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Colégio Adventista de Belo Jardim -PE– ANO 2008

COLÉGIO ADVENTISTA DE BELO JARDIM


PRIMEIRA OLIMPÍADA DA LÍNGUA PORTUGUESA

ALUNO (A):________________________________________________________________________ 7ª SÉRIE

INTERPRETAÇÃO – II FASE
Ø Leia com atenção o poema abaixo para responder às questões 01 e 02.

TEXTO I
Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

01- O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, relação de
oposição de palavras ou idéias. Assinale a opção em que essa oposição se faz claramente
presente.
(A) “Amor é fogo que arde sem se ver.”
(B) “É um contentamento descontente.”
(C) “É servir a quem se vence, o vencedor.”
(D) “Mas como causar pode seu favor.”
(E) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

02- O poema pode ser considerado como um texto:


(A) argumentativo.
(B) narrativo.
(C) épico.
(D) de propaganda.
(E) teatral.
TEXTO II

“... Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a
colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete requerem se 3 ou 4 operações diferentes; ...”

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas Causas. Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

TEXTO III

Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de1997

Primeira Olimpíada da Língua Portuguesa – 7ª série


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Ø Após leitura dos textos II e III responda as questões 03 e 04:

03- A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes afirmações:


I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual são submetidos os operários.
II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal.
III. Ambos contêm a idéia de que o produto da atividade industrial não depende do conhecimento
de todo o processo por parte do operário.

Dentre essas afirmações, apenas


(A) I está correta.
(B) II está correta.
(C) III está correta.
(D) I e II estão corretas.
(E) I e III estão corretas.

04- Quanto à estrutura dos textos nós temos:


(A) Os dois são narrativos;
(B) O texto II é narrativo e o III é dissertativo;
(C) Ambos são descritivos;
(D) O texto II é poético e o III investigativo;
(E) Os dois textos têm uma função social.

Ø Leia a narração abaixo e responda as questões 05 e 06

TEXTO IV
SENHORA (Fragmento)
Aurélia passava agora as noites solitárias. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa
qualquer para justificar sua ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também não contestava
esses fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema desagradável. Conhecia a moça que
Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez de coração não lhe consentia queixar-se. Além de que, ela tinha
sobre o amor idéias singulares, talvez inspiradas pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e, pois toda a afeição que lhe tivesse,
muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor a poupara à degradação de
um casamento de conveniência, nome com que se decora o mercado matrimonial tinha impulsos de adorar a
Seixas, como seu Deus e redentor. Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica dedicação, que
entretanto assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se
deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge. Esse
fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda
mais o da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que
monstros vão surgir nesses limbos.
ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8.

05- O narrador revela uma opinião no trecho


(A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.”
(B) “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”
(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...”
(D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...”
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...”

06- O narrador do fragmento acima é:


(A) Observador
(B) Personagem
(C) Indiscreto
(D) Poético
(E) Onisciente

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Ø Leia o texto abaixo e responda as questões 07 e 08

TEXTO V

A CIÊNCIA É MASCULINA?
Attico Chassot Editora Unisinos, RS (51) 590-8239. 104 págs. R$ 12.

O autor procura mostrar que a ciência não é feminina. Um dos maiores exemplos que se pode dar
dessa situação é o prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências foram laureadas em 202 anos de
premiação. O livro apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra biológica, para a possível superação do
machismo em frase como a de Hipócrates (460-400 a.C.) considerado o pai da medicina, que escreveu: “A
língua é a última coisa que morre em uma mulher”.
Revista GALILEU, Fevereiro de 2004

07- A expressão “dessa situação” (l. 2) refere-se ao fato de


(A) a ciência não ser feminina.
(B) a premiação possuir 202 anos.
(C) a língua ser a última coisa que morre em uma mulher.
(D) o pai da medicina ser Hipócrates.
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres.

