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UM HOMEM FELIZ - NUNO COBRA

ENTREVISTA

ATIVIDADE FÍSICA – NUNO COBRA – ENTREVISTA – SAÚDE –


BOA FORMA – QUALIDADE DE VIDA – MÉTODO NUNO COBRA –

Por Kathia Natalie,

Em 1947, Nuno Cobra Ribeiro tinha apenas nove anos quando


entrou numa forte depressão. Franzino, magro, tímido e muito
introvertido, o garoto, nascido em agosto em São José do Rio Pardo,
interior de São Paulo, só se sentia à vontade longe dos coleguinhas e
na companhia de livros e poucos brinquedos. Dessa crise, que durou
até seus 12 anos, ele não se recorda de nada especial, exceto a
sensação "perturbadora de pensar e se preocupar com tudo sem
parar". Mas se a experiência limou parte de sua infância, em
contrapartida lhe deu os alicerces da vida que ele teria quando adulto.
Desse período, ele tirou uma filosofia: "leve a vida menos a sério e
seja feliz". E com ela, Nuno Cobra ganhou as livrarias de todo o país
com o best-seller A Semente da Vitória (Editora Senac), seu primeiro
livro.

Em sua 39ª edição, o livro já teve 180.000 exemplares vendidos. Esse


sucesso talvez se explique pela classificação nas prateleiras: auto-
ajuda. São 223 páginas alinhavadas por temas como realização
pessoal, saúde e, claro, sucesso. Mas existe um "quê" de diferença
nesta obra, quando comparada a outras do mesmo gênero. Em vez
da tradicional promessa de felicidade sem esforços, aqui a satisfação
é alcançada por três itens que são sacrifício para qualquer sedentário
assumido: exercícios físicos, disciplina e perseverança. A Semente da
Vitória é uma explicação do Método Nuno Cobra, que prega que é
possível alcançar a felicidade pela saúde, ou seja, pelo equilíbrio do
corpo, da mente e do emocional.

Formado pela Escola de Educação Física de São Carlos e pós-


graduado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Nuno
Cobra ganhou notoriedade por ser o preparador físico de Ayrton
Senna, com quem trabalhou por cerca de 10 anos, e de outros
famosos como Rubens Barrichello, Christian Fittipaldi, Mika Hakkinen,
Abílio Diniz, André Lara Rezende, entre outros. Mas sua carreira
começou mesmo quando, aos 15 anos, ajudou um médico de 50 anos
a realizar o sonho de ser jogador de tênis. Hoje aos 65 anos, tem
cerca de 45 alunos, seis deles são médicos. Fora a orientação
individual que dá com a ajuda de seus discípulos – formados por
funcionários, seus quatro filhos e sua esposa Sílvia, com quem está
casado há 10 anos –, Nuno realiza workshops e ministra palestras por
todo o Brasil.

De hábitos simples, Nuno Cobra mantém, além do sotaque, alguns


hábitos do interior: não leva trabalho para casa e, mesmo com a
agenda lotada de compromissos, acorda cedo, janta às 18 horas e, às
19h30, já está de pijamas e pronto para ir para a cama. Apaixonado
por esportes, divide seu tempo entre a musculação, a natação e a
corrida.

DM - Eu não consigo achar um termo exato para definir sua profissão.


Como você se define? Seria preparador físico?
Nuno Cobra - O que eu menos sou atualmente é preparador físico.
Além de dar atenção para a parte física do meu aluno eu também faço
um treinamento mental com ele. Eu o ajudo a se concentrar naquilo
que deseja, buscando o equilíbrio da mente e do emocional pela
transformação do físico e da saúde. Este é o princípio do meu
trabalho, o Método Nuno Cobra, que se baseia num lema: chegar ao
cérebro pelo músculo e ao espírito pelo corpo.

DM - Como foi o processo de descoberta desse método?


