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4ª Sessão: O Modelo de Auto - Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de operacionalização (Parte I) 24.11.

2009

Plano de Avaliação
Domínio B. | Indicadores B.1 e B.3

Preâmbulo

(…) the more focused you are about what you want to examine by the evaluation, the more efficient you can be
in your evaluation (…)
Carter McNamara

Sabemos já que o papel da auto-avaliação das bibliotecas escolares é informativo, formativo e


transformativo. A mais-valia deste papel é a de permitir a melhoria contínua da acção e do
impacto da biblioteca nas aprendizagens. Para que essa mais-valia seja operacionalizada é
necessário que o professor bibliotecário, a equipa de docentes da biblioteca e a escola, ou o
agrupamento, adoptem uma prática de inquirição sistemática da realidade.

Sabemos também que o processo de prossecução da melhoria desejada se deve basear,


preferencialmente, nas noções de eficácia, qualidade, flexibilidade e exequibilidade. É ainda
consensual que este processo deve ser cíclico, auto-regulador e mensurável.

Sabemos ainda que a biblioteca é uma estrutura de carácter transversal, posta ao serviço de toda
a comunidade escolar, com a qual tem de interagir. Essa interacção faz-se a nível do
planeamento, da execução e da avaliação global da própria escola, ou agrupamento, que deve ter
a sua missão e os seus objectivos definidos de forma clara. É expectável que a biblioteca
contribua para que seja alcançada a meta de todas as restantes estruturas pedagógicas da
instituição de ensino na qual está inserida: o sucesso educativo. Esta meta é, obviamente, a meta
do próprio sistema de ensino instituído e, nessa medida, a auto-avaliação da biblioteca deve
perseguir os critérios subjacentes à avaliação externa levada a cabo pela tutela ministerial,
critérios com os quais deve ser comparada.

Sabemos, além disso, que o trabalho avaliativo se reveste de uma grande complexidade. Esse
trabalho contempla domínios de referência, indicadores de medida, descritores de sucesso,
instrumentos de evidências, níveis de desempenho, acções de melhoria e ainda diagnósticos,
objectivos, metodologias, intervenientes, calendarizações. Perante a dimensão dos elementos a
apreciar, torna-se necessário estabelecer prioridades e restringir o universo do que vai ser
avaliado, quer no diz respeito a actividades, quer no que se refere a públicos-alvo, e definir a
amostragem que se vai analisar. Assim, é preciso, e parafraseando Carter McNamara, definir o
foco de atenção e seleccionar uma área de intervenção.

1 Tarefa realizada por Maria João Queiroga | Coordenadora da Biblioteca da Escola Secundária
com 2º e 3º Ciclos Gil Vicente
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Plano de Avaliação

Program evaluation is carefully collecting information about a program or some aspect of a program in order to
make necessary decisions about the program.
Carter McNamara

O plano que a seguir se apresenta segue as três fases e as três etapas por fase que foram
delineadas na tarefa da última sessão. O plano tenta também espelhar o enquadramento teórico
patente nos vários documentos de consulta e reflectir a natureza do domínio e dos indicadores
escolhidos.

A. Primeira fase: preparatória

1. Apresentação do modelo

O Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar, do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares,


é apresentado ao agrupamento, nomeadamente à direcção executiva, ao conselho geral e ao
conselho pedagógico, com o objectivo de envolver todos os órgãos de decisão na aplicação do
modelo e no estabelecimento de ligações entre o modelo e o sucesso escolar dos alunos definido
no projecto educativo do estabelecimento de ensino.

Calendarização: Início do primeiro período lectivo.

2. Selecção do domínio de avaliação

De entre os quatro domínios de referência contemplados no Modelo de auto-avaliação da


biblioteca escolar, o professor bibliotecário e a equipa da biblioteca apresentam aos órgãos acima
indicados aquele que, de acordo com as prioridades estabelecidas no plano de acção delineado
no início do ano lectivo/no início do ciclo de quatro anos, será objecto de avaliação.

