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Folha de S.

Paulo - Morte de pequena empresa cai pela metade, diz Sebrae - 21/08/2007 Page 1 of 2

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São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2007

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Morte de pequena empresa cai pela


metade, diz Sebrae
Em 2004, quase 50% morriam antes de fazer 2 anos; em
2007, taxa caiu para 22%

Melhor planejamento das empresas e condições


econômicas favoráveis foram determinantes para a
sobrevivência, diz o Sebrae

FERNANDO NAKAGAWA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pesquisa realizada com mais de 14 mil empresários revela


que a taxa de mortalidade dos pequenos negócios caiu pela
metade em três anos. Em 2004, quase 50% das micro e
pequenas fechavam antes de completar dois anos. Em 2007,
a taxa caiu para 22%. Condições econômicas favoráveis e
melhor planejamento das empresas melhoraram o resultado.
Realizada a cada três anos pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a pesquisa mostra
que o período de tranqüilidade da economia foi determinante
para a sobrevivência dos negócios. Ainda que o Brasil não
tenha apresentado taxas elevadas de crescimento, os últimos
anos não tiveram turbulência. Isso ajudou quem planejou a
entrada no mercado.
"A situação econômica ajudou de forma extraordinária. Mas
o empresário também tem feito sua parte. Está mais
preparado, tem estudado o mercado", diz o presidente do
Sebrae, Paulo Okamotto. Desde 2000, a média de micro e
pequenas empresas abertas anualmente tem variado de 450
mil a 480 mil, segundo o Sebrae -cerca de 1.300 por dia.
Para 71% dos bem-sucedidos, o planejamento é o item mais
importante para a sobrevivência da empresa. Há três anos, o
item era indicado por apenas 24%. A receita do bom negócio
também passa por organização (54%) e marketing (47%).
Enquanto existe planejamento entre os bem-sucedidos, quem
fechou as portas admite que o principal problema são as
falhas na administração. A resposta foi citada por 68% dos
que deixaram o mercado. A falta de capital de giro (37%),
escolha de ponto inadequado (19%) e o desconhecimento do
mercado (11%) foram os itens que mais chamaram a

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atenção.
"Tudo isso mostra que o planejamento ficou em segundo
plano. Exatamente o contrário dos que tiveram sucesso", diz
a coordenadora da pesquisa, Magali Albuquerque.

Dinheiro aumenta chance


A pesquisa também mostra que quem nasce com mais
dinheiro tem maiores chances de sobreviver. A média
investida nas empresas que permaneceram por dois anos
ficou em R$ 61,5 mil. Já entre os que fecharam, o valor é
28,6% menor -de R$ 43,9 mil.
Em mais de 90% dos casos, o investimento é feito com
recursos próprios. Empréstimos bancários foram usados por
apenas 14% das empresas que permaneceram e por 19% das
que saíram do mercado.
Mas há casos inusitados. Para 11% das firmas bem-
sucedidas e 9% das que fecharam, o investimento também
foi feito com cheque pré-datado. E, em 8% dos casos, parte
do dinheiro saiu do cheque especial -o crédito mais caro dos
bancos.
Mesmo nos casos de fracasso, o empreendedor não desiste.
Após fechar a empresa, 59% das pessoas abriram outro
negócio ou retornaram ao mercado como autônomo. A volta
ocorre geralmente em setor diferente daquele da primeira
experiência.
Okamotto comemorou a queda do indicador de mortalidade,
mas não fez aposta otimista para a próxima pesquisa. Para
ele, o número deve ficar em patamar semelhante, já que a
Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas deve formalizar
mais de 1 milhão de empresários. "Como nem todo mundo
está bem preparado, é possível que o número se acomode
nesse mesmo patamar."
A pesquisa foi realizada pelo Vox Populi com 14.181
empresas no primeiro semestre.

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