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Universidade Federal de Itajubá

EPR-30 – Contabilidade Gerencial

Análise Financeira de Balanços

Carlos Renaux S.A.

Alunos: Gustavo Yutaka Nishimaru nº 12172


Márcio Gonzaga Silva nº 12179

Curso: Engenharia de Produção – Mecânica

Professor: Edson de Oliveira Pamplona

Itajubá, Junho de 2006


Sumário

1. Introdução........................................................................................................................ 1
1.1 Objetivo ....................................................................................................................... 1
1.2 Justificativa ................................................................................................................. 2
2. Revisão Bibliográfica ..................................................................................................... 3
2.1 Padronização das Demonstrações Financeiras................................................... 3
2.2 Balanço Patrimonial Padronizado ......................................................................... 5
2.3 Demonstração de Resultados Padronizada ........................................................ 6
2.4 Análise dos Índices.................................................................................................. 6
2.4.1 Estrutura de Capitais......................................................................................... 7
2.4.2 Liquidez .............................................................................................................. 8
2.4.3 Rentabilidade...................................................................................................10
2.4.4 Comparação com Padrões:............................................................................11
2.5 Análise Vertical/Horizontal....................................................................................12
2.6 Previsão de Falência .............................................................................................13
2.7 Índices de Prazos Médios .....................................................................................14
2.8 EVA (Economic Value Added) ..............................................................................15
3. Informações Gerais Carlos Renaux S.A...................................................................16
3.1 História......................................................................................................................16
3.2 Produtos...................................................................................................................17
3.3 Localização .............................................................................................................17
3.4 Principais Clientes..................................................................................................17
4. Análise das Demonstrações ........................................................................................18
4.1 Análise através dos índices ...................................................................................18
4.2 Avaliação por Notas...............................................................................................21
4.3 Análise Vertical/Horizontal....................................................................................26
4.4 Previsão de Falência .............................................................................................28
4.5 Índices de Prazos Médios .....................................................................................29
4.6 EVA (Economic Value Added) ..............................................................................31
4.7 Ações .......................................................................................................................33
5. Conclusão.......................................................................................................................35
6. Bibliografia......................................................................................................................36
1. Introdução
É de extrema importância a busca de informações para verificar o grau de
risco de um investimento e sua rentabilidade, podendo dessa maneira saber a real
situação de uma empresa.Essas informações não devem ter origem apenas em
relatórios administrativos ou outros comunicados dirigidos ao público, tal análise
deve ser feita cuidadosamente, analisando as demonstrações financeiras da
empresa em questão, através da análise do balanço patrimonial padronizado, da
demonstração de resultados padronizada, de índices de estrutura de capital, de
liquidez e rentabilidade. É necessário transformar esses dados em informações
que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou
mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dividas, se é ou não
lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir
ou se continuará operando.
O objetivo é concluir uma análise completa da situação financeira e
econômica da empresa Carlos Renaux S.A. através das demonstrações
financeiras levantadas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), visando
se é ou não interessante investir nessa empresa.
Com a finalidade de descobrir os caminhos de uma análise financeira de
balanços de uma empresa, foi escolhida a empresa Carlos Renaux S.A., uma
indústria de pequeno porte do setor brasileiro. A escolha foi feita devido,
justamente à curiosidade de como uma empresa de pequeno porte está se
comportando em relação a grandes concorrentes existentes no setor têxtil.

1.1 Objetivo

Este trabalho tem como objetivo analisar a situação econômica e financeira da


empresa Carlos Renaux S.A, o que permite avaliar sua real situação diante do
mercado e de suas principais concorrentes. Será utilizado para tal, ferramentas e
métodos da análise financeira de balanços, como a determinação dos índices de
estrutura, liquidez e rentabilidade, análise horizontal e vertical, previsão de

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falência, índices de prazos médios, determinação do EVA (Economic Value
Added) e análise do comportamento de ações.

1.2 Justificativa
É de grande importância ter conhecimento sobre as demonstrações
financeiras de uma empresa. Todavia, não basta apenas entender o significado
dessas demonstrações, é necessário fazer-se um estudo com o objetivo de
comparar a saúde financeira de uma empresa em relação ao mercado como um
todo.
Por esta razão, optou-se pela empresa Carlos Renaux S.A., pois embora
seja uma empresa de pequeno porte, vêm fazendo constantes investimentos em
maquinário e tecnologia, o que possibilita fazer frente a um mercado altamente
competitivo como é o caso do setor têxtil.

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2. Revisão Bibliográfica
Para melhor entendimento do público em geral, é necessário uma
explicação de alguns termos e métodos que serão utilizados relatório.

2.1 Padronização das Demonstrações Financeiras


Antes de iniciar a análise, deve -se examinar detalhadamente as
demonstrações financeiras.
Este trabalho é chamado de Padronização e consiste numa crítica as
contas das demonstrações financeiras, bem como a transcrição delas para um
modelo previamente definido.
A Padronização objetiva principalmente :
• Simplificação: diminuindo o número de valores de contas, facilitando a
visualização.
• Comparabilidade: Como a análise se baseia em comparação, só faz sentido
analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo que permita
comparação com outros balanços.
• Adequação aos objetivos da análise: há pelo menos uma conta que deve
sempre ser reclassificada.
• Precisão na classificação de contas: evitar erros durante a classificação das
contas.
• Descoberta de erros: há casos de erros, intencionais ou não, verificados nas
demonstrações financeiras.
• Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa: a
padronização obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações
financeiras e a decidir sobre sua consistência com outras contas, assim, poderá
enxergar detalhes que, de outra forma, não conseguiria.
Dentre as principais características desse modelo de padronização estão:
• O ativo apresenta apenas as contas essenciais.
• O Passivo Circulante é dividido em Operacional e Financeiro, sendo que as
“Duplicatas Descontadas” fazem parte deste último.

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• No lado do Passivo, acha-se um subtotal representado por Capitais de Terceiros
(Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo).
• No Patrimônio Líquido aparecem apenas o “Capital Social” já deduzido de
eventuais “Capitais a Realizar”e somado às “Reservas”.
• A “Demonstração do Resultado” evidencia apenas os valores fundamentais para
análise, já considerando a correção integral em dólares.
• A Receita Líquida de Vendas está deduzida das “Devoluções e Abatimentos” e
“Impostos”.
• As Receitas e Despesas Financeiras estão líquidas dos efeitos inflacionários.