08- A expressão “A língua é a última coisa que morre em uma mulher.” Que é encontrada no último
período do texto acima pode ser interpretada como sendo:
(A) Verdadeira
(B) Irônica
(C) Informativa
(D) De mau gosto
(E) Machista

Ø Leia o texto abaixo e responda as questões 09 e 10

TEXTO VI

HAVERÁ UM MAPA PARA ESTE TESOURO?

“Diversidade biológica” significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens,


compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os
complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre
espécies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica).
O Brasil, país de dimensões continentais, sabidamente possui uma enorme biodiversidade, sendo
definida como a maior do planeta. Possuir muito, e de diferentes fontes, ecoa aos nossos sentidos como ter à
disposição, ao alcance de todos, um grande tesouro. No entanto, todos sabemos que um grande tesouro
escondido em locais inacessíveis, ou mesmo localizado sob os nossos olhos, sem que tenhamos possibilidade
de enxergá-la, significa um grande sonho.... e sonhos não costumam tornar-se realidade... podem até evoluir
para pesadelos...
Assim, fica evidente que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial para dar suporte
a hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e servir de partida para projetos
que permitam a aplicação racional e sustentada dessa riqueza. Todos sabem que a pior atitude é “...matar a
galinha dos ovos de ouro...”. Portanto, precisamos saber de onde vêm os ovos, e como cuidar da galinha e
fazê-la reproduzir para que possamos transmitir essa riqueza como herança.

Regina Pakelmann Markus e Miguel Trefault Rodrigues. Revista Ciência & Cultura. Julho/agosto/setembro 2003. p. 20.

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09- O trecho “evoluir para pesadelos...” é um argumento para sustentar a idéia de que
(A) a biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável.
(B) a má utilização das riquezas naturais causa graves problemas.
(C) a reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouro é problemática.
(D) o maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos.
(E) o sonho alto das pessoas faz com que sofram muito.

10- A importância da pesquisa científica de acordo com o texto é imprescindível para:


(A) a industrialização do Brasil;
(B) a realização de um grande sonho, que é salvar a biodiversidade;
(C) a descoberta de novos medicamentos;
(D) dar suporte a projetos de aplicação racional e sustentada das riquezas nacionais;
(E) proteger o tesouro “biodiversidade nacional”.

TEXTO VII

11- O texto verbal e a imagem apresentam, com relação ao problema do desmatamento na


Amazônia, uma visão:
(A) Crítica
(B) Irônica
(C) Realista
(D) Pessimista
(E) Alienada
TEXTO VIII

Garoto Propaganda
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12- Acima é possível ver uma propaganda que apela através da:
(A) “superexposição” de um bebê;
(B) grande quantidade de tatuagens espalhadas pelo corpo da criança;
(C) falsa impressão deixada pelos idealizadores da propaganda.
(D) coerência entre o texto verbal (título) e o texto não-verbal (imagem);
(E) irreverência perceptível na imagem.

TEXTO IX

LUZ SOB A PORTA


— E sabem que que o cara fez? Imaginem só: me deu a maior cantada! Lá, gente, na porta de
minha casa! Não é ousadia demais?
— E você?
— Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho, quem ele pensou que eu era?
— Que eu fosse.
— Quem tá de copo vazio aí?
— Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente surdo?
(VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1998. p. 62.)

13- O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante


(A) escrupuloso em ambiente de trabalho.
(B) ajustado às situações informais.
(C) rigoroso na precisão vocabular.
(D) exato quanto à pronúncia das palavras.
(E) contrário ao uso de expressões populares.

14- Na estrutura do texto acima se sobrepõe:


(A) A narração;
(B) O diálogo;
(C) A descrição;
(D) Uma opinião;
(E) Uma tese.

TEXTO X

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o


propósito debaixo do céu”. Eclesiastes 3:1

15- O tema do versículo acima é:


(A) O conformismo;
(B) A luta pela sobrevivência;
(C) Que devemos esperar as providências divinas;
(D) que o ser humano deve ser paciente e aproveitar as coisas no seu devido tempo, pois as coisas
acontecerão sempre no momento certo;
(E) Não adianta lutar, pois nada vai acontecer antes do tempo certo.

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