Nuno Cobra - Não foi fácil. Eu enfrentei muito preconceito da classe
acadêmica, que me taxava como louco. Para chegar ao método eu
passei por vários cursos: Educação Física, Sociologia, Psicologia,
Ciências Sociais e Antropologia. Mas em todos eles eu me sentia
como um peixe fora d'água e, por isso, me afastei. Nas décadas de
1950, 1960 e 1970, eu já via o ser humano como um todo e não
conseguia fazer separações entre corpo, mente ou emoções, o que
era chocante para a ciência vigente, que separava o homem em
diversos departamentos estanques e incomunicáveis. A própria
medicina colocava o organismo como algo não organizado. Órgãos
como cérebro, fígado, pulmão, rins, coração etc. eram tratados
separadamente. E esta visão era estranha para mim. Por isso, me
afastei e comecei a desenvolver, há 47 anos, a minha filosofia de
trabalho, que depois veio a ser rotulada de neurolingüística, o que
achei muito gozado.

DM - Por que?
Nuno Cobra - Em 1978, eu dei uma palestra na qual algumas pessoas
chegaram para mim e disseram 'nossa, como o seu método é
holístico!'. Puxa, eu achei muito legal aquela palavra e pensei 'que
chique, eu sou profissional holístico'. Só que, 15 anos atrás, ganhei
novo rótulo. Algumas pessoas vieram com 'o seu método é
neurolingüístico', termo que eu nem entendia direito. Atualmente,
falam que o meu método tem a ver com Inteligência Emocional.
Então, eu parei de preocupar com isso porque vi que, em quando
época, ele troca de nome, de acordo com o modismo. Mas o que eu e
os meus discípulos fizemos sempre foi a mesma coisa, desde o início.

DM - No seu livro, você fala muito em Deus. Você é religioso?


Nuno Cobra - Não. Eu acredito em Deus, mas não tenho religião.
Aliás, uma das coisas que eu mais critico no homem é a religião. O
que a religião mais prega são os conceitos de pecado, da culpa e do
inferno, elementos muito agressivos que anulam a vida de seus
seguidores. Eu acredito que o homem é um ser maravilhoso, que tem
potencialidades para o bem e para o mal também. Evidentemente, ele
será aquilo que estimularem em sua vida. Por exemplo, quer povo
mais religioso que o norte-americano? No entanto, por motivos
comerciais e de vingança, eles querem bombardear o Iraque. Os
Estados Unidos já bombardearam o Afeganistão e mataram pessoas
infinitamente menos esclarecidas, que nem sabiam o que estava
acontecendo, já que não tinham televisão em suas casas, nem acesso
aos jornais. Então, onde está a religião deles? O mesmo acontece
com os católicos e protestantes na Irlanda do Norte. Com os judeus
não é diferente. Não entendo como os israelenses, que tanto já
sofreram por causa da intolerância, conseguem cometer tantas
atrocidades contra os palestinos. Se eu fosse Deus, daria o seguinte
conselho: 'pare de rezar, gente! Vocês fazem tanta iniquidade e só
ficam aí rezando? Não façam oferendas para mim depois, não, porque
eu vou ficar ofendido'. Acho muita falsidade pregar tanta coisa boa e
matar depois. Por sua vez, os palestinos, igualmente religiosos,
embora menos influentes mundialmente, trilham pelo mesmo caminho
da violência.

DM - Você diz que o homem deveria descobrir que é Deus e que ele é
perfeito. Não acha isso perigoso?
Nuno Cobra - Veja, o universo é perfeito e tudo funciona em
sincronismo. Não existe um milionésimo de fração de segundo errado
neste mundo. Tudo é perfeito. Então, se nós viemos dessa força,
podemos dizer que somos resultado de poeira de estrelas. Então, nós
também somos perfeitos e eu me baseio neste Deus quando digo que
o ser humano é perfeito.

DM - Você acredita que o ser humano está passando por um processo


de "involução"?
Nuno Cobra - Sim. Como o corpo é uma coisa só, acho que estamos
tendo a "involução" da parte física, mental e até espiritual. Por isso
existem tantos casos de estresse, de depressão, de angústia e de
ansiedade atualmente. A felicidade é uma reação química e, para que
ela aconteça, é fundamental que exista a saúde. Então, se o homem
não cuida do seu físico, provavelmente também não cuida de sua vida
emocional e é evidente que, assim, sua saúde não agüenta.

