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Descubro agora no Posfcio e no apenas retoricamente que o que fazia
tateantemente no incio do Prefcio, ainda que ele tenha sido retocado muitas vezes, e
mesmo aps estas consideraes, era tentar convencer-me da "realidade" dos
problemas que seriam enfrentados. J outros o disseram, mesmo Heidegger: as coisas
comeam pelo que sobrevm a elas.
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Termino, assim, optando por identificar alguns pontos subjacentes ao que foi
efetivamente feito, aos quais espero poder retornar num possvel futuro. So os
seguintes:
1) A reviso da histria das relaes entre os filsofos.
2) A questo da plstica e do tempo de transformao interna da metafsica.
3) A questo do lugar do filsofo e da poltica que a ele mais especificamente diz
respeito.
4) A questo das possibilidades de alargamento da atual prxis pensante, em seus
limites de flexibilizao e esgaramento.
5) A reviso da noo mais geral de crtica filosfica.
6) A idia de que o modo de ser mais prprio da filosofia sua capacidade de instigar
e suportar o questionamento, isto , de renovar o espanto que deflagra esse
questionamento, e ensinar a nele permanecer.
7) A possibilidade de apalpar o plasma da linguagem que retm as decises histrico-
ontolgica, isto , de experienciar suas imposies, sua plasticidade, seus limites.
Fica, no fim, a estranha impresso de que tudo isso j foi efetiva e mesmo
exaustivamente pensado pelos filsofos ocidentais e, ao mesmo tempo, como se
nada tivesse ainda sido suficientemente pensado, como se tudo estivesse por fazer.
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Cf. HEIDEGGER 1959/72, p. 182.
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