ xa x+ jβ za z
⎢ E β a β a c -1 + 0 + E [( β a ) 2 b − (β a ) 2 c -1 ] ⎥ ⎢⎣ 0 ⎥⎦ ⎢ 0 ⎥ τE 0 e = ωμ 2 ⎢ cH y ⎥ (20)
⎣ x x z z x ⎦ ⎢ β xa ⎥ ⎢ dH t ⎥
⎣ ⎦ ⎣ z⎦
Ou ainda:
Logo, as componentes do vetor campo magnético
⎡(βa)2a- (βza)2c-1 0 βza βxac-1 ⎤ ⎡Ex ⎤ ⎡0⎤ transmitido são, então, descritas em:
⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 0 (βa )2a−(βxa)2d-1 −(βza )2c-1 0 ⎥ ⎢Ey ⎥ = ⎢0⎥.
(12)
⎢ βxa βzac-1 a 2 -1⎥ ⎢ ⎥ βza τE0 − jβxa x+ jβza z
β − β ⎦⎣Ez ⎦ ⎢⎣0⎥⎦ H xt =
a 2
⎣ 0 ( ) b ( x ) c e , (21)
ωμ2c
Um desenvolvimento análogo ao feito anteriormente, para se (22)
H yt = 0 ;
chegar até a equação (12), pode ser realizado em termos do
vetor campo magnético. Assim, partindo-se da equação (5b), β xa τE 0 − jβ xa x+ jβ za z .
H zt = e (23)
chega-se na seguinte equação de onda: ωμ 2 d
βa × [ε ]-1 (βa × H )+ω2 [μ]H = 0 , (13) Finalmente, o vetor campo magnético no Meio 2 é escrito
a qual pode ser escrita na seguinte forma matricial como
Ht =H xt aˆ x + H zt aˆ z , (24a)
⎡(βa )2c −(βza )2a-1 0 βza βxaa-1 ⎤ ⎡Hx ⎤ ⎡0⎤
⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥ onde β xa = β a senθt , β za = β a cosθt , com
⎢ 0 (βa )2c −(βxa )2b-1 −(βza )2a-1 0 ⎥ ⎢Hy ⎥ = ⎢0⎥. (14)
⎢ βxa βzaa-1 a 2 -1 ⎥ ⎢ ⎥
β − β ⎦⎣Hz ⎦ ⎢⎣0⎥⎦
a 2
⎣ 0 ( ) d ( x ) a
β a = ω μ2 ε 2 , (24b)
380 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 3, NO. 5, DECEMBER 2005

a qual pode ser obtida pela substituição das equações (18), Para que as ondas eletromagnéticas passem do meio 1 para o
(21) e (23) na equação rotacional de Maxwell para o campo meio 2, sem sofrerem mudança na direção de propagação, ou
magnético, considerando-se a equação (16). seja, para que haja casamento entre os meios, βa = βi . De
A condição de contorno em z = 0 requer que as
onde se conclui, das equações (7c) e (24b), que μ1=μ2 e ε1=ε2.
componentes tangenciais, à superfície de separação entre os
Por outro lado, da equação (34) se obtém, então,
meios 1 e 2, dos vetores campo elétrico e magnético sejam
contínuas. Portanto, para o campo elétrico esta situação será
mantida quando: ( β xi ) 2 ( β za ) 2 .
( β i )2 a − = (35)
Ei + E r = E a . (25) d c
y y y
Da equação acima, observa-se que para a = c = 1/d, a equação
Substituindo nesta equação as equações (6a), (6b) e (18): (33) é satisfeita. Vale lembrar que ( β i ) 2 = ( β xi ) 2 + ( β zi ) 2 .
i r a
E0e − jβx x + E0Γe − jβx x = E0 τe − jβx x . (26)
De maneira análoga, da relação de dispersão (20) , para os
Para que esta equação seja verdadeira, tem-se que βxi = βxr = βxa . modos TM, encontra-se que a = c = 1/b.
Desta forma, as equações (4a) e (4b) podem ser reescritas
De onde se conclui que: β senθi = β senθt (Lei de Snell) e
i a