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2.2 Balanço Patrimonial Padronizado

Balanço Patrimonial Padronizado


Descrição da Conta 31/12/05 31/12/04 31/12/03
Ativo Total
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades 146 86 4.249
Aplicações Financeiras 125 42 4.026
Subsoma 271 128 8.275
Operacional
Clientes 13.579 20.568 20.742
Estoques 16.844 18.564 22.029
Subsoma 30.423 39.132 42.771
Total do Ativo Circulante 30.694 39.260 51.046
Ativo Realizável a Longo Prazo 30.360 14.125 13.729
Ativo Permanente
Investimentos 240 250 393
Imobilizado 90.989 98.173 12.902
Diferido 754 63 54
Total do Ativo Permanente 91.983 98.486 13.349
Total do Ativo 153.037 151.871 78.124

Descrição da Conta 31/12/05 31/12/04 31/12/03


Passivo Total
Passivo Circulante
Operacional
Fornecedores 15.517 16.760 13.183
Outras obrigações 17.253 12.279 9.802
Subsoma 32.770 29.039 22.985
Financeiro
Empréstimos e Financiamentos 20.559 20.177 20.316
Duplicatas descontadas 6.066 9.611 7.495
Subsoma 26.625 29.788 27.811
Total do Passivo Circulante 59.395 58.827 50.796
Passivo Exigível a Longo Prazo 71.195 58.238 18.555
Capitais de Terceiros 130.590 117.065 69.351
Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado e reservas capital 58.406 63.070 31.119
Lucros e Prejuizos acumulados -35.959 -28.264 -22.346
Total do Patrimônio Líquido 22.447 34.806 8.773
Total do Passivo 153.037 151.871 78.124

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2.3 Demonstração de Resultados Padronizada

Demonstração de Resultados Padronizada


Descrição da Conta 01/01/2005 a 01/01/2004 a 01/01/2003 a
31/12/2005 31/12/2004 31/12/2003
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 65.119 75.875 74.279
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -62.264 -70.254 -59.671
Resultado Bruto 2.855 5.621 14.608
Despesas/Receitas Operacionais 5.240 -15.800 -7.862
Resultado Operacional antes result financeiros 8.095 -10.179 6.746
Receitas Financeiras 20.835 1.186 3.619
Despesas Financeiras -21.740 -18.242 -12.725
Resultado Operacional 7.190 -27.235 -2.360
Resultado Não Operacional -44 16 3.166
Resultado Antes Tributação/Participações 7.146 -27.219 806
Provisão para IR e Contribuição Social 0 0 0
IR Diferido -214 -325 -618
Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0
Lucro/Prejuízo do Exercício 6.932 -27.544 188

2.4 Análise dos Índices

Os dados fornecidos pelas empresas, por si só, não geram informações


suficientes para uma análise aprofundada da situação da empresa, ou sequer
apontam quais são os seus pontos fracos que devem ser alterados. Para que se
possa realmente fazer tal análise, foram desenvolvidos índices que mostram a
relação entre contas ou grupos de contas das Demonstrações Financeiras.
A característica principal dos índices na Análise Financeira é que eles
fornecem uma visão ampla da situação econômica ou financeira da empresa.
Desta forma eles são
divididos em três grupos:
- Índices de Estrutura de Capital
- Índices de Liquidez
- Índices de rentabilidade
Os dois primeiros revelam a situação financeira da empresa, enquanto que
o terceiro evidencia a situação econômica.

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2.4.1 Estrutura de Capitais

Os índices de estrutura de capital têm como finalidade a visualização da


empresa no que diz respeito a composição do seu capital, se ela tem muitas
dívidas em relação ao seu patrimônio, ou o valor relativo aplicado.
Este grupo é composto por quatro índices:

2.4.1.1 Participação de capitais de Terceiros: (CT/PL) x 100

Onde:
CT – Capitais de Terceiros;
PL – Patrimônio Líquido.
• Representa quanto a empresa pegou de capital de terceiros para cada $100,00
de capital próprio investido;
• Quanto menor esse índice, melhor;
• Quanto maior a participação de capitais de terceiros na empresa, menor a
liberdade de decisões financeiras;
• É vantajoso trabalhar com capitais de terceiros se a remuneração paga a esses
capitais de terceiros for menor do que o lucro conseguido com sua aplicação nos
negócios.

2.4.1.2 Composição do Endividamento: (PC/CT) x 100

Onde:
PC – Passivo Circulante
CT – Capital de terceiros
• Representa a porcentagem de obrigações a curto prazo em relação às
obrigações totais;
• Quanto menor, melhor;

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2.4.1.3 Imobilização do Patrimônio Líquido: (AP/PL) x 100

Onde:
AP – ativo permanente;
PL – patrimônio liquido;
• Representa quanto a empresa aplicou no ativo permanente para cada $100,00
de patrimônio líquido existente;
• Quanto menor esse valor, melhor;
• A diferença entre o patrimônio liquido e o ativo permanente é o que chamamos
de capital circulante próprio(CCP);
• O ideal é que o patrimônio liquido cubra o ativo permanente e ainda sobre
dinheiro para financiar o ativo circulante.

2.4.1.4 Imobilização dos Recursos não correntes: 100 x(AP/(ELP+PL))

Onde:
AP – ativo permanente;
PL – patrimônio líquido;
ELP – Exigível a longo prazo;
• Representa a quantidade de recursos que a empresa investiu no ativo
permanente para cada $100,00 de recursos não correntes(patrimônio líquido +
exigível a longo prazo) disponível;
• Quanto menor esse valor, melhor;
• É bom que sempre haja uma parcela dos recursos não correntes para o capital
circulante, essa parcela é chamada de capital circulante liquido(CCL);

2.4.2 Liquidez

Os índices de liquidez muitas vezes são confundidos com capacidade de


pagamento. Na realidade eles não são extraídos diretamente do fluxo de caixa, e,
portanto, não podem ser vistos desta forma. Eles são apenas índices que a partir
do confronto do Ativo Circulante com as Dívidas, procuram quanto a base
financeira da empresa é sólida.

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Esse grupo de índices é do tipo quanto maior melhor, ou seja, as empresas
devem estar sempre em busca do seu aumento. Ele é composto por três índices:

2.4.2.1 Liquidez Geral:(AC+RLP)/(ELP+PC)

Onde:
AC – Ativo circulante;
RLP – Realizável a longo prazo;
PC – Passivo circulante;
ELP – Exigível a longo prazo;
• Representa quanto a empresa tem nos ativos circulante e realizável a longo
prazo, para cada $1,00 de dívida total;
• Quanto maior melhor;
• Folga nesse índice indica que há CCP(capital circulante próprio);
• Se a empresa tiver esse índice maior do que 1(um), está, a princípio, em uma
boa condição; caso contrario, índice menor que 1(um): terá que gerar mais
recursos para o futuro, para poder honrar suas dividas de longo prazo.

2.4.2.2 Liquidez Corrente: (AC/PC)

Onde:
AC – Ativo Circulante;
PC – Passivo Circulante;
• Indica quanto há no ativo circulante para cada $1,00 de dividas a curto prazo;
• Quando a liquidez corrente é superior a 1(um), o excesso é devido ao Capital
Circulante liquido(CCL).

