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Que revolução?
Foi durante a Segunda Guerra Mundial e no período seguinte que se deram as principais
descobertas tecnológicas em eletrônica, o primeiro computador programável e o
transistor, fonte da microeletronica, o verdadeiro cerne da revolução da tecnologia da
informação no século XX. Porem, defendo que só na década de 70 as novas tecnologias
da informação difundiram-se amplamente, acelerando seu desenvolvimento sinérgico e
convergindo em um novo paradigma.
Esse sistema esse sistema tecnológico, em que estamos totalmente imersos nos anos 90,
surgiu nos anos 70. As descobertas básicas nas tecnologias da informação têm algo de
essencial em comum: embora baseadas principalmente nos conhecimentos já existentes
e desenvolvidas como uma extensão das tecnologias mais importantes, essas tecnologias
representaram um salto qualitativo na difusão maciça da tecnologia em aplicações
comerciais e civis, devido a sua acessibilidade e custo cada vez menor, com qualidade
cada vez maior. Podemos dizer q a Revolução da Tecnologia da Informação
propriamente dita nasceu na década de 70, principalmente se nela incluirmos o
surgimento e a difusão paralela da engenharia genética mais ou menos nas mesmas
datas e locais.
• Tecnologias da vida
Daí para frente, houve uma corrida para a abertura de empresas comerciais.
Dificuldades cientificas, problemas técnicos e obstáculos legais, oriundos de justificadas
preocupações éticas e de segurança, retardaram a louvada revolução biotecnológica
durante a década de 80. Um considerável valor em investimentos de capital de risco foi
perdido e algumas das empresas mais inovadoras foram absorvidas por gigantes
farmacêuticos.
Porém, no final da década de 80 e durante os anos 90, um grande impulso científico e
uma nova geração de cientistas ousados e empreendedores revitalizaram a biotecnologia
com um enfoque decisivo em engenharia genética, a tecnologia da vida verdadeiramente
revolucionaria nesse campo.
O forte impulso tecnológico dos anos 60 promovido pelo setor militar preparou a
tecnologia norte-americana para o grande avanço. A primeira Revolução em Tecnologia
da Informação concentrou-se nos Estados Unidos, e até certo ponto, na Califórnia nos
anos 70, baseando-se nos progressos alcançados nas duas décadas anteriores e sob a
influencia de vários fatores institucionais, econômicos e culturais. Mas não se originou
de qualquer necessidade preestabelecida Foi mais o resultado de indução tecnológica
que de determinação pessoal.
Será que esse padrão social, cultural e espacial de inovação pode ser estendido para o
mundo inteiro? Nossas conclusões confirmam o papel decisivo desempenhado pelos
meios de inovação no desenvolvimento da Revolução da Tecnologia da Informação:
concentração de conhecimentos científicos/tecnológicos, instituições, empresas e mão
de obra qualificada são as forjas da inovação da Era da Informação. Porém, esses meios
não precisam reproduzir o padrão cultural, espacial, institucional e espacial do Vale do
Silício ou de outros centros norte-americanos de inovação tecnológica, como o sul da
Califórnia, Boston, Seattle ou Austin.
O segundo aspecto refere-se à penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias. Como
a informação é uma parte integral de toda atividade humana, todos os processos de
nossa existência individual e coletiva são diretamente moldados (embora, com certeza,
não determinados) pelo novo meio tecnológico.
Em quarto lugar, referente aos sistemas de redes, mas sendo um aspecto claramente
distinto, o paradigma da tecnologia da informação é baseado na flexibilidade. Não
apenas os processos são reversíveis, mas organizações e instituições podem ser
modificadas, e ate mesmo fundamentalmente alterada, pela reorganização de seus
componentes.
Introdução
Uma nova economia, informacional e global, surgiu nas duas últimas décadas. É
informacional, porque a produtividade e a competitividade de unidades ou agentes
nessa economia dependem basicamente da sua capacidade de gerar, processar e aplicar
de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos. É global porque as
principais atividades produtivas estão organizadas em escala global, diretamente ou
mediante uma rede de conexões entre agentes econômicos. É informacional e global
porque a produtividade é gerada e a concorrência é feita em uma rede global de
interação.