DM - Mas tem casos em que a pessoa, mesmo se cuidando, adoece.


Isso tem a ver com predisposição genética também, não acha?
Nuno Cobra - Sim, mas a maioria das doenças deste século é fruto de
razões emocionais e de maus hábitos em relação ao corpo. O que
acontece é que há muito marketing e política da doença. Por exemplo,
temos aqui no Brasil, como em outros diversos países, o famoso
Ministério da Saúde, que na verdade deveria se chamar Ministério da
Doença. Sua preocupação é só com medicamentos, leitos, hospitais e
médicos. Eu acho maravilhoso se preocupar com isso, mas dizer que
existe um ministro da saúde é um disparate. O ministro administra
muito bem a doença e nada faz de concreto pela saúde. A mesma
coisa acontece com os planos de saúde, que deveriam se chamar
planos de doença.

DM - Na sua opinião, como esta situação poderia ser mudada?


Nuno Cobra - A maioria das pessoas, 90% delas, não está doente.
Elas simplesmente precisam de um toque, de um carinho. Os médicos
de família conseguem perceber isso e vão além da medicina praticada
tradicionalmente. Eles conseguem ver o homem como um todo, como
alguém que corpo, sentimentos e mente. A medicina deveria dar mais
atenção ao ato de conversar amigavelmente com o paciente, de rir um
pouco com ele. O médico deveria fazer um teste: pegar uma pessoa
com a pressão alta e fazer a medição. Depois, em vez de despachá-
lo, tomar um cafezinho com ele, sem compromissos e, alguns minutos
depois, volta a medir a pressão do paciente. Tenho certeza de que ela
terá baixado de forma considerável.

DM -Você acredita em poder da mente e em auto-sugestão?


Nuno Cobra - Não. Mas o cérebro é uma máquina poderosa, só que
burra. Basta fazê-lo acreditar que o dia está lindo e maravilhoso para
ele fabricar e liberar hormônios da felicidade e da alegria. Se você
disser que está ruim, ele acredita. Quem acorda e dá valor ao dia e as
suas belezas dificilmente fica triste. Já pessoas que não conseguem
tirar algo positivo de nada facilmente são infelizes e,
consequentemente, adoecem.

DM - Você vê alguma semelhança entre o seu trabalho e de outros


como Lair Ribeiro, Padre Lauro Trevisan e Joseph Murphy,
conhecidos por pregar a cura pela mente?
Nuno Cobra - Quando você falou do Lair Ribeiro até me esfriou. Não
existe esta coisa que o Lair Ribeiro fala de que se você dormir com
alguns dólares debaixo do travesseiro, na semana seguinte estará
com uma conta bancária milionária. Isto é estupidez.

DM - Os escritores que adentram no mundo da auto-ajuda acabam


sendo vistos com desconfiança por alguns e comparações com os
autores citados há pouco são inevitáveis. Você tem medo de críticas?
Nuno Cobra - Eu sou a pessoa mais vacinada contra críticas. Aliás,
quando não vejo críticas sobre mim, me sinto mal. Por mais que ela
doa, é necessária. O segredo para não ficar machucado com
comentários ruins a seu respeito é saber que tudo o que foi escrito ou
dito sobre você não é nada é verdade.

DM - Teve algum fator em sua vida que o motivou a desenvolver seu


atual trabalho?
Nuno Cobra - Sim, aos nove anos eu tive depressão e só saí dela
quando descobri que não deveria dar tanta importância ao mundo,
que seria melhor eu ser menos preocupado e pensar menos nas
coisas. Eu era criança, muita tímida e muito introspectiva. Foi quando
descobri que a escola era uma estupidez. Desde então, percebi que a
escola deveria ser a primeira coisa a ser mudada neste país, porque
do jeito que está, só serve para desqualificar as pessoas.

