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Desenvolvimento do
Milênio
cachoeiras de Macacu
linha-base 2000 / 2006
Relatório de Acompanhamento
1
Expediente e Créditos
Agradecimentos
Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste
boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA.
Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra.
Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita
Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger,
Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (Cachoeiras de
Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá).
2
Prefácio
O COMPERJ E O CONLESTE – de responsabilidade social empresarial. locais está sendo realizado por meio de
Desafios para a região Seguindo esses princípios, cursos de capacitação em geoprocessa-
A iniciativa da PETROBRAS de reali- a PETROBRAS cria o Centro de mento para os gestores dos onze muni-
zar investimentos da ordem de US$ 8,4 Informações do COMPERJ como mo- cípios. Além disso, será implementado
bilhões na implantação do Complexo delo inovador na gestão inclusiva do na região o Prêmio de Boas Práticas de
Petroquímico do Estado do Rio de conhecimento. Este centro será respon- Desenvolvimento Sustentável, que pre-
Janeiro (COMPERJ), no município de sável pela produção e disseminação de tende identificar, promover e divulgar
Itaboraí, trará mudanças significativas informações e de dados nas áreas am- os projetos de maior relevância para a
para a atual configuração econômica, biental, habitacional, social, educacio- melhoria das condições de vida da po-
populacional, urbanística, habitacional, nal, econômica e de saúde, fornecendo pulação desses municípios.
ambiental, de mobilidade urbana, orde- insumos para a formulação de políticas Espera-se que este boletim, que
namento territorial, educação, saúde e públicas na região. mapeia os indicadores do Milênio en-
segurança urbana em toda a região. tre os anos 2000 e 2006, sirva de re-
Neste contexto, o Consórcio O PROJETO DE OBSERVAÇÃO ferência aos governos e instituições do
Intermunicipal de Desenvolvimento do INTERNACIONAL DO COMPERJ CONLESTE para a elaboração de políti-
Leste Fluminense - CONLESTE - surge SOBRE OS ODMS NA REGIÃO cas públicas socioeconômicas e ambien-
como o instrumento de parcerias e de Em consonância com o Pacto tais, capazes de inserir a região em um
alianças intermunicipais, para propiciar Global, a PETROBRAS implementa um processo de desenvolvimento sustentá-
soluções integradas e compartilhadas projeto pioneiro no mundo: o monito- vel acompanhado da redistribuição de
aos desafios comuns, a fim de potencia- ramento dos impactos de sua atividade renda e da erradicação da pobreza.
lizar os aspectos positivos do COMPERJ industrial sobre os ODMs na região do
e minimizar seus aspectos negativos. O CONLESTE. Este projeto é realizado em
consórcio assume o papel de integrador parceria entre o Centro de Informações
e planejador de políticas que possibili- do COMPERJ, a Universidade Federal
tem o desenvolvimento sustentável dos Fluminense (UFF) e o Programa das
onze municípios que o conformam. Nações Unidas para os Assentamentos
Na região do CONLESTE, os impac- Humanos (UN-HABITAT), tendo como
tos positivos do COMPERJ podem con- objetivo a constituição de um banco
tribuir para o alcance dos Objetivos de de dados georeferenciado com infor-
Desenvolvimento do Milênio (ODMs), mações socioeconômicas e ambientais
desde que sejam implementadas polí- sobre a região, assim como o desen-
ticas públicas a partir de uma agenda volvimento de competências locais e
integrada que norteie ações nos níveis regionais.
local e regional. Por meio de relatórios semestrais,
o projeto acompanha os indicadores
A PETROBRAS E O PACTO do Milênio, observando a evolução das
GLOBAL DA ONU cadeias produtivas instaladas na região,
Em sua trajetória, a o fluxo escolar das redes públicas de
PETROBRAS se destaca ensino, indicadores de saúde materna,
como pioneira ao aderir de mortalidade infantil, de doenças de
aos princípios do Pacto maior incidência e de violência, a evo-
Global da ONU e assu- lução dos assentamentos precários, do
mir compromissos para uso e ocupação do solo, das condições
que os Objetivos e as Metas do Milênio de saneamento ambiental e das áreas
- estabelecidos por países-membros das de preservação ambiental.