O domínio seleccionado para este trabalho é o domínio B. - Leitura e Literacia. Este domínio é
fundamental para a análise da política de promoção da leitura junto dos alunos (indicador B.1) e
para o impacto que essa promoção tem nas aprendizagens (indicador B.3). Esta política de
promoção é dinamizada pela biblioteca e articulada com outros parceiros (internos à escola,
como, por exemplo, o Departamento de Línguas, e exteriores a esta, como por exemplo, o Plano
Nacional de Leitura). A sua concretização estará naturalmente relacionada com o subdomínio A.2
e também com os subdomínios C.1 e D.3 e, por isso, afigura-se como transversal a todo o
modelo. É, aparentemente, o domínio que se apresenta como o de execução mais acessível,
apesar de complexa. Como o subdomínio A.2 se reporta especificamente à literacia da
informação, a apreciação do domínio B. incidirá essencialmente na leitura e nas competências de

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com 2º e 3º Ciclos Gil Vicente
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compreensão e de escrita. A escolha deste domínio deve-se à necessidade de desenvolver nos


alunos uma capacidade que se afigura fulcral para a compreensão do mundo em geral e para a
verbalização de ideias e a construção do raciocínio em particular.

Os indicadores seleccionados são o indicador B.1, que se apresenta como um indicador de


processo, e o indicador B. 3, que é um indicador de impacto.

O diagnóstico do ponto de partida da biblioteca, no que concerne a este domínio e aos


indicadores seleccionados, deve assentar no levantamento de dados referente a títulos
requisitados para consulta in loco, na sala de aula e em casa. Esses dados devem ser analisados
tendo em conta quer as obras programáticas de leitura orientada, quer as obras de leitura
recreativa, autónoma ou informal. Por obras entende-se livros, revistas, jornais, portais e sítios
electrónicos, blogues, bibliotecas digitais, etc. Os dados devem ainda contemplar os utilizadores e
os respectivos níveis de ensino, anos de escolaridade e faixas etárias. Deve ainda ser tida em
conta a colecção existente bem como os pedidos de novas aquisições feitos por docentes e
alunos. É preciso ainda verificar a realização ou não de actividades promotoras de leitura e o
feedback dado pelos docentes em relação a essas actividades.

Os objectivos a atingir estão intrinsecamente associados aos factores críticos de sucesso e


são:

Indicador B.1
• Actualizar e adequar a colecção em função das necessidades e dos interesses dos
utilizadores e das novas ofertas curriculares;
• Implementar e divulgar acções, da iniciativa do PNL, dos docentes (nomeadamente do
Departamento de Línguas), ou da própria biblioteca, que incentivem o gosto pela leitura em
diferentes suportes e desenvolvam as competências de compreensão e de expressão;
• Organizar e difundir recursos documentais transversais aos curricula que garantam o
desenvolvimento das competências associadas à leitura.

Indicador B.3
• Verificar o uso que os alunos fazem da biblioteca para lerem de forma recreativa,
informativa ou orientada para a realização de trabalhos;
• Aferir a progressão manifestada pelos alunos, em quantidade e em qualidade, nas
competências da leitura e na interacção com suportes informacionais variados;
• Confirmar a participação activa dos alunos nas actividades de promoção de leitura em
curso.

Calendarização: Início do primeiro período lectivo.

3. Definição dos instrumentos de recolha de evidências

A auto-avaliação das bibliotecas tem sido essencialmente centrada nos inputs, nos processos e
nos outputs. Sem descurar a importância dos dados quantitativos fornecidos por este tipo de

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com 2º e 3º Ciclos Gil Vicente
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avaliação, é necessário avaliar também os impactos (outcomes) que a biblioteca tem nas
aprendizagens e na melhoria da qualidade dos resultados escolares. Assim, a auto-avaliação das
bibliotecas deverá recorrer a instrumentos quantitativos e a instrumentos qualitativos.

