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Introdução:
1
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Simbologia:
Jogadora atacante
(No futebol de 11 e futsal)
Jogadora defensora
(No futebol de 11 e futsal)
Jogadora defensora
(No futsal)
Bola
(No futebol de 11 e futsal)
Condução da bola
(No futebl)
Finta
(No futebol)
Condução da bola
(No futsal)
2
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
1º. Semestre
FUTEBOL de 11:
(aulas 1, 2, 3, 4 e 5)
FUTSAL:
(aulas 6, 7, 8, 9, 10 e 11)
2
2.ª aula
Data: 22 de Setembro de 2004
Sumário:
Abordagem e exercitação dos diferentes gestos técnicos do futebol;
Avaliação diagnostica à organização estrutural e funcional do jogo apresentado
pelas alunas.
3
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Estruturação da aula:
4
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
Este exercício é semelhante ao 1.º mas com um nível de dificuldade superior uma vez que
neste as alunas apenas se podem movimentar num espaço restrito do campo e, por isso, têm que
controlar melhor a bola para evitar constantes colisões com as colegas.
5
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
1 – corrida com a
3 1 4 1 bola controlada na
direcção da parceira;
3
32 2 – passe;
3 4 3 – recepção do
1
1 passe;
4 – corrida com a
bola controlada em
direcção à posição
inicial da parceira.
Vantagens Desvantagens
6
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
3 1 4 1
3
32
3 4
1
Vantagens Desvantagens
3 1 4 1
3
32
3 4
1
7
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos:
Realizar passe aéreo com precisão e simultaneamente com a parte interna e superior do
pé;
Apreciar as trajectórias rasteiras imprimidas à bola, enquadrando-se e ajustando-se;
Realizar correctamente a recepção da bola;
Forma\Organização: (1+1) Grupos de duas jogadoras com uma bola, frente a frente.
Descrição: Num pequeno terreno de jogo, cada jogadora realiza, uma para a outra, passe aéreo
de meia distância simultaneamente com a parte interna e superior do pé. Assim, a jogadora que
recebe a bola realiza novo passe aéreo para a jogadora que se encontra à sua frente.
Vantagens Desvantagens
Legenda:
2 1 – pequeno avanço
1 3 1 4 1 da bola para a frente
3 e no sentido da
3
GR 32 baliza;
3 4 2 – Movimentação da
1
GR 1 jogadora no sentido
da bola;
3 – Remate;
8
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos:
Enquadrar-se ofensivamente com a baliza na procura do objectivo do jogo, o golo;
Realizar correctamente o remate do lado esquerdo e direito com campo;
Forma\Organização: (12GR) Cada jogadora com uma bola, organizadas em duas filas viradas
para a baliza, uma de cada lado do campo.
Descrição: Num terreno de jogo, uma jogadora de cada vez conduz a bola, enquadrando-se com
a baliza, adiantando um pouco a bola e realiza um remate à baliza apenas com a oposição de dois
guarda-redes.
Vantagens Desvantagens
Forma\Organização: (GR+77+GR)
Descrição: Num terreno de jogo, as alunas realizam jogo diagnóstico de 88 durante mais ou
menos 30 minutos.
Comentário ao jogo diagnóstico:
Neste jogo o professor teve oportunidade de observar as alunas em acção individual. O
professor pôde verificar que a maioria das alunas nunca antes tinha tido vivências importantes
no âmbito do futebol e que, por isso, o jogo teve características de “principiante”, isto é,
verificou-se:
Muita confusão em campo;
Demasiada aglomeração junto da bola;
Predominam as acções individuais (as alunas não conseguiram jogar em equipa);
Ausência de desmarcações visíveis;
Escassez de situações de finalização e consequentemente poucos golos marcados;
Predomínio da falta de objectividade;
Incapacidade de demarcar a relação entre a defesa e o meio campo e o meio campo
e o ataque;
Dificuldade de execução dos aspectos técnicos de base (passe, recepção e remate);
Incompreensão dos princípios de jogo e, consequentemente dos requisitos tácticos.
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
Esta aula serviu fundamentalmente para que a maioria das alunas tivesse o primeiro
contacto com esta modalidade. Grande parte das alunas nunca tinha jogado de chuteiras e, por
isso, sentiram uma dificuldade acrescida na execução dos gestos técnicos abordados.
Não se verificaram muitas correcções feitas pelo professor relativas aos exercícios
realizados para que, assim, o professor pudesse estar mais atento ao nível em que se
encontram as alunas individualmente e a turma em geral, de forma a tirar as informações
mínimas necessárias ao planeamento futuro das nossas aulas da forma mais rentável possível.
3
3.ª aula
Data: 6 de Outubro de 2004
Sumário:
Exercitação dos diferentes gestos táctico-técnicos individuais defensivos e
ofensivos do jogo de futebol;
Os princípios do jogo de futebol:
a) Contenção, cobertura defensiva e equilíbrio
10
b) Penetração, cobertura ofensiva e mobilidade
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos da aula:
Nesta aula fez-se uma primeira abordagem ao futebol de 11 , por isso teve como objectivos
fundamentais:
A familiarização das atletas com alguns aspectos técnicos do futebol;
A abordagem inicial aos princípios de jogo:
Os princípios de jogo são normas de base segundo as quais as jogadoras, individual, em grupo ou
colectivamente, devem coordenar a sua actividade durante o desenvolvimento da defesa e do
ataque. Assim, é possível distinguir princípios gerais e específicos:
Princípios gerais:
Não permitir a inferioridade numérica;
Evitar a igualdade numérica;
Procurar criar a superioridade numérica
11
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Em suma…
Ataque Defesa
12
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
1.ºContenção
1Penetração (1º defesa)
(1º atacante)
Apoio à companheira com bola; Apoio à companheira que marca a adversária com
Equilíbrio defensivo (1.ª fase). bola.
3Equilíbrio
3Mobilidade (3º defesa)
13
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
(3º atacante)
4Espaço 4Concentração
(estrutura da equipa) (estrutura da equipa)
Estruturação da aula:
14
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
2 6
2 1 1 – passe rasteiro;
1 3 5 1 4 1 2 – Corrida sem bola;
3 – Passe rasteiro;
4 3
GR 32 4 – Corrida sem bola;
3 5 – Movimento de
1 4
GR 1 desmarcação;
6 – Corrida com
condução da bola.
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
Legenda:
2 36 8 1 – Movimento de
2 21 desmarcação;
4 4
1 3 5 1 4 1 2 – Passe rasteiro;
1 5 7
6 3 – Movimento de
4 3
GR 32 desmarcação;
3 4 4 – Passe rasteiro;
1
GR 1 5 – Passe rasteiro;
6 – Passe rasteiro;
7 – Passe rasteiro;
8 –
Corrida com
Estratégia geral: desenvolvimento de capacidades independentes; condução da bola.
3
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
17
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
18
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
GR GR
GR GR
19
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
20
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
GR GR
GR GR
GR GR GR
Descrição:
21
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
GR GR
Concluindo, os defesas funcionam como um elástico uma vez que se movimentam em função
das várias situações do jogo, mantendo-se SEMPRE enquadrados e organizados, não alterando a
estrutura defensiva embora possam alternar posições.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
22
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
É a técnica que permite dominar a bola para a passar a um colega, continuar a acção pessoal
ou rematar à baliza.
O domínio da bola faz-se em três tempos:
1. Preparação: avaliar correctamente a trajectória da bola e deslocar-se nesse
sentido;
2. Realização: equilibrar o corpo e dosear a intensidade do esforço;
3. Conclusão: preparar o movimento seguinte (passe, finta ou remate) orientando o
seu controlo.
À excepção da paragem da bola, as outras formas de domínio devem ser rápidas para não
retardarem o jogo.
A recepção da bola deve permitir à jogadora exercer rapidamente o domínio da bola,
estabelecendo-se assim ligação sequencial com as restantes acções técnico-tácticas. Assim
uma boa recepção implica movimento, ou seja, a jogadora que recebe a bola não pode ficar
estática à espera da bola, deve antes deslocar-se em direcção à trajectória da mesma.
Deste modo, consideram-se diferentes tipos de recepção dependendo da superfície de
contacto entre a bola e a jogadora.
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Condução da bola
É a técnica que permite conduzir a bola aonde se desejar, sem a perder, isto é, é a técnica
que permite deslocar a bola a bola de forma controlada ao longo de todo o terreno de jogo.
Assim, uma condução da bola eficaz exige:
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
NOTA: A condução da bola com a parte externa do pé é ideal para a fase inicial de
aprendizagem e progressão em que nos encontramos.
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Dificuldade em progredir com a bola devido a incorrectas conduções da mesma, com a parte
interna e planta do pé;
Condução exclusivamente centrada na bola. As alunas não levantavam a cabeça;
Demasiados toques na bola.
Posição base
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
defensivo. Assim, quanto mais rápida e perspicaz for a defesa a deduzir as acções ofensivas,
mais facilidade terá para as anular;
3. Posição base correctamente executada;
4. Distância adequada entre o defesa e o atacante: Durante a realização da contenção
defensiva, a distância que o defesa deve assumir relativamente ao atacante, deve ser gerido
pelo mesmo, variando de acordo com:
A capacidade técnico-táctica do defesa. Assim, quanto maior a capacidade do defesa, menor
a sua distância em relação ao atacante;
A capacidade técnico-táctica do atacante. Assim, quanto maior a capacidade do atacante,
maior a distância a dar pelo defesa para ter mais tempo para reagir;
A zona do terreno onde se verifica a situação defensiva. Assim, nas zonas mais próximas da
baliza o defesa deve estar sempre próximo do atacante;
A necessidade de observar constantemente a bola;
A existência de acções de cobertura defensiva.
5. Retardar a acção do atacante em posse de bola: O defesa que realiza a
contenção defensiva deve tentar retardar ao máximo a acção do atacante com bola para que os
companheiros tenham tempo de se recolocar nas suas posições de base ajudando, assim, o
primeiro defesa a controlar a situação.
6. Observar a bola: O defesa deve observar sempre o movimento da bola para
poder reagir de acordo com os movimentos desta e não do adversário. Assim, o defesa deverá
ser paciente não se colocando demasiado perto do adversário de forma a efectuar o desarme
com a garantia de poder vir a ganhar aposse da bola;
7. Ter a iniciativa: Deve ser o defesa a dificultar a acção do atacante directo.
Deste modo, o jogador em contenção pode:
Exercer marcação muito pressionante;
Simular que vai desarmar;
Conduzir o adversário para os corredores laterais uma vez que uma menor área de acção
representa menor perigo ofensivo;
Conduzir o adversário para um local onde seja possível a ajuda de um colega de equipa;
Escolher o momento certo para desarmar.
NOTA: A má colocação dos apoios (ver figura do meio da página anterior) prejudica o
desenrolar da acção defensiva uma vez que assim a defesa perde o controlo da situação já que
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
tem um ângulo de visão menor que não lhe permite seguir continuamente a posição dos dois
adversários em caso de inferioridade numérica.
A cobertura defensiva visa atribuir apoio ao colega que marca o adversário com bola e ,
por isso, o jogador que faz a cobertura defensiva tem a responsabilidade imediata de exercer
pressão sobre o adversário quando este ultrapassa o companheiro em contenção;
Assim, esta acção defensiva é considerada fundamental para o sucesso defensivo uma vez
que permite manter, mais facilmente, a baliza segura e, neste sentido, a cobertura defensiva
oferece condições favoráveis ao primeiro defesa (jogador que marca o adversário com posse
de bola) para ter iniciativas mais seguras uma vez que se o adversário directo o ultrapassar
irse-á deparar com uma nova acção defensiva protagonizada pelo companheiro que estava a
fazer a cobertura;
Para realizar uma boa cobertura defensiva é necessário ter em atenção alguns
comportamentos técnico tácticos fundamentais:
1. Manter o posicionamento de base para ter maior capacidade de reacção;
2. Ser paciente, observando a bola, os adversários e os companheiros;
3. Comunicar com os colegas para introduzir uma boa coordenação entre os defesas;
4. Controlar a distância e o ângulo da cobertura de acordo com vários factores
posicionais:
a) Velocidade dos defesas: Quanto mais lento for a jogadora em contenção, mais
próxima deverá estar a cobertura defensiva;
b) Zona do campo onde se verifica a situação do jogo: Assim, por exemplo,
junto às linhas laterais a área de acção dos atacantes é diminuta e , por isso, a pressão
defensiva deve ser maior (é mais fácil recuperar a bola); Pele contrário, nas áreas próximas do
meio campo a área de acção dos atacantes é bastante grande e, por isso, para evitar surpresas
atacantes, é mais seguro manter-se alguma distância entre quem faz a contenção e quem faz a
cobertura;
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
A cobertura ofensiva visa atribuir apoio e confiança ao colega com bola e , por isso, logo
após a recuperação de bola o jogador que faz a cobertura ofensiva tem a responsabilidade
imediata de exercer a acção de cobertura (atrás da linha da bola) e dar o apoio necessário ao
jogador com bola (à frente da linha da bola) com o objectivo de assegurar à equipa as
condições necessárias a um ataque eficaz aumentando, assim, as soluções para resolver os
problemas ofensivos.