Nações Unidas - orientem sua política O fortalecimento das competências
3
Nota sobre o projeto gráfico
Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno
de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme-
no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto
gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que
é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares
e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados
transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen-
te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco-
brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá-
vel dos municípios estudados.
4
Sumário
Introdução..................................................................................................................................................06
5
INTRODUÇÃO
6
ODM1
ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME
Meta 1A Reduzir a um quarto entre 2000 e 2012 a proporção da população com renda inferior a meio salário
mínimo mensal.
Indicadores:
• Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios
• Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza
7
ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome
25
20
15
10
0
2000 2002 2004 2006
8
ODM2
UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A
COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO
TÉCNICA PROFISSIONAL
META 3A
Garantir que, até 2012, as crianças de todos os municípios do CONLESTE, independentemente de cor/
raça, concluam o Ensino Fundamental.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 7 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino
• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade
• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental
• Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Fundamental
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ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
escolares. -
2000-2002 2003-2005 2006
Os indicadores “a” e “b” referen-
Cachoeiras de Macacu 0,0349 0,0395 0,0405
tes à educação técnica-profissional
CONLESTE 0,0513 0,0499 0,0525
ainda estão sendo trabalhados e rece-
Estado Rio de Janeiro 0,0413 0,0436 0,0451
bendo outro tratamento, em função
Fonte: INEP
da inexistência de um banco de dados
oficial sobre tais questões. Quanto ao Com relação à taxa de distorção ida- que não houvesse qualquer distorção.
indicador “c”, referente aos cursos de de/conclusão no ensino fundamental, o No período pesquisado, há uma certa
capacitação do Centro de Integração município apresenta uma distorção se- estabilidade neste índice de distorção.
do COMPERJ, este começa a ser moni- melhante à média do CONLESTE e um Com exceção de 2001, quando houve
torado a partir do primeiro semestre de pouco mais elevada que a média do aumento de mais de 10% na distorção,
2008, e, portanto, ainda não faz parte Estado do Rio de Janeiro, embora todas a variação anual apresentada foi pe-
desta análise. elas sejam elevadas, pois o ideal seria quena. Frente às médias pesquisadas, o
1 Esta defasagem de idade e de sexo é medida em termos das chamadas taxas de distorção. A distorção idade/série refere-se à diferença entre a idade real dos alunos
matriculados ou concluintes de determinada série escolar e aquela esperada para tal ano baseado no fluxo escolar normal (sem repetência). Com relação ao sexo dos alunos,
chama-se taxa de masculinidade a diferença entre alunos e alunas matriculados ou concluintes dividida pelo número de alunos do sexo masculino.
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ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
(0,0500)
(0,1000)
(0,1500)
(0,2000)
(0,2500)
(0,3000)
(0,3500)
2000- 2002 2003 - 2005
Fonte : INEP
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ODM3
PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A
AUTONOMIA DAS MULHERES
Meta 4B Reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012.
Indicadores:
• Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e desli-
gados nos municípios do CONLESTE
• Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade
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ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres
Este ODM trata da igualdade entre Participação feminina no mercado de trabalho formal (percentual)
os sexos que, apesar de assegurada na 45,00%
constituição brasileira, ainda não é uma 40,00%
realidade na prática, considerando-se
35,00%
as grandes disparidades existentes em
30,00%
diversas áreas da sociedade.
