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Modelo de Auto-Avaliação (2008), Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, p. 4.
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Texto da Sessão 2, p. 1.
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Modelo de Auto-Avaliação (2008), p. 4.
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
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Ibidem, pp. 9-10.
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Texto da Sessão, p. 2.
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Michael B. Eisenberg with Danielle H. Miller, “This Man Wants to Change Your Job”, in School Library
Journal, 9/1/2002 (http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html, acedido em 03.11.2009).
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
facilities, and budget. Outputs are the services, instruction, and resources that the program
provides to students and faculty. When describing their programs, librarians frequently focus
on the inputs when they should be promoting the outputs. Decision makers don't care so
much about inputs. They're more interested in the results what programs provide for
students”7.
Daí que, segundo os investigadores, a análise e o planeamento sejam fundamentais.
“The whole point is to make planning an ongoing process that requires continuous revision
and reevaluation. A rolling plan does not imply never reaching one's goals. In fact, you
should be able to look back at any period and determine whether your original objectives,
steps, and goals were attained”8.
Aqui está a razão de ser, a pertinência deste Modelo de Auto-Avaliação da BE.
Porque, de facto, importa validar práticas mediante a recolha de evidências, para, assim,
criar valor e garantir a centralidade da Biblioteca Escolar.
“Anecdotal information is not enough. The name of the game is accountability”9.
7
Ibidem.
8
Ibidem.
9
Ibidem.
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
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Modelo de Auto-Avaliação (2008), pp. 6-7.
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“This year, for example, your school's focus may be on improving reading scores through coordinated
schoolwide efforts. This would likely call for an increased emphasis on your role as a reading advocate, while
maintaining or perhaps reducing activities related to information literacy instruction or information management.
Next year, however, the school may focus on integrating technology into classrooms, and the library program
will have to shift its emphasis accordingly” (Michael B. Eisenberg com Danielle H. Miller, art. cit.).
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Texto Sessão, p. 6.
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
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Ross Todd, “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”, School Library Journal, 4/1/2008
(http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html, acedido em 03.11.2009). Neste artigo, Todd
afirma que esta abordagem holística da prática baseada em evidências envolve três dimensões: “evidence for
practice, evidence in practice, and evidence of practice”.
14
Ibidem.
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
Bem sei que, em termos conceptuais, este discurso é consistente. De qualquer forma,
penso que enferma, em boa medida, da (pseudo)cultura de sucesso/êxito que marca pontos
no mundo ocidental. Aliás, estamos perante uma prática teorizada na América do Norte, Grã
Bretanha, Austrália e Nova Zelândia, berço, grosso modo, da alegada eficácia económica de
tão triste memória nos tempos recentes, apesar de, há apenas alguns anos atrás, tudo
estar, oficialmente, na melhor das situações, sob a liderança de gestores brilhantes, por
“dentro e por fora”…, com gigantescos prémios de produtividade.
Ao centrar a sua abordagem na medição do impacto, isto é, dos benefícios que os
utilizadores retiram do funcionamento da BE, seja a nível dos conhecimentos, seja ao nível
das atitudes e dos valores, penso que estamos a ser demasiado ambiciosos, como se fosse
possível quantificar e fragmentar tudo, mesmo em termos educativos.
A escola é uma organização sui generis que não pode ser confundida com uma
qualquer linha de montagem, em que tudo é mensurável e atribuível a determinado sector
de produção ou colaborador.
O desenvolvimento de atitudes e de valores e a promoção das literacias são tarefas
transversais a todos os actores educativos, entre os quais se inclui a BE. Querer quantificar
o seu contributo no que diz respeito às conquistas dos alunos em termos de competências
adquiridas num curto período de tempo é querer tratar como estanque aquilo que não o é. E,
quando se trata de atitudes e de valores, então o problema torna-se ainda mais complexo.
É claro que podemos fazer inquéritos e entrevistas aos utilizadores, reunir dados
através de múltiplos instrumentos de recolha de informação e concluir que, de acordo com
os elementos obtidos e as declarações e percepções produzidas, a BE desempenha um
papel muito importante no processo de da construção do conhecimento e de afirmação da
cidadania dos nossos alunos.