como [ε ]=ε2 [Λ z ] e [μ ]=μ2 [Λ z ] , onde


θi = θr (Lei das reflexões), isto faz com que, a partir de (26),
⎡c 0 0 ⎤
[Λ z ]= ⎢⎢0 c 0 ⎥⎥ ,
obtenha-se:
1+ Γ = τ . (27) (36)
⎢⎣0 0 1 / c ⎥⎦
A continuidade das componentes tangenciais do vetor campo
magnético é obtida se fazendo: no qual o subscrito z indica que a anisotropia do meio se dá
H +H = H .
i
x
r
x
t
x
(28) apenas nesta direção. Com isso, os componentes deste tensor
são condicionados de tal maneira que ao serem aplicados em
i r t
Substituindo em (28), as equações para H x , H x e H x , as quais um meio físico, com esta característica, permitem que uma
são obtidas de (7) e (21), obtém-se: onda plana incidente sobre a interface de separação seja
totalmente transmitida. Esta condição é válida para qualquer
β zi βr β za valor de θi , isto é, para qualquer ângulo de incidência,
E 0 e − jβ x x − z E 0 Γ e − jβ x x = E 0 τe − jβ x x .
i r a

ωμ1 ωμ1 ωμ 2 c (29)


freqüência e polarização da onda incidente.
Usando-se as considerações feitas para a equação (26), a
equação acima se reduz para: D. Parâmetros Constitutivos de um Meio Dissipativo
UPML
βi
β a
z
(1 − Γ ) = τ, z
(30) A formulação apresentada anteriormente levou em conta
μ1 μ2 c
uma região planar estendida infinitamente nas dimensões de x
onde β zi = β zr , pois θi = θr e β i = β r (mesmo meio). e y, tendo como eixo normal à direção z. Este mesmo problema
pode ser resolvido numericamente através do método FDTD,
A principal meta desta formulação é eliminar o problema conforme ilustrado na Fig.1. Além disto, a energia transmitida
das reflexões na interface entre os meios 1 e 2. Para tal, os através dos contornos deve ser dissipada em níveis que não
coeficientes de reflexão Γ e transmissão τ, podem ser permitam reflexões capazes de interferir na região tomada para
facilmente determinados a partir de (27) e (30). Resultando em analises efetivas (região de análise, Fig.1). Assim, é necessário
β zi − β za μ1 /( c μ 2 ) generalizar estes conceitos a uma forma adequada às
Γ= , necessidades deste problema. Os parâmetros constitutivos
β zi + β za μ1 /( c μ 2 ) (31)
serão, nesta Sessão, estabelecidos em função da escolha
2 β zi . adequada do parâmetro c pertencente a matriz [Λz]. Fazendo-
τ= (32) se c = 1+σe /jωε2, onde σe é a condutividade elétrica do meio.
β zi + β za μ1 /( c μ 2 )
Com isso, as perdas no meio, para a direção z, são incluídas.
Destas duas últimas equações se vê que para eliminar todas as Efeito semelhante é obtido quando c =1+σm /jωμ2, onde σm é a
reflexões, na interface em z=0, precisa-se apenas que condutividade magnética do meio e σe /ε2 = σm /μ2.
βz = βz μ1 /(cμ2 ) . Resultando, portanto, em
i a
(33)
O problema agora recai em determinar as relações entre os ⎡ ⎤
elementos das matrizes (ou tensores) representados em (4a) e ⎢ σe ⎥
⎢1 + 0 0 ⎥
(4b). Com este objetivo, substituindo-se a condição βxa = βxi em ⎢ jω ε 2 ⎥
⎢ σe ⎥
(16), resulta em [ Λ z ]= ⎢ 0 1+ 0 ⎥. (37)
⎢ jω ε 2 ⎥
⎢ ⎥
⎢ 1 ⎥
0 0
( β xi ) 2 ( β za ) 2 . ⎢ σe ⎥
( β a )2 a − = (34) ⎢ 1+
jω ε 2 ⎥⎦
d c ⎣
ALMEIDA et al.: COMPUTATIONAL TECHNIQUE TO UPML 381

