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Frase de Conclusão: fecha a idéia do parágrafo. Iniciado por expressões do tipo "é
preciso", "é necessário"; fazendo assim uma relação de análise e solução.
Exemplo: "Viver na cidade tornou-se um grande desafio. A todo momento, as pessoas são
vítimas das mais variadas formas de violência. É preciso que o governo se posicione
urgentemente e crie medidas que mudem essa situação."
Ao desenvolver uma dissertação, é preciso preocupar-se com a função dos parágrafos, além,
é claro, da preocupação estética
A produção não deve ultrapassar cinco parágrafos, cada um com a função abaixo:
Observação: o texto abaixo é para exemplificação da técnica, por isso sua fundamentação é
superficial. Ao escrever, explore de forma mais abrangente seus argumentos.
1º. parágrafo - localização de tempo e espaço, reação social e índice de variação do assunto.
Exemplo: O Brasil é um país em que nos últimos anos apresenta um aumento assustador do
índice de violência policial, gerando grandes revoltas por parte da população.
2º. parágrafos - pode ser desenvolvido em dois parágrafos. Abrange o "falar a respeito", que
pode ser iniciado a partir das idéias obtidas à pergunta "por quê?", feita ao tópico frasal.
Exemplo: Os policiais atualmente são vítimas do desinteresse político que julga a preparação
integral desses profissionais como uma atividade secundária. (...)3º. parágrafo
4º. parágrafo - exemplificação. Localização de tempo e espaço, reação social e/ou nacional e
o fato.
Exemplo: Há cerca de dois anos, a sociedade paulista e também nacional se chocou com o
comportamento de policiais militares que usaram do poder que lhes é peculiar, para torturar
pessoas inocentes com o objetivo de tirar-lhes dinheiro.
5º. parágrafo - conclusão. Evidencia seu ponto de vista direta ou indiretamente. Use
expressões como "é preciso", "é importante", "é necessário" para iniciar seu parágrafo
conclusivo.
Exemplo: É preciso que o governo assuma verdadeiramente seu papel e crie mudanças de
combate à violência, sobretudo, policial. Afinal as pessoas têm direito à uma vida mais digna
e tranqüila.
Dicas Importantes
- ser ilegível;
- ser inintelegível.
2) Nunca use em seu texto frases que estavam prontas na orientação apresentada. Isso
pode ser considerado plágio e sua redação corre o risco de ser anulada.
3) Gírias ou ditados populares não devem aparecer em sua dissertação (é um caso de plágio
também) Caso queira usar, por exemplo: Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura;
que é um ditado, construa assim: "Como diz o ditado popular: água mole, pedra dura..."
4) Procure não utilizar a primeira pessoa em sua redação, principalmente quando for
determinado texto objetivo. A primeira pessoa dá um caráter muito subjetivo ao seu texto, o
que de certa forma prejudica sua argumentação.
Temas e Orientações I
Há três opções sugeridas pela redação.
Você deve escolher uma delas e desenvolvê-la, segundo o tipo de texto indicado, seguindo
estritamente as orientações dadas pelo enunciad
OPÇÃO A
OPÇÃO B
O texto a seguir foi retirado do livro Quadrante I, de Fernado Sabino (Rio de Janeiro: Editora
do Autor, 5 ed. ):
"Estou numa esquina de Copacabana, são duas horas da madrugada. Espero uma condução
que me leve para casa. À porta de um "Dancing", homens conversam, mulheres entram e
saem, o porteiro espia sonolento. Outros se esgueiram pela calçada, fazendo a chamada vida
fácil.
De súbito a paisagem se pertuba. Corre o frêmito no ar, pânico no rosto das mulheres que
fogem. Que aconteceu? De um momento para o outro, não se vê mais uma saia pelas ruas -
e mesmo os homens se recolhem discretamente à sombra dos edifícios..."
OPÇÃO C
Imagine que você é gerente de recursos humanos de uma empresa e necessita de uma
funcionária para exercer o cargo de secretária.
Proposta I - Dissertação
Todo texto dissertativo aborda um tema, ou seja, a delimitação de um assunto. Após leitura
atenta do editorial da Folha de S. Paulo e percepção das suas idéias principais, verifique qual
é o seu tema e sobre ele escreva uma dissertação clara e coerente.
TEXTO
O fenômeno meteorológico batizado de "El Niño" começa a assumir, no mundo todo, o papel
antes reservado às pragas bíblicas, responsáveis por todas as desgraças.
Sem negar os efeitos do fenômeno, parece um raciocínio simplista e cômodo atribuir a ele
todos os males, do inverno que foi verão forte no Centro-Sul brasileiro às enchentes na
Espanha, passando pelas queimadas no Sudeste Asiático. Culpar um fenômeno natural exime
as autoridades e a sociedade de refletir sobre os danos à natureza provocados pelo homem,
cada vez mais graves.
Típica do comodismo é a reação do governo brasileiro contra relatório do Fundo Mundial para
a Natureza que aponta o Brasil como campeão mundial de desmatamento de florestas
tropicais nos últimos anos.
Para o porta-voz da Presidência, os dados do governo indicam diminuição do desmatamento.
O importante não é tanto se o desmatamento aumentou ou diminuiu, mas o fato de que
ocorra sem que fique clara uma política de ocupação da Amazônia.
É preciso levar em conta que, segundo a ONU, o Brasil é o terceiro país do mundo em área
preservada de florestas de fronteira, atrás apenas de Rússia e Canadá.
Se considerar que quase a metade das florestas mundiais já virou pasto ou campo agrícola,
fica evidenciada a importância internacional de se preservar o que resta.
Mas o comodismo se estende também aos governos dos países ricos (que, aliás, já
promoveram uma devastação quase total de suas florestas). O presidente dos EUA, Bill
Clinton, por exemplo, nega-se a aceitar um aumento nos preços dos combustíveis fósseis,
uma forma de tentar conter a emissão dos gases que geram o efeito estufa, responsável pelo
crescente aquecimento da Terra.
Tudo somado, entende-se o motivo da cômoda satanização do "El Niño": ela evita que cada
um enfrente suas próprias responsabilidades.