O documento discute métodos para controlar a capacidade de carga de fundações durante a instalação, incluindo provas de carga estáticas, medição da "nega" para estacas cravadas e controles para diferentes tipos de fundações. Critica os métodos tradicionais e destaca a importância de investigações geotécnicas de qualidade.
O documento discute métodos para controlar a capacidade de carga de fundações durante a instalação, incluindo provas de carga estáticas, medição da "nega" para estacas cravadas e controles para diferentes tipos de fundações. Critica os métodos tradicionais e destaca a importância de investigações geotécnicas de qualidade.
O documento discute métodos para controlar a capacidade de carga de fundações durante a instalação, incluindo provas de carga estáticas, medição da "nega" para estacas cravadas e controles para diferentes tipos de fundações. Critica os métodos tradicionais e destaca a importância de investigações geotécnicas de qualidade.
po), face s mudanasdascaractersticasderesistnciadosoloprovocadaspe- losdeslocamentosimpostos pelasestacasaomesmo.Oscontrolesteroqueser feitosseguindo-seas recomendaesda norma NBR 6122(tens 7.4.4e 7.4.5). Captulo "'" ... 6 Dentre asestacas. as cravadaspor prensagem(tipoMega),so as que melhor ---------------'----- permitemcontrolara capacidadedecarga,durantesua instalao,poisas mes-- CONTAOLE "lN SITU" DA CAPACIDADE maspermitemmedir, individualmente, as cargasa elasaplicadas. DE CARGA 6.2 - Provas de carga est6ticos 6.1- Asprovasdecargaestticassorealizadasaplicando-se cargasfundao(ou aoprottipo,comoacontecenos ensaiosdeplacaparaseestimara pressoad- Conforme se exps no Captulo 4. a capacidadede carga contra a rllptura de missveldesapatas),concomitantementecomamedida dosrecalquescorrespon- uma fundao correspondeao menor dos dois valoresabaixo: dentes. Paraa aplicaoda carga, utiliza-se umsistemade reaocomojse mostrounaFig.4.2 doCaptulo4.Esseprocedimentodecontroleda capacidade a) resistncia do elemento estruturalda pea que compe a fundao. decargaaindaamelhor maneirade secomprovara resistncialimitedeuma fundao isolada, principalmentese a mesma for profunda(estacaoutubulo). b] resistnciado soloadjacenteao elemento estruturale que lhe d suporte. " Entretanto.face ao custo eao temponecessriosparasua realizao,raramen- . ", tepermitemabrangerumnmerosignificativodeelementosquepossaserconsi- Dessa forma, o controle da capacidade de carga de uma fundao engloba a deradorepresentativo,estatisticamente,de toda a fundao. Almdisso, se as anliseda qualidadee integridadedosmateriaisque comporoseus elementos fundaes foremdotipomoldadas"in loco", essasprovas de cargasomente po- estruturais.verificaodas profundidadespor estesatingidos,garantiada SUa deroserrealizadasaps a cura do concreto.Esse tempopoderserreduzido continuidade estrutural. bem comoaferioda interao destes elementos es- truturaiscomosolo. usando-seaditivos aceleradoresde resistncia, Normalmente, as provas de carga so realizadas individualmente sobre cada Parase efetuaressecontrole, dividem-seasfundaesemdoisgrandesgrupos: elemento isoladoda fundao. Porm,oidealseria testarogrupo de elementos aquelas que impemdeslocamentosda massa de soloduranteSuainstalaoe aquelasque np impem. que compe cada bloco.Isso, porm, s6 feitoem alguns casos especiais. Noprimeirogrupoincluem-se. por exemplo, asestacascravadaspor percusso epor prensagem,utilizandopeasmacias,peasvazadascomapontafechada 6.3 - Controlepela"nega" oumesmopeasvazadascomapontaaberta,seosolo"embuchar"duranteSua NoCasode estacascravadas percusso(pr-moldadas, metlicas,tipoFranki etc.),costuma-sefazer ocontroleda capacidadede carga,durantea cravao, pela "nega".Anega uma medida tradicional,embora, hojeemdia, outrospro- instalao. Exemplosde