25,00%
No escopo deste Objetivo, os indi-
cadores propostos visam acompanhar 20,00%
META 5A Reduzir em dois terços entre 2000 e 2012 a mortalidade de crianças menores de 5 anos, nos municí-
pios do CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade em menores de 5 anos e mortalidade proporcional entre menores de 5 anos,
segundo grupos de causas
• Taxa de mortalidade infantil e mortalidade proporcional segundo grupos de causas e grupos de
idade (0 a 6 dias, 7 a 27 dias, 28 a 364 dias)
• Proporção de internações por doenças respiratórias em menores de 5 anos nos municípios do
CONLESTE
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ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância
20,00
18,00
16,00
Taxa por 1000 nascidos vivos
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Neste ODM, destaca-se o indicador mil nascidos vivos), ficando mais próxi-
referente à mortalidade infantil, que es- mo da taxa estadual e superando dis-
tima o risco de morte dos nascidos vivos cretamente a do CONLESTE. A aproxi-
durante o primeiro ano de vida. De um mação da taxa do município em relação
modo geral, este indicador expressa o ao Estado deu-se em parte pelo relativo
desenvolvimento socioeconômico e a aumento da taxa municipal, mas tam-
infraestrutura do ambiente, que con- bém pela redução da mortalidade in-
dicionam a desnutrição infantil e as fantil no Estado. Em 2006, um aumen-
infecções a ela associadas. O acesso e to mais expressivo no índice municipal
a qualidade dos recursos de atenção à torna a taxa de mortalidade infantil
saúde materno-infantil são também de- deste município ainda mais alta do que
terminantes da mortalidade neste gru- a estadual e regional. Para todo o perí-
po etário. odo, Cachoeiras de Macacu apresentou
No período de 2000 a 2002, uma tendência de aumento das taxas,
Cachoeiras de Macacu apresentou uma porém com valores considerados bai-
taxa de mortalidade infantil abaixo da xos segundo o critério da Organização
observada no Estado e na região do Mundial da Saúde (menor que 20 óbi-
CONLESTE. Entre 2003 e 2005, o índice tos por mil nascidos vivos).
cresceu pouco mais de 8% (16,75 por
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ODM5
MELHORAR A SAÚDE MATERNA
META 6A Reduzir em três quartos entre 2000 e 2012 a taxa de mortalidade materna, nos municípios do
CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade materna e proporção de óbitos maternos segundo grupo de causas nos muni-
cípios do CONLESTE
• Proporção de tipos de partos (vaginal ou cesárea) assistidos por profissionais de saúde nos municí-
pios do CONLESTE
16
ODM5 | Melhorar a saúde materna
Mortalidade materna
90,00
80,00
Taxa por 100 mil nascidos vivo
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Cachoeiras de Macacu 88,34 88,14 0,00
CONLESTE 86,52 86,85 59,39
Estado Rio de Janeiro 73,82 66,94 67,95
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
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ODM6
COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS
META 8A Até 2012, reduzir a incidência de dengue, hepatite A e hanseníase nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de incidência de dengue nos municípios do CONLESTE
• Taxa de incidência de hepatite A nos municípios do CONLESTE
• Taxa de detecção de hanseníase nos municípios do CONLESTE
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ODM6 | Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças
Incidência de tuberculose
100,00
90,00
Taxa por 100 mil habitant
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000_2002 2003_2005 2006
Cachoeiras de Macacu 7,42 36,35 36,56
CONLESTE 80,93 71,73 62,75
Estado Rio de Janeiro 95,89 85,14 95,35
Fonte: SINAN/IBGE
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ODM7
GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
META 9 Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de
recursos naturais.
Indicadores:
• Proporção de áreas cobertas por florestas por município do CONLESTE
• Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação
META 10A Reduzir em 20% até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de
resíduos sólidos.