O corpo é o caminho para se chegar ao espírito, à mente e ao


equilíbrio

DM - Houve algum motivo específico para sua depressão?


Nuno Cobra - Não, nada de especial. Ela simplesmente veio e até
meus 12 anos não me lembro de dizer para as pessoas que eu tinha
10 ou 11 anos. Esse foi um tempo muito ruim e triste, de difícil
compreensão. E a escola simplesmente não estava preparada para
tratar de assuntos que não fossem técnicos, mas da alma.

DM - Você realmente acredita na ineficácia das escolas?


Nuno Cobra - Isto é uma realidade. Eu gostaria muito que alguém me
dissesse onde é que existe educação numa escola.

DM - E qual seria a escola ideal?


Nuno Cobra - O problema é que o ensino no país é direcionado
somente para o mercado, com o objetivo de fazer o aluno render
economicamente. Mas esse sistema não ensina meios eficazes para
se formar um cidadão pleno, não mostra, por exemplo, como se faz
para alguém ser uma pessoa boa consigo mesma e com os outros. A
escola não ensina coisas básicas como a importância do sono, do
relaxamento, entre outras coisas. Existe a disciplina de Educação
Física, que educa o corpo e a mente ao mesmo tempo, mas ela é
muito desvalorizada no Brasil.

DM - A Educação Física seria uma solução?


Nuno Cobra - Nesta disciplina, existe o jogo, que é uma verdadeira
aula de sociedade. No basquete, por exemplo, temos a bola, que
simboliza aquilo que você mais ama. Quando a criança a tem em suas
mãos, é incentivada a passar a bola para o colega, um jogador que
está melhor colocado perto da sesta. Ela hesita um pouco, mas
quando repassa e o amiguinho consegue marcar, ambas pulam de
alegria e se enaltecem juntas, num verdadeiro ato de solidariedade
coletiva. No esporte, se ensina a importância dos relacionamentos, da
interação social e das regras, essenciais para se conseguir sucesso.
O esporte é assim, só que o governo não descobriu isso ainda. As
escolas como a temos devem existir sim, mas com outro formato, que
privilegie a formação física e emocional das pessoas. Do jeito que
está, só forma sedentários.

DM - E as escolas de Medicina, o que acha delas?


Nuno Cobra - Um desastre. Estas instituições formam um indivíduo
somente pelo lado técnico, esquecendo totalmente a parte humana. É
por isso que se tem na categoria média um alto índice de suicídios,
grande incidência de infartos, depressão, estresse e desequilíbrio
familiar. Com tudo isso junto, não existe escola mais horrorosa que a
de medicina.

DM - Você tem muito clientes médicos?


Nuno Cobra - Tenho seis.

DM - Quais são as principais queixas deles quando lhe procuram?


Nuno Cobra - Estresse, sobrepeso, dificuldade muito grande de
organizar a vida pessoal e social e sedentarismo. Eles também se
queixam que a profissão é muita sacrificante e exigente.

DM - Qual a sua opinião sobre o médico como indivíduo?


Nuno Cobra - É um coitado.

DM - Esta não é uma opinião muito animadora para os médicos...