fundaesdosegundogruposo as sapatas,as estacasescavadas cedimentosde controleda capacidadede cargaesteiam, tambm, fazendo parte de procedimentos rotineirosde obra. A"nega"corresponde penetraoper- manenteda estaca,quandosobreamesmaseaplicaum golpedopilo.Emgeral eos tubules. Cabe aindalembrarque paraessecontroleda capacidadede cargadasfunda. obtida comoumdcimode penetraoparadezgolpes. esprofundasconstittdasporestacas,aclaSSificaotradicionalqueasagru- pa em fusta pr-fabricadoe fuste moldado "m loco", no a mais adequada, Nocasode estacastipoFrank, a "nega"obtida aofinaldacravaodotubo. poisao se controlara capacidadede cargadasestacasque provocam desloca- Poressarazo,nopropriamenteumcontroleda capacidadedecargada esta- mentosde solodurantesuainstalao,sejamelasde fuste pr-fabricadooumal. ca, visto que a mesma s ficar concludaaps a execuodabasealargadae dado "in loco". h que se controlar, alm da capacidadede carga, tambm a da remoodotubo,concomitantementecomaconcretagemdoIuste.Nesse tipo ocorrnciaounode levantamentodasestacasj instaladas, parano deixar de estaca,tambmse controlaa energiaempregadana introduode volumes que os problemasmencionadosna Fig.3.22do Captulo 3ocorram. Almdisso, prexados,deconcretoseco,duranteaconfecodesua basealargada,confor- h que controlar, ainda, os fenmenos de relaxao(perda de capacidadede maprescrioda norma NBR 6122! emseu item 7.4.1.7. cargacomotempo)ede cicatrizao(ganhodecapacidadedecargacomotem- 109 Previso e Controle dos f'undo<;es Para as estacas escavadas (com ou sem lama bentontca], as estacas Strauss, as microestacas e os tubules, no existe um procedimento rotineiro de medida de resistncia (analogamente nega) que permita. durante sua instalao, estimar a capacidade de carga. Nesses casos, recorre-se experincia da firma e da equipe envolvida no projeto e execuo. A fixao da cota de apoio desses tipos de fundao baseada. fundamentalmente, nas investigaes geotcnicas dispo- nveis (sondagens percusso ou outros ensaios) e portanto estas devem ser de qualidade confivel e em nmero suficiente para permitir a tomada de decises durante a execuo. Todas as frmulas de controle pela nega foram estabelecidas, comparando-se a energia disponvel no topo da estaca com aquela gasta para promover a ruptura do solo. em decorrncia de sua cravao. somada s perdas, por impacto e por atrito. necessrias para vencer a inrcia da estaca imersa na massa do solo. W . h = R . s + perdas (6.1) em que: W = peso do pilo h = altura de queda do pilo R = resistncia do solo penetrao da estaca s =nega correspondente ao valor de h As crticas. feitas s frmulas empregadas na obteno da nega, so as seguin- tes: Essas frmulas foram baseadas na Teoria de Choque de Corpos Rgidos. for- mulada por Newton. pressupondo-se que o corpo obedece lei de Hooke e que a resistncia mobilizada inteiramente ao longo de toda a massa, em movimento, de forma instantnea. Essa hiptese pode ser aplicada, por exemplo, ao choque de bolas de bilhar. mas est longe da realidade do "movimento" de uma estaca sob a ao do choque do pilo. A resistncia mobilizada pelos golpes do pilo nem sempre suficiente para despertar a resistncia mxima disponvel que o solo pode oferecer. Os efeitos decorrentes do amolgamento. compactao e quebra da estrutura do solo no podem ser avaliados com um s teste pois dependem do tempo. Existem fatores pouco conhecidos envolvidos no fenmeno, tais como a ener- gia real aplicada estaca (que avaliada como uma percentagem do peso do pi- lo vezes a altura de queda) e a influncia do coxim e do cepo instalados no ca- pacete. Por ser rotina das firmas executoras de estacas registrar a nega no fuste do prprio elemento que est sendo cravado, raramente se dispe de um documento Controle 'ln Situ" oc cooooooce de corgo r de