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As respostas às interrogações, colocadas em epígrafe, irão sendo integradas no texto ao longo da minha
análise.
Para a Biblioteca Escolar ser encarada como uma estrutura inovadora, funcionando
dentro e para fora da escola, apreendendo, gerindo e gerando as literacias
necessárias à vida1, ainda há um grande caminho a percorrer no nosso país, sendo
necessário começar primeiro na própria escola. Internacionalmente, está bastante difundida a
ideia de que as BE’s contribuem de forma muito significativa para melhorar as aprendizagens
dos alunos e para facilitar o trabalho do professor no processo ensino/aprendizagem,
começando Portugal ainda dar os primeiros passos nesta matéria. É neste contexto, que o
Modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar se torna fundamental para fundamentar a
crença do poder que a Biblioteca Escolar exerce nesse mesmo processo de
ensino/aprendizagem.
O grande objectivo torna-se pois gerir no sentido da optimização dos processos que produzam
resultados e impacto na qualidade das BE’s e dos serviços que prestamos (”Actions, not positions”,
pontos fortes e fracos têm-se verificado uma certa continuidade nos procedimentos. Assim
sendo, o Modelo de auto-avaliação para s BE’s permitirá identificar às escolas e bibliotecas as
áreas de sucesso que requerem maior investimento e aquelas que necessitam de alterar
algumas práticas a fim de poderem optimizar o seu desempenho.
O ponto de partida deve ser a realidade da própria biblioteca, tendo em conta o contexto
interno e externo da BE. O professor bibliotecário deve seleccionar o domínio a ser objecto da
aplicação dos instrumentos, em cada ano, já que o ciclo se completa ao fim de quatro anos,
devendo então fornecer uma visão global da BE “Pretende-se também que ao fim de quatro anos todos os
domínios tenham sido avaliados, estando nesse momento a BE e a Escola na posse de dados que cobrem todas as
áreas de intervenção. Haverá então condições mais fiáveis para analisar os percursos de desenvolvimento trilhados,
estimulando igualmente o benchmarking” (Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar)
Recolha
Interpretação
Identificação Recolha Realização
de novas
da informação
de um de das
evidências
problema/ evidências mudanças
,
desafio de necessárias
tendo em
partida
conta os
reflexos
dessas
mudanças
3 Analysis and planning are crucial. Analyze what is currently real, what is desired, and then
plan how to get there. Once the analysis is complete, implement a rolling five-year plan to get
the desired results. This plan starts with specific objectives and shifts to a more general plan
projecting into the future. The whole point is to make planning an ongoing process that
requires continuous revision and reevaluation. B. Eisenberg Michael with H. Miller Danielle.
This Man Wants to change Your Job. School Library Journal, 9/1/2002
- há mais facilidade em recolher evidências relativas aos processos (Imputs) do que aos
resultados desses processos (outputs);
Mike Eisenberg no seu artigo “This Man to Ghange Your Job” começa por colocar a questão:
Como podemos garantir que os bibliotecários escolares sejam os actores principais
nas nossas escolas? Refere-se em seguida, de uma forma muito clara aos diferentes papéis
do professor bibliotecário e às competências subjacentes à sua realização.
O primeiro papel que o professor bibliotecário configura é o de perito em literacia da
informação, tendo então um duplo papel enquanto professor e parceiro, juntando-se com
alunos ou professores sempre no sentido da proficiência da informação; o bibliotecário também
deverá ser o defensor da leitura.
Enquanto conselheiro de leitura, o professor bibliotecário tem uma função fundamental no
acompanhamento dos alunos, na selecção de leituras e obras no sentido do alargamento das
competências de leitura. Desta forma o professor bibliotecário é um parceiro importantíssimo
dos restantes docentes.
COMPETÊNCIA DO PROFESSOR
BIBLIOTECÁRIO ESTRATÉGIA EFEITOS
Reconhecimento do sucesso e da
PROCESSO de auto- importância da BE na melhoria dos
avaliação da BE resultados escolares.
• Aposta na mobilização e no
esforço conjunto
Capacidade de Liderança
• Escolha da direcção mais
e visão estratégica
Comunicação dos resultados viável e enriquecedora
à direcção da escola para • Identificação das
serem divulgados e oportunidades e
discutidos nos órgãos de constrangimentos