2.4.2.3 Liquidez Seca: (AC - ESTOQUES)/PC

Onde:
AC – Ativo Circulante;

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PC – Passivo Circulante;
• Representa quanto a empresa possui de ativo liquido para cada $1,00 de passivo
circulante;
• Quanto maior esse índice, melhor;

2.4.3 Rentabilidade

Os índices de rentabilidade retratam o quanto renderam os investimento


realizados pela empresa e, desta forma, qual o seu grau de êxito econômico. Os
índices deste grupo são do tipo quanto maior melhor, exatamente pelo fato de
retratarem o resultado dos investimentos da empresa.
São quatro os índices que fazem parte deste grupo:

2.4.3.1 Giro do Ativo: (V/AT)


Onde:
V – vendas líquidas;
AT – total do ativo;
• Representa quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total;
• Quanto maior esse índice, melhor;
• Este índice em queda pode ser explicado por: retração de mercado como um
todo, perda de participação no mercado, estratégia da empresa.

2.4.3.2 Margem Líquida: (LL/V) x 100


Onde:
LL – lucro liquido;
V – vendas liquidas;
• Representa quanto a empresa obtém de lucro para cada $100,00 vendidos;
• Quanto maior esse índice, melhor;

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2.4.3.3 Rentabilidade do Ativo: (LL/AT) x 100
Onde:
LL – lucro líquido de vendas;
AT – Ativo total;
• Representa quanto a empresa obtém de lucro para cada $100,00 de
investimento total;
• Quanto maior esse índice, melhor;
• É a medida da capacidade da empresa para gerar lucro.

2.4.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido: (LL/PL) x 100


Onde:
LL – lucro líquido;
PL – patrimônio liquido;
• Representa o quanto de lucro foi gerado para cada $100,00 de patrimônio líquido
investidos;
• Quanto maior esse índice, melhor;
• Mostra o quão atrativo esse investimento é ao acionista.
Outra forma de utilizar-se dos índices para analisar uma empresa é através
dos padrões.

2.4.4 Comparação com Padrões:

O estudo dos índices-padão tem como finalidade a comparação de uma


empresa com as outras do mesmo setor, possibilitando verificar se possíveis
quedas de índices se dão por uma crise no mercado ou se o problema está na
própria empresa.
A avaliação de um índice e a sua conceituação como ótimo, bom,
satisfatório, razoável ou deficiente só pode ser feita através da comparação com
padrões.
Os três grupos, expostos abaixo, compõem a nota global de uma empresa:
• Nota de Estrutura de Capital:
NE=0,6 (CT/PL) + 0,1(PC/CT) + 0,2 (AP/PL) + 0,1 (AP/PL+ELP)

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• Nota de Liquidez:
NL = 0,3 (AP+RLP/CT) +0,5 (AC/PC) + 0,2 (AC - EST/PC)
• Nota de Rentabilidade:
NR = 0,2 (V/AT) + 0,1 (LL/V) + 0,1 (LL/AT) + 0,6 (LL/PL)
• Nota Geral:
NG = 0,4 NE + 0,2 NL + 0,4 NR

2.5 Análise Vertical/Horizontal

Na análise vertical calcula-se o percentual de cada conta em relação a um


valor base nas demonstrações financeiras. É calculado o percentual de cada conta
em relação ao total do ativo (no balanço patrimonial), ou é calculado o percentual
em relação às vendas (na demonstração de resultados).
Já na análise horizontal baseia-se na evolução de cada conta de uma série
de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em
relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série.
A análise horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em
relação a um ano base (Análise Horizontal encadeada) ou em relação ao ano
anterior (análise horizontal anual). Esses dois tipos de análise devem ser
considerados em conjunto para se tirar conclusões, ou seja, uma complementa a
outra. Pode-se dizer então, que os objetivos da análise vertical é de mostrar a
importância através da composição detalhada de cada conta em relação à
demonstração financeira a que pertence, e comparando-se com padrões do ramo
ou com anos anteriores da própria empresa, permite inferir se há itens fora das
proporções normais. E ainda permite saber qual porcentagem dos recursos foi
destinada a cada item.
A análise ho rizontal tem como objetivo mostrar a evolução de cada conta
das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permite tirar
conclusões sobre a evolução da empresa, com esses dados, pode-se concluir a
que itens a empresa está dando ênfase.

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2.6 Previsão de Falência

Pode-se através de índices prever a insolvência de uma empresa. No Brasil


diversos estudiosos efetuaram testes estatísticos sobre a previsão de insolvência
com base na análise discriminante. Abaixo está descrita a fórmula descrita por
Kanitz e, em seguida, por Pereira.

KANITZ

FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 – 1,06x4 – 0,33x5


Onde:
FI = Fator de Insolvência = total de pontos obtidos
x1 = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido
x2= Ativo Circulante + Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo/Exigível Total
x3 = Ativo Circulante – Estoques/Passivo Circulante
x4 = Ativo circulante/Passivo Circulante
x5 = Exigível Total/Patrimônio Líquido
Segundo esse modelo a empresa será insolvente se FI for inferior a –3; A sua
classificação estará indefinida entre –3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de
solvência.

PEREIRA

Z = 0,722 – 5,124E23 + 11,016L19 – 0,342L21 – 0,048L26 + 8,605R13 –


0,004R29
Onde:
Z = total de pontos obtidos
E23 = Duplicatas Descontadas/Duplicatas a receber
L19 = Estoques (Final)/Custo das Mercadorias Vendidas
L21 =Fornecedores/Vendas
L26 =Estoque Médio/Custo das Mercadorias Vendidas

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R13=(Lucro Operacional + Despesas Financeiras)/(Ativo Total – Investimento
Médio)
R29=Exigível Total/(Lucro Líquido+0,1 Imobilizado Médio + Saldo Devedor da
Correção Monetária)
Abaixo do 0 a empresa está insolvente acima, solvente.

2.7 Índices de Prazos Médios

Os índices de prazo médio indicam qual é o ciclo operacional da empresa,


ou seja, o tempo total que a empresa leva para receber a matéria-prima, pagar por
ela, vender seu produto e finalmente receber por ele.
Para melhor análise, estes índices não devem ser analisados
individualmente, mas com outras empresas do mesmo setor, afinal, cada setor
possui uma tendência para os prazos. São três os prazos que compõem o ciclo
operacional:

2.7.1 Prazo Médio de Renovação de Estoque (PMRE)

O cálculo do PMRE relaciona o valor do estoque da empresa com o custo


das mercadorias vendidas, determinando assim quantos dias em média a
empresa leva para renovar seu estoque.
Apesar da comparação com outras empresas ser essencial para qualquer
conclusão, cabe a todas as empresas tentarem reduzir ao máximo o PMRE, uma
vez que hoje em dia a tendência é se trabalhar cada vez mais com o just-in-time,
que tem como ponto principal o estoque zero. O PMRE é calculado da seguinte
forma:
PMRE ?
=?
360*ESTOQUES / CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

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2.7.2 Prazo Médio de Pagamentos de Compras (PMPC)

O PMPC fornece quanto tempo médio que se passa desde a compra da


matéria-prima até o pagamento por ela. Este prazo deve ser o maior possível,
evitando-se assim que se tenha que efetuar o pagamento da matéria-prima sem
receber pelo produto vendido.
O cálculo do PMPC é dado a seguir:
PMPC ?
=?
360*SALDO COM FORNECEDORES / COMPRAS

O valor das Compras feitas pela empresa não é fornecido diretamente no


balanço e, portanto, deve ser calculado. Para tal, será utilizada a seguinte
equação:
COMPRAS = EF – EI + CPV
Sendo:
EF – Estoque Final (retirado do balanço do balanço de um ano X)
EI – Estoque Inicia (retirado do balanço do balanço de um ano X-1)
CPV – Custo dos Produtos Vendidos

2.7.3 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)

O PMRV é o tempo médio decorrido desde a venda dos produtos até o


recebimento por eles. O ideal é que este prazo será o mais curto possível, o que é
muito difícil devido a interferência de concorrentes com prazos cada vez maiores
para o mercado consumidor.
Este prazo é calculado da seguinte forma:
MRV = 360* DUPLICATAS A RECEBER / VENDAS
?