Indicadores:
• Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede
geral de esgoto nos municípios do CONLESTE
• Percentual da área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos municípios do CONLESTE
META 11A Até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 10% dos habitantes de
assentamentos precários que moram nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município
do CONLESTE
• Percentual de domicílios em assentamentos precários, em relação ao total de domicílios urbanos,
por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários regularizados, em relação ao total de assentamentos precá-
rios, por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequa-
do, coleta de lixo doméstico e vias calçadas), em relação ao total de assentamentos precários, por
município do CONLESTE
• Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com
renda até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por
município do CONLESTE
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ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
A maior parte do CONLESTE en- acesso às redes de água e esgoto, será tem como objetivo salvaguardar rema-
contra-se localizada dentro da Região central o conceito de saneamento am- nescentes da Floresta Ombrófila Densa
Ecológica da Floresta Ombrófila Densa biental, entendido aqui como o acom- e assegurar a manutenção de manan-
(Floresta Tropical Pluvial), parte do do- panhamento das áreas ambientais e ciais hídricos. A Estação abriga o Centro
mínio do Bioma Mata Atlântica, que também do conjunto das ações que de Primatologia do Rio de Janeiro. No
ainda se desdobra em ambientes de envolvem abastecimento de água, es- período entre 2000 e 2006, houve um
manguezais e restingas. goto sanitário e coleta de resíduos só- grande crescimento da área protegi-
Com base em dados do ano 2000, lidos. O saneamento ambiental emerge da do município devido à criação do
as áreas urbanas ocupam um percen- como um dos pontos mais vulneráveis Parque Estadual dos Três Picos. O muni-
tual representativo da área total do da chamada crise urbana. Neste senti- cípio passou a ter 27,4% de seu territó-
CONLESTE (5,39%), concentrando-se do, trata-se de um tema que demanda rio constituído por unidades de conser-
em núcleos que acompanham quase a urgente correção dos rumos adotados vação de proteção integral, atingindo o
de forma contínua os eixos rodoviários, até o momento em parte significativa melhor índice da região do CONLESTE.
com destaque para o aglomerado São dos municípios brasileiros. Com relação ao percentual de do-
Gonçalo – Itaboraí. Mesmo com altera- Em 2000, a área do município de micílios permanentes urbanos com
ções associadas às atividades urbana e Cachoeiras de Macacu ocupada por acesso às redes de água e esgoto, em
agrícola, as fisionomias ainda apresen- unidade de conservação de proteção Cachoeiras de Macacu, no período de
tam uma área remanescente represen- integral correspondia a 3,9%. Esta 2000 a 20062, o município apresentou
tativa, ocupando 39,3% do CONLESTE. área era integralmente composta pela um crescimento do número de domicí-
Com relação à meta que trata do Estação Ecológica Estadual Paraíso que lios particulares permanentes urbanos
Fonte: IBAMA/IEF - RJ
2 Para o ano 2000, o IBGE (Censo Demográfico 2000) se constituiu na principal fonte dos dados sobre saneamento ambiental e número de domicílios permanentes urbanos.
Já para construção do perfil relativo ao ano 2006 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de
água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de dados. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de abasteci-
mento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Isso poderia explicar a redução, ou mesmo inexistência de domicílios
com acesso à rede de água e/ou esgoto no período analisado. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a concessionária AMPLA, responsável pelo
abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida pela abrangência de seu serviço e por
possuir um banco de dados atualizado semestralmente.
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ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
22
ODM9
ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL,
COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO
CONLESTE
META 12A Viabilização de crescimento continuado da região acima do crescimento do Estado e do país.
Indicadores:
• Evolução do PIB a preços constantes
• Valor adicionado (proxy do PIB) dos setores agropecuário, industrial e de serviços a preços
constantes
• Participação do valor adicionado (proxy do PIB) do setor agropecuário, industrial e de serviços
• PIB per capita a preços constantes
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META 18 A Adequação do suprimento de energia ao crescimento da região do CONLESTE.
Indicador:
• Consumo residencial per capita da energia elétrica
24
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
5.600 1,00%
em 2006 dos empregos da região.
5.400 Quanto à taxa de desemprego es-
0,50%
5.200 timada, esta atingia 9,5% em 2006,
5.000 0,00% um resultado relativamente positivo,
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
atribuindo ao município a terceira me-
Valor % no CONLESTE
nor taxa de desemprego dentre os mu-
Fonte: RAIS/MTE nicípios do CONLESTE. Esta taxa era
expressivamente inferior à média da
Evolução da taxa de desemprego
região (12,1%) e do Estado do Rio de
18,0% Janeiro (11,8%). Ao longo do período
16,0% 2000-2006, a taxa de desemprego no
município de Cachoeiras de Macacu
14,0%
reduziu-se em 4,3 pontos percentuais,
12,0%
segundo a estimativa realizada.