Assim, esta acção ofensiva é considerada fundamental para o sucesso organizacional
atacante uma vez que permite pressionar de imediato o adversário caso o portador da bola
perca a sua posse por alguma razão.
Em suma, uma a realização de uma cobertura ofensiva eficaz permite::
1. Simplificar as acções técnico tácticas do portador da bola: o jogador em cobertura
ofensiva apoia o portador da bola e, por isso, a pressão defensiva ao jogador com bola diminui;
2. Atribuir confiança ao jogador com bola: o jogador com bola sente-se, assim, mais
seguro para desencadear qualquer iniciativa atacante (condução de bola, finta, remate, passe);
Principais erros da cobertura defensiva observados na aula:
Colocação posicional incorrecta no apoio à portadora da bola. Assim, as alunas
apresentavam-se:
Muito afastadas, dificultando a finalização (escassez de golos);
Muito próximas, facilitando a acção dos defesas (muitas perdas de bola);
Paralelas entre si (na penetração e cobertura ofensiva), retirando profundidade
à acção ofensiva e, por isso, retardando a finalização (escassez de situações de finalização)
30
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
Nesta aula o professor tentou transmitir-nos alguns conceitos básicos mas fundamentais
relacionados com a prática do futebol. Isto para que nas futuras aulas nos seja mais fácil e
acessível aplicar os conceitos que o professor pretender.
Deste modo, considero que a aula foi bem estruturada já que abordou as principais
dificuldades das alunas e, por isso, permitiu que estas sentissem a necessidade de um futuro
empenhamento e uma atenção consciente no que diz respeito à disciplina de futebol.
Em suma…
A principal preocupação deve ser ultrapassar as condições exteriores da prática da
modalidade, como seja o relvado e as chuteiras;
É, também, importante progredir nos aspectos mais técnicos do futebol, como seja a
relação com a bola e o seu domínio, uma vez que a maioria das alunas não mostrou coordenação
nesta área;
No que se refere à contenção defensiva, penetração ofensiva e coberturas, defensiva e
ofensiva, (princípios abordados mais insistentemente nesta aula) ficou evidente que o trabalho
a realizar nesta área deverá ser intenso e consciente por parte de cada aluna uma vez que se
notaram imensas dificuldades na execução e até compreensão destes comportamentos;
Os aspectos mais tácticos do jogo constituem a principal dificuldade das alunas uma vez que
estas mostraram incompreensão face à estrutura e organização do jogo. Assim, a assimilação e
execução dos objectivos dos exercícios tornou-se mais complicada.
Além disso, as dificuldades técnicas sentidas pelas alunas agravaram ainda mais as
execuções tácticas pretendidas pelo professor.
4
4.ª aula
Data: 13 de Outubro de 2004
Sumário:
Exercitação dos diferentes gestos táctico-técnicos individuais defensivos e
ofensivos do jogo de futebol;
A interacção dos princípios do jogo de futebol:
a) Contenção, cobertura defensiva, equilíbrio e concentração
31
b) Penetração, cobertura ofensiva, mobilidade e espaço
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos da aula:
Nesta aula fez-se uma breve reflexão acerca dos conceitos abordados na aula anterior
(princípios de jogo) e, por isso teve como objectivos fundamentais:
A aplicação prática dos princípios de jogo;
Compreender que os princípios de jogo apenas fazem sentido quando aplicados como
um “todo” e nunca independentemente uns dos outros;
A compreensão e assimilação dos princípios de jogo tentando aplicá-los como um todo,
imprimindo-lhes interacção e unificação, na realização de jogos diversificados;
A sistematização insistente dos diferentes gestos técnicos fundamentais;
Uma abordagem mais profunda acerca dos princípios do equilíbrio e da mobilidade.
Estruturação da aula:
32
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
33
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
1 – Passe rasteiro;
2 – Movimento de 2º
desmarcação; 66
3 – Passe rasteiro; 2 22 6
4 – Movimento de
1
2 1 5
5 3º
33
1 3 54 1 4 1
desmarcação;
5 – Passe rasteiro; 4 3
GR 32
6 – Corrida com Legenda:
3 14 2 4
condução da bola. 1 1 – Passe rasteiro;
GR 1
2 – Movimento de
3 3
desmarcação;
3 – Passe rasteiro;
4 2 1
4 – Passe rasteiro;
34
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
35
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
GR
GR
GR GR
36
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
37
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
GR GR
38
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
A partir do momento em que a equipa com bola entra no meio campo ofensivo sofre pressão
defensiva por parte da equipa contrária;
É só a partir do meio campo ofensivo de cada equipa que o exercício se desenvolve;
Deste modo, se a equipa que ataca perde a bola deve efectuar, de imediato, pressão
defensiva nesse mesmo meio campo tentando recuperar a bola para marcar golo;
A equipa que estava a atacar apenas pode defender a bola no seu meio campo ofensivo.
Assim, a equipa que recupera a bola deve efectuar uma rápida organização de jogo de modo a
ultrapassar o meio campo defensivo e dirigir-se para o meio campo ofensivo (onde já se
encontra uma equipa em defesa organizada pronta a efectuar pressão defensiva).
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
7º exercícios de treino
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Forma\Organização:
(10+GRGR+10), 1111; 2 equipas de 11 elementos a jogar em 4-3-3;
Descrição:
Realizar jogo de onze contra onze.
Análise específica dos exercícios:
Neste exercício pedia-se às alunas que:
1. Realizassem um jogo organizado aplicando constantemente os princípios de jogo já
aprendidos tendo em atenção as diferentes exigências técnico tácticas de cada um;
2. Jogassem em equipa, ou seja, procurassem soluções ofensivas e defensivas de acordo
com os movimentos e posições das colegas de equipa;;
3. Se concentrassem nos aspectos técnicos fundamentais para que estes não fossem
impeditivos da boa organização táctica;
4. Apoiassem o portador da bola, criando linhas de passe em aproximação e afastamento
(no ataque);
5. Utilizassem um ritmo de jogo elevado quando a equipa contrária está muito avançada no
terreno (tem muitos jogadores à frente da linha da bola) e\ou está desorganizada
defensivamente (no ataque);
6. Realizassem contenção longe da baliza a defender (na defesa);
7. Fechassem os espaços de penetração e as linhas de passe mais perigosas (na defesa);
8. Flutuassem coordenadamente de acordo com a posição da bola sem abrir grandes
espaços entre os jogadores que defendem.
A principal dificuldade verificada na realização deste exercício prende-se com a ocupação
dos espaços, quer defensivos quer ofensivos. Assim, as alunas que atacavam encontravam-se,
sempre, muito juntas e as alunas que estavam a defender provocaram alguma confusão na
organização uma vez que “iam todas à bola”.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
40
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
É a técnica que permite dirigir, com precisão, a bola a um colega que, frequentemente, está
em movimento.
Assim, o passe é o elemento técnico fundamental do jogo uma vez que é ele que permite a
colaboração entre os jogadores da mesma equipa. É, então, a acção de relação colectiva mais
simples de observar e executar.
A precisão deste elemento técnico permite a rápida rotura do sistema defensivo adversário
e, por isso, é fundamental para o sucesso ofensivo.
O passe é, ao mesmo tempo, um elemento técnico e táctico e, por isso, a sua execução
apresenta exigências de ambos os níveis:
A nível táctico, o jogador deve seleccionar o tipo de passe que deve realizar de
acordo com a situação momentânea de jogo, que depende essencialmente da posição dos
companheiros, dos adversários, da zona do terreno de jogo em que se encontra, da sua
capacidade técnica e dos objectivos tácticos definidos pela equipa;
A nível técnico, o jogador deve executar o passe de acordo com o tipo de passe
adequado, o tempo de execução, a potência necessária e a precisão exigida.
Assim, apesar de aparentemente simples, o passe é um elemento técnico muito exigente em
termos de treino e eficácia. Neste sentido, ao longo das aulas passadas e da presente aula, foi-
me possível assimilar com bastante profundidade a sua execução técnica. Deste modo,
apercebi-me que dependendo da intenção, o passe pode assumir diferentes formas:
41
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
É mais potente;
É menos preciso uma vez que
Passe com o peito do pé possibilita uma menor área de impacto.
Assim, o passe deve ser executado sempre com a cabeça levantada e o pé de apoio bem
colocado, sensivelmente à altura da bola. Durante a execução o pé de apoio deve manter-se ao
lado da bola para que o corpo se mantenha em equilíbrio e o passe seja preciso.
Na realização de passes longos é ainda importante, antes do passe, direccionar a bola para o
local pretendido, para que assim, as acções de coordenação entre o atleta e a bola decorram de
forma mais sequencial.
O passe efectua-se essencialmente com o interior do pé, cuja superfície de contacto, mais
plana, deverá permitir uma maior precisão da trajectória. A cabeça, mas também o peito e a
coxa permitem igualmente efectuar um passe.
O passe aparece após o domínio da bola, ou espontaneamente, sem domínio ao nível do solo, à
altura das ancas ou por cima de um adversário (passe de “chapéu”.
Um passe pode ser lateral, para a frente ou para trás.
Se olharmos criticamente para o futebol actual verificamos que, cada vez mais, as equipas
jogam com menos espaço, a pressão defensiva é muito forte e, as acções atacantes são
dificultadas. No sentido de contrariar as dificuldades tácticas impostas pelo sistema de jogo
da actualidade, os jogadores recorrem cada vez mais ao passe (para “abrir” espaços) e utilizam
uma grande diversidade de passes tentando contornar o adversário. Assim, por exemplo,
utiliza-se muito o passe em arco com o interior do pé. Este passe exige uma grande
flexibilidade da anca e do tornozelo para inflectir a trajectória da bola, fazendo com que ela
gire sobre si mesma.
42
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Escolha imprópria das superfícies de contacto com a bola (as alunas executavam, muitas
vezes, o passe com a parte externa do pé) e, consequentemente, imprecisão dos passes;
Dificuldades na “pesagem” da força ideal necessária à execução de cada passe (as alunas
executavam o passe com muita força e, por isso com muito pouca precisão).
Depois de assegurarem a cobertura ao companheiro com bola os atacantes devem ter como
principal objectivo desequilibrar a defesa adversária conseguindo, então, espaços livres para
progredir no sentido da baliza contrária.