Deste modo, validamos “o que fazemos, como fazemos, onde estamos e até onde
queremos ir, mas sobretudo o papel e intervenção, as mais-valias que acrescentamos”16. E
15
Ibidem.
16
Texto da Sessão, p. 5.
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
provamos que somos valorizados pela comunidade escolar que, eventualmente, até diz ter
uma boa imagem da BE. Mas devemos manter a noção da realidade e reconhecer que
somos “apenas” uma peça numa máquina complexa, em que muitos actores dão o seu
contributo para o produto final que é a formação dos alunos… E manter a consciência de
que o mais importante em todo este processo é a existência de uma atitude de verdade e de
vontade de melhoria da qualidade do serviço da BE. Porque, quanto a inquéritos e a recolha
de dados, tudo é manipulável, não faltam engenharias – até financeiras!
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
- Recolha de evidências;
- Interpretação da informação recolhida;
- Realização das mudanças necessárias;
- Recolha de novas evidências acerca do impacto dessas mudanças”17.
O ciclo completa-se ao fim de quatro anos e deve fornecer uma visão holística e global
da BE.
No final, a avaliação da qualidade do trabalho desenvolvido traduz-se num perfil de
desempenho, entre quatro possíveis: Excelente (4), Bom (3), Satisfatório (2) e Fraco (1). Na
minha opinião, estes perfis são demasiado redutores, porque é extremamente difícil situar,
com rigor, o desempenho da BE num único nível, tendo em conta que a qualidade do
trabalho ora se ajusta mais a um descritor ora a outro… Para além disso, o “Excelente” é de
tal maneira ambicioso e exigente que se torna, porventura, inatingível, o que significa que a
avaliação das BE’s, na sua esmagadora generalidade, nunca irá além do “Bom”.
De qualquer forma, é este o caminho para se construir uma cultura de avaliação e uma
atitude proactiva empenhada na recolha de informação de qualidade capaz de apoiar a
tomada de decisão.
17
Ibidem, p. 9.
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
Assegurado este líder super profissional que terá de se rodear de uma equipa
qualificada, há que providenciar no sentido de a Direcção e de as estruturas educativas da
Escola conhecerem o Modelo de Auto-Avaliação e o acolherem como “um instrumento
agregador, capaz de unir a escola e a equipa em torno do valor da BE e do impacto que
pode ter na escola e nas aprendizagens”19.
Isto implica que a organização – é de uma Escola que estamos a falar – esteja
preparada para a aprendizagem contínua e que a equipa BE esteja motivada, sob “a
liderança forte do professor coordenador, que tem de mobilizar a escola para a necessidade
e implementação do processo avaliativo”20, explorando uma metodologia de sensibilização
que privilegie, entre outros aspectos:
1. “A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/avaliar o
impacto e o valor da BE na escola que serve;
2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição
precisa de conceitos e processos. Realização de um processo de
formação/acção.
3. A comunicação constante com o órgão directivo, justificando a necessidade
e o valor da implementação do processo de avaliação.
4. A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico.
5. Aproximação/diálogo com departamentos e professores. Criação e difusão
de informação/calendarização sobre o processo e sobre o contributo de
cada um no processo”21.
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Texto da Sessão, p. 8. Eisenberg e Miller afirmam que o professor bibliotecário deve ter “Articulate a Vision
and Agenda”, “Be Strategic” e “Communicate Continuously” (cfr. Michael B. Eisenberg com Danielle H.
Miller, art. cit..
19
Texto da Sessão, p. 7.
20
Ibidem, p. 7.
21
Ibidem, p. 8.
Eisenberg e Miller sugerem ainda a criação de um “Conselho Consultivo da BE”: “A library advisory committee
reinforces the view that the library isn't the personal domain of the school librarian - it belongs to everyone in the
school community. A library advisory committee also provides a support base for the library program and
librarian. Not only do its members lend clout, but it also creates a mechanism for setting priorities,
troubleshooting, and long-term planning” (cfr. art. cit.).
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Modelo de Auto-Avaliação das BE’s: validar práticas, construir valor
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Bibliotecas Escolares: Modelo de Relatório de Auto-Avaliação, RBE (2009), p. 1.
23
Texto da Sessão, p. 12.
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Ross Todd, art. cit..
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