10,0% Quanto ao nível de remuneração
8,0% mensal da mão de obra formal, observa-
6,0%
se que a mesma evoluiu de R$ 391,00
em 2000 para R$ 724,00 em 2006,
4,0%
correspondendo a um crescimento de
2,0% 85%, que representa um aumento su-
0,0% perior ao crescimento da remuneração
2000 2002 2004 2006
na região (76,7%), no Estado (65,5%)
Cachoeiras de Macacu CONLESTE Estado Rio de Janeiro e no país (60,1%). Contudo, vale res-
saltar que ainda havia, em 2006, uma
Fonte: Estimativas da equipe de Economia a partir de dados do Censo
(IBGE) e da PNAD (IBGE) grande defasagem entre o nível de re-
muneração do emprego em Cachoeiras
Remuneração média mensal dos trabalhadores de Macacu, que era expressivamen-
te inferior à média do CONLESTE (R$
1.400
948,00), do Estado (R$ 1.330,00) e do
1.200
país (R$ 1.170,00). Assim, no período
1.000 2000-2006, o aumento da remunera-
800 ção média dos trabalhadores observado
no período 2000 – 2006 vem auxiliando
600
na redução desta defasagem.
400
O indicador relativo à dinamização
200 do padrão de concentração produti-
- va3 trata do grau de concentração das
2000 2002 2004 2006
atividades produtivas no município
Cachoeiras de Macacu CONLESTE Estado Rio de Janeiro Brasil de Cachoeiras de Macacu, compara-
tivamente ao conjunto da região do
Fonte: RAIS/MTE
CONLESTE, ao Estado do Rio de Janeiro
Entre 2000-2006, o total de empre- período, este foi o município da região e ao país.
gos formais contabilizados no municí- onde o emprego formal menos cresceu. Em 2006, o município ocupava a 4a
pio de Cachoeiras de Macacu cresceu Além disso, observa-se que, dentre os posição na região em termos de diver-
9,4%, evoluindo de 5.681 para 6.213 municípios do CONLESTE, Cachoeiras sificação da estrutura produtiva, com
postos de trabalho. Ao longo deste de Macacu localizava-se na 7a posição maior concorrência entre empresas nas
3 Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para
os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação
setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada
atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos.
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
Fonte: RAIS/MTE
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
710 2,95%
700
2,90%
690
2,85%
680
2,80%
670
2,75%
660
650 2,70%
640 2,65%
2000 2002 2004 2006
3200 2,10%
3100 2,05%
3000
2,00%
2900
2800 1,95%
2700 1,90%
2000 2002 2004 2006
Fonte: RAIS/MTE
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
cimento de 25,3% para o CONLESTE e Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e
de 41,1% para o total do Estado. do TCE-RJ
O município de Cachoeiras de
Macacu apresentava um investimento
per capita em torno de R$ 137,00 em
2006, acima da média do CONLESTE
(R$ 92,00) e do Estado (R$ 110,00).
Entre 2000-2006, este investimento per
capita elevou-se em 194% no municí- Receita Orçamentária per capita corrente
pio, contra um crescimento de 45,8%
1800,00
para o CONLESTE e uma queda de 1600,00
40,3% para o total do Estado. 1400,00
1200,00
1000,00
800,00
600,00
400,00
200,00
0,00
2000 2002 2004 2006
Com relação à taxa de mortalida- Taxa de mortalidade geral por 1.000 habitantes
de geral, no período de 2000 a 2002,
8,00
Cachoeiras de Macacu apresentou taxa
de mortalidade geral padronizada discre- 7,00
região. Para todo o período, Cachoeiras Cachoeiras de Macacu 6,87 7,19 7,71
CONLESTE 7,49 7,41 7,47
de Macacu e o Estado apresentaram uma Estado Rio de Janeiro 6,42 6,59 7,73
30,00
e abaixo da região do CONLESTE. Entre
2003 e 2005, houve uma ligeira queda na 25,00
Parceiros
Apoio
Município de Maricá