2.8 EVA (Economic Value Added)

O EVA é o valor que a empresa conseguiu agregar durante o período de 1


ano. Há uma grande controvérsia quanto ao custo do capital (WACC, também
conhecida como TMA – Taxa Mínima de Atratividade), ou seja, o percentual a ser

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utilizado para pairar os investimentos da empresa no seu ramo de negócio. Outra
discussão, em torno do EVA é a utilização do CAPITAL da empresa. Ou seja, o
valor do CAPITAL deve ser o Ativo Total,
Ativo Total menos os investimentos (Aplicações Financeiras e
Investimentos em outras empresas), ou o valor do PL + ELP (Patrimônio Líquido +
Exigível a Longo Prazo).

3. Informações Gerais Carlos Renaux S.A.

3.1 História
Em 11 de março de 1892 Carlos Renaux, um próspero comerciante,
imigrante oriundo de Loerrach, cidade alemã fronteiriça à Suíça, estabelecido há
10 anos na cidade de Brusque, decidiu, em função do apelo de imigrantes
alemães e poloneses, tecelões em suas cidades de origem e insatisfeitos com sua
condição local de agricultores, instalar alguns teares rústicos construídos de
madeira, logo depois substituídos por 40 teares mecânicos, de origem inglesa,
dando início a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux.
Em 1918 a empresa foi transformada em sociedade anônima com o nome
de Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A., sendo o capital repartido parcialmente
entre seus filhos e genros.
Nos fins da década de 40, a empresa deu um passo pioneiro, instalando em
Brusque a primeira unidade da região capaz de produzir fios penteados,
capacitando a empresa a produzir tecidos finos de alta qualidade. Na década de
60, mais outro pioneirismo, com a instalação de moderníssimo acabamento,
trazendo da Inglaterra tecnologia de produção e aplicação de resinas sintéticas
para produzir tecidos de algodão resistentes ao amarrotamento.
Em 1968 tornou-se uma empresa de capital aberto, tendo suas ações
negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Tradicional fabricante de tecidos
para vestuário, especializou-se em produtos de algodão com elevada qualidade e
acabamento nobre, artigos com elastano (Lycra®) e algumas fibras artificiais e
sintéticas (Nylon®), que em menor escala continuam integrando sua produção.

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A evolução tem sido uma constante no sentido de aperfeiçoamentos qualitativos e
modais, fazendo com que a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A. se tornasse
fornecedora preferida das grandes marcas de renome, com produtos para
camisaria fina e vestuário em geral. Sua produção é atualmente comercializada no
mercado mundial, atendendo as grandes grifes tanto no Brasil como no exterior.

3.2 Produtos
Os produtos fabricados pela Carlos Renaux S.A. são:

? 100% Algodão: de 3 OZ a 11 OZ
? Algodão Poliamida (Nylon ®)
? Algodão Elastano (Lycra ®)

3.3 Localização
A Carlos Renaux S.A. está sediada na cidade de Brusque, em Santa
Catarina, Brasil.

3.4 Principais Clientes

Esses são os principais clientes da Carlos Renaux S.A.:

? ALAIN DELON ? D'ANELLO ? KRINDGES ? SANDPIPER


? ANDRIELLO ? DI MARSI ? INDIVIDUAL ? TRADIZZIONE

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? AVIATOR ? DUDALINA ? RICHARD'S ? TRIBUNALLI
? BASE CO. ? ELLEGE ? SAMPLER ? RAVAZZOLO

4. Análise das Demonstrações

4.1 Análise através dos índices

Índices Fórmula 2005 2004 2003


Estrutura de Capital
Participação de Capitais de Terceiros CT/PL= 582% 336% 791%
Composição do endividamento PC/CT= 45% 50% 73%
Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL= 410% 283% 152%
Imobilização de recursos não correntes AP/(PL+ELP)= 98% 106% 49%
Liquidez
Liquidez Geral (AC+RLP)/CT= 0,47 0,46 0,93
Liquidez Corrente AC/PC= 0,52 0,67 1,00
Liquidez Seca (AC-EST)/PC= 0,233 0,352 0,571
Rentabilidade
Giro do Ativo V / AT= 0,43 0,50 0,95
Margem líquida LL / V= 11% -36% 0%
Rentabilidade do Ativo LL / AT= 5% -18% 0%
Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL / PL = 31% -79% 2%

4.1.1 Estrutura de Capitais

Participação
Estrutura de Capitais de Capitais de
1000% Terceiros
800% Composição
do
600% endividamento
Imobilização
400%
do Patrimônio
200% Líquido
Imobilização
0% de recursos
2005 2004 2003 não correntes

18
Análise

A empresa Fábrica de Tecidos Carlos Renaux diminuiu seu endividamento


de 791% em 2003, para 336% em 2004, voltando a aumentar este valor para a
ordem de 582% em 2005. Portanto, o que se nota é que ela passou a depender
bem menos de capitais de terceiros de 2003 para 2004, aumentando um pouco
este valor em relação ao próximo ano (2005). Também podemos perceber que a
empresa alterou o perfil de sua dívida, pois o percentual de dívidas de curto
prazo, que em 2003 era de 73%, caiu para 50% em 2004, voltando a cair para
45% em fins de 2005, o que lhe dá mais prazo para o pagamento destas dívidas.
O grau de imobilização do Patrimônio Líquido que em 2003 era de 152% ,
caiu para 283% em 2004 e subiu para 410% em 2005, o que implica numa
diminuição do percentual de aplicação no Ativo Permanente a partir do Patrimônio
Líquido e depois um ligeiro aumento. Sendo assim, a empresa melhorou seu
potencial com relação ao Capital Circulante Próprio, apesar de uma posterior
queda no mesmo. Quanto à imobilização de recursos não correntes, este
apresentou significativo aumento de 2003 para 2004, mantendo-se mais ou menos
linear em 2005, o que significa que a oferta de Capital Circulante Líquido reduziu.

