Carta que escrevi celebrando datas.
Por motivos óbvios omiti o destinatário e alguns dados íntimos demais. Entretanto, não mudei, não inverti, não sorrateei nada.
Eu posso ser belo.
Carta que escrevi celebrando datas.
Por motivos óbvios omiti o destinatário e alguns dados íntimos demais. Entretanto, não mudei, não inverti, não sorrateei nada.
Eu posso ser belo.
Carta que escrevi celebrando datas.
Por motivos óbvios omiti o destinatário e alguns dados íntimos demais. Entretanto, não mudei, não inverti, não sorrateei nada.
Eu posso ser belo.
bem verdade que eu poderia comear esse texto, essa
carta, isso aqui, reclamando. e !ormos pensar bem, ou mel"or, pensar mal, tendo como base apenas os dias mais recentes de nossa conviv#ncia, a coisa se daria por essa !orma mesmo. $%o assim ser&, entretanto, porque meu espectro de tempo se !a' amplo nesse momento tanto quanto por conta do motivo outro ( e principal. )ma ve' que, sendo restrito ao tempo *ruim+ estaria eu na ep,tome do contra( senso se assim -'esse. Explico. escrevo para expressar, celebrar, comemorar, en-m, lembrar com voc# exatamente o todo do tempo que "o/e !a' anivers&rio. Muito acima de discuss0es, bri1as !u1a'es ou dias de raiva passa1eiros2. 3& al1uns meses eu me apaixonei. Durante todas essas de'enas, centenas de dias n%o "ouve sequer um, que !osse, no qual eu n%o me lembrasse de voc#. 4sso para di'er o m,nimo. o *lembrar que ele existe+. 5ensando bem, ac"o que na verdade, isso nunca aconteceu assim nesse limite t%o basal. empre 6 e n%o me recordo em contr&rio ( sempre que me lembrei de voc# senti em mim al1o de certa !orma at7 in7dita para o meu eu(8runo( anterior, !rio, prote1ido e se1uro. o bem(querer quase altru,sta, concomitante com uma !elicidade inenarr&vel2 9:1ico que o tempo passa e modi-ca at7 mesmo os sentimentos, mas essencialmente -cam deles seus eixos, sustentat:rios. O primeiro sentimento de paix%o, aquela, daquele bei/o inicial naquela situa%o ex:tica, claro, !oi -cando cada dia menos intempestivo, mais calmo, mas nunca morreu. E di1o com certe'a, vive at7 "o/e. O que sinto 7 que dentro do espao que inicialmente a paix%o ocupou avassaladoramente, veio, aos poucos, um outro sentimento delicioso. o amor. ;oc#, como 7 que se 7, talve' ve/a tudo isso como um arran/o qu,mico. Eu tamb7m vi assim, ali&s, a paix%o mesmo, por assim di'er, 7 bastante qu,mica. <u,mica, ma1n7tica, aproximadora2 Assim, como um tempo sin&ptico determinado, !a' sua !un%o e em al1uns casos at7 passa... Entretanto, "& o amor2 A", o amor=... O amor pode at7 ter seu lado bioqu,mico, neuro(sensitivo, biolo1icista. Mas 7 bem al7m disso em sua ess#ncia2 O &xis do amor eu busquei por al1um tempo na terapia, tentando entender o *mas como>+ e n%o descobri. $%o descobri e descobri, ao contrario, que n%o se 7 al1o que se busca atrav7s de ra'%o, pois se trata de emo%o, sentimento. 9o1o, se vive. ;ive(se o amor. ente(se o amor. $ada mais ilustrativo que a c7lebre e 1enial estro!e de Cam0es. *Amor 7 !o1o que arde sem se ver+2 $%o sei em que tantas partes de mim ?ame/a sua presena, mas sei que centel"a em todos os aspectos, ilumina e me aquece. O que quero di'er com tudo isso> <ue o sentimento, esse que nutro por voc#, esse que voc# me desperta e quero que sempre "a/a, 7, de lon1e, o mais bonito de toda a 1ama de emo0es que vivi at7 "o/e. Tantos meses2 ;oc# atin1e meu cora%o de uma !orma que, muitas ve'es, ac"o eu que voc# mesmo nem tem ima1ina%o