Nuno Cobra - (Risos) Veja bem, só estou falando sobre o que vejo na
prática. Eu dedico um capítulo inteiro do meu livro ao sono, porque ao
acho extremamente importante para o equilíbrio do ser humano. E os
médicos não são muito exemplares neste assunto, o que os deixa
debilitados de corpo e de mente. Eu considero o médico um artista
especial que, infelizmente, a faculdade de medicina não sabe
aproveitar. O homem ou a mulher que nasce médico vem ao mundo
com a característica única de doação, de amor, de solidariedade. Ele
é algo diferente e por isso deveria ser melhor aproveitado. O médico é
aquele indivíduo que estará lá por mim e por você como último
recurso da vida, o que o torna extremamente diferente. Por isso, esse
talento deveria ser valorizado com mais qualidade de vida. O médico
deveria cuidar mais de si mesmo.
DM - E aqueles médicos que são obrigados a dar plantões?
Nuno Cobra - Mesmo assim é possível buscar o equilíbrio. O pouco
tempo que tiver para dormir, o faça na completa escuridão, sem
interferência de televisão ou música. Fora isso, no trânsito louco das
cidades, quando o carro estiver parado, estique as pernas, respire
adequadamente, faça um exercício de meditação, tente refletir sobre a
sua vida. E quando estiver fazendo alguma coisa, seja ela qual for, se
concentre somente naquilo. Quando estiver comendo, por exemplo,
não fique pensando em negócios ou em pacientes. Todos os sentidos
devem estar voltados para a alimentação. Um grande exemplo de
concentração era o Ayrton Senna. Quando ele começava um livro, ia
até o fim e só pensava naquele livro, sem se deixar levar por outros
pensamentos.
DM - Já que tocamos no nome do Ayrton Senna, acho
inevitável fazer uma comparação com o Rubinho
Barrichello. Os dois foram preparados por você mas
tiveram trajetórias bem diferentes. O primeiro é lembrando
como um ícone do sucesso, enquanto o segundo, bem,
como alguém que sempre está tentando chegar lá. Como
vê esta diferença, já que ambos aplicaram o mesmo
método em suas carreiras?
Nuno Cobra - Em primeiro lugar, você está esquecendo que eu só
trabalhei por um ano de dez meses com o Rubinho, quando ele ainda
era da Fórmula 3 e muito sedentário. Já com o Ayrton, a parceria foi
de mais de 10 anos. Essa é a primeira diferença. Segundo, quando o
Rubinho terminou o trabalho comigo, sua capacidade cardiovascular
dobrou. Outra coisa, não acho que podemos taxar o Rubinho como
um fracassado, porque ele é um verdadeiro vencedor. O problema é
que no Brasil, se você é o segundo colocado, é perdedor. Existe tanto
piloto na Fórmula 1 e assim mesmo ele consegue se destacar. Isso é
maravilhoso. Ele é uma pessoa com muita habilidade, mais até que o
Schumacher. Tanto que é ele quem prepara o carro para o
Schumacher (risos), o deixando passar na frente. Mas falando sério, o
acho o Rubinho um grande profissional.

DM - Você ensina as pessoas a serem felizes mas e você, é feliz?


Nuno Cobra - Eu também tenho muitos problemas, principalmente
porque tenho quatro filhos, uma mulher e três netos. Sempre me
preocupo com eles. Mas como me programei a vida inteira para não
levar as coisas a sério e ser mais alegre, sim, sou feliz.
DM -Trabalhar com a felicidade deve cansar também. O que faz para
relaxar quando está cansado?
Nuno Cobra - Veja, eu sou um apaixonado pela vida e pelo meu
trabalho.

DM - Você acabou de retornar de uma viagem ao México. Ficou um


mês fora. Estava de férias?
Nuno Cobra - É, eu fui com a minha família para uma praia do México.
Era um lugar afastado de tudo, quase isolado. Eu precisava
descansar um pouco, ficar longe do trabalho por um momento.

Esporte: Caminho para a felicidade

"O jogo é uma verdadeira aula de sociedade. No basquete, por


exemplo, temos a bola, que simboliza aquilo que você mais ama.
Quando a criança a tem em suas mãos, é incentivada a passá-la para
o colega, um jogador melhor colocado. Ela hesita um pouco, mas,
quando passa e o amiguinho consegue marcar, ambas pulam de
alegria, num verdadeiro ato de solidariedade coletiva. No esporte, se
ensina a importância dos relacionamentos, da interação social e das
regras, essenciais para conseguir sucesso. O esporte é assim, só que
o governo ainda não descobriu isso. As escolas precisariam assumir
um novo formato, que privilegiasse a formação física e emocional das
pessoas. Do jeito que estão, só formam sedentários."

Fonte:
http://www.dialogomedico.com.br/dialogo072003/web/entrevista/defaul
t.asp
"Diálogo Médico" Ano 18 N.º 7 - Março/Abril 2003 –

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