Observa-se que para este caso (da equação (33)) E. Solução Numérica para a UPML
β za = (1 − jσ e /ω ε 2 ) β zi . (38) Na solução numérica por FDTD das equações (45a) e (45b),
as expressões para as componentes do tensor [S] foram
Esta equação ao ser substituída em (18), tem como resultado: substituídas nestas equações, resultando em equações
(39) envolvendo a operação convolução, na transformação para o
E t =â y τE 0 e − jβ x x+ jβz z e αz ,
i i

domínio do tempo, entre os coeficientes do tensor e as


componentes dos campos. Com a finalidade de desacoplar os
na qual α= σ e β z é a constante de atenuação. Portanto, esta
i

termos dependentes da freqüência, pois isto implica em um


ω ε2
alto custo computacional, foram definidas as seguintes
formulação garante que uma onda plana ao incidir na fronteira relações constitutivas:
entre os dois meios, com
Bx=μ(sz/sx)Hx, (46a)
ε1 = ε2, μ1 = μ2 e σe / ε2 = σm / μ2, (40)
By=μ(sx/sy)Hy, (46b)
seja totalmente transmitida independentemente do ângulo de Bz=μ(sy/sz)Hz, (46c)
incidência, polarização e freqüência da onda incidente, com
e
atenuação em z < 0.
Com o intuito de estender esta idéia para um espaço Dx=ε(sz/sx)Ex, (47a)
tridimensional, com perdas nas direções x, y e z, a equação Dy=ε(sx/sy)Ey, (47b)
(37) é generalizada, resultando no tensor [S], como segue: (47c)
Dz=ε(sy/sz)Ez.
⎡ 1 ⎤⎡ ⎤⎡ ⎤ As quais, ao serem substituídas em (45a) e (45b),
⎢ σ 0 0 ⎥⎢ ⎥⎢ ⎥
⎢ σy ⎥ σz
⎢ 1+ x
⎥ 1+ 0 0 ⎢1+ 0 0 ⎥ respectivamente, resulta em equações que facilmente são
⎢ jωε2 ⎥ ⎢ jωε2 ⎥ ⎢ jωε2 ⎥
⎢ σ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ σ ⎥ transformadas para o domínio do tempo. Como conseqüência,
[S]= ⎢ 0 1+ x 0 ⎥. ⎢ 0
1
0 ⎥ .⎢ 0 1+ z 0 ⎥, (41)
⎢ jωε2 ⎥⎢ σy ⎥⎢ jωε2 ⎥ as componentes dos vetores B e D são encontradas e, ao serem
⎢ ⎢ 1+ ⎥⎢ ⎥
σx ⎥ ⎢ jωε2 ⎥⎢ 1 ⎥ substituídas em (46) e (47), obtêm-se as componentes dos
⎢ 0 0 1+ ⎥ 0 0
⎢ jωε2 ⎥ ⎢ σy ⎥ ⎢ σ ⎥
1+ z ⎥ campos H e E. Como resultado desse procedimento,
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢ 0 0 1+ ⎥⎢
jωε2 ⎦
⎢⎣ jωε2 ⎦⎥ ⎣ apresentam-se abaixo somente as expressões de atualização
para Dy, Ey, By e Hy, respectivamente:
onde as matrizes acima caracterizam a atenuação nas direções
⎡ σzΔt ⎤
x, y e z, respectivamente. Sendo σx, σy e σz as condutividades ⎢1− ⎥ Δt
n+1/ 2 n−1/ 2
nas respectivas direções e ε2 a permissividade para o meio 2. D y( i, j+1/ 2,k)
= D y(i, j+1/ 2,k) ⎢ 2ε ⎥
σ Δ
+ ×
Uma forma mais compacta pode ser usada para representar
⎢1+ z ⎥
t ⎡ σzΔt ⎤
⎣⎢ 2ε ⎦⎥ ⎢1 + 2ε ⎥
(41), a qual é obtida fazendo ⎣ ⎦
⎡Hxn(i, j+1/ 2,k+1/ 2) − Hxn(i, j+1/ 2,k−1/ 2) Hzn(i+1/ 2, j+1/ 2,k) − Hzn(i−1/ 2, j+1/ 2,k) ⎤
σ ⎢ − ⎥ , (48)
si =1 + i , (42) Δ z Δ x
jωε 2 ⎣ ⎦
sendo que o subscrito i=x, y ou z indica a direção onde há
perda. Assim, a partir de (41) e usando (42), pode-se escrever
⎡ s y sz ⎤ ⎡ σ x Δt ⎤
⎢ 0 0 ⎥ ⎢1 − ⎥ 1
⎢ sx ⎥ E yn(+i1, /j +21/ 2 ,k ) = E yn(−i1, /j 2+1/ 2 ,k ) ⎢ 2ε ⎥ + ×
⎥ ε 1 + σ x Δt ⎤

⎢ ⎥ σ x Δt
sx sz ⎢1 +
⎣ 2ε ⎦ ⎢⎣ 2ε ⎥⎦
[S ]= ⎢ 0 0 ⎥. (43)
⎢ sy ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 sx s y ⎥ ⎡ n +1/ 2 ⎛ σ y Δt ⎞ n −1/ 2 ⎛ σ y Δt ⎞ ⎤