Foi por meio do aumento da produção por unidade de insumo no tempo que a raça
humana conseguiu comandar as forças da Natureza. Os caminhos específicos do
aumento da produtividade definem a estrutura e a dinâmica de um determinado sistema
econômico. Se houver uma nova economia informacional, deveremos identificar as
fontes de produtividade que distinguem essa economia.
O aumento da produção por hora de trabalho não era resultado de adição de mão-de-
obra e apenas ligeiramente de adição de capital, mas vinha de outra fonte, expressa
como um residual estatístico em sua equação da função de produção. Economistas,
sociólogos e historiadores econômicos não hesitaram em interpretar o "residual" como
sendo correspondente a transformações tecnológicas. Nas elaborações mais precisas,
"ciência e tecnologia" eram compreendidas em sentido amplo: a tecnologia voltada para
o gerenciamento foi considerada tão importante quanto o gerenciamento da tecnologia.
Afirmar que a produtividade gera crescimento econômico e que ela é uma função da
transformação tecnológica equivale a dizer que as características da sociedade são os
fatores cruciais subjacentes ao crescimento econômico, por seu impacto na inovação
tecnológica.
Pode ser que a produtividade não esteja desaparecendo, e sim aumentando por vias
parcialmente obscuras em círculos em expansão. A tecnologia e o gerenciamento da
tecnologia poderiam estar se difundindo a partir da produção da tecnologia da
informação, telecomunicações e serviços financeiros, alcançando em grande parte a
atividade industrial e depois os serviços empresariais. Mas o quadro ainda é confuso,
pois no momento os dados são insuficientes para estabelecer uma tendência. Estes
podem servir de base para a compreensão da economia informacional, mas não
conseguem informar a história real.
Foi desse modo que a busca da lucratividade pelas empresas e a mobilização das nações
a favor da competitividade induziram arranjos variáveis na nova equação histórica entre
a tecnologia e a produtividade. No processo, foi criada e moldada uma nova economia
global que pode ser considerada o traço mais típico e importante do capitalismo
informacional.
Uma economia global é uma economia com capacidade de funcionar como uma
unidade em tempo real, em escala planetária. No final do século XX a economia
mundial conseguiu tornar-se verdadeiramente global com base na nova infra-estrutura,
propiciada pelas tecnologias da informação e comunicação. Essa globalidade envolve os
principais processos e elementos do sistema econômico.
As novas tecnologias permitem que o capital seja transportado de um lado para o outro
entre economias em curtíssimo prazo, de forma que o capital está interconectado em
todo o mundo. Os fluxos de capital tornam-se globais, e ao mesmo tempo, cada vez
mais autônomos vis-à-vis o desempenho real das economias.
A mais importante transformação subjacente ao surgimento da economia global diz
respeito ao gerenciamento da produção e distribuição e ao próprio processo produtivo.
O que é fundamental nessa estrutura industrial é que ela está disseminada pelos
territórios em todo o globo e sua geometria muda constantemente no todo e em cada
unidade individual. O mais importante elemento para uma estratégia administrativa bem
sucedida é posicionar a empresa na rede, de modo a ganhar vantagem competitiva para
sua posição relativa.
A empresa em rede:
Portanto podemos definir que o atual estágio do capitalismo é definido por alterações
causadas pelo informacionalismo, surgido a partir das mesmas necessidades que
norteiam até hoje a vida do capitalismo: espirito empresarial de acumulação, e o
constante apelo ao consumismo, e tudo isso acompanhado pela evolução tecnológica,
seja nas telecomunicações ou nos softwares; concorrência global de mercado, grau de
intervenção estatal; características das 3 ultimas que regem o coração da atual economia
mundial, ""empresa em rede"
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A transformação do trabalho e do mercado de trabalho:
Para o autor a distincao entre as economias dentro do processo historico deve ser visto
não como a distinção entre uma economia industrial e uma pos-industrial, mas entre
duas formas de producao industrial, rural e de servicos baseadas em conhecimentos. Em
outras palavras o conhecimento sempre foi e será imprescindivel na evolucao das
economias o que acontece e que o seu uso em diferentes epocas gera diferentes
processos economicos.
Ja a segunda afirmacao (b), o autor rebate com com o fato de que muitos servicos
dependem de conexao direta com a industria e tambem com a importancia da atividade
industrial no PNB dos países ricos.