Os instrumentos de recolha de evidências a serem usados para analisar o indicador B.1 são
essencialmente instrumentos quantitativos, na medida em que este indicador se apresenta como
um indicador de processo. Os instrumentos de recolha de evidências a serem usados para
analisar o indicador B.3 são essencialmente instrumentos qualitativos, na medida em que este
indicador se apresenta como um indicador de impacto. Os instrumentos escolhidos para avaliar
estes indicadores são:

Indicador B.1
• Catálogo da colecção;
• Estatísticas de requisição para consulta in loco e na sala de aula;
• Protocolos de itinerância de fundo documental com as escolas do agrupamento;
• Registos de actividades da biblioteca (Semana da Leitura, Dia Mundial do Livro, Exposição
Literatura Juvenil);
• Registos de divulgação de actividades do PNL e de recursos documentais em linha da
RBE e do Instituto Camões;
• Questionários aos docentes (QD2);
• Questionários aos alunos (QA2).

Indicador B.3
• Estatísticas de requisição domiciliária;
• Estatísticas de utilização da biblioteca para actividades de leitura;
• Grelhas de observação do clube de leitura da biblioteca (O3 e O4);
• Blogue do clube de leitura da biblioteca;
• Trabalhos realizados pelos alunos com outros docentes, nomeadamente do Departamento
de Línguas;
• Questionários aos docentes (QD2);
• Questionários aos alunos (QA2).

Calendarização: Início do primeiro período lectivo (a definição dos instrumentos).

B. Segunda fase: operativa

1. Recolha das evidências

A recolha das evidências tem por base os factores críticos de sucesso apontados nas páginas
19 - 22 do Modelo de auto-avaliação da biblioteca, do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares,
para cada um dos indicadores escolhidos (B.1 e B.3).

Os instrumentos de medida a utilizar deverão ter em conta a realidade de cada agrupamento e


terão de ser adaptados em função dessa realidade. Os questionários, por exemplo, poderão
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necessitar de alguma adequação, no caso de agrupamentos que têm apenas uma biblioteca, a da
escola sede, com um fundo documental destinado essencialmente a níveis de ensino a partir do
2º Ciclo.

A amostragem deverá abranger os docentes da Educação pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino


Básico no que diz respeito ao instrumento “protocolos de itinerância de fundo documental com as
escolas do agrupamento”. A amostragem, no que diz respeito aos restantes instrumentos, deverá
abranger os alunos do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, os alunos do Ensino Secundário e, no
futuro, os alunos do Centro Novas Oportunidades, para além dos docentes dos vários
departamentos.

Em termos percentuais, a amostragem deverá ser aplicada a 20% do total de professores e a 10%
do total de alunos em cada nível de escolaridade. No caso de uma biblioteca a funcionar na
escola sede do agrupamento, que tem uma população escolar descrita na segunda parte do
parágrafo anterior, com cerca de 1000 alunos (sem contabilizar aqui os formandos do Centro de
Novas Oportunidades) e cerca de 160 professores, estes valores, relativamente aos questionários,
corresponderão a:
• 32 professores;
• 35 alunos do 2º Ciclo
• 35 alunos do 3º Ciclo;
• 30 alunos do Ensino Secundário.

É necessário que o professor bibliotecário, a equipa da biblioteca e a direcção do agrupamento


tenham noção dos valores acima indicados, que exigirão a colaboração e a disponibilidade da
comunidade educativa e o seu envolvimento num processo que tem como finalidade central
contribuir para a melhoria dos resultados escolares.

Calendarização: Ao longo do primeiro, do segundo e do início do terceiro períodos lectivos.

2. Interpretação e análise dos dados recolhidos

Depois da recolha das evidências, devem ser tratados os dados recolhidos de forma a aferir-se
quais os pontos fortes e quais os pontos fracos do desempenho da biblioteca no domínio e nos
indicadores seleccionados. Esta aferição deve ainda ser comparada com referências externas, por
exemplo, provas de aferição (2º Ciclo) e exames nacionais (3º Ciclo ou Secundário) de Língua
Portuguesa, e com, por exemplo, a base de dados da RBE.

Calendarização: Fim do terceiro período lectivo.