Assim, a mobilidade representa o conjunto de acções desenvolvidas pelos atacantes visando
a ruptura e o desequilíbrio na estrutura defensiva adversária tendo sempre em atenção alguns
comportamentos técnico tácticos fundamentais:
1. Assegurar a variabilidade de posições para evitar que o jogo ofensivo se torne
demasiado previsível para os defesas: os atacantes devem variar, o mais possível, as suas
desmarcações, (variando não só o posicionamento no terreno de jogo mas também as
velocidades e intensidades imprimidas em cada desmarcação), no sentido de confundir os
defesas e desequilibrar o sistema defensivo adversário;
2. Ocupar espaços livres: os atacantes devem ter como preocupação primordial o
aproveitamento de espaços deixados “livres” pelos adversários. Assim, os atacantes devem
aperceber-se rapidamente dos melhores locais para receber a bola devendo ocupá-los
imediatamente no sentido de impedir uma reorganização defensiva;
3. Criar espaços livres: os atacantes devem desenvolver múltiplos deslocamentos, não só
com a intenção de receber a bola, mas também no sentido de criar espaços próprios para que
os colegas de equipa os possam ocupar. Estabelece-se, assim, uma maior pressão ofensiva sobre
o adversário;
4. Criar linhas de passe: Os deslocamentos ofensivos devem sempre permitir a criação
de linhas de passe com o portador da bola, quer sejam passes finalizadores quer sejam simples
passes de apoio à construção ofensiva. Neste sentido, para receber a bola, os atacantes
devem-se posicionar em diagonal relativamente ao defesa e nunca por trás dele (se o atacante
se movimentar colocando-se por trás do defesa retira o sentido prático à sua acção, desgasta-
se e não ajuda a equipa a ultrapassar as dificuldades ofensivas);
5. Manter a posse da bola: quando a equipa adversária está muito fechada
defensivamente, os atacantes devem ter como preocupação ofensiva manter a posse da bola
fora do centro de jogo defensivo adversário, mas sempre com a intenção de penetrar aí. Deste
modo, os atacantes “obrigam” os defesas a soltar-se mais até que surja o momento ideal para a
realização de uma desmarcação explosiva ou rápidas investidas ofensivas em direcção à baliza
adversária. Isto quer dizer que as movimentações ofensivas só têm lógica quando os atacantes
conseguem manter a bola em seu poder o tempo suficiente para que se proporcionem os
espaços livres que potenciem situações ofensivas com algum perigo.
Em suma, este princípio exige uma boa “leitura de jogo” por parte dos jogadores sem bola.
As suas acções são tão importantes como a assimilação das diferentes acções técnico-tácticas
exigidas durante o jogo. O êxito das acções ofensivas depende, fundamentalmente, da
interpretação que o jogador com bola faz das movimentações dos companheiros sem bola.
A dependência ofensiva à realização deste princípio mostra bem a colectividade do jogo de
futebol. Assim, por mais dotado tecnicamente que o portador da bola for, se os companheiros
43
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Para controlar as movimentações atacantes os defesas têm que arranjar argumentos que
dificultem ao máximo ou impeçam o desenrolar das acções dos adversários.
Assim, o equilíbrio visa assegurar, fundamentalmente, a estabilidade do centro do jogo
defensivo através da criação de condições desfavoráveis aos atacantes de forma a que estes
tornem o seu jogo previsível, tendo sempre em atenção alguns comportamentos técnico
tácticos fundamentais:
1. Cobertura dos espaços e jogadores livres;
2. Cobertura de eventuais linhas de passe;
Estas coberturas são conseguidas através do constante reequilíbrio dos defesas durante as
diferentes momentos de jogo. Assim, por exemplo, se a bola está no centro os defesas devem
fechar a zona central o mais possível e controlar a posição dos adversários e da bola; se algum
44
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
jogador sem bola se movimenta em algum dos lados o defensor dessa zona deve acompanhá-lo
enquanto os companheiros se ajustam para diminuir as acções atacantes.
O jogador em posição de equilíbrio deve ainda estabelecer uma certa distância, coerente e
homogénea, relativamente ao companheiro em contenção e em cobertura defensiva.
45
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
Esta aula surge no seguimento das aulas anteriores, onde se continua a procurar
desenvolver os conceitos básicos dos princípios defensivos e ofensivos. Todavia notei um
aumento da complexidade dos exercícios, uma vez que a maioria dos exercícios são compostos
por mais de três elementos, o que penso ser correcto, na medida em que se apresentam como
sendo mais próximos da realidade e ao mesmo tempo, estamos a desenvolver conceitos de
táctica sem nos apercebermos e que nos vão ser importantes.
Nesta aula acentuou-se bastante a baixa qualidade técnica de algumas alunas, isto porque
como a aula se baseou bastante em situações de jogo, o passe, as recepções, as desmarcações
assumem aqui bastante importância.
Nos jogos reduzidos as alunas foram capazes de manter uma organização mais ou menos
estável e eficaz, quer a nível ofensivo quer defensivo.
No final, como tem sido costume, o professor deixou jogar um pouco à nossa vontade,
impondo desta feita algumas regras simples, mas continuou a ser-me visível um grande
aglomerado de jogadores em torno da bola, uma má ocupação dos espaços, as desmarcações
quase não existem, a maioria das alunas só gosta de jogar se tiver a bola e verificou-se, ainda,
grande individualismo.
Gostaria, ainda de referir a boa estruturação e sequêncialidade dada à aula que nos
facilitou a compreesão de todos os princípios de jogo relacionando-os e interligando-os.
Esta aula foi uma das que mais me agradou, pois havia uma variedade de exercício
considerável, com bastante movimento e bastantes situações de competição, porque me
comecei a sentir bastante melhor, quer a nível técnico quer a nível táctico, acompanhando
objectivos na sua plenitude. Finalmente as chuteiras começavam a deixar de me fazer
confusão!
46
5
5.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 20 de Outubro de 2004
Sumário:
Análise à estrutura do jogo de futebol:
a) as fases;
b) os princípios;
c) os factores;
d) as formas.
47
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
48
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
49
6
6.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 27 de Outubro de 2004
Sumário:
Exercitação dos diferentes comportamentos táctico-técnicos individuais
defensivos e ofensivos do jogo de futsal.
Iniciação à organização ofensiva e defensiva do futsal: organização estrutural
31- rotação com o “Fixo fixo”.
Organização defensiva: defesa à zona, defesa individual e defesa mista.
Objectivos da aula:
Nesta aula fez-se uma primeira abordagem ao futsal e, por isso, teve como objectivos
fundamentais:
1. A familiarização das atletas com alguns aspectos teóricos do futsal:
O futsal, tal como o futebol, é um jogo eminentemente colectivo e, por isso um só jogador é
incapaz de lutar contra um grupo de jogadores organizados e coordenados no mesmo sentido.
Assim, este jogo necessita de uma boa interacção entre todos os elementos de forma a que as
características próprias de cada atleta contribua activa e eficazmente para o sucesso da
equipa. Deste modo, em termos tácticos, existem jogadores mais aptos para jogar numa ou
noutra posição mas que devem conseguir desempenhar funções em todos os sectores ofensivos
e defensivos no sentido de favorecer a mobilidade do jogo, ou seja, os jogadores de futsal são
fundamentalmente polivalentes.
Boa colocação;
Atento;
Ágil;
Com bons reflexos;
Guarda-redes Flexibilidade;
Ousadia e percepção do “timming”
necessário para a saída;
Bom poder de sincronismo e concentração.
Saber comandar a marcação da equipa;
Firmeza nas entradas ofensivas;
Percepção do “timming” exacto nos cortes;
Bom poder de cobertura;
Bom poder de reacção para poder decidir
Fixo rapidamente perante as acções adversárias;
Boa capacidade de distribuição do jogo e,
consequentemente, precisão e decisão nos
passes;
Boa capacidade de atrair o adversário;
Bom remate (forte e de longas distâncias.
50
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
a – passe;
b – corrida no sentido
da bola;
51
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
Legenda:
a a a – condução de bola;
b c
b – passe rasteiro.
c – passe em hipérbole
b c
a a
52
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
53
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
NOTA: No sentido de minimizar estas dificuldades, o professor sugeriu que, nesta fase inicial,
as alunas se colocassem de lado para a bola pois assim seria mais fácil coordenar os
movimentos e perceber qual a causa-efeito pretendida.
b Legenda:
a c a a – passe;
b
b – corrida sem bola;
c – condução da bola.
a
b c
54
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
Legenda:
D
A – Fixo;
B – Pivôt;
C – Ala direito;
2 D – Ala esquerdo;
B
A
1 1 – Passe para a pivôt;
3 2 – Passe para a “Fixo”;
4 3 e 4 – Rotação entre a
pivôt e a ala direito.
C
55
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
pivot (vértice mais avançado do losango) e as outras duas colocam-se na posição dos alas
(vértices laterais do losango). Deste modo, a aluna posicionada no vértice mais atrasado do
losango tem posição fixa e por isso não efectua rotações com nenhuma das colegas. As outras
três alunas (duas alas e uma pivot) vão trocando de posições entre si logo após a realização de
passe para a “Fixo”. Ou seja, a “Fixo” faz passe para uma das jogadoras (a pivot, por exemplo)
que lhe devolve o passe e troca de posição com uma das colegas (a lateral direito).
Análise específica do exercício:
A organização estrutural 3-1 com “Fixo-fixo” refere-se às movimentações ofensivas em que
as jogadoras, mantendo as trocas de bola, se deslocam entre as posições de lateral e pivôt na
expectativa de encontrar linhas de passe e desequilibrar a estrutura defensiva do adversário,
criando superioridade numérica.
O tipo de rotação desenvolvido neste exercício é utilizado essencialmente quando a “Fixo”
não está muito pressionada e, assim, as restantes companheiras tentam criar rupturas na
defesa adversária esperando a qualquer momento o passe.
Neste exercício pedia-se às alunas que percebessem e realizassem correctamente as
rotações características da organização estrutural 3-1 com “Fixo fixo”. Assim, embora sem
oposição, foi-nos possível verificar que existem algumas determinantes tácticas a ter em
atenção quando se adopta este tipo de organização:
1. É necessário que, em quase todos os momentos do jogo, a fixo tenha as duas alas a
apoiá-la para evitar ameaças adversárias e, consequentemente, manter a posse de bola;
2. Para o sucesso das rotações é:
a) É necessário olhar constantemente a bola (que pode entrar em qualquer
momento), as colegas de equipa (que esperam passe ou apoio) e as adversárias (para podermos
decidir qual a melhor forma de criar espaços);
b) É necessário realizar movimentos rápidos com mudanças de velocidade e
direcção no sentido de perturbar a defesa adversária.
Análise das consequências da opção por estes exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
56
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
57
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
58
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
59
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
60
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
O passe no futsal~
A organização defensiva
Entende-se por acção defensiva, toda a acção técnica específica de defesa executada por
um jogador durante o jogo, na tentativa de não permitir que o oponente obtenha sucesso nas
suas acções ofensivas (passes, movimentações e remates à baliza), ou seja, faça golo.
Deste modo, dentro do movimento defensivo encontram-se essencialmente três formas de
organização base:
1. Defesa individual
Conceito: consiste em designar uma jogadora para se encarregar de um determinado atacante
e de o seguir para onde ele se deslocar.
Características:
fundamenta-se na igualdade numérica;
confere uma grande responsabilidade individual
Vantagens:
permite a anulação de um jogador com grande capacidade técnica e táctica;
implica uma grande vigilância. Assim, cada adversário é incomodado e a intervenção é
directa;
Inconvenientes:
exige um grande desgaste físico devido às constantes reacções aos movimentos
adversários;
é um pouco destrutiva e obriga os avançados a defender. Assim como as defesas podem ser
arrastadas para longe da sua área de acção.
61
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
2. Defesa à zona
Conceito: Consiste em dividir teoricamente o campo em zonas que os defesas se encarregam
de vigiar e onde devem intervir seja qual for o atacante que apareça.
Características:
Baseia-se sobretudo em acções técnico tácticas de cobertura defensiva equilíbrio e
contenção;
Vantagens:
O possuidor da bola sofre uma oposição constante e, por isso, é muitas vezes obrigado a
rematar de longe;
Privilegia os passes curtos e as intercepções;
Dificulta os adversários a criarem espaços livres nas áreas vitais do campo;
As falhas individuais podem ser corrigidas pelas colegas através de acções de cobertura
defensiva.
Inconvenientes:
As jogadoras ficam concentradas numa parte do campo, o que facilita as aberturas rasgadas
por parte das adversárias, assim como fintas;
O guarda redes fica, por vezes, encoberto e torna-se vulnerável nos remates de longe.
3. Defesa mista
Conceito: consiste numa síntese da defesa à zona com defesa individual;.
Características:
Cada jogadora evolui na sua zona e marca e marca pressionantemente o adversário na posse
da bola, mesmo que este progrida para outra zona, e só depois do atacante pressionado se
libertar da bola ou de uma outra colega assumir as suas funções, a defensora poderá voltar
para a sua zona de marcação.
Vantagens:
Dificulta a criação de situações de superioridade numérica por parte das atacantes;
Permite realizar constantemente a cobertura defensiva;
Dá maior criatividade aos defesas uma vez que lhes permite sair da sua zona de marcação
para outra marcando o atacante numa posição vital.
Inconvenientes:
Requer algum grau de responsabilidade individual aliada a um grande espírito de
solidariedade.