4.1.2 Liquidez

Liquidez
1,20
Liquidez
1,00 Geral
0,80
Liquidez
0,60 Corrente
0,40
0,20 Liquidez
Seca
0,00
2005 2004 2003

Análise

Devido aos altos valores correspondentes a participação de capital de


terceiros, a empresa não vem demonstrando bons índices de liquidez geral,

19
apresentando sucessiva queda de 0,93(2003) para 0,46(2004) e uma tímida
ascensão para 0,47(2005). A empresa tem demonstrado sucessivas quedas no
que diz respeito a sua liquidez corrente, o que indica que no curto prazo ela pode
vir a ter problemas de liquidez. A liquidez seca também apresentou um quadro de
queda.

4.1.3 Rentabilidade

Rentabilidade
Giro do Ativo
1,50

1,00 Margem líquida


0,50
Rentabilidade do
0,00
Ativo
2005 2004 2003
-0,50 Rentabilidade do
Patrimônio
-1,00
Líquido

Análise

Sob o ponto de vista econômico, a situação vem se agravando nos últimos


anos, pois para cada R$1,00 investido na empresa percebe-se uma queda nas
vendas (giro do ativo passou de 0,95 em 2003 para 0,50 em 2004 e agora se
encontra em apenas 0,43). A margem líquida também decresceu entre os anos de
2003 e 2004, mas vem demo nstrando considerável recuperação em 2005 (11%).
Desta forma, a rentabilidade do ativo diminuiu significativamente entre
2003/04 e apresentou aumento em 2005. Como reflexo, a remuneração do
Patrimônio Líquido caiu entre 2003/04, mas agora em 2005 encontra -se num
patamar respeitável (31%), o que permite uma remuneração considerável de seu
capital.

20
4.2 Avaliação por Notas

Alpargatas
Coteminas
Guararapes
Renaux
Santista
Vicunha
Marisol
Grendene
Grazziotin
Hering

4.2.1 Nota de Estrutura de Capital:

ÍNDICES DE ESTRUTURA (2003)


CT/PL PC/CT AP/PL AP/(PL+ELP)
1º Decil 33% 22% 25% 22%
2º Decil 37% 48% 32% 30%
3º Decil 43% 49% 55% 39%
4º Decil 43% 51% 61% 44%
5º Decil 76% 54% 69% 46%
6º Decil 87% 69% 69% 49% RAZOAVEL
7º Decil 87% 72% 90% 59%
8º Decil 93% 73% DEFIC. 118% 63%
9º Decil 791% PÉSS. 73% 152% PÉSS. 70%
10º Decil 3448% 85% 1287% 90%
Nota 2003= 1 2 1 4

ÍNDICE DE ESTRUTURA (2004)


CT/PL PC/CT AP/PL AP/(PL+ELP)
1º Decil 38% 30% 23% 20%
2º Decil 42% 46% 32% 29%
3º Decil 45% 50% 49% 34%
4º Decil 51% 50% SATISF. 55% 40%
5º Decil 73% 51% 64% 58%
6º Decil 86% 59% 70% 59%
7º Decil 87% 61% 93% 61%
8º Decil 178% 72% 114% 61%
9º Decil 336% PÉSS. 82% 283% PÉSS. 75%
10º Decil 47757% 84% 20448% 106% PÉSS.
Nota 2004= 1 6 1 0

21
ÍNDICES DE ESTRUTURA (2005)
CT/PL PC/CT AP/PL AP/(PL+ELP)
1º Decil 36% 37% 22% 18%
2º Decil 47% 44% 29% 28%
3º Decil 62% 45% BOM 43% 31%
4º Decil 67% 48% 58% 42%
5º Decil 68% 51% 67% 56%
6º Decil 72% 61% 68% 59%
7º Decil 80% 63% 92% 68%
8º Decil 235% 73% 144% 70%
9º Decil 582% PÉSS. 76% 410% PÉSS. 77%
10º Decil 1435% 89% 686% 98% PÉSS.
Nota 2005= 1 7 1 0

4.2.2 Nota de Liquidez

ÍNDICES DE LIQUIDEZ (2003)


(AC+RLP)/CT AC/PC (AC-EST)/PC
0,63 0,97 0,57 PÉSS.
0,90 1,00 DEFIC 0,70
0,93 FRACO 1,18 0,73
1,11 1,50 0,81
1,51 1,69 0,90
1,52 2,12 1,64
1,63 2,44 1,89
1,72 2,76 2,12
1,84 3,09 2,19
3,25 6,62 5,15
3 2 1

ÍNDICE DE LIQUIDEZ (2004)


(AC+RLP)/CT AC/PC (AC-EST)/PC
0,46 PÉSS. 0,67 PÉSS. 0,35 PÉSS.
0,50 0,88 0,63
0,92 1,38 0,64
1,08 1,45 0,79
1,40 1,89 1,14
1,60 2,00 1,52
1,61 2,64 1,75
1,70 2,65 2,11
1,78 2,79 2,14
2,81 4,77 4,04
1 1 1

22
ÍNDICE DE LIQUIDEZ (2005)
(AC+RLP)/CT AC/PC (AC-EST)/PC
0,47 PÉSS. 0,52 PÉSS. 0,23 PÉSS.
0,53 0,84 0,64
0,81 1,18 0,64
1,10 1,60 0,91
1,49 1,83 1,37
1,51 1,99 1,60
1,63 2,47 1,84
1,78 3,14 2,25
2,34 3,20 2,58
3,17 6,17 5,53
1 1 1

4.2.3 Notas de Rentabilidade

ÍNDICES DE RENTABILIDADE (2003)


V / AT LL / V LL / AT LL / PL
0,46 0,3% PÉSS. 0,2% PÉSS. 2,1% PESS.
0,59 1,6% 1,5% 4,0%
0,91 3,9% 1,8% 8,5%
0,91 4,8% 4,4% 10,8%
0,95 SATISFAT 4,8% 4,7% 11,4%
0,98 6,6% 8,1% 12,1%
1,05 7,6% 8,6% 14,2%
1,13 7,7% 8,8% 16,1%
1,15 15,0% 10,7% 29,3%
1,63 19,2% 22,0% 61,6%
5 1 1 1

ÍNDICE DE RENTABILIDADE (2004)


V / AT LL / V LL / AT LL / PL
0,12 -36,3% PÉSS. -18,1% PÉSS. -1602,6%
0,50 DEFIC. -5,3% -3,6% -79,1% DEFIC.
0,63 0,8% 0,7% 2,1%
0,68 3,4% 3,4% 6,4%
0,95 5,6% 6,4% 9,2%
0,99 7,7% 7,8% 9,8%
1,01 10,5% 9,0% 10,7%
1,07 11,6% 10,0% 16,7%
1,15 11,6% 12,4% 18,8%
1,16 12,4% 20,0% 21,5%
2 1 1 2