Alem disso pra ele o conceito de servicos e ambiguo se nao erroneo ja que este conceito
abarca tudo o que nao é agricultura, mineracao, construcao, empresas de servicos
publico ou industria. Alem do que muitos processos cruciais da era da informacao não
permite a distincao entre "bens" e "servicos agregados" como por exemplo softwares,
agropecuária com base em biotecnologia dentre outros.
Para Manuel Castells e preciso se fazer um exame mais aprofundado no conteudo real
destas classificacoes antes de caracterizar o nosso futuro como uma republica da elite
instruida.
De 1920-70 e 1970-90 podemos ter uma distincao analitica entre os dois periodos
durante o primeiro período as sociedades em exame tornaram-se pos-rurais, enquanto
no segundo período elas tornaram-se pós-industriais. Ou seja houve queda do emprego
rural no primeiro caso e queda do emprego industrial no segundo.
Em seguida o autor faz uma analise na evolução historica do setor de servicos nesses
paises do G-7, essencial pra entendermos todo este processo.
O autor ressalta alguns pontos importantes da nova estrutura ocupacional dentre eles a
diversidade do emprego, dentro deste fator uma ressalva importante e a variação da
proporcao da mao-de-obra semiqualificada no setor de servicos principalmente nos
EUA, Canada e na Alemanha, bem menor no Japao, Franca e Italia, países que de certa
forma preservam mais as atividades tradicionais como a rural e comerciais. Isso se deve
ao fato do modelo norte-americano caminhar para o informacionalismo mediante a
substituicao das antigas profissoes pelas novas. O modelo japones tambem caminha
para o informacionalismo, mas segue um rota diferente: aumenta o número de novas
profissoes mas as antigas são redefinidas; ja os países europeus seguem um misto das
duas tendencias.
Por falar em tendencia uma certa aponta para o aumento do peso relativo das profissoes
mais claramente informacionais (administradores,profissionais especializados e
tecnicos), bem como das profissoes ligadas ligadas a servicos de escritorio em geral
(inclusive funcionários administrativos e de vendas).
Tendo primeiro falado da diversidade, Manuel Castells também aponta uma outra
tendência que é a maior presença de conteúdo informacional na estrutura ocupacional
das sociedades avancadas, apesar de seus sistemas culturais/sociais. Dessa forma o
perfil profissional das sociedades informacionais, de acordo com sua emergencia
historica, sera muito mais diverso que o imaginado pela visão seminaturalista das
teorias pós-industrialistas, direcionadas por um etnocentrismo norte-americano que nao
representa toda a experiencia dos Estados Unidos.
.o emprego industial continuara a declinar, embora em ritmo mais lento, sendo reduzido
aos elementos principais da categoria de artíficies e trabalhadores do setor de
engenharia. A maior parte do impacto da producao industrial sobre o emprego sera
tranferida aos serviços voltados para a industria;
Para o autor embora o capital flua com liberdade, o mesmo não acontece com a força de
trabalho mesmo havendo um mercado globalizado isto de deve muitas vezes a fatores
como xenofobia, cultura, política, dentre outros aspectos. Afirma ainda que no ano de
1993 por exemplo apenas 1,5% da força de trabalho global atuou fora de seu país que
deste total, metade estava na Africa subsaariana e no Oriente Medio.
Segundo o livro, há de fato, um mercado global para uma fracao minuscula da forca de
trabalho composta por profissionais com a mais alta especializacao. No texto o autor
apresenta diversos dados em diferentes paises e épocas mostrando que embora haja
problemas de imigração em diveros paises ricos, não significa que exista uma
globalizacao da forca de trabalho. Contudo, afirma o autor, há uma tendência histórica
para a crescente interdependencia da forca de trabalho em escala global por
Em cada um dos casos acima o autor traca as consequencias sobre a mao-de-obra global
dos investimentos de multinacinais e de capital em outros países. Assim, embora nao
haja um mercado de trabalho global unificado, ha na verdade, interdependencia global
da forca de trabalho na economia informacional.
Em resumo como tendência geral, não há relação estrutural sistematica entre a difusão
das tecnologias da informação e a evolução dos níveis de emprego na economia como
um todo. Empregos estão sendo extintos e novos empregos estão sendo criados, mas a
relação quantitativa entre as perdas e os ganhos varia entre empresas, indústrias, setores,
regiões e países em função da competitividade, estratégias empresariais, políticas
governamentais, ambientes institucionais e posição relativa na economia global.
