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Com ela, Hitler, sem recorrer a força militar, conseguiu a anexação da Áustria
e Tchecoslováquia ao Reich e a queda da França. Já quando Hitler estava
preso, ele começa a perceber que a propaganda seria uma grande arma, talvez
uma das mais eficientes, para seu futuro empreendimento. Uma propaganda
dirigida, às massas, ao povo. O impacto da política na rua em forma de
espetáculo visava diminuir os que se encontravam fora do espetáculo, segregá-
los, fazê-los sentirem-se fora da comunidade maravilhosa a que deveriam
pertencer. Percebe-se a importância da propaganda de espetáculos para a
manutenção do sistema, da ordem e do apoio popular, tão importante. Hitler,
pessoalmente, planejava suas entradas em cena, a decoração do local, as
canções a serem cantadas.
Era um ritual uma religião Hitlerista, onde ele fazia discursos grandiosos,
sempre contendo palavras fortes e encorajadoras como: ódio, força, esmagar,
cruel... Nos lugares para onde Hitler se deslocava sempre ia junto um
fotógrafo particular, que ficava de plantão. Se ele pegasse uma criancinha no
colo, era motivo para uma fotografia, possível propaganda a seu favor.
Ele também era uma pessoa muito carismática, ao ponto de seus generais
dizerem que era impossível olhar nos seus olhos sem desviar o olhar. Sua
figura, despertava, nas pessoas sentimentos de pura idolatria. Além dos
espetáculos populares deu-se grande ênfase ao cinema e a arquitetura, duas
artes que Hitler gostava, mas nunca conseguiu ser um expoente. Com relação
à arquitetura, ela deveria expressar a grandeza do regime, em grandes
construções que uniriam todo o povo.
Berlim, que seria a capital do império deveria ser símbolo da grandiosidade
deste império, através de suas grandiosas construções. Estas deveriam ser de
proporções gigantescas, feitas com o material mais resistente para que
resistissem ao tempo, como as grandes construções greco-romanas. O cinema
veio como um meio eficiente e moderno de se influenciar as massas.