3. Definição do perfil de desempenho

Após a recolha das evidências e do tratamento dos dados recolhidos, deve proceder-se à
definição do nível de proficiência no qual se situa a biblioteca no domínio e indicadores

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analisados. Esta definição é feita a partir dos perfis de desempenho descritos no Modelo de auto-
avaliação da biblioteca escolar, do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, páginas 23 e 24, e
é determinada pelo cumprimento de, pelo menos, quatro em cinco dos descritores aí
contemplados.

Calendarização: Fim do terceiro período lectivo.

C. Terceira fase: conclusiva

1. Elaboração do plano de melhoria

Depois da definição do perfil de desempenho, o professor bibliotecário e a equipa da biblioteca


devem apresentar um plano que contemple acções para a melhoria dos resultados obtidos. A
escolha dessas acções dependerá, obviamente, da análise dos dados. De entre aquelas que
estão enunciadas no Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar, do Gabinete da Rede de
Bibliotecas Escolares apontam-se, como exemplos, as seguintes (algumas ligeiramente
adaptadas):

Indicador B.1
• Utilizar a Web e outras fontes de informação na prospecção e identificação de materiais do
interesse dos jovens e dos adultos;
• Consolidar o trabalho articulado com departamentos, docentes e a abertura a projectos
externos;
• Reforçar a formação dos elementos da equipa nas áreas da literatura infantil e juvenil e da
sociologia da leitura;
• Encontrar parcerias com as Bibliotecas Municipais ou com outras instituições;
• Alargar o horário de funcionamento da biblioteca durante o regime nocturno;
• Desenvolver uma acção sistemática na promoção da leitura com a oferta de actividades
diversificadas.

Indicador B. 3
• Melhorar a oferta de actividades de promoção da leitura e de apoio ao desenvolvimento de
competências no âmbito da leitura, da escrita e das literacias;
• Promover o diálogo com os docentes no sentido de garantir um esforço conjunto para que
o desenvolvimento de competências de leitura, estudo e investigação seja adequadamente
inserido nos diferentes currículos e actividades;
• Dialogar com os alunos com vista à identificação de interesses e necessidades no campo
da leitura e da literacia;
• Alargar o clube de leitura e o blogue a outras comunidades de leitores para partilhar gostos
e leituras.
• Encorajar a participação dos alunos noutras actividades livres que vierem a ser criadas no
âmbito da leitura.

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Procurar-se-á ainda incrementar e/ou desenvolver exponencialmente as seguintes actividades


para promoção da leitura autónoma e recreativa:
• Utilização dos livros da biblioteca na sala de aula;
• Visita dos alunos das outras escolas do agrupamento à biblioteca;
• Empréstimo de livros para a constituição de bibliotecas de turma.

A implantação das acções de melhoria acima elencadas, ou de outras que forem consideradas
necessárias, dependerá dos pontos fracos assinalados durante a análise dos dados.

Calendarização: Fim do terceiro período lectivo (a elaboração do plano de melhoria).

2. Redacção do relatório de auto - avaliação

O relatório final de avaliação da biblioteca escolar deve apresentar a descrição e a análise dos
resultados da auto-avaliação em relação ao domínio e aos indicadores seleccionados (secção A
do relatório da RBE), sem esquecer o relato da informação recolhida e disponível relativamente ao
trabalho desenvolvido nos restantes domínios (secção B do relatório da RBE). O relatório deve
ainda integrar o “conjunto de acções a ter em conta no planeamento futuro” (texto da sessão) da
biblioteca, para além de uma visão global e mais sintética dos resultados obtidos (secção C do
relatório da RBE).

Calendarização: Fim do terceiro período lectivo.

3. Apresentação do relatório de auto - avaliação ao agrupamento

O relatório deve ser apresentado à direcção, ao conselho geral e ao conselho pedagógico do


agrupamento. Deve ainda fazer parte do “Relatório Anual de Actividades da Escola/Agrupamento
(…) e orientar o Professor Bibliotecário na possível entrevista a realizar pela Inspecção-Geral de
Educação no âmbito da avaliação externa” (texto da sessão).