controle da qualidade, pois esse registro das negas perdido quando se demo- le o trecho superior da estaca antes da concretagem do bloco de coroamento. Apesar das crticas s frmulas das negas. as mesmas tm uma aplicao no controle da uniformidade do estaqueamento quando se procura manter. durante a cravao. negas aproximadamente iguais para as estacas com carga e compri- mento iguais. Entre as vrias frmulas de nega sero apresentadas apenas as duas mais divulgadas: ' Frmula de Brix W2. p. h s = (6.2) R (W + Pj2 . ." Frmula dos Holandeses W2. h (6.3) H. . (W + P) Nessas frmulas, P representa o peso prprio da estaca e R a resistncia oposta pelo solo cravao da mesma. Na frmula de Brix adota-se R igual a 5 vezes a carga admissvel da estaca e na Frmula dos Holandeses 10 vezes a carga ad- missvel da estaca. As demais variveis j foram definidas anteriormente. Para as estacas pr-moldadas de concreto comum se adotarem as seguintes energias de cravao, conforme Souza Filho e Abreu (1990). W = 0.7 a l,2P (6.4) P (6.5) 0.7 W A altura de queda h poder sef aumentada at valores que conduzam a tenses dinmicas de cravao. lit1rttadas pela resistncia caracterstica do concreto da estaca. O clculo das tllslJes causadas na estaca pelos golpes do pilo (tenses dinmicas devidas crvaol apresentado no tem 6.6 deste Captulo. Nor- malmente no se deve ultrapassar tenses maiores que 85 % da resistncia ca- racterstica do concreto da estaca. no instante da cravao. Alm disso. quandO se usam elevados valores de h. e conseqentemente altas tenses, a fretag'eM da cabea da estaca, .bem como o ajuste e alinhamento do sistema de cravao (pilo + capacete), tem fundamental importncia na inte- gridade da mesma. Nada adianta se ter uma estaca com bom concreto e bem fre- tada em sua cabea. se o pilo apresenta folgas em relao torre "guia" e o ca- pacete est muito folgado ou desalinhado com a estaca. "1 Prcvrsoo e Controle dos Fundooes Exemplo6.1: Calcularanegapara10golpesde umpilocom30kNdepeso,caindode umaal- tura constante de 90cm sobre uma estaca de' concreto armado, vazada, com 42cm de dimetro externo, 26cm de dimetro interno, 15m de comprimentoe cargaadmissvelde 1000kN. Soluo: P = (0,42 2 - 0,26 2 ) 25 . 15 = 32kN h =10golpes de 90cm =900mm Brix: R = 5 x 1 000 = 5000kN 30 x 32 x 900 s = =1.35cmou 13,5mm/(10golpes) 5000 x (30 + 32]2 Holandeses: R =10 x 1000 =10000kN 30 2 X 900 lU uuu x (30 + 32) 6.4 - Controle por Apartirde1983iniciou-se,nasobrascomunsde fundaes,umanova rotinade controleda cargamobilizadadasestacascravadas,monitorando-seas mesmas. Essenovocontrolede campoestcalcadona experinciaadquiridanacravao de estacasparaplataformasmartimas(estruturas"off-shore"].Porm. comoa magnitudedas cargasutilizadasneste tipo de estacas, seudimetro e compri- mentososignificativamentemaioresdo que os normalmente usadosemobras comuns de Iundaes, houve necessidade de adaptartodo o conhecimento at entoexistente. isso que Iofeito a partirde 1983. Amonitoraoconsisteemacoplar estacaumpardetransdutoresdedeforma- oespecfica e um parde acelermetros, posicionados diametralmente, para compensareventuaisefeitos de flexo devidos ao golpedopilo sobrea estaca (Fig. 6.1). Esses instrumentos so ligados a um analisador PDA (Pile Driving Analyser)que est acoplado a umgravadorde fita magntica ea umoscilosc- pio. O PDA um circuito eletrnico especial onde um microcomputador processa uma sriede clculos"online"durantecadagolpedopilo. Ossinaisdaacele- raoe da deformaoespecfica so processadoscomodadosde entrada Cor- necendo, sada, sinais de velocidade (integrao da acelerao medida nos acelermetros)e de Cora (aplicaoda leide Hookeaosinalde deorrnaoes- pecfica,medida nos transdutores). Umsinaltpico mostradona Fig.6.2. 110 Controle "ln Situ' do capacidade de cargo 00= 00 mEHE 00 L--.o-V MICRO-COMPUTADOR OSCILOSCOPIO r GRAVADOO OE FITA IEE J TRANSDUTOR DE.. / 1/ OORMACO .- - /