0
s z ⎥⎦ ⎢ Dy( i , j +1/ 2, k ) ⎜ 1 + ⎟ − Dy (i , j +1/ 2 ,k ) ⎜ 1 − ⎟⎥ , (49)
⎣ ⎝ 2ε ⎠ ⎝ 2ε ⎠ ⎦
Os tensores em (4a) e (4b) são então escritos, numa forma
mais compacta, por:
⎡ σ z Δt ⎤
[ε ]=ε2 (diag{a, b, c}) = ε2 [S ] , (44a) ⎢1 − 2ε ⎥ Δt
n+1
[μ]=μ2 ( diag{a, b, c}) = μ2 [S ] . (44b) B y(i+1/ 2, j ,k +1/ 2) =B n
y(i+1/ 2, j ,k +1/ 2) ⎢ σ Δt ⎥ + σ Δt ×
⎢1 + z ⎥ ⎡1 + z ⎤
Por fim, a formulação do problema será desenvolvida ⎣ 2ε ⎦ ⎢⎣ 2ε ⎥⎦
partindo-se das seguintes equações de Maxwell
⎡ Ezn(+i1+/12, j,k +1/ 2) − Ezn(+i1, /j ,2k +1/ 2) Exn(+i1+/12/ 2, j ,k+1) − Exn(+i1+/12/ 2, j ,k ) ⎤
∇ × Ε = − jω μ [ S ] H , (45a) ⎢ − ⎥ , (50)
⎣⎢ Δx Δz ⎦⎥
∇ × H = jω ε [ S ] E . (45b)
382 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 3, NO. 5, DECEMBER 2005