62
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
O Futsal é uma modalidade de ensino na escola, e que se pode jogar em qualquer pavilhão,
por conseguinte, a turma e eu não demonstramos tantas dificuldades a nível técnico nem em
corresponder às expectativas e objectivos do professor. Contudo aprendi coisas novas,
nomeadamente no que respeita ao jogo, uma vez que a disposição e movimentação dos
jogadores em campo é bastante específica.
No entanto, pelo facto de ser jogado com os pés o futebol pode trazer inicialmente algumas
dificuldades relacionadas com a coordenação de movimentos bem como com a visão de jogo.
Deste modo, estas dificuldades são ainda mais acentuadas no futsal uma vez que sendo o campo
mais pequeno exige decisões mais rápidas. Assim, durante a execução dos exercícios verifiquei
que existiam já poucas dificuldades no que se refere à condução e à recepção da bola mesmo as
realizadas com a parte plantar do pé. Apesar disso verifiquei algumas dificuldades sentidas ao
nível do passe, nomeadamente no passe por cima (em hipérbole) devido ao facto das alunas não
colocarem bem o pé por baixo da bola nem flectirem correctamente o joelho durante a sua
execução.
Relativamente ao jogo final (55) foi interessante constatar que o jogo estava mais
organizado comparativamente com os realizados em futebol de 11. Assim, nota-se que tem
havido uma boa assimilação por parte das alunas no que se refere aos princípios específicos de
jogo e que, por isso, estas são capazes de realizar com mais facilidade as movimentações
pretendidas. No entanto, gostaria de salientar a falta de apoio à portadora da bola e a pouca
definição das marcações.
Por fim, considero que esta aula foi bem estruturada uma vez que forneceu elementos
básicos essências para o início de uma melhor compreensão das
acções de jogo, nomeadamente das rotações.
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7
7.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 03 de Novembro de 2004
Sumário:
Exercitação dos diferentes comportamentos táctico-técnicos individuais
defensivos e ofensivos do jogo de futsal.
Organização ofensiva do futsal: organização estrutural 31- rotação com o
“Pivôt fixo”.
Objectivos da aula:
Estruturação da aula:
1º 1º 2º 3º 3º
Legenda: 3 Legenda:
1 1 1
1 – Condução de 2 1 – Condução de
bola; 2 bola;
2
2 – Passe; 3 2 – Passe;
3 – Corrida sem 3 3 – Condução de
bola; 2 1 bola;
4
3 4 4 – Passe;
5
Legenda: 2º
1 – Condução de bola; 2 – Passe;
3 – Passe; 4 – Passe;
5 – Corrida sem bola;
64
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos:
Apreciar as trajectórias rasteiras imprimidas à bola, enquadrando-se e ajustando-se;
Realizar correctamente a recepção da bola com a parte plantar do pé;
Realizar o passe rasteiro com precisão e correcção;
Realizar correctamente a condução da bola com a parte plantar do pé;
Forma\Organização do 1º exercício: (2+1) Grupos de três jogadoras com uma bola ao longo
das linhas laterais do campo, frente a frente, duas dum lado com uma bola e uma do outro sem
bola;
Forma\Organização do 2º exercício: (1+1+1) Grupos de três jogadoras com uma bola ao longo
das linhas laterais do campo, frente a frente, uma aluna dum lado com uma bola, outra do outro
sem bola e outra posicionada entre as alunas já mencionadas;
Descrição do 1º exercício: efectuar condução da bola com a parte plantar do pé seguida de
passe rasteiro para a colega da frente. A aluna que executa passe desloca-se no sentido do
passe realizando:
a) Deslocamentos laterais;
b) Skipping à frente;
c) Skipping atrás;
d) Corrida para trás;
e) Corrida na diagonal, para trás e para a frente;
f) Sprint.
Descrição do 2º exercício: A aluna posicionada numa das linhas laterais efectua condução da
bola com a parte plantar do pé até um pouco antes do meio do percurso (onde de encontra uma
colega à espera do passe). Aí, executa passe para a colega posicionada a meio do percurso que
lhe devolve imediatamente a bola através de passe. Depois, a aluna que iniciou o percurso com
bola executa um último passe para a colega que posicionada no final do percurso (na linha
lateral oposta à iniciado pelo exercício).
Análise específica do 1º e 2º exercícios:
Nestes exercícios pedia-se às alunas que:
1. Efectuassem a condução da bola preferencialmente com a parte plantar do pé por ser
mais segura e ainda que a fizessem com muitos toques na bola por forma a mantê-la sempre
controlada;
2. Realizassem o passe preferencialmente com a parte interna do pé uma vez que, assim,
se privilegia a precisão e não tanto a potência. Assim, as alunas não se devem esquecer de
colocar bem o pé de apoio ao lado da bola facilitando o equilíbrio do corpo e da consequente
orientação do passe;
3. Realizassem a recepção da bola sempre com a parte plantar no sentido de a controlar
perfeitamente dominando-a facilmente em todos os momentos, proporcionando-se assim uma
maior segurança nas acções de recepção. Assim, as alunas não se devem esquecer de
direccionar a bola para onde pretendem ir, facilitando, então, a sequencial idade da jogada.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
65
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R.
G.R.
66
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
Esta nossa aula foi um pouco condicionada pelas condições atmosféricas: Estava a chover
imenso…
Gostei muito de jogar com chuva, embora provocando algumas dificuldades, estas condições
adversas revelaram-se, para muitas, motivadoras e estimulantes!!
Assim sendo, nesta aula realizamos menos exercícios que o habitual mas que, quanto a mim,
foram perfeitamente adequados às condições da aula e motivação das alunas
Foi extremamente motivante ver a turma a trabalhar bastante bem, e concentrada nos
exercícios que estavam a efectuar. Para isso penso que ajudou o facto de a modalidade se
estar a demonstrar suficientemente interessante e motivante para permitir o “esquecimento”
total da chuva e, consequentemente, um empenhamento interessante na aula.
Gostei especialmente do jogo final. Senti que, mesmo ainda com algumas
limitações, nos conseguimos organizar coerentemente combatendo, cada vez melhor, as
dificuldades técnicas mais prejudiciais ao nosso jogo.
67
8
8.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 10 de Novembro de 2004
Sumário:
Exercitação dos diferentes comportamentos táctico-técnicos individuais
defensivos e ofensivos do jogo de futsal.
Organização ofensiva do futsal: organização estrutural 31- rotação com o
“Pivôt fixo”.
Objectivos da aula:
Esta aula teve como principal finalidade cumprir com os objectivos propostos para a aula
anterior e que, devido ao mau tempo, não puderam ser cumpridos eficazmente. Esses
objectivos foram:
1. A sistematização dos elementos tácticos abordados nas aulas anteriores;
2. A abordagem inicial à organização estrutural 31 com Pivôt fixo.
Estruturação da aula:
b
a c a
b
Legenda:
a – passe;
a b – corrida sem bola;
b c
c – condução da bola.
68
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
3
1 1 – Condução de
2
bola;
2 – Passe;
3 – Corrida sem
2 1 bola;
3
Forma\Organização: (2+1) Grupos de três jogadoras com uma bola ao longo das linhas laterais
do campo, frente a frente, duas dum lado com uma bola e uma do outro sem bola;
Descrição: efectuar condução da bola com a parte plantar do pé seguida de passe rasteiro
para a colega da frente. A aluna que executa passe desloca-se no sentido do passe realizado;
Nota: Este exercício é semelhante ao 1º exercício especificado na aula 6 e, por isso aqui não
explico os pressupostos fundamentais já que são semelhantes aos já descritos.
Legenda:
1 – Passe;
2 1
2 – Corrida sem
bola;
69
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
70
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
1
1 – Condução de
bola;
2 2 – Finta;
3 – Passe;
Estratégia geral: desenvolvimento de capacidades independentes;
Meios usuais: Tarefas3de treino do passe, da recepção, da condução da bola e da finta (o
drible);
Objectivos:
Apreciar as trajectórias rasteiras imprimidas à bola, enquadrando-se e ajustando-se;
Realizar correctamente a recepção da bola com a parte plantar do pé;
Realizar a condução da bola sem olhar para ela (simulando a constante observação de jogo
pedida em futsal);
Realizar a acção de puxar a bola para o lado com a parte plantar do pé como que
representando uma tentativa de finta;
Forma\Organização: (1+1+1) Grupos de três jogadoras com uma bola ao longo das linhas
laterais do campo, frente a frente, uma aluna dum lado com uma bola, outra do outro sem bola
e outra posicionada entre as alunas já mencionadas;
Descrição: A aluna posicionada numa das linhas laterais efectua condução da bola com a parte
plantar do pé até um pouco antes do meio do percurso (onde se encontra uma colega
representando uma defensora). Aí, executa uma finta puxando a bola para o lado com a parte
plantar do pé. Depois, a aluna com bola executa passe rasteiro para a colega situada à sua
frente e dirige-se para o local do passe.
Análise específica do exercício:
Neste exercício pedia-se às alunas que:
1. Tivessem em atenção a correcta execução dos gestos técnicos já abordados e
sistematizados durante os exercícios anteriores;
2. Colocassem o pé de apoio ao lado da bola (ou ligeiramente à frente) “penteando-a” para
esse mesmo lado pelo pé contrário;
Esta acção constituiu-se como mais uma forma de estreitar as relações das atletas com a
bola. Assim, como o exercício não era realizado com adversária directa, permitiu, sobretudo,
que as alunas aprendessem o movimento tentando entender o seu significado prático.
Deste modo, o professor chamou-nos a atenção para o facto desta acção ser tanto mais
eficaz quanto maior a rapidez da sua execução (para iludir e ultrapassar o adversário) e a
amplitude do movimento (para desviar efectivamente a bola do alcance do colega).
71
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
D A – Fixo;
5 B – Pivôt;
C – Ala direito;
4 D – Ala esquerdo;
B
A
1 – Passe para a lateral;
1 3 2 – Corrida sem bola;
2 3 e 4– Condução de bola;
5 – Corrida sem bola;
C
72
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
losango (a Pivot) tem posição fixa e por isso não efectua rotações com nenhuma das colegas. As
outras três alunas (duas alas e uma “fixo”) vão trocando de posições entre si logo após a
realização de passe. Assim, por exemplo, a “Fixo” faz passe para uma das jogadoras laterais(a
lateral direito, por exemplo) e movimenta-se no sentido do passe. A jogadora que recebeu a
bola desloca-se imediatamente para o local deixado livre pela colega que executou o passe (a
que estava na posição de “fixo”).
NOTA: Depois de algumas repetições destas rotações, o professor explicou-nos que estas
movimentações apenas têm sentido (prático de eficácia) quando são realizadas com a cabeça
“bem levantada”, sempre à procura de uma linha de passe acessível para a Pivot. Isto quer
dizer que a jogadora que recebe a bola apenas se deve encaminhar para a posição da jogadora
que lhe efectuou o passe se não tiver nenhuma linha de passe aberta para o pivot. Caso
contrário, a jogadora com bola deve colocar a jogada de imediato na pivot.
Posto isto, o professor sugeriu que continuássemos o exercício mas agora com especial atenção
neste pressuposto e que, embora sem adversárias, simulássemos o passe para a pivot;
Análise específica do exercício:
A organização estrutural 3-1 com “Pivot-fixo” refere-se às movimentações ofensivas em que
as jogadoras, mantendo as trocas de bola, se deslocam entre as posições de lateral e fixo na
expectativa de encontrar linhas de passe para a pivot. Representa, por isso, uma rotação em
“carrocel”.
O tipo de rotação desenvolvido neste exercício é utilizado essencialmente para atrair as
defensoras no sentido de criar espaço livre no meio delas tendo assim o pivot mais espaço de
acção para dar seguimento à jogada após receber a bola.
Neste exercício pedia-se às alunas que percebessem e realizassem correctamente as
rotações características da organização estrutural 3-1 com “Pivot fixo”. Assim, embora sem
oposição, foi-nos possível verificar que existem algumas determinantes tácticas a ter em
atenção quando se adopta este tipo de organização:
1. É necessário que, em quase todos os momentos do jogo, a fixo tenha as duas alas a
apoiá-la para evitar ameaças adversárias e, consequentemente, manter a posse de bola;
2. Para o sucesso das rotações é:
a) É necessário olhar constantemente a bola (que pode entrar em qualquer
momento), as colegas de equipa (que esperam passe ou apoio) e as adversárias (para podermos
decidir qual a melhor forma de criar espaços);
b) É necessário realizar movimentos rápidos com mudanças de velocidade e
direcção no sentido de perturbar a defesa adversária.