23
ÍNDICE DE RENTABILIDADE (2005)
V / AT LL / V LL / AT LL / PL
0,43 PÉSS. -7,2% -6,1% -20,4%
0,47 1,9% 1,7% 3,1%
0,69 5,2% 3,6% 5,8%
0,85 7,5% 4,5% RAZOA. 8,9%
0,89 8,0% 5,3% 10,0%
0,92 8,0% 6,7% 11,5%
1,02 8,4% 7,4% 14,7%
1,04 9,7% 8,3% 25,0%
1,06 10,6% ÓTIMO 8,8% 30,9% ÓTIMO
1,19 12,2% 14,5% 96,6%
1 9 4 9

4.2.4 Nota Global

Índices Fórmula 2005 2004 2003


Estrutura de Capital NE 1,5 1,4 1,4
Participação de Capitais de Terceiros CT/PL= 1 1 1
Composição do endividamento PC/CT= 7 6 2
Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL= 1 1 1
Imobilização de recursos não correntes AP/(PL+ELP)= 0 0 4
Liquidez NL 1 1 2,1
Liquidez Geral (AC+RLP)/CT= 1 1 3
Liquidez Corrente (circulante) AC/PC= 1 1 2
Liquidez Seca (AC-EST)/PC= 1 1 1
Rentabilidade NR 6,9 1,8 1,8
Giro do Ativo V / AT= 1 2 5
Margem líquida LL / V= 9 1 1
Rentabilidade do Ativo LL / AT= 4 1 1
Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL / PL = 9 2 1
2005 2004 2003
NG 3,6 1,5 1,7

24
Nota Global
2005 2004 2003
Nota Global 3,6 1,5 1,7 4
Classificação Fraco Deficiente Deficiente 3

NOTAS
2 Nota Global
1
0
2005 2004 2003

Análise
Conclui -se pela análise dos índices da Carlos Renaux S.A., em relação aos
seus concorrentes no setor têxtil, que houve uma melhora em comparação aos
anos anteriores. Porém, não é possível afirmar que a empresa tenha progredido
financeiramente; pode ter ocorrido que os seus concorrentes tenham enfrentado
problemas econômicos em 2005.

25
4.3 Análise Vertical/Horizontal

Balanço Patrimonial Padronizado


Descrição da Conta 31/12/05 AV AH 31/12/04 AV AH 31/12/03 AV AH
Ativo Total
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades 146 0% 3 86 0% 2 4.249 5% 100
Aplicações Financeiras 125 0% 3 42 0% 1 4.026 5% 100
Subsoma 271 0% 3 128 0% 2 8.275 11% 100
Operacional 100
Clientes 13.579 9% 20.568 14% 20.742 27% 100
Estoques 16.844 11% 76 18.564 12% 84 22.029 28% 100
Subsoma 30.423 20% 71 39.132 26% 91 42.771 55% 100
Total do Ativo Circulante 30.694 20% 60 39.260 26% 77 51.046 65% 100
Ativo Realizável a Longo Prazo 30.360 20% 221 14.125 9% 103 13.729 18% 100
Ativo Permanente 91.983 689 98.486 738 13.349 100
Investimentos 240 0% 61 250 0% 64 393 1% 100
Imobilizado 90.989 59% 705 98.173 65% 761 12.902 17% 100
Diferido 754 0% 1396 63 0% 117 54 0% 100
Total do Ativo Permanente 91.983 60% 689 98.486 65% 738 13.349 17% 100
Total do Ativo 153.037 100% 196 151.871 100% 194 78.124 100% 100

Descrição da Conta 31/12/05 AV AH 31/12/04 AV AH 31/12/03 AV AH


Passivo Total
Passivo Circulante
Operacional
Fornecedores 15.517 10% 118 16.760 11% 127 13.183 17% 100
Outras obrigações 17.253 11% 176 12.279 8% 125 9.802 13% 100
Subsoma 32.770 21% 143 29.039 19% 126 22.985 29% 100
Financei ro 100
Empréstimos e Financiamentos 20.559 13% 101 20.177 13% 99 20.316 26% 100
Duplicatas descontadas 6.066 4% 81 9.611 6% 128 7.495 10% 100
Subsoma 26.625 17% 96 29.788 20% 107 27.811 36% 100
Total do Passivo Circulante 59.395 39% 117 58.827 39% 116 50.796 65% 100
Passivo Exigível a Longo Prazo 71.195 47% 384 58.238 38% 314 18.555 24% 100
Capitais de Terceiros 130.590 85% 188 117.065 77% 169 69.351 89% 100
Patrimônio Líquido 100
Capital Social Realizado e reservas 58.406 38% 188 63.070 42% 203 31.119
capital 40% 100
Lucros e Prejuízos acumulados -35.959 -23% 161 -28.264 -19% 126 -22.346 -29% 100
Total do Patrimônio Líquido 22.447 15% 256 34.806 23% 397 8.773 11% 100
Total do Passivo 153.037 100% 196 151.871 100% 194 78.124 100% 100

26
Demonstração de Resultados Padronizada
Descrição da Conta 01/01/2005 01/01/2004 01/01/2003
a AV AH a AV AH a AV AH
31/12/2005 31/12/2004 31/12/2003
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 65.119 100% 88 75.875 100% 102 74.279 100%
100
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -62.264 -96% 104 -70.254 -93% 118 -59.671 -80% 100
Resultado Bruto 2.855 4% 20 5.621 7% 38 14.608 20% 100
Despesas/Receitas Operacionais 5.240 8% -67 -15.800 -21% 201 -7.862 -11% 100
Resultado Operacional antes result 8.095 12% 120 -10.179 -13% -151 6.746 9%
financeiros
100
Receitas Financeiras 20.835 32% 576 1.186 2% 33 3.619 5% 100
Despesas Financeiras -21.740 -33% 171 -18.242 -24% 143 -12.725 -17% 100
Resultado Operacional 7.190 11% -305 -27.235 -36% 1.154 -2.360 -3% 100
Resultado Não Operacional -44 0% -1 16 0% 1 3.166 4% 100
Resultado Antes Tributação/Participações 7.146 11% 887 -27.219 -36% -3.377 806 1% 100
Provisão para IR e Contribuição Social 0 0% 0 0% 0 0% 100
IR Diferido -214 0% 35 -325 0% 53 -618 -1% 100
Participações/Contribuições Estatutárias 0 0% 0 0% 0 0%
100
Lucro/Prejuízo do Exercício 6.932 11% 3.687 -27.544 -36% -14.651 188 0% 100

Análise:

O ativo total da empresa cresceu 96% de 2003 para 2005. Esse


crescimento deveu-se principalmente ao Ativo Permanente que teve expansão de
589%. Já o Ativo Circulante apresentou diminuição de 40%. Dessa forma, alterou-
se a estrutura de ativo da empresa. Em 2003, 65% dos recursos achavam-se
investidos no Ativo Circulante, percentual esse que caiu para 20% em 2005. Esse
crescimento foi financiado basicamente por capitais de terceiros de longo prazo,
que passaram de 24% em 2003 para 47% em 2005, constituindo-se no principal
grupo de financiamento neste último ano. O patrimônio líquido que fornecia 11%
dos recursos em 2003, subiu para 15% em 2005, enquanto o Passivo Circulante
caiu nesse mesmo período de 65% para 39%.
A empresa investiu maciçamente no Ativo Permanente e fez praticamente
nenhum investimento no Ativo Circulante, tendo sido financiado a maior parte do
ativo permanente com capitais de terceiros, o que aumentou o risco global da
companhia.
No período em questão, a empresa diminuiu consideravelmente seus
investimentos na ordem de 39% e as vendas também caíram, reflexo do aumento

27
do custo dos produtos vendidos, provocado, principalmente, pelo aumento das
despesas operacionais.
O que colaborou de maneira decisiva no mau desempenho da Carlos
Renaux no período avaliado foi expressivo das despesas financeiras, da ordem de
71%, o que provocou acumulo de prejuízos ao longo do exercício.