⎡ σ x Δt ⎤ V. REFERÊNCIA
⎢1 − ⎥ 1
Hyn(+i1+1/ 2, j ,k +1/ 2) = Hyn(i+1/ 2, j ,k +1/ 2) ⎢ 2ε ⎥ + × [1] A. Taflove, Finite Difference Time Domain Methods for eletrodynamic
σ Δt
⎢1 + x ⎥ ⎡ σ x Δt ⎤ Analysis. New York: Artech, 1998.
μ 1+ [2] R. Holland and J. Willams, “Total Field versus Scattered-Field Finite-
⎣ 2ε ⎦ ⎢⎣ 2ε ⎥⎦ Difference,” IEEE Trans. Nuclear. Science, vol. 30, pp. 4583-4587,
1983.
⎡ n+1 ⎛ σ y Δt ⎞ ⎛ σ y Δt ⎞⎤ [3] J. P. Berenger, “A Perfectly Matched Layer for the Absorption of
⎟ − By(i+1/ 2, j ,k +1/ 2) ⎜1 −
n
⎢By(i+1/ 2, j,k +1/ 2) ⎜1 + ⎟⎥ , (51) Electromagnetic Waves,” J. Computat. Phys., vol. 114, pp. 185-200, Oct.
⎣ ⎝ 2ε ⎠ ⎝ 2ε ⎠⎦ 1993.
[4] Z. S. Sacks, D. M. Kingsland, R. Lee, and J. F. Lee, “A Perfectly
onde ∆x, ∆y e ∆z representam as dimensões das células de Matched Anisotropic Absorber for Use as an Absorbing Condition,”
discretização espacial e ∆t o no tempo. IEEE Trans. Antennas Propagat., vol. 43, pp. 1460-1463, Dec. 1995.
A implementação computacional desta técnica leva em [5] L. Zhao and A.C. Congellaris, “A General Approach for the Development
of Unsplit-Field Time-Domain Implementations of Perfectly Matched
conta o domínio numérico a ser estudado. Assim, esse domínio Layers for FDTD Grid Truncation,” IEEE Microwave and Guided Wave
foi dividido em duas partes: a) região de análise (Meio 1) que Letters, vol. 6, pp. 209-211, May 1996.
é aquela limitada pela caixa interna, mostrada na Fig.1 e, b) [6] S. D. Gedney, “An Anisotropic Perfectly Matched Layer-Absorbing
região de UPML (Meio 2), é a região limitada pelas duas Medium for the Truncation of FDTD Lattices,” IEEE Trans. Antennas
Propagat., vol. 44, pp. 1631-1639, Dec. 1996.
caixas (sendo a caixa externa totalmente metálica (PEC)), cuja [7] K. S. Yee, “ Numerical Solution of Initial Boundary Value Problems
finalidade é truncar o método numérico. Desta maneira, as Involving Maxwell Equations in Isotropic Media,” IEEE Trans. Antennas
equações (45) ao serem aplicadas para a primeira região, a Propagat., vol. 14, pp. 302-307, May 1996.
qual é constituída de meios isotrópicos e sem perdas, onde
σx=σy=σz=0, o tensor de perdas [S] recai no tensor identidade VI. BIOGRAFIAS
e estas equações podem ser discretizadas na forma tradicional José Felipe Almeida é graduado em Física pela Universidade Federal do
das diferenças finitas. Enquanto que para a segunda região Pará-UFPa. Obteve em 1999, nesta mesma Universidade, o título de Mestre
(UPML) as condutividades são calculadas nas posições físicas em Física e em 2004 o título de Doutor. Atualmente é professor no Instituto
das componentes de campo localizadas nas células de Yee [7]. de Estudos Superiores da Amazônia-IESAM e está integrado ao Programa de
Pós-graduação em Eng. Elétrica-PPGEE/CTUFPA através do Conselho
Para o caso das regiões 5, 6 e 7 (Fig. 1), tem-se a equação Nacional de Pesquisa-CNPq. Sua principal área de interesse é a
Eletrodinâmica Computacional, aonde sua pesquisa vem se desenvolvendo no
σx((i-1/2) Δ x)=σmax|(i+1/2) Δ x-xo|m/dm, (52) estudo de estruturas Fotônicas aplicadas a dispositivos planares na faixa das
microondas.
a qual pode ser usada para obter a condutividade na direção x
e, conseqüentemente, para encontrar a componente Hy do Carlos Leonidas da S. S. Sobrinho realizou a graduação em Engenharia
Elétrica na Universidade Federal do Pará (UFPA), em 1981. Obteve o título
campo magnético, sendo que d é a espessura da UPML, xo é a de Mestre, em 1989, pela PUC-RJ, o grau de Doutor pela Universidade
posição do plano que define o início da UPML, m é a ordem Estadual de Campinas (UNICAMP), em 1992 e, posteriormente, realizou o
do polinômio interpolador e σmax é o valor máximo de σx o Pós-Doutoramento no Queen Mary Westfield – University of London, 1999.
qual se verifica na parede metálica que limita todo o domínio É professor adjunto-IV do Departamento de Engenharia Elétrica e de
Computação da UFPA, desde 1986. Atualmente desenvolve pesquisas nas
computacional. Procedimento análogo deve ser seguido para áreas de espalhamento eletromagnético, descargas atmosféricas, sistemas de
as demais condutividades e componentes dos campos. Vale aterramento, antenas, estruturas periódicas e métodos numéricos.
ressaltar que para s situação mostrada na Fig. 1. As regiões 1-
8 da UPML efetuam atenuações da seguinte forma: regiões 1, Ronaldo Oliveira dos Santos realizou a graduação em Engenharia Elétrica
pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em 1998. Obteve o título de
3, 5 e 7 nas direções x e z; regiões 2 e 6 na direção x; regiões 4 Mestre, em 2000, e posteriormente o grau de Doutor, em 2004, ambos pela
e 8 na direção z. Universidade Federal do Pará. Atualmente é coordenador do curso de Eng. de
Telecomunicações no Instituto de Estudos Superiores da Amazônia.
IV. CONCLUSÃO
Neste trabalho foi feito o desenvolvimento matemático da
técnica de ABCs conhecida como UPML. Esta técnica é
baseada na simulação de uma câmara anecóica real. Tratou-se,
portanto, da Física relacionada com um meio material
anisotrópico uniaxial constituído por camadas absorventes. As
equações usadas nesta abordagem foram, por fim,
algoritmizadas para serem utilizadas no método FDTD.
Embora, a descrição física de meios que envolvem anisotropia
traga uma certa complexidade na descrição de suas equações,
este esforço é compensado pela eficiência de sua utilização em
problemas que recaem na necessidade de trucagem do domínio
computacional. Os testes de comparação com outras técnicas
não foram mostrados, devido à finalidade do trabalho ser de
escopo didático. Assim, espera-se com essa abordagem que de
alguma maneira esse trabalho possa vir a contribuir para a
divulgação dessa técnica numérica.

You might also like