Com a realização deste exercício foi-nos possível desenvolver e perceber dois tipos de
movimentações distintas mantendo SEMPRE o pivot fixo com algumas exigências essenciais:
73
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
A pivot, embora não fosse receber a bola, nunca deveria estar parada, devia, antes,
movimentar-se, como nas situações de jogo, no sentido de funcionar como mais uma solução
ofensiva, favorecendo, então, a variabilidade de jogo.
Vantagens Desvantagens
74
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R
G.R
75
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
Análise da aula
Nesta aula foi-me possível constatar que os argumentos técnicos das alunas estão a
aumentar. Fiquei contente!!! Até porque se as alunas possuírem uma boa noção táctica do jogo
mas não possuírem argumentos para a poder concretizar, não conseguirão solucionar os
problemas do jogo.
No entanto, foram ainda visíveis algumas dificuldades relacionadas com a visão de jogo.
Deste modo, as alunas mostraram-se muito motivadas e empenhadas em executar
correctamente os exercícios, porém não se mostraram ainda capazes de abrir o jogo no ataque
e fechá-lo na defesa;
Durante o jogo final (55) pude aperceber-me disso mesmo. Assim, no ataque a primeira
movimentação era bem executada sendo que depois desta faltava, quase sempre, apoio ao
portador da bola e havia dificuldades em se reorganizar o jogo; as atletas desmarcavam-se
sem a percepção da intenção, isto é, após fazer passe a aluna entrava na frente mas não
oferecia linha de passe ao portador da bola (objectivo da desmarcação). Isto acontecia pois, na
76
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9.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 17 de Novembro de 2004
Sumário:
Exercitação dos diferentes comportamentos táctico-técnicos individuais
defensivos e ofensivos do jogo de futsal.
Organização defensiva e ofensiva do futsal: organização estrutural 31-
rotações (dos quatro jogadores)
Objectivos da aula:
Estruturação da aula:
1º 1º 2º 2º
Legenda:
Legenda:
1 – passe; 2
1e3 – passe;
2 – corrida sem 3 1 1 3 1 3 2 3 1
4 2e4– corrida sem
bola; 4
2 bola;
3 – passe; 2
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
3º 3º
Legenda:
2
1 – passe;
2 – corrida sem 1 1 3
bola;
2
78
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
sentido do relógio (para a esquerda) e, por isso, passam por todos os vértices do quadrado.
Esta sequência de acções ocorre em simultânea em ambos os lados do quadrado.
Descrição do 3º exercício:
O primeiro elemento do grupo com bola realiza passe rasteiro para o primeiro elemento do
grupo posicionado à sua frente e movimenta-se para o grupo posicionado na sua diagonal,
passando, obviamente, pelo meio do quadrado. Esta sequência de acções ocorre em simultânea
em ambos os lados do quadrado.
Vantagens Desvantagens
NOTA: Os 1º, 2º e 3º exercícios têm objectivos comuns que se prendem essencialmente com a
interiorização da lógica da rotação com os quatro jogadores em movimento. Assim, o
importante nestes exercícios é ter a percepção das desmarcações realizando para isso, uma
movimentação imediatamente após passe.
Legenda:
D A – Fixo;
B – Pivôt;
1 C – Ala direito;
D – Ala esquerdo;
B
A
1 – Passe para a lateral;
2 2 e 3– Corrida sem bola
(troca de posições);
3
C
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Meios usuais: Tarefas de treino do passe, da recepção com a parte plantar e das rotações os
quatro jogadores em movimento;
Objectivos:
Manter a bola controlada;
Apreciar as trajectórias rasteiras imprimidas à bola, enquadrando-se e ajustando-se;
Realizar correctamente a recepção da bola com a parte plantar do pé;
Realizar o passe rasteiro com precisão e correcção;
Perceber e realizar correctamente as movimentações pedidas;
Manter a posse de bola (jogadores atacantes);
Interceptar linhas de passe (jogadora defensora).
Forma\Organização: (41) Grupos de cinco jogadoras com uma bola ;
Descrição: Num terreno limitado, dispor quatro alunas em losango, uma aluna em cada vértice
do losango, tentando representar a organização estrutural 3-1. Assim, uma jogadora coloca-se
na posição de Fixo (vértice mais atrasado do losango), outra na posição de pivot (vértice mais
avançado do losango) e as outras duas colocam-se na posição das alas (vértices laterais do
losango). Uma jogadora posiciona-se no meio do losango tentando interceptar linhas de passe.
Deste modo, as jogadoras posicionadas nos vértices do losango jogam ao meinho mas com uma
exigência extra: trocar de posição com alguma colega (uma qualquer) logo após a realização de
um passe.
Vantagens Desvantagens
80
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
D A – Fixo;
B – Pivôt;
4 C – Ala direito;
3
1 D – Ala esquerdo;
B
A
2 1 – Passe para a lateral;
2 e 3– Corrida sem bola;
4– Condução de bola;
81
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
82
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R
G.R
83
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
84
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R
G.R
G.R
G.R
85
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
86
10
10.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 24 de Novembro de 2004
Sumário:
Exercitação dos diferentes comportamentos táctico-técnicos individuais
defensivos e ofensivos do jogo de futsal.
Organização defensiva e ofensiva do futsal: organização estrutural 40
Objectivos da aula:
Estruturação da aula:
1º 1º 2º 2º
Legenda: 3 Legenda:
1 – Condução de 1 1 – Passe;
2
bola; 2 – Corrida sem
2 – Passe; 1 2 bola;
3 – Corrida sem ;
bola; 2 1
3
Forma\Organização do 1º exercício: (2+1) Grupos de três jogadoras com uma bola ao longo
das linhas laterais do campo, frente a frente, duas dum lado com uma bola e uma do outro sem
bola;
Forma\Organização do 2º exercício: (2+2) Grupos de quatro jogadoras com uma bola, frente
a frente, duas de cada lado duma linha imaginária com, sensivelmente, o mesmo comprimento do
diâmetro do círculo central;
87
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Descrição do 2º exercício: executar passes rápidos e em linha recta com a parte plantar do
pé. Assim, as jogadoras executam passes sem que o pé que recebeu a bola (com a parte
plantar) perca o contacto com a mesma. Depois, a jogadora que executa o passe desloca-se
para a frente, sem bola, no sentido do passe efectuado.
Descrição do 1º exercício: efectuar condução da bola com a parte plantar do pé seguida de
passe rasteiro para a colega da frente. A aluna que executa passe desloca-se no sentido do
passe realizando:
g) Deslocamentos laterais;
h) Skipping à frente;
i) Skipping atrás;
j) Corrida para trás;
k) Corrida na diagonal, para trás e para a frente;
l) Sprint.
Descrição do 2º exercício: executar passes rápidos e em linha recta com a parte plantar do
pé. Assim, as jogadoras executam passes sem que o pé que recebeu a bola (com a parte
plantar) perca o contacto com a mesma. Depois, a jogadora que executa o passe desloca-se
para a frente, sem bola, no sentido do passe efectuado.
NOTA: estes primeiros exercícios já foram descritos com mais pormenores em aulas
anteriores (aula 6).
B
Legenda:
A A – Central;
B – Lateral;
88
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos:
Manter a bola controlada;
Apreciar as trajectórias rasteiras imprimidas à bola, enquadrando-se e ajustando-se;
Realizar correctamente a recepção da bola com a parte plantar do pé;
Realizar o passe rasteiro com precisão e correcção dos alas para o fixo;
Perceber e realizar correctamente as desmarcações próprias deste tipo de rotações.
Forma\Organização: (1+1+1+1) Grupos de quatro jogadoras com uma bola ;
Descrição: Num terreno limitado, dispor as alunas em 40, com duas centrais e duas laterais.
• Assim, por exemplo, a central tem a posse de bola e efectua o passe para uma das
laterais. Após o passe esta avança sempre para a frente no sentido de procurar uma linha
de passe. Caso não exista nenhum linha de passe a jogadora recua para a posição da
jogadora para a qual fez passe (a lateral). A jogadora que era lateral compensar esse
movimento ocupando a posição deixada livre pela central.
Análise específica do exercício:
A organização estrutural 40 é caracterizada pela inexistência de uma jogadora pivot.
Sendo assim, esta organização cria a necessidade dos jogadores serem universais, pois têm
de saber ocupar todas as posições do terreno de jogo.
Neste exercício pedia-se às alunas que percebessem e realizassem correctamente as
rotações características da organização estrutural 40.
Este sistema de jogo tem como objectivos principais:
1. Criar instabilidade defensiva na equipa adversária;
2. Criar muita mobilidade ofensiva;
3. Jogar em função dos outros.
Com a realização deste exercício foi-nos possível desenvolver e perceber dois tipos de
rotações distintas:
Legenda:
1 – Passe;
2 e 3– Corrida sem bola;
4– Condução de bola;
3
1
4
89
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
A jogadora com posse de bola faz passe ao lateral e corta para a posição normalmente
ocupada pela pivot. A lateral com bola após a movimentação da colega, conduz a bola em
direcção à posição deixada livre por esta. A jogadora que fez o passe, após a sua entrada, faz o
reequilíbrio defensivo ocupando a posição de lateral.
3
1
4
A jogadora com posse de bola faz passe à lateral, mas, desta vez, quem faz corte para a
zona de pivot é o lateral do lado contrário. Esta movimentação vai obrigar a um reequilíbrio por
parte de toda a equipa. Depois da jogadora com bola se ter movimentado para uma zona mais
central, a lateral que fez o corte vai ocupar o lugar deixado vago pela portadora da bola.
Vantagens Desvantagens
90
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R
G.R
91
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
92
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R
G.R
93
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
94
11
11.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 15 de Dezembro de 2004
Sumário:
Avaliação qualitativa à modalidade de futsal
95
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
2º. Semestre
FUTEBOL de 11:
(aulas 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19 e 20)
12
12.ª aula
Data: 26 de Janeiro de 2005
Sumário:
Organização ofensiva: a posse e a circulação da bola como aspecto
fundamental da criação de espaços na estrutura defensiva do adversário;
96
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos da aula:
Esta aula teve como principal objectivo abordar aspectos referentes à manutenção da posse
de bola.
Estruturação da aula:
2º
1º 1º 2º e 3º e
Legenda: 2 3º
1 – Passe;
Legenda:
2 – Corrida sem 1 1 – passe;
bola; 1 3 2 – Toque
control;
2 3 – Passe;
97
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
1 B
Legenda:
A A – Central;
3 B – Lateral;
1, 3 e 4 – Passe;
2 2 – Corrida sem bola;
A
4
B
98
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
2 6
2 1
1 3 5 1 1
4 3
GR 32
3 4
GR 1 1
3.ª Fase da aula: DOMINANTE
3
99
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
100
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
101
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
Em suma…
A manutenção da posse da bola é fundamental pois permite:
1. Abrir o mais possível o jogo;
102
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
2. Apoiar o companheiro com bola quer oferecendo linhas de passe quer criando espaços
para a bola poder entrar;
3. Alterar o sentido do jogo. Assim, quando isto não acontece a defesa consegue
progressivamente fechar os espaços limitando assim a acção das atacantes e
consequentemente as soluções ofensivas;
4. Trocar a bola de forma rápida e precisa;
5. Boa leitura do jogo, característica fundamental em qualquer fase do jogo pois é ela que
permite às jogadoras reagir de forma adequada em função da situação.
Análise da aula
1
13.ª aula
Data: 02 de fevereiro de 2005
Sumário:
Organização ofensiva: as estruturas de jogo como aspecto fundamental da
posse e da circulação da bola; organização posicional do sector defensivo para
uma boa circulação.
103
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos da aula:
Esta aula teve como principal objectivo a sistematização dos conteúdos adquiridos na aula
anterior referentes à manutenção da posse de bola e organização ofensiva no sector
defensivo.