4.4 Previsão de Falência

Segundo Kanitz:

FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 – 1,06x4 – 0,33x5

Segundo este modelo, a empresa estará insolvente se FI for inferior a -3; a


sua classificação estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de
solvência.

Previsão de Falência

0,20
2005 2004 2003
0,00
ÍNDICES -0,85 0,14 -0,10 2005 2004 2003
-0,20
Classificação INDEFINIDA -0,40 ÍNDICES (Kanitz)
-0,60
-0,80
-1,00

Análise

Estes dados demonstram que a empresa está indefinida quanto ao perigo


de falência, com ressalva ao ano de 2004 que se mostrou solvente. Porém, esta
fórmula tem provocado controvérsias quanto à demonstração da real situação
financeira e econômica das empresas analisadas. Ao longo do curso, tem se
mostrado que esta fórmula falha para determinados setores analisados. Portanto,
o uso da mesma vem sendo questionado.

28
4.5 Índices de Prazos Médios

Os índices de prazos médios serão analisados a fim de analisar a duração


do ciclo operacional e conseqüentemente observar a duração do ciclo de caixa da
empresa, onde ela necessita de capital de terceiros para a manutenção de suas
atividades até o recomeço do ciclo.
Os valores encontrados para tais índices foram:

Índices de prazos médios 2005 2004 2003


Prazo médio de renovação de estoques: (E/CVM) * 360 (dias) PMRE 97 95 133
Prazo médio de recebimento de vendas: (DR/V) * 360 (dias) PMRV 75 98 100
Prazo médio de pagamento de compras: (F/C) * 360 (dias) PMPC 92 90 58
Ciclo Operacional 172 193 233
Ciclo de Caixa 80 103 175

Através dos cálculos dos índices de rotação ou prazos médios, é possível


construir um modelo de análise dos investimentos e financiamentos do capital de
giro, de grande utilidade gerencial, bem como para a avaliação da capacidade de
administração do capital de giro por parte da empresa. Abaixo, tem-se um
desenho esquemático destes prazos, dividindo-os por ano:

Índices de Prazos Médios – 2003

133 100

COMPRA

58
175
VENDA PERÍODO CRÍTICO

29
Análise
Em 2003, houve uma grande necessidade de capital de giro, cerca de 100
dias, o que pode se tornar um enorme problema para a empresa, pois haverá uma
maior necessidade de empréstimos para cobrir este buraco em seu fluxo de caixa.
Este ciclo operacional de 233 dias também é alto, o que torna mais difícil ainda a
diminuição do tempo de capital de giro. Observa-se que é necessário diminuir
estes prazos nos próximos anos, para se ter uma menor necessidade de capital
de giro no futuro.

Índices de Prazos Médios – 2004

95 98

COMPRA

90
103
VENDA PERÍODO CRÍTICO

Análise
O ano de 2004 não foi um bom ano para a empresa, o que pode ser
entendido pela alta e rápida invasão dos produtos chineses no mercado nacional,
o que resultou na diminuição no volume de vendas. Apesar do ciclo operacional
ter diminuído para 193 dias, o PMRV manteve -se em um nível praticamente
constante. Embora as vendas tenham diminuído, a empresa conseguiu renegociar
o PMPC junto a seus fornecedores, o que resultou em uma diminuição no seu
período crítico.

30
Índices de Prazos Médios – 2005

97 75

COMPRA

92
80
VENDA
PERÍODO CRÍTICO

Análise
Já em 2005, houve uma melhora no prazo de recebimento das vendas
(PMRV) em relação ao prazo para a renovação dos estoques (PMRE), que se
manteve praticamente idêntico ao do ano anterior, o que ocasionou uma melhora
considerável do período crítico.

4.6 EVA (Economic Value Added)

O EVA (Economic Value Added) indica o valor agregado pela empresa no


ano analisado. É calculado como a diferença do Lucro Operacional antes dos
impostos (NOPAT) e o produto do custo de capital (WACC) pelo capital investido
(PL + ELP). Ou seja:
EVA = NOPAT – WACC (PL + ELP)
A tabela a seguir apresenta os valores calculados do EVA:

Cálculo do EVA 2005 2004 2003


NOPAT (Lucro operacional depois dos impostos) 5.343 -6.718 4.452
WACC (Custo de Capital) 6,89% 7,79% 7,44%
Patrimônio Líquido + Exigível a longo prazo 93.642 93.044 27.328
WACC x (PL + ELP) 6.453 7.252 2.032
EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido -1.110 -13.970 2.420

31
Supondo:
Taxa de juros real de empréstimos de Longo Prazo: 8%ao ano
Taxa mínima requerida pelos acionistas: 12%ao ano

Análise
Como pode ser observado, a empresa Carlos Renaux apresentou um valor
positivo para o EVA no ano de 2003, o que significa que esta conseguiu agregar
valor ao seu patrimônio, passando a ter uma reserva de lucro mesmo após ter
pago todos os seus impostos, o que não pode ser verificado em 2004. Neste
perío do, além de a empresa ter tido prejuízo, o valor correspondente ao capital
investido apresentou um aumento de 340% em relação ao exercício anterior, o
que influenciou de maneira negativa no valor do EVA, desagregando valor, ou
seja, o lucro do seu exercício ainda não é suficiente para pagar todos os seus
impostos.
Apesar do EVA também ter sido negativo em 2005, um indicativo de
desagregação de valor, a companhia demonstrou um relativo poder de
recuperação em comparação aos valores de 2004. Isto se deveu, principalmente,
a recuperação da parcela referente ao NOPAT (lucro operacional depois dos
impostos).