Calendarização: Últimas reuniões do conselho pedagógico e do conselho geral a realizar no fim


do ano lectivo.

D. Anexos

Os instrumentos utilizados para a recolha de evidências devem ser aqui apresentados, bem
como outras ferramentas usadas para o tratamento dos dados recolhidos. Poderá ainda ser
anexada a tabela correspondente à secção A do relatório de auto-avaliação.

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Posfácio

It’s better to do what might turn out to be an average effort at evaluation than to do no evaluation at all.
Carter McNamara

O plano de avaliação acima apresentado procurou concretizar as orientações estipuladas no


Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar, criado pelo Gabinete da Rede de Bibliotecas
Escolares, no que diz respeito ao domínio B. e aos respectivos indicadores de processo (B.1) e de
impacto (B.3). O plano, tal como é preconizado pelo modelo mencionado, foi delineado de forma a
adaptar-se às especificidades do agrupamento onde a biblioteca se insere. A realidade ditará as
adaptações que se considerarem necessárias introduzir.

A aplicação do plano terá de envolver toda a comunidade escolar. Este envolvimento é fulcral para
a concretização do plano. Conseguir a colaboração e a disponibilidade de todos os intervenientes
(direcção, docentes, alunos, pais, entidades exteriores ao agrupamento) é uma dificuldade que
terá de ser encarar como um desafio. A este junta-se um outro: a gestão do tempo. A capacidade
de colocar em prática o plano delineado, sem secundarizar a concretização simultânea das
restantes valências da biblioteca e sem esquecer o esforço dispendido na tentativa de ultrapassar
os obstáculos funcionais de vária ordem com que as escolas se debatem no presente momento,
assume-se como um compromisso ao qual se tentará dar uma resposta à altura da sua
importância. Parafraseando mais uma vez Carter McNamara, é preferível fazer um esforço no
sentido de se avaliarem as acções em execução do que não avaliar nada e, neste caso, não ter
oportunidade de melhorar o que deve ser melhorado.

Bibliografia

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, Modelo de auto - avaliação da biblioteca escolar,


pp.19 - 24 & 57 - 76, 2009

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, “Texto da quarta sessão em linha da acção de


formação” O modelo de auto - avaliação das bibliotecas escolares: metodologias de
operacionalização (Parte I), 2009

McNamara, Carter, Basic guide to program evaluation, 1997 - 2008, http://managementhelp.org


[21/11/2009]

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QUADRO SÍNTESE

Domínio B. Leitura e Literacia


B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento.
Indicadores
B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia.

• Análise da colecção existente e dos pedidos de novas aquisições feitos por docentes e alunos.
• Levantamento de dados sobre títulos requisitados para consulta in loco e na sala de aula, com base na:
Indicador Diagnóstico  tipologia de obras (para leitura orientada, para leitura recreativa, para leitura informal);
 especificação dos destinatários (níveis de ensino, anos de escolaridade / faixas etárias).
• Resposta de alunos e professores à divulgação de actividades dinamizadas no âmbito da leitura.
• Actualizar e adequar a colecção em função das necessidades e dos interesses dos utilizadores e das novas ofertas curriculares;
Objectivos
• Implementar e divulgar acções, da iniciativa do PNL, dos docentes (nomeadamente do Departamento de Línguas), ou da própria biblioteca,
(sustentados nos factores críticos
que incentivem o gosto pela leitura em diferentes suportes e desenvolvam as competências de compreensão e de expressão;
de sucesso)
B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na

• Organizar e difundir recursos documentais transversais aos curricula que garantam o desenvolvimento das competências associadas à leitura.
• Catálogo da colecção;
• Estatísticas de requisição para consulta in loco e na sala de aula;
• Protocolos de itinerância de fundo documental com as escolas do agrupamento;
Evidências • Registos de actividades da biblioteca (Semana da Leitura, Dia Mundial do Livro, Exposição Literatura Juvenil);
• Registos de divulgação de actividades do PNL e de recursos documentais em linha da RBE e do Instituto Camões;
escola/agrupamento.

