1) O capítulo analisa como a ordem social competitiva deformou as relações raciais no Brasil, mantendo elementos da estrutura escravista e dificultando a integração do negro nessa nova ordem social.
2) Florestan aponta que o racismo não se origina da desigualdade econômica, mas é um mecanismo que mantém a distância social e isolamento cultural através de estruturas arcaicas.
3) A análise de Florestan desconstrói o mito da democracia racial, mostrando que
1) O capítulo analisa como a ordem social competitiva deformou as relações raciais no Brasil, mantendo elementos da estrutura escravista e dificultando a integração do negro nessa nova ordem social.
2) Florestan aponta que o racismo não se origina da desigualdade econômica, mas é um mecanismo que mantém a distância social e isolamento cultural através de estruturas arcaicas.
3) A análise de Florestan desconstrói o mito da democracia racial, mostrando que
1) O capítulo analisa como a ordem social competitiva deformou as relações raciais no Brasil, mantendo elementos da estrutura escravista e dificultando a integração do negro nessa nova ordem social.
2) Florestan aponta que o racismo não se origina da desigualdade econômica, mas é um mecanismo que mantém a distância social e isolamento cultural através de estruturas arcaicas.
3) A análise de Florestan desconstrói o mito da democracia racial, mostrando que
A INTEGRAO DO NEGRO NA SOCIEDADE DE CLASSES CAPTULO III:
HETERONOMIA RACIAL NA SOCIEDADE DE CLASSES Florestan Fernandes
No ltimo captulo do livro A Integrao do Negro na Sociedade de Classes, Florestan Fernandes ir apontar que as relaes entre negros, mulatos e brancos na ordem social competitiva sero deformadas, trazendo uma carga negativa para os negros. A implementao da ordem social competitiva no Brasil foi gradual e parcial, mantendo e absorvendo elementos e caractersticas da ordem escravista, pois essa ltima no precisou ser desfeita para o surgimento da primeira. Na verdade, as posies dos indivduos na estrutura social econmica ditou sua absoro na ordem social competitiva, na medida em que dispunham de recursos econmicos e de meios tcnicos e organizatrios, sendo que por conta da prpria incapacidade do branco de engendrar as dinmicas prprias da ordem social competitiva, foi impossibilitado do negro se colocar em posio antagnica para com o branco. Alm disso, o preconceito e discriminao racial no se originam da desigualdade econmica, mas um mecanismo vil que tem como funo a manuteno da distncia social e o isolamento sociocultural atravs do perpetuamento dessas estruturas arcaicas senhoriais. De maneira geral, neste captulo Florestan ir apontar vrias informaes coletadas e descrever diversas formas que esse racismo ir tomar e como afetar a estrutura econmica e social, analisando as relaes raciais dentro da ordem social competitiva. O texto apresenta um nvel de detalhamento surpreendente. Apesar do carter denso quanto s informaes apresentadas, possvel apreender diversos aspectos da integrao do negro na sociedade brasileira, especificamente no capitalismo mais moderno. Alm disso, a anlise do autor esclarecedora. De forma geral, esses elementos se integram no texto, abrangendo muitas informaes, experincias e fatos sobre o tema. O estudo se delimita So Paulo, pois, para Florestan, onde h maior desenvolvimento da ordem social competitiva, com uma pluralidade de elementos que vo se relacionar com a questo abordada, como a imigrao europeia para a regio e o consequente intensificao da marginalizao das populaes de cor. Durante esse captulo, analisando a situao na cidade de So Paulo, Florestan Fernandes desconstri o mito da democracia racial, ideia que foi reforada pelos estudiosos, principalmente por Gilberto Freyre. Esse mito postulava que no Brasil a escravido foi branda e que, portanto, a miscigenao foi natural e contribuiu para a formao do povo brasileiro de maneira positiva e consensual, integrando essas diversas populaes constituintes. O que Florestan nos mostra que, na verdade, o negro demorou a ser integrado na ordem social competitiva e o foi de maneira lenta e gradual, respeitando limites quase estamentais herdados da ordem senhorial e escravista. O negro vai ser relegado e destinado a realizar funes e ocupaes braais na ordem social competitiva, mesmo quando qualificado para funes mais especializadas. O autor consegue o carter racista que constitui as relaes sociais, dando nfase em como ele constitui essas relaes e contribui para a formao social. A anlise etnolgica de Florestan Fernandes pode ser enquadrada dentro do estrutural- funcionalismo, isso no paradigma empirista. No quadro de Roberto Cardoso de Oliveira, Florestan enquadrado dentro da tradio da Etnologia Indigena e embasado na categoria de estrutura em sua abordagem etnolgica, sendo caracterizado dentro do Perodo Carismtico da antropologia brasileira, centrando na definio Structural da antropologia anglo-sax.