32
4.7 Ações

Ibovespa Fechamento Variação Variação Ibovespa


Data Data RENAUX
^BVSP Ajustado RENAUX Ibovespa RENAUX ^BVSP

01/01/03 10941 0,25 01/01/03 1 1,00


01/02/03 10281 0,25 -6,0% 0,0% 01/02/03 0,94 1,00
01/03/03 11274 0,24 9,7% -4,0% 01/03/03 1,03 0,96
01/04/03 12557 0,25 11,4% 4,2% 01/04/03 1,15 1,00
01/05/03 13422 0,25 6,9% 0,0% 01/05/03 1,23 1,00
01/06/03 12973 0,25 -3,3% 0,0% 01/06/03 1,19 1,00
01/07/03 13572 0,25 4,6% 0,0% 01/07/03 1,24 1,00
01/08/03 15174 0,25 11,8% 0,0% 01/08/03 1,39 1,00
01/09/03 16011 0,28 5,5% 12,0% 01/09/03 1,46 1,12
01/10/03 17982 0,28 12,3% 0,0% 01/10/03 1,64 1,12
01/11/03 20184 0,28 12,2% 0,0% 01/11/03 1,84 1,12
01/12/03 22236 0,28 10,2% 0,0% 01/12/03 2,03 1,12
01/01/04 21851 0,28 -1,7% 0,0% 01/01/04 2,00 1,12
01/02/04 21755 0,28 -0,4% 0,0% 01/02/04 1,99 1,12
01/03/04 22142 0,27 1,8% -3,6% 01/03/04 2,02 1,08
01/04/04 19607 0,27 -11,4% 0,0% 01/04/04 1,79 1,08
01/05/04 19545 0,31 -0,3% 14,8% 01/05/04 1,79 1,24
01/06/04 21149 0,31 8,2% 0,0% 01/06/04 1,93 1,24
01/07/04 22337 0,31 5,6% 0,0% 01/07/04 2,04 1,24
01/08/04 22803 0,35 2,1% 12,9% 01/08/04 2,08 1,40
01/09/04 23245 0,28 1,9% -20,0% 01/09/04 2,12 1,12
01/10/04 23052 0,28 -0,8% 0,0% 01/10/04 2,11 1,12
01/11/04 25128 0,28 9,0% 0,0% 01/11/04 2,30 1,12
01/12/04 26196 0,28 4,3% 0,0% 01/12/04 2,39 1,12
01/01/05 24351 0,28 -7,0% 0,0% 01/01/05 2,23 1,12
01/02/05 28139 0,32 15,6% 14,3% 01/02/05 2,57 1,28
01/03/05 26611 0,25 -5,4% -21,9% 01/03/05 2,43 1,00
01/04/05 24844 0,32 -6,6% 28,0% 01/04/05 2,27 1,28
01/05/05 25207 0,32 1,5% 0,0% 01/05/05 2,30 1,28
01/06/05 25051 0,25 -0,6% -21,9% 01/06/05 2,29 1,00
01/07/05 26042 0,25 4,0% 0,0% 01/07/05 2,38 1,00
01/08/05 28045 0,25 7,7% 0,0% 01/08/05 2,56 1,00
01/09/05 31584 0,25 12,6% 0,0% 01/09/05 2,89 1,00
01/10/05 30194 0,25 -4,4% 0,0% 01/10/05 2,76 1,00
01/11/05 31917 0,25 5,7% 0,0% 01/11/05 2,92 1,00
01/12/05 33456 0,25 4,8% 0,0% 01/12/05 3,06 1,00
01/01/06 38383 0,32 14,7% 28,0% 01/01/06 3,51 1,28
01/02/06 38610 0,32 0,6% 0,0% 01/02/06 3,53 1,28
01/03/06 37952 0,32 -1,7% 0,0% 01/03/06 3,47 1,28
01/04/06 40363 0,25 6,4% -21,9% 01/04/06 3,69 1,00
Média 3,6% 0,5%
Desvio-Padrão 6,7% 10,5%
Beta 1 0,25 não confiável, pois R2=0,0249 (pequeno)
Valor esperado do retorno da renaux (não confiável, pois baseado em beta não confiável)
E(Rrenaux) 10,98%

WACCrenaux 2004= 9,63%

33
4
3,5
3
2,5
Ibovespa ^BVSP
2
Renaux
1,5
1
0,5
0
05
3

4
/05

5
/06
/03

/04
03

04
t/0

t/0

t/0
ai/
ai/

ai/

jan

jan
jan

jan
se

se

se
m

Análise

As ações da Cia Carlos Renaux S.A. apresentam um baixo volume de


negociação se comparadas com as ações das principais empresas negociadas na
Bovespa, sendo a média de rentabilidade das ações desta companhia muito ruim
(inferior a 0,5%).
O risco sistemático da empresa mostra uma variabilidade menor que a do

mercado (ß<1) e o desvio padrão, que mostra a variabilidade total, apresentou um

valor maior que o mercado, o que é normal, já que a comparação é feita com
relação a uma carteira de ações.

34
5. Conclusão

Para que se possa determinar a real situação econômico-financeira de uma


empresa é importante que se faça uma análise generalizada calcada não apenas
nos relatórios administrativos publicados pela companhia ou pela análise isolada
de alguns indicadores, mas acima de tudo baseada na composição dos vários
indicadores passíveis de serem calculados. Quando tomados isoladamente,
alguns indicadores podem mostrar-se bastante satisfatórios, o que muitas vezes,
não é verdade quando analisados em conjunto com outros índices. O que ocorre é
que um índice muito ruim pode ser mascarado por outro que se apresenta de
forma positiva. Por isso, é importante o estudo das várias ferramentas que a
contabilidade gerencial tem a nos oferecer quando fazemos a análise das
demonstrações financeiras de uma empresa.
De um modo geral, a empresa Carlos Renaux S.A. não se encontra em
uma boa situação econômico-financeira pelo que se pode observar através dos
índices calculados e da comparação com as demais companhias do setor têxtil.
Embora tenha diminuído o percentual de seu endividamento, alterando o perfil de
suas dívidas de curto para longo prazo, o alto percentual correspondente a
participação de capitais de terceiros na contribuição ao passivo total fez com que a
situação financeira ficasse um tanto prejudicada, o que pode ser verificado pelos
péssimos índices de liquidez apresentados pela empresa nos últimos anos. Os
resultados econômicos também se demonstram bastante preocupantes, revelando
a fraca rentabilidade da empresa frente aos investimentos realizados.
A companhia conseguiu agregar valor ao seu patrimônio apenas no ano
referente a 2003, êxito não mais alcançado nos anos seguintes. Isto explica
porque a companhia apresenta um fator de solvência tido como indefinido. Assim,
se os rumos seguidos pela empresa não forem alterados nos próximos anos, o
perigo iminente de falência pode assolar esta corporação tida como uma das mais
tradicionais na região em que atua.

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6. Bibliografia

• Site da Cia Carlos Renaux S.A. - http://www.renaux.com.br/


• Site da Comissão de Valores Mobiliários – http://www.cvm.gov.br
• Dante c. Matarazzo, “Análise Financeira de Balanços” - 6º Edição – Editora Atlas,
1998, São Paulo/SP.
• Apresentações do Prof. Edson Pamplona disponibilizadas no Teleduc –
http://www.ead.unifei.edu.br/%7Eteleduc/cursos/aplic/index.php?cod_curso=574

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