• Questionários aos docentes (QD2);


• Questionários aos alunos (QA2).
• Alunos do 2º Ciclo (10%);
• Alunos do 3º Ciclo (10%);
Amostragem
• Alunos do Ensino Secundário (10%);
• Professores (20%).
• Ao longo do 1º período e do 2º período;
Calendarização
• No início do 3º período.
• Utilizar a Web e outras fontes de informação na prospecção e identificação de materiais do interesse dos jovens e dos adultos;
• Consolidar o trabalho articulado com departamentos, docentes e a abertura a projectos externos;
• Reforçar a formação dos elementos da equipa nas áreas da literatura infantil e juvenil e da sociologia da leitura;
Possíveis acções para a melhoria
• Encontrar parcerias com as Bibliotecas Municipais ou com outras instituições;
• Alargar o horário de funcionamento da biblioteca durante o regime nocturno;
• Desenvolver uma acção sistemática na promoção da leitura com a oferta de actividades diversificadas.

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• Levantamento de dados sobre títulos requisitados para consulta domiciliária, com base na:
 tipologia de obras (para leitura orientada, para leitura recreativa, para leitura informal);
Indicador Diagnóstico  especificação dos destinatários (níveis de ensino, anos de escolaridade, faixas etárias).
• Levantamento de dados sobre a participação dos alunos, quantitativa e qualitativamente, nas actividades promotoras de leitura;
• Feedback dado pelos docentes em relação a essas actividades.
• Verificar o uso que os alunos fazem do fundo documental da biblioteca para lerem de forma recreativa, informativa ou orientada para a
realização de trabalhos;
B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da

Objectivos
(sustentados nos factores críticos • Aferir a progressão manifestada pelos alunos, em quantidade e em qualidade, nas competências da leitura e na interacção com suportes
de sucesso) informacionais variados;
• Confirmar a participação activa dos alunos nas actividades de promoção de leitura em curso.
• Estatísticas de requisição domiciliária;
• Estatísticas de utilização da biblioteca para actividades de leitura;
• Grelhas de observação do clube de leitura da biblioteca (O3 e O4);
Evidências • Blogue do clube de leitura da biblioteca;
• Trabalhos realizados pelos alunos com outros docentes, nomeadamente do Departamento de Línguas;
• Questionários aos docentes (QD2);
• Questionários aos alunos (QA2).
leitura e da literacia.

• Alunos do 2º Ciclo (10%);


• Alunos do 3º Ciclo (10%);
Amostragem
• Alunos do Ensino Secundário (10%);
• Professores (20%).
• Ao longo do 1º período e do 2º período;
Calendarização
• No início do 3º período.
• Melhorar a oferta de actividades de promoção da leitura e de apoio ao desenvolvimento de competências no âmbito da leitura, da escrita e das
literacias;
• Promover o diálogo com os docentes no sentido de garantir um esforço conjunto para que o desenvolvimento de competências de leitura,
estudo e investigação seja adequadamente inserido nos diferentes currículos e actividades;
• Dialogar com os alunos com vista à identificação de interesses e necessidades no campo da leitura e da literacia;
Possíveis acções para a melhoria • Alargar o clube de leitura e o blogue a outras comunidades de leitores para partilhar gostos e leituras;
• Encorajar a participação dos alunos noutras actividades livres que vierem a ser criadas no âmbito da leitura.
E ainda, promover:
• A utilização dos livros da biblioteca na sala de aula;
• A visita dos alunos das outras escolas do agrupamento à biblioteca;
• O empréstimo de livros para a constituição de bibliotecas de turma.

Observação: O quadro síntese não abrange todas as etapas do processo de aplicação do modelo de auto-avaliação da biblioteca. As etapas restantes estão especificadas ao longo do documento.

10 Tarefa realizada por Maria João Queiroga | Coordenadora da Biblioteca da Escola Secundária com 2º e 3º Ciclos Gil Vicente

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