ESTACA figura 6.1 - Esquema bsico de instrumentao no campo MN 1,0 0,5 TENPO '-- ....... I .-- (moI I) <, .... 12\ '" /--- ,-/
Figura 6.2 - Sinal tpico 113 1 nevrc,ooeControledosFundaes 6.5 - Controle pelo repique O repique representa a parcela elstica do deslocamento mximo de uma seo da estaca. decorrente da aplicao de um golpe do pilo. Este valor pode ser ob- tido, por exemplo, atravs de registro grfico em folha de papel fixada na seo considerada. movendo-se um lpis, apoiado em rgua fixa, lenta e contnuarnon, te durante o golpe (Fig. 6.6). Orepique devidamente interpretado. permite estimar. no instante da cravao, a carga mobilizada (Aoki 1986). Umestudo Comparativo entre essas cargas mobi- lizadas e aquelas extrapoladas. at a ruptura, a partir da curva carga-recalque de prova de carga esttica, realizada nas mesmas estacas onde se mediu o repi. que, pode ser obtido em Aoki e Alonso (1989). O repique, mostrado no detalhe A da Fig. 6.8, composto de duas parcelas: K = C2 + C3 (6.16) OETALHE "A" ,I I r II "
I I I ,; I I "I I I I , r "- VER I I I r , I CI ' Deforlllll4o .llhca da tClC<l I I I I c.' .ld.Ioca do laia '01> pento da toco \:-_ J .- I .:., I I I
v VISTA LATERAL Figura 6.8 - Registrodorepique A parcela C2 corresponde deformao elstica do fusta da estaca. sujeita ao diagrama de carga axial N, conforme se mostrou na Fig. 4.11 do Captulo 4. Esse 122 I I __ J ( ..-.,'1
'" VISTA FRONTAL Controle'flSltUdocopocldodedecorgo diagrama de carga axial obtido descontando-se da carga P, aplicada ao top da estaca, a carga transferida, por atrito lateral, ao solo. A Fig. 6.9 reproduz esse diagrama. Aplicando-se a lei de Hooke ao mesmo, tem-se: 1 1 C2 = A.E jNz r Ni..l.i (6.17) CARGA AlClAL DA
N, I
e-- \ \ Nz
<, NJ "- <, '- N4- I-- , tlh ti!
( PL TPp
\ CARGA TRANSFERIDA PARI Figura6.9 - EsforosOXIOI$ NI 00longodo estoco At4 Ah NJ ESTACA VeIloso (1987)props simplificar a expresso acima. adotando C2:; 0,7 I . P (6.17a) AE Quanto parcela C3. a mesma corresponde ao deslocamento elstico do solo sob a ponta da estaca. Para se conhecer seu valor. h a necessidade de se medir es- se deslocamento. Uma primeira tentativa dessa medida, em estacas vazadas de concreto, foi feita por SOl1ta Filho e Abreu (I f}90), usando o procedimento indica- do, esquematicamente. Fig. 6.10. Com base nessas medidas. esses autores su- gerem, para os solos dat1istrito Federal, os valores indicados na Tab, 6.2. Tabelo62- Valoresde(3 segundoSouzaFilhoe Abreu tipo de solo C3(mm) Ilftlias Areias siltosas/ Sltes arenosos Argilas siltosas! Siltes argilosos Argilas 0- 2.:i 2,4 - 5.0 5,0- 7,5 7,5 - 10,0 1. 1"TeVT500 e .... 005 PROTIlo_ 01 ..,UIA PItAHCHA MOViE:l T ueo 01 AO ,- -------_.-
-,
ISTACA
figuro 6.10 - Registro do valor de C] Na realidade, a expresso 6.16 aproximada, visto que os deslocamentos mxi- mos do topo e do p no ocorrem ao mesmo tempo, conforme se mostra, esquema- ticamente, na Fig, 6.4. Entretanto, essa maneira de se estimar a carga mobiliza- da das estacas apresenta resultados satisfatrios, do ponto de vista da Engenha- ria de Fundaes. como comprovam os diversos trabalhos escritos sobre o'assun- to. A explicao do porqu desses resultedos satisfatrios ainda no est total- mente esclarecido para o Autor. que continua estudando o assunto. Exemplo 6.3 Estimar a carga mobilizada de uma estaca de concreto com seo transversal A = 855cm 2 , m6dulo de elasticidade E = 2.500kN/cm 2 , comprimento de 15 metros e repique K = C2 + C3 = 14mm. Admitir que a ponta da estaca esteja em solo que apresenta C3 = 3 mm. Soluo: C2 = 14 - 3 = 11mm "1 i Usando a expresso 6.17a, tem-se: 1,1 x 855 x 2 500 p = = 2239kN 0,7 x 1500 124