O autor faz uma introdução dizendo que o crescimento dos investimentos globais não
parece ser o causador destruidor de empregos no Norte, ao mesmo tempo em que
contribui para a criação de milhoões de empregos nos países recém
industrializados.Todavia, o processo de transição histórica para uma sociedade
informacional e uma economia global é caracterizado pela deterioração generalizada das
condições de trabalho e de vida para os trabalhadores. Essa deterioraçào assume formas
diferentes nos diferentes contextos: aumento do desemprego estrutural na Europa;
queda dos salários reais; aumento da desigualdade, a instabilidade no emprego nos
Estados Unidos; subemprego e maior concentração de força de trabalho no Japão;
"informalização" e desvalorização da mão-de-obra urbana recém-incorporada nos países
em desenvolvimento; e crescente marginalização da força de trabalho rural nas
economias subdesenvolvidas e estagnadas. Para Castells essas tendências são resultado
da reestruturação atual das relações capital-trabalho, com a ajuda das poderosas
ferramentas oferecidas pelas novas tecnologias da informação e facilitadas por uma
nova forma organizacional: a empresa em rede.
E estas mesmas tendências apontam para uma maior desigualdade social onde ricos
ficam mais ricos e os pobres mais pobres assim estamos vivendo numa sociedade
dualizada com uma grande camada superior e também uma grande camada inferior,
crescendo em ambas as extremidades da estrutura ocupacional, portanto encolhendo no
meio, em ritmo e proporção que dependem da posição de cada país na divisão do
trabalho e de seu clima político. Mas, sem dúvida nenhuma - conclui o autor -, o
trabalho informacional desencadeou um processo mais fundamental: a desagregação do
trabalho, introduzindo a sociedade em rede.
O autor comeca se perguntanto de o porque de a televisao ter tido uma aceitacao tao
grande a ponto de tudo girar em torno dela...e ai utiliza teorias de varios estudiosos
como McLuhan segundo o qual a televisao criou uma nova Galaxia de comunicacao.
Para o autor a lei do minimo esforco parece ser plausivel pra explicar o motivo de tanta
aceitacao por parte da televisao ou seja as pessoas diante da tv nao precisam pensarem
pra assimilar o que ela transmite.
O impacto social da televisao funciona no modo binario:estar ou nao estar. Desde que
uma mensagem esteja na televisao, ela podera ser modificada, transformada ou mesmo
subvertida. Mas em uma sociedade organizada em torno da grande midia, a existencia
de mensagens fora da midia fica restrita a redes interpessoais,. portanto desaparecendo
do inconsciente coletivo.
A historia do Minitel
Castells diz o porque do Minitel ter feito tanto sucesso. Atras do sucesso do Minitel
havia duas razoes fundamentais: a primeira era o comprometimento do governo frances
com o experimento. A segunda era a simplicidade de uso e a objetividade do sistema de
faturamento bem-organizado que o tornaram acessivel e confiavel ao cidadao comum.
Depois de toda essa evolucao o sistema comeca a cair devido as limitacoes naturais
como meio de comunicacao. Sob o aspecto tecnologico o Minitel contava com uma
tecnologia de tranmissao e video muito antiga, cuja revisao poria um fim a seu apelo
basico como um dispositivo eletronico gratuito. Alem disso nao se baseava em
computadores pessoais mas em terminais burros, dessa forma limitando
substancialmente a capacidade autonoma de processamento de informacao. Sob o
aspecto institucional, sua arquitetura, organizada em torno de uma hieraquia de redes de
servidores, com pouca capacidade de comunicacao horizontal, era muito inflexivel para
uma sociedade culturalmente sofisticada como a francesa, visto que havia novas esferas
de comuinicacoes alem da Minitel. A solucao obvia adotada pelo sistema frances foi
oferecer a opcao paga de ligar-se a internet em ambito mundial. Com isso, o Minitel
ficou dividido internamente entre um servico de burocratico de informacao, um sistema
de servicos empresariais em rede e uma entrada subsidiaria para o vasto sistema de
comunicacao da constelacao da internet.
A constelacao da Internet
O autor enumera ainda os produtos tecnologicos oriundos nessa nova cultura que ele
chama de contracultura como o surgirmento do modem, correio eletronico e por ai vai!