Estruturação da aula:
Vantagens Desvantagens
4
3
2.º exercício de treino
2
1
104
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
1, 3 e 4 – Passe;
2 – Corrida sem bola;
5 – Condução de bola;
Vantagens Desvantagens
105
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Legenda:
1
1, 3 e 4 – Passe;
2 4
3 3 2 – Corrida sem bola;
2
4
1
106
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Descrição:
O primeiro elemento dos grupo com bola realiza passe rasteiro para o primeiro elemento do
grupo posicionado à sua direita e movimenta-se em frente para receber a bola e efectuar
passe rasteiro de primeira (sem toque control) para o primeiro elemento do grupo posicionado
à sua frente;
O primeiro elemento do grupo para o qual foi realizado o passe efectua um passe rasteiro
de primeira (sem toque control) para o elemento do qual recebeu o passe;
O primeiro elemento do grupo posicionado à frente da bola recebe-a e efectua a mesma
sequência de acções já mencionada;
O exercício realiza-se em simultâneo nos dois lados iniciando-se a sequência de acções nos
vértices superior e inferior do losango.
NOTA: Após a indicação do professor alterna-se o sentido dos exercício.
Análise específica dos exercício:
Neste exercício importa ter em atenção:
1. A solicitação de linhas de passe na diagonal. Tal como em muitos JDC, também no
futebol se joga muito em triângulo, tentando-se desta forma combinações rápidas com as
colegas e a consequente desorientação das adversárias.
2. Os passes realizados ao primeiro toque. Estas combinações apenas têm resultado
quando executadas de forma rápida já que só assim se evita que o adversário tenha tempo de
reacção.
3. A mobilidade de todas as atletas. As atletas deveriam estar sempre prontas para
receber a bola e reenvia-la de imediato para o local pretendido (rapidez de execução) sendo,
por isso, aconselhável que as jogadoras atacassem a bola, ou seja, fossem ao encontro da bola
favorecendo a sequencialidade do jogo.
4. Os passes realizados preferencialmente com o interior do pé uma vez que se
privilegiava a rapidez e precisão de execução.
5. A boa capacidade coordenativa. Assim, como o exercício interligava passes curtos com
passes longos, frontais com diagonais, esperava-se que a aluna fosse capaz de identificar as
diferentes situações tendo a capacidade de se adaptar a ela.
Este exercício pretendia exemplificar o apoio nas diagonais é a forma mais sensata de
auxiliar a equipa em situação de jogo. São raras as situações em que se consegue combinar com
uma colega que está à nossa frete já que esta está, normalmente, acompanhada das defesas
adversárias.
NOTA: Este exercício foi já executado em aulas anteriores (nomeadamente na 4º aula)
embora com uma intenção muito distinta.
Vantagens Desvantagens
107
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
É de fácil direcção a capacidades isoladas uma vez que o exercício é realizado sem
(passe, recepção, desmarcação); qualquer oposição;
É de mais fácil controlo; É difícil adequar em jogo o que se treinou;
É realizado sem oposição e, por isso, é É mais irreal;
adequado para a iniciação; Por vezes é monótono;
Permite abordar a técnica de passe e Corre-se o risco das jogadoras assumirem
recepção e, ao mesmo tempo, compreender uma atitude estática já que não têm oposição
que a recepção implica movimento; (ficam simplesmente à espera da bola).
ATAQUE
DEFESA
(3-3-1)
(1-3-2-1)
G.R.
Objectivos da defesa:
Realizar correctamente a posição base;
Reagir de forma rápida às investidas dos atacantes;
Controlar a distância para os adversários;
Ser capaz de perceber e visualizar qualquer acção da adversária sem bola;
Retardar a acção dos adversários;
Recuperar a posse da bola e dirigir-se rapidamente para o meio campo ofensivo;
Objectivos do ataque:
Enquadrar-se ofensivamente com o adversário directo;
Criar, em cooperação com a colega de ataque, condições favoráveis para a manutenção
da posse de bola. Assim, por exemplo, o jogador com bola desloca-se para o centro do
terreno de jogo (onde goza de uma maior área de acção) e em direcção a um das
108
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
defensoras, tentando despertar toda a sua atenção, enquanto os jogadores sem bola abrem
linhas de passe.
Forma\Organização: (76+GR), três equipas de 7 elementos cada.
Descrição:
TREINO HOLANDÊS: Em cada metade do campo localiza-se uma equipa defensora.
Assim, O exercício desenvolve-se a partir da realização de jogo de sete contra seta, num
meio campo com a particularidade de que a equipa que ataca não apresenta guarda redes
(pois não tem baliza para proteger) e, por isso, encontra-se em superioridade numérica.
Deste modo, a equipa com bola tenta marcar golo (organizando o jogo a partir do meio
campo ofensivo) enquanto que a equipa sem bola tenta roubar aposse de bola e ultrapassar
rapidamente o meio campo defensivo. Assim, quando a equipa que recuperou a posse de bola
ultrapassa a linha de meio campo sofre pressão imediata da outra equipa posicionada à sua
espera, ou seja, quando a equipa que estava a defender recupera a bola e passa o meio
campo a equipa que estava no meio campo contrário passa a defender e assim
sucessivamente.
Análise específica do exercício:
Este exercício aproxima-se, em muito, da situação de jogo obrigando, por isso, as alunas ao
confronto directo com as adversárias, movimentando-se sempre em função delas. Exige, então,
alguma noção de organização.
Neste exercício pedia-se às alunas que:
1. Circulassem a bola rapidamente (poucos toques na bola) para não permitir o reajuste
das adversárias;
2. Variassem o lado da bola no sentido de quebrar a organização adversária;
3. realizasses grandes mobilidades oferecendo sempre apoio à portadora da bola de
acordo com as posições das adversárias;
4. Oferecessem uma ameaça constante à baliza adversária. Assim, não bastava trocar a
bola, importava antes que as acções fossem conscientemente realizadas com vista a aproveitar
os espaços para poder finalizar com sucesso.
NOTA: Foi no sentido de tornar o jogo mais dinâmico que se colocaram as defensoras com um
papel muito activo: saída em ataque após roubo de bola. Desta forma, obrigava-se as atacantes
a uma maior concentração e esforço.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
109
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
110
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
111
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
14
campo. Assim, quando as posições eram ocupadas correctamente, as alunas tinham mais
facilidade em abrir linhas de passe .Isto quer dizer que as posições são fundamentais para um
14.ª aula
jogo bem conseguido.
Data: 16 de fevereiro
O futebolde 2005um jogo de posições!!!
é mesmo
Sumário:
Organização ofensiva: as estruturas de jogo como aspecto fundamental da
posse e da circulação da bola; organização posicional colectiva.
112
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Objectivos da aula:
Esta aula teve como principal objectivo dar seguimento aos conceitos adquiridos nas duas
últimas aulas relativamente à circulação da bola e às movimentações de acordo com as
posições..
Estruturação da aula:
1º 2 1º 2º 2º
Legenda: 1 7 1
Legenda:
1,3,5e6 – Passe; 2 2 4
1, 3 e 4 – Passe;
2 e 4– Corrida sem 3 3
3 2 – Corrida sem bola;
bola;
7– Condução de bola;
5 2
6 4
4 1
113
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Descrição do 2º exercício:
O primeiro elemento dos grupo com bola realiza passe rasteiro para o primeiro elemento do
grupo posicionado à sua direita e movimenta-se em frente para receber a bola e efectuar
passe rasteiro de primeira (sem toque control) para o primeiro elemento do grupo posicionado
à sua frente;
O primeiro elemento do grupo para o qual foi realizado o passe efectua um passe rasteiro
de primeira (sem toque control) para o elemento do qual recebeu o passe;
O primeiro elemento do grupo posicionado à frente da bola recebe-a e efectua a mesma
sequência de acções já mencionada;
O exercício realiza-se em simultâneo nos dois lados iniciando-se a sequência de acções nos
vértices superior e inferior do losango.
NOTA: Após a indicação do professor alterna-se o sentido dos exercícios.
Análise específica dos exercícios:
Neste exercício importa ter em atenção:
1. A solicitação de linhas de passe na diagonal. Tal como em muitos JDC, também no
futebol se joga muito em triângulo, tentando-se desta forma combinações rápidas com as
colegas e a consequente desorientação das adversárias.
2. Os passes realizados ao primeiro toque. Estas combinações apenas têm resultado
quando executadas de forma rápida já que só assim se evita que o adversário tenha tempo de
reacção.
3. A mobilidade de todas as atletas. As atletas deveriam estar sempre prontas para
receber a bola e reenvia-la de imediato para o local pretendido (rapidez de execução) sendo,
por isso, aconselhável que as jogadoras atacassem a bola, ou seja, fossem ao encontro da bola
favorecendo a sequencialidade do jogo.
4. Os passes realizados preferencialmente com o interior do pé uma vez que se
privilegiava a rapidez e precisão de execução.
114
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
5. A boa capacidade coordenativa. Assim, como o exercício interligava passes curtos com
passes longos, frontais com diagonais, esperava-se que a aluna fosse capaz de identificar as
diferentes situações tendo a capacidade de se adaptar a ela.
Estes exercícios pretendiam exemplificar o apoio nas diagonais é a forma mais sensata de
auxiliar a equipa em situação de jogo. São raras as situações em que se consegue combinar com
uma colega que está à nossa frete já que esta está, normalmente, acompanhada das defesas
adversárias.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
ATAQUE
DEFESA
(3-3-1)
(1-3-2-1)
G.R.
115
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
116
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
É motivador uma vez que exige uma maior Apenas permite abordar a contenção
aplicação por parte da defesa já que se defensiva de uma forma algo passiva.
encontra em inferioridade numérica.
117
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Num terreno de jogo, realizar jogo de 1110 tentando aplicar todas as aprendizagens já
adquiridas.
Análise específica do exercício:
Neste exercício pedia-se às alunas:
1. Maior rapidez e precisão na circulação da bola;
2. Maior mobilidade;
3. Maior amplitude e profundidade do jogo;
4. Variações constantes do lado da bola;
5. Maior consciencialização das apoios
Sendo este exercício realizado em todo o campo e na presença de adversárias muito
activas, todos os aspectos antes mencionados deveriam ser considerados já que só assim seria
possível dificultar as opositoras.
Tal como seria de esperar, as alunas mostraram algumas limitações no que diz respeito:
5. Ao aproveitamento dos espaços. Acontecia, muitas vezes. As alunas colocarem-se nas
costas das defensoras não oferecendo, por isso, linhas de passe favoráveis à equipa;
6. À variação do sentido de jogo. Verificou-se aglomeração da defesa e consequente
perda de bola;
7. À velocidade na circulação da bola. As alunas executavam a circulação de bola com
pouca velocidade facilitando a perda da mesma;
8. Aos aspectos técnicos. Assim, por exemplo, as alunas recebiam, muitas vezes, a bola de
costas para o alvo em consequência dos problemas na execução do passe e da recepção da bola,
tornando-se, por isso, difícil a reorientação dos comportamentos;
Vantagens Desvantagens
118
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Os corredores são estabelecidos por duas linhas longitudinais que unem as pequenas áreas
de baliza formando três corredores de jogo:
1. Central
2. Lateral direito
3. Lateral esquerdo
O corredor central é uma zona vital no terreno de jogo uma vez que, apresentando-se
frontalmente à balia, oferece maior e melhor ângulo pressupondo assim maior nível de eficácia.
Este corredor é normalmente ocupado por jogadores de grande capacidade organizativa, com
boa capacidade técnica e bom raciocínio táctico por forma a dar maior segurança à equipa.
Os corredores laterais permitem dar maior profundidade e amplitude ao jogo, obrigando os
adversários a “desorganizarem-se”.
CORREDOR CENTRAL
119
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Sector Sector
Sector do meio do meio Sector
defensivo campo campo ofensivo
defensivo ofensivo
120
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Lugares de base
Apesar do futebol ter evoluído muito, exigindo uma maior polivalência a cada jogador, há,
ainda, postos específicos de base bem definidos. Assim, existe sempre em cada equipa:
121
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
Nesta aula Ficamos todas a saber que o sistema e modelo adoptada para as aulas vai ser o
4:3:3. Pois é o mais fácil de interpretar em termos de divisão sectorial, uma vez que as
jogadores estão relativamente bem distribuídas, logo é facilmente entendido.