para mesurar. $esse ponto, at7, 1ostaria de pedir desculpas por ser muitas ve'es, *carente+ @como voc# di'A, por *te cobrar carin"o+ ou pelo repetido *me ame+2 ;ariedades de um mesmo tema, !a'em parte do meu comportamento de querer ver mani!esto em voc# a ma1nitude do que voc# sente de verdade. $%o que eu ten"a dBvidas sobre suas palavras, mas Cs ve'es, um carin"o inesperado, um elo1io, um *oi+ qualquer vale demais. Desde nossa primeira conversa eu disse para voc# que eu n%o li1o para coisas 1randes, 1randiosas, pBblicas e exa1eradas. Meus pra'eres mais sinceros v#m das menores coisas, dos m,nimos detal"es e das mais t#nues a0es2 Com o tempo, com as discussoes que tivemos, com M)4TA a/uda da terapia, estou mel"orando no sentido de trabal"ar tais cobranas e de recon"ecer os seus avanos. da ansiedade "umana, da pr:pria busca pelo pra'er o dese/o do completo em imediato, sub/u1ando, nesse processo @at7 muitas ve'es neur:ticoA, o recon"ecimento das pequenas evolu0es. $esse ponto, novamente, peo perd%o. Min"a sede Cs ve'es i1nora as 1otas pequenas de seu suor no exerc,cio da mudana dentro do seu proprio tempo. <uem tem sede tem pressa, mas ur1#ncias ce1am e o desespero pela plenitude muitas ve'es !atali'a a busca em seu todo por n%o ver e !a'er uso do pouco em pouco que se vem dando constru,do pelo camin"o. Estou aprendendo sorver aos poucos cada *1ole+ de sua mudana nesse sentido. Da mesma !orma que voc# /usti-ca e reivindica o seu proprio tempo para que voc# mude si1ni-cativamente, a par e passo, peo a voc# paci#ncia para que eu consi1a saber esperar sem me a?i1ir. Camin"emos /untos, somos n:s. Eu e voc#. $:s. 4sso 7 muito, mas muito mais que um e outro. mais que um mais um. omos $D2 En-m, sendo "o/e uma data por conven%o na qual devemos celebrar o pr:prio tempo, espero que sirva para que, ao menos em al1um minuto do dia de "o/e, voc# se lembre que 7 uma, A pessoa que me !a' incrivelmente !eli'. 9embre(se que TE AMO imensamente e que -', !aria, !ao e !arei de tudo para te ver !eli'. 5arab7ns para n:s. <ue somem mais EF ve'es tantos meses, GF, HFF2 Te amo. 8runo Moura Obs.. o presente voc# pode estran"ar a princ,pio, n%o tem muita correla%o com nosso dia(a(dia, sendo utili'ado nas artes, desen"os, etc. Mas como eu nunca compro nada simplesmente pela coisa, comprei pelo simbolismo que vi e que espero que tamb7m enxer1ue toda ve' que o ol"ar. um pequeno boneco manequim articulado ?ex,vel de madeira. Representa o "umano para mim. O "umano que 1ira, que molda, que encol"e e estica2 En-m, que se adapta. Al1uns dias coloque suas @as dele, obviamenteA m%os e braos para cima, como se estivesse em 1l:ria2 $outros, !aa com que ele se abrace. <uem sabe, al1um dia, limpe al1uma l&1rima do seu pequeno rosto redondo2 Mas nele estar& 1uardado sempre, independente da posi%o, um cora%o. O curacao n%o estava no ob/eto quando comprei. Desen"ei eu mesmo, propositalmente. 8em l& dentro do peito. ;ivo= E ainda por detr&s do molde, sustentando a ele e a tudo, aquela "aste. <ue, no caso, 7 o amor. Meu amor por voc#= 8ei/%o, meu querido=
((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((( Carta de amor de Bruno Moura est licenciado com uma Licena Creative Commons - Atribuio-NoComercial- CompartilhaIgual 4! Internacional Baseado no trabalho dispon"vel em http#$$%%%scribdcom$bruno&moura&'( )odem estar dispon"veis autori*a+es adicionais ,s concedidas no -mbito desta licena em http#$$creativecommonsorg$