A sociedade interativa
O autor tenta tracar o perfil do internauta com base em pesquisas feitas nos Estados
Unidos e Europa e segundo estas pesquisas o usuarios sao pessoas bem instruidas e de
maior poder aquisitivo dos paises mais instruidos e mais ricos e, frequentemente nas
areas metropolitanas e maiores e mais sofisticadas.
Embora a internet pareca ser menos penetrante do que a grande midia, tudo tem leva a
crer que a sua expansao se dara rapidamente e nao so na elite como em todas as classes
sociais.
Castells analisa ainda o impacto que essas mudancas trazem para a nossa cultura como o
fato da pessoa se sentir mais a vontade mandando um email anonimo do que conversar
pessoalmente com uma pessoa.
Para o autor nao se trata de dizer se um sistema multimidia vai ser analisado ou
nao(sera) mas quando, como e sob quais condicoes nos diferentes paises, porque o
significado cultural do sistema sera profundamente modificado pelas caracateristicas do
momento e pela forma da trajetoria tecnologica.
Finalmente, talvez a caracteristica mais importante da multimidia seja que ela capta em
seu dominio a maioria das expressoes culturais em toda a sua diversidade. Seu advento
e equivalente ao fim da separacao e ate da distincao entre midia audiovisual e midia
impressa, cultura popular e cultura erudita, entretenimento e informaca, educacao e
persuasao. Todas as expressoes culturais, da pior a melhor, da mais elitista a mais
popular, vem juntas nesse universo digital que liga, em um supertexto historico
gigantesco, as manifestacoes, passadas e futuras da metne comunicativa. Com isso, elas
constroem um novo ambiente simbolico. Fazem da virtualidade nossa realidade.
O autor usa ate da definicao do dicionario das palavras real e virtual pra mostrar que na
verdade nao existe muita diferenca entre real e virtual e a influencia de um sobre o outro
e um verdadeiro binomio tal que a televisao e a nossa realidade.
O espaco de fluxos
Introducao
Espaco e tempo sao as principais dimensoes materiais da vida humana. vamos analisar o
espaco e o tempo nao sob o aspecto fisico mas o significado social do espaco e do
tempo.
O autor analisa o fluxo de capital e de servicos avancados por diversas regioes e paises,
mostrando como tem ocorrido essa descentralizacao, concluindo entao que a dita cidade
global nao se trata de um lugar mas um processo. Um processo por meio do qual os
centros produtivos e de consumo de servicos avancados e suas sociedades auxiliares
locais estao conectados em uma rede global embora, ao mesmo tempo, diminuam a
importancia das conexcoes com suas hinterlandias, com base em fluxos de informacao.
Mas como esta nova ordem afentarao as cidades? Dados dispersos parecem indicar que
os problemas de transporte, em vez de melhorar, piorarao porque o aumento das
atividades e a compressao temporal possibilitados pela nova organizacao em rede
transforma-se em maior concentracao de mercados em certas areas e em maior
mobilidade fisica de uma forca de trabalho, antes confinada a seus locais de trabalho
durante o expediente.
Desta forma a comunicacao mediada por computadores esta se difundindo pelo mundo
todo, embora apresente uma geografia extremamente irregular, assim, alguns segmentos
das sociedades de todo o globo, invariavelmente concentrados nos estratos superiores
das sociedades, interagem entre si, reforcando a dimensao global do espaco de fluxos.
Contudo nao ha duvida de que o layout da forma urbana passa por grande tranformacao.
Mas esta transformacao nao segue um padrao unico, universal: apresenta variacao
consideravel que depende das caracteristicas dos contextos historicos, territoriais e
institucionais.
Assim como a cidade industrial nao foi uma copia de Manchester, a cidade
informacional nao sera uma copia do Vale do Silicio, apesar disso algumas
caracteristicas transculturais predominam entre as cidades, o autor defende que a cidade
informacional nao e uma forma mas um processo, um processo caracaterizado pelo
predominio estrutural do espaco de fluxos.
O autor faz um relato de como tem surgido cidades bastantes peculiares nos Estados
Unidos devido a era da informacao sao cidades com: muito espaco pra aluguel de
escritorios, tenha mais empregos do que dormitorios, seja percebido pela populacao
como um lugar, nao parecesse com uma cidade trita anos atras. E