O Professor chamou à atenção para a “universalidade” de uma jogadora, pois actualmente há
uma junção nas funções de cada jogadora. Isto devido a qualquer jogadora ter a função de
atacar e defender, mesmo as Guarda redes vêem-se obrigados a jogar a bola com os pés,
devido a eventuais atrasos de bola por parte dos suas colegas de equipa, que não são tão raras
quanto isso.
Nesta aula foi muito batalhada a pressão após perda de bola, na tentativa de se trabalhar a
organização defensiva que os atacantes devem executar.
Achei muito correcta a sequência destas últimas três aulas. Primeiro introduzimos as noções
básicas relativas à circulação de bola. Depois fomos introduzindo variações alargando assim as
opções de escolha das alunas para nesta aula realizarmos muitas situações de jogo sendo,
assim, possível as alunas perceberem de forma mais concreta e objectiva quais as intenções
das suas acções e quais os resultados visíveis das mesmas.
122
15
15.ª aula
Data: 23 de Fevereiro de 2005
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Sumário:
Organização defensiva colectiva: defesa à zona
Estruturação da aula:
1
7
Legenda:
3
1, 3 , 6 e 8 – Passe;
8 6 4 e 7 – Corrida sem bola;
2 9 – Condução de bola;
123
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Descrição:
O primeiro elemento do grupo com bola realiza passe rasteiro para o primeiro elemento do
grupo posicionado à sua frente;
O primeiro elemento do grupo para o qual foi realizado o passe efectua um passe rasteiro
de primeira (sem toque control) para o primeiro elemento do grupo do vértice do losango
posicionado à sua frente.
A jogadora que para a qual foi feito o passe executa novo passe para o primeiro elemento do
grupo posicionado à sua esquerda (que já se estava a movimentar no sentido da bola) e
movimenta-se imediatamente no sentido do grupo posicionado à sua direita. Depois, esta
jogadora recebe o passe e desloca-se com a bola controlada até ao grupo posicionado à sua
direita.
NOTA: Após a indicação do professor alterna-se o sentido dos exercício.
Análise específica dos exercício:
Neste exercício importa ter em atenção:
1. A solicitação de linhas de passe na diagonal. Tal como em muitos JDC, também no
futebol se joga muito em triângulo, tentando-se desta forma combinações rápidas com as
colegas e a consequente desorientação das adversárias.
2. Os passes realizados ao primeiro toque. Estas combinações apenas têm resultado
quando executadas de forma rápida já que só assim se evita que o adversário tenha tempo de
reacção.
3. A mobilidade de todas as atletas. As atletas deveriam estar sempre prontas para
receber a bola e reenvia-la de imediato para o local pretendido (rapidez de execução) sendo,
por isso, aconselhável que as jogadoras atacassem a bola, ou seja, fossem ao encontro da bola
favorecendo a sequencialidade do jogo.
4. Os passes realizados preferencialmente com o interior do pé uma vez que se
privilegiava a rapidez e precisão de execução.
5. A boa capacidade coordenativa. Assim, como o exercício interligava passes curtos com
passes longos, frontais com diagonais, esperava-se que a aluna fosse capaz de identificar as
diferentes situações tendo a capacidade de se adaptar a ela.
Este exercício pretendia exemplificar o apoio nas diagonais é a forma mais sensata de
auxiliar a equipa em situação de jogo. São raras as situações em que se consegue combinar com
uma colega que está à nossa frete já que esta está, normalmente, acompanhada das defesas
adversárias.
NOTA: Este exercício foi já executado em aulas anteriores (nomeadamente na 4º aula)
embora com uma intenção muito distinta.
Vantagens Desvantagens
124
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
125
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
44;
Descrição:
Num terreno de jogo limitado, realizar jogo de dois\três contra dois\três sem balizas e,
por isso, sem guarda-redes. Assim, a equipa que tem a posse de bola tenta ultrapassar a linha
formada pelos mecos com a bola controla. A outra equipa tenta impedir cumprindo os
objectivos acima propostos
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
GR
GR
126
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Forma\Organização:
5+GR+4apoios4apoios+GR+5;
Descrição:
Num terreno de jogo limitado, realizar jogo de seis contra seis, ficando um elemento de
cada equipa a guarda-redes. Existem 4 apoios exteriores que se movimentam ao longo das
linhas laterais. Assim quando alguma das equipas o entender pode executar passe para qualquer
um dos apoios que lhes deverão devolver a bola em condições aceitáveis.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
127
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
128
16
16.ª aula
Data: 02 de Março de 2005
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Sumário:
Organização defensiva: sectorial – sector defensivo; intersectorial – sectores
da defesa e do meio campo.
Estruturação da aula:
3 1 4 1
Legenda:
3 1 – corrida com bola;
32
2 – passe;
3 4
1 3 – recepção do
1
passe;
4 – corrida com bola;
129
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
Vantagens Desvantagens
130
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
GR GR
Vantagens Desvantagens
131
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R.
132
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
133
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Descrição:
Num terreno de jogo, realizar jogo de 1110 tentando aplicar todas as aprendizagens já
adquiridas.
Análise específica do exercício:
Neste exercício pedia-se às alunas:
1. Maior rapidez e precisão na circulação da bola;
2. Maior mobilidade;
3. Maior amplitude e profundidade do jogo;
4. Variações constantes do lado da bola;
5. Maior consciencialização das apoios
Sendo este exercício realizado em todo o campo e na presença de adversárias muito
activas, todos os aspectos antes mencionados deveriam ser considerados já que só assim seria
possível dificultar as opositoras.
Tal como seria de esperar, as alunas mostraram algumas limitações no que diz respeito:
1. Ao aproveitamento dos espaços. Acontecia, muitas vezes. As alunas colocarem-
se nas costas das defensoras não oferecendo, por isso, linhas de passe favoráveis à equipa;
2. À variação do sentido de jogo. Verificou-se aglomeração da defesa e
consequente perda de bola;
3. À velocidade na circulação da bola. As alunas executavam a circulação de bola
com pouca velocidade facilitando a perda da mesma;
4. Aos aspectos técnicos. Assim, por exemplo, as alunas recebiam, muitas vezes, a
bola de costas para o alvo em consequência dos problemas na execução do passe e da recepção
da bola, tornando-se, por isso, difícil a reorientação dos comportamentos;
Vantagens Desvantagens
134
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Defesa em linha:
Neste tipo de organização da última linha defensiva, os jogadores posicionam-se formando
uma linha paralela à baliza.
Tem por objectivos:
1. Provocar situações de fora-de-jogo à equipa adversária;
2. Reduzir os espaços de jogo entre os vários sectores da equipa;
3. Diminuir a profundidade do processo defensivo adversário.
G.R.
G.R.
Defesa na diagonal:
Esta defesa exprime-se pela marcação agressiva ao atacante em posse de bola, articulando-
se os restantes jogadores estabelecendo uma distância e um ângulo correctos, dando assim
cobertura à acção dos companheiros. Se o ataque é realizado pelo corredor central a diagonal é
subdividida em dua, articulando-se em função do colega em contenção.
135
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
G.R. G.R.
Defesa em “V”:
Esta organização defensiva caracteriza-se por uma marcação agressiva ao jogador portador
da bola por um defesa, que por sua vez está a receber a cobertura defensiva caso seja
ultrapassado. Os restantes defesas preocupam-se em ocupar as zonas frontais à sua defesa.
G.R.
136
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
O cabeceamento
2. Manter o contacto visual com a bola. Manter os olhos abertos até ao momento do
cabeceamento sendo normal que depois se fecham os olhos;
3. Gerar potência. Assim, todo o corpo (pernas tronco e pescoço) deve ajudar, estabilizar
e gerar potência para a acção do cabeceamento sendo, por isso, importante uma ligeira
inclinação do corpo para trás seguida de uma boa impulsão para a frente em direcção à bola;
4. Atacar a bola saltando ou mergulhando para o fazer durante o seu trajecto com a
intenção de chegar primeiro à bola e aumentar a potência do cabeceamento.
137
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Durante a execução do exercício que solicitava este gesto técnico verificarem-se algumas
dificuldades no que diz respeito a:
1. Não atacar a bola com a testa;
2. Fechar os olhos no momento do contacto.
Análise da aula
Mais uma vez considero que esta aula foi bastante interessante. Os aspectos abordados
permitiram-nos perceber, agora cada vez melhor, o organização colectiva, tanto defensiva
como ofensiva.
Assim, nos jogos realizados, importava, antes de mais, que as atacantes conseguissem
manter a posse da bola para a organização do seu jogo. Para tal era fundamental o apoio à
portadora da bola. Depois de assegurados estes aspectos o jogo ofensivo ficaria enriquecido se
houvesse grande mobilidade rapidez de execução devendo variar-se o mais possível as opções.
Por outro lado, as defesas deviam, também, realizar um jogo organizado cumprindo, sempre que
possível, com o pressupostos já adquiridos.
Foi, então, muito bom constatar que o “nosso” jogo está a melhorar, está mais aberto, mais
organizado…
138
17
17 ª aula
Data: 09 de Março de 2005
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Sumário:
Aula teórica sobre as leis de jogo de futebol e futsal.
Estruturação da aula:
O objectivo da aula consistia em tentar clarificar tudo o que diz respeito às regras do
Futebol, esclarecendo ainda possíveis dúvidas.
O Professor foi bastante sucinto e explicito durante a aula estabelecendo bastantes
diálogos com os alunos, instruindo claramente os alunos sobre o conteúdo das leis do jogo.
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19
19.ª aula
Data: 13 de Abril
RitadeSantoalha…………………………………………………………………………
2005
Sumário:
Transição defesa \ ataque e ataque \ defesa.
Objectivos da aula:
Nesta aula fez-se uma primeira abordagem à transição defesa \ ataque e ataque \
defesa.
Estruturação da aula:
GR
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Vantagens Desvantagens
A
B A B
B
A A
A
B B B
A
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Forma\Organização: (63) duas equipas de seis elementos cada, divididas em dois grupos
cada num terreno de jogo limitado. (
Descrição:
Realizar situação de posse e circulação de bola entre duas equipas (azuis e amarelas)
de seis jogadoras;
O jogo consiste numa manutenção e circulação de bola, no campo das azuis ou das
amarelas, sempre de 63.
As equipas estão divididas em dois grupos de 3 jogadoras que pertencem ao grupo A e
3 que pertencem ao grupo B.
Deste modo, quando a equipa das azuis está no seu meio campo (um quadrado
delimitado por mecos), só um dos grupos da equipa adversária, alternadamente, pode entrar
nesse quadrado, havendo, então, circulação de bola de 63.
Quando o grupo de três amarelas conseguir roubar a bola às azuis, tentam de
imediato colocar a bola no seu meio campo (quadrado que está ao lado com as outras três
amarelas).
Se o conseguirem, o jogo transita para o quadrado das amarelas, passando estas a
jogar com 6 jogadoras contra um dos grupos das azuis, A ou B alternadamente;
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Descrição:
Num terreno de jogo, realizar jogo de 99 tentando aplicar todas as aprendizagens já
adquiridas.
Análise específica do exercício:
Neste exercício pedia-se às alunas:
1. Maior rapidez e precisão na circulação da bola;
2. Maior mobilidade;
3. Maior amplitude e profundidade do jogo;
4. Variações constantes do lado da bola;
5. Maior consciencialização das apoios
Sendo este exercício realizado em todo o campo e na presença de adversárias muito
activas, todos os aspectos antes mencionados deveriam ser considerados já que só assim seria
possível dificultar as opositoras.
Tal como seria de esperar, as alunas mostraram algumas limitações no que diz respeito:
1. Ao aproveitamento dos espaços. Acontecia, muitas vezes. As alunas
colocarem-se nas costas das defensoras não oferecendo, por isso, linhas de passe favoráveis à
equipa;
2. À variação do sentido de jogo. Verificou-se aglomeração da defesa e
consequente perda de bola;
3. À velocidade na circulação da bola. As alunas executavam a circulação de
bola com pouca velocidade facilitando a perda da mesma;
4. Aos aspectos técnicos. Assim, por exemplo, as alunas recebiam, muitas
vezes, a bola de costas para o alvo em consequência dos problemas na execução do passe e da
recepção da bola, tornando-se, por isso, difícil a reorientação dos comportamentos;
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
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Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Análise da aula
Um dos aspectos que gostava de salientar nesta aula é a clara importância dada aos
corredores laterais, visto grande parte dos exercícios se desenvolveram por aí. Professor
chamou a atenção várias vezes para a importância da sua utilização no sentido em que dá uma
maior amplitude à equipa atacante obrigando assim a equipa defensiva a “estender-se” a toda a
largura do campo, criando assim oportunidades de rupturas e desequilíbrios.
No jogo final notou-se uma preocupação da turma em tentar executar os princípios de jogo
correctamente, e em tentar aplicar no jogo o que até então tinha sido abordado, com particular
atenção para a utilização das faixas laterais e para a organização defensiva da equipa.
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20
20.ª aula
Rita Santoalha…………………………………………………………………………
Data: 20 de Abril de 2005
Sumário:
Transição defesa \ ataque e ataque \ defesa.
Estruturação da aula:
4
3 Legenda:
1, 3 e 4 – Passe;
2 2 – Corrida sem bola;
1
5 – Condução de bola;
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O primeiro elemento do grupo com bola realiza passe rasteiro para o primeiro elemento do
grupo posicionado à sua esquerda e no sentido do vértice contrário do passe realizado para
receber passe. Assim, o primeiro elemento do grupo para o qual foi realizado o passe domina a
bola e efectua um passe rasteiro em profundidade para a jogadora que lhe efectuou o passe.
Depois, essa jogadora executa passe para o elemento do grupo posicionado no vértice do
triângulo que ainda não recebeu passe que, logo após a recepção da bola executa a sua
condução para o vértice do triângulo posicionado à sua direita.
NOTA: Após a indicação do professor alterna-se o sentido do exercício.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
A
B A B
B
A A
A
B B B
A
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Vantagens Desvantagens
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ATAQUE DEFESA
G.R. G.R.
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meio campo com a particularidade de que a equipa que ataca não apresenta guarda redes
(pois não tem baliza para proteger) e, por isso, encontra-se em superioridade numérica.
Deste modo, a equipa com bola tenta marcar golo (organizando o jogo a partir do meio
campo ofensivo) enquanto que a equipa sem bola tenta roubar aposse de bola e ultrapassar
rapidamente o meio campo defensivo. Assim, quando a equipa que recuperou a posse de bola
ultrapassa a linha de meio campo sofre pressão imediata da outra equipa posicionada nesse
meio campo à sua espera, ou seja, quando a equipa que estava a defender recupera a bola e
passa o meio campo a equipa que estava no meio campo contrário passa a defender e assim
sucessivamente.
NOTA: Foi no sentido de tornar o jogo mais dinâmico que se colocaram as defensoras com um
papel muito activo: saída em ataque após roubo de bola. Desta forma, obrigava-se as atacantes
a uma maior concentração e esforço.
Análise específica do exercício:
Este exercício aproxima-se, em muito, da situação de jogo obrigando, por isso, as alunas ao
confronto directo com as adversárias, movimentando-se sempre em função delas. Exige, então,
alguma noção de organização e, por isso, verificaram-se algumas dificuldades:
Na transição ataque \ defesa:
depois de perder a bola as alunas exerciam rapidamente a pressão sobre a portadora da
bola em vez de se organizarem defensivamente. Esta acção facilitava a organização do jogo
ofensivo das adversárias;
Na transição defesa \ ataque:
Depois da intercepção da bola, as alunas, simplesmente, a bola para a frente, facilitando
a acção adversária;
Pouca amplitude de jogo. Depois de recuperarem a bola, as alunas concentravam muito o
jogo em vez de se afastarem da bola;
Dificuldades em organizar o jogo. As alunas tentavam sempre sair em contra-ataque.
Assim, quando era necessário organizar o jogo para aproveitar os espaços defensivos as alunas
mostravam dificuldades.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
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Objectivos da defesa:
Realizar correctamente e perceber os princípios de jogo;
Pressionar o adversário com bola;
Não dar tempo nem espaço às adversárias;
Reagir de forma rápida às investidas das atacantes;
Retardar a acção das adversárias;
Ver sempre a bola.
Objectivos do ataque:
Realizar correctamente os princípios de jogo;
Saber sempre onde está a bola;
Atacar o adversário (11);
Fugir à marcação;
Criar situações de finalização;
Finalizar, marcar golo.
Forma\Organização:
(8+GRGR+8).
Descrição:
Num terreno de jogo, realizar jogo de 99 tentando aplicar todas as aprendizagens já
adquiridas.
Análise das consequências da opção por este exercício de treino:
Vantagens Desvantagens
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Segundo Araújo (1987), o ensino e o treino das modalidades colectivas "tem de desenvolver-
se forçosamente segundo planeamentos e programações temporais estritamente influenciados
pelos: modelo de jogo, modelo de preparação e modelo de jogador".
O modelo de jogo é um o ponto de referência e não o modelo a atingir em absoluto. O
modelo a adoptar deve ter em conta as características do modelo de jogo mais evoluído, as
características morfo-funcionais e socioculturais dos atletas e as condições climatéricas
predominantes.
O modelo de jogo será a concepção de uma forma global de jogar procurando construir a
identidade da equipa (e do treinador). Para isso, importa criar um padrão de jogo, a partir da
observação dos comportamentos dos jogadores, no sentido de identificar os factores que
estão associados ao sucesso ou insucesso das equipas.
Podemos verificar que o modelo de jogo mais evoluído possui as seguintes características:
1. Gerais:
Capacidade de "impor o jogo", isto é, adoptar uma atitude agressiva permanente, provocar o
adversário e aproveitar os seus erros, provocar e tirar partido de mudanças bruscas do ritmo
do jogo.
2. Específicas:
No processo defensivo, limitar a iniciativa do adversário, tentando recuperar a posse da
bola o mais rapidamente possível, com a participação de todos os jogadores, e logo a partir do
momento em que se perde a posse da bola; pressão sobre o portador da bola de acordo com o
momento e a zona em que se processa; fechar possíveis linhas de passe, fundamentalmente em
profundidade; apoio permanente ao defensor directo (cobertura defensiva); criação de
superioridade numérica nas zonas de disputa da bola; oscilações em função da bola tendentes a
reduzirem espaços de penetração.
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No processo ofensivo, impor o ritmo de jogo mais conveniente, procurando o golo com
objectividade e variedade na progressão; participação de todos os jogadores, logo que se
conquista a posse da bola, através duma mudança brusca de actividade mental; fazer
rapidamente a transição defesa/ataque com apoio significativo - apoio permanente ao portador
da bola, cobertura defensiva e criação de linhas de passe (em profundidade e para diferentes
corredores); manter o equilíbrio defensivo.
Por outro lado é importante ter presente que no desporto em geral tem-se assistido a uma
evolução, fruto do desenvolvimento científico e tecnológico que, ao chegar também ao futebol,
o tem tornado mais espectacular e eficaz. A procura permanente dessa maior eficácia tem
alterado significativamente as características do próprio modelo de jogo evoluído.
Segundo Teodorescu (1984), essa evolução nos JDC, em geral, e no futebol em particular,
tem-se verificado segundo vários parâmetros:
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Estes sistemas algo simples foram pouco a pouco tornando-se mais complicados. No
entanto, fosse qual fosse o novo padrão imposto, os defesas estavam sempre em inferioridade
numérica em relação aos atacantes. Tal como refere Morris (1981) “no passado as equipas
estavam mais preocupadas com a glória da vitória do que o desdém da derrota, assim sofriam
bastantes golos mas marcavam-se mais.” Nesse tempo, o objectivo centrava-se unicamente em
conseguir o maior número de golos possíveis. Assim se passou do Gr+10 para o GR+1+9 e para o
Gr+1+1+8 (1). Para o Gr+1+2+7 e finalmente para o Gr+2+2+6 (2), também chamado sistema
escocês, onde ocorreu a introdução do passe como elemento de jogo, apareceram as posições
fixas mas com pouca liberdade mas continuava a haver um predomínio ofensivo.
(2)
(1) (2)
Mas, foi no ano de 1885 quando começaram a surgir os derrotistas que iam invadindo o
futebol, que já não importava só marcar golos, mas também evitar que se sofressem. Nesse
ano, um clube inglês, o Blackburn Rovers implantou o Gr2+3+5 (1), também chamado formação
clássica ou método. A utilização deste sistema foi um avanço em relação às tácticas
futebolísticas e a sua prática estendeu-se até 1925, continuando-se a utilizar com algumas
variantes até 1940, ano em que substituído pelo sistema Gr+3+4+3 ou “WM” (2). Com o
aparecimento deste novo sistema chegou-se pela primeira vez ao equilíbrio numérico entre
defensores e atacantes.
(1) (2)
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Na década de 70, com a ajuda do Mundial do México, fez-se recuar um outro avançado,
procurando criar uma linha intermédia mais forte, criando-se assim a formação: GR-4-4-2
A partir destes sistemas de jogo outros foram estabelecidos, tais como o 5-4-1 e o 4-5-
1.
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Por último, outro dos sistemas que têm sido aplicados na actualidade é o Gr-3-5-2. Em
termos gerais, esta formação apresenta dois defesas centrais e um terceiro central que se
desloca “nas costas” dos seus dois companheiros, ou, à frente destes assumindo variavelmente
as posições de “libero” ou de “trinco” em função das exigências da situação de jogo.
Em suma, os sistemas de jogo actuais consubstanciam uma excessiva preocupação
defensiva, que se exprime pelo grande número de jogadores que constituem esse sector da
equipa, já que, os treinadores actuais constroem as equipas do sector defensivo para o
ofensivo, preocupando-se mais com o medo de perder do que com a glória de vencer.
Os sistemas de jogo proporciona uma racionalização do espaço de jogo que permite
canalizar a tomada de consciência por parte de todos os jogadores sobre os seus direitos e
deveres, fundamentalmente no que diz respeito às suas funções e limites. Esta distribuição
coerente em campo leva à necessidade do estabelecimento dum estatuto (por exemplo:
guarda-redes, defesa, avançado, etc.) e duma função (missão) específica táctica que definem
o sentido e os limites de participação de cada jogador na resolução das situações momentâneas
de jogo. Contudo, os postos ocupados pelos jogadores não são estáticos, há espaço à iniciativa e
criatividade e estabelece-se uma constante entreajuda entre jogadores. “O jogo actual é um
futebol de movimento”.
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Análise da aula
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OBSERVAÇÃO:
Gostava só de referir que embora não tenha incluído neste “meu” dossier (por decisão
minha) informações referentes à história da modalidade nem, tão pouco, às leis do jogo, quer
do futebol de onze quer do futsal, reconheço, obviamente, o seu interesse e importância.
Considero, porém, que estas informações são extremamente acessíveis e, na tentativa de não
tornar o meu trabalho massador, decidi não apresentá-las neste documento investigativo.
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Conclusão:
Tal como era meu objectivo desde o início, este dossier irá servir de auxiliar para quando
exercermos a nossa futura profissão, professores de Educação Física, e estivermos a leccionar
a disciplina de Futebol, ou mesmo quando estivermos num clube, e houver da nossa parte a
necessidade de treinar diversos aspectos, tanto tácticos como técnicos.
Assim sendo, podemos recorrer às diversas situações exercitadas nas aulas, onde os
aspectos trabalhados vão desde organização defensiva, organização ofensiva, manutenção da
posse de bola, importância do passe, entre muitos outros.
Por outro lado, no que diz respeito às aulas, constatei que as diferentes situações
exploradas pelo Professor tornaram as aulas bastante interessantes e que a possibilidade de
executarmos jogo no final das aulas ajudou-nos a compreender e a cimentar o conhecimento.
No que diz respeito à turma posso dizer que foi um prazer partilhar as aulas com ela e fico
contente por maioritariamente nos termos empenhado e correspondido às exigências.
Posso afirmar que antes via o Futebol, mas agora conheço o Futebol e desenvolvi, ainda mais,
o gosto pela sua prática, embora. É satisfatório sentir que o Professor despontou na maioria
dos alunos o interesse para a modalidade, despertando-nos para determinado tipo de situações
que nos eram parcialmente desconhecidas.
Concluo assim o trabalho, na dúvida, se fui de encontro aos objectivos preconizados pelo
professor para a elaboração do mesmo, mas na certeza porém de que os meus foram
amplamente concretizados.
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Bibliografia:
Sites consultados:
www.apaf.pt
www.fifa.com
www.fpf.pt
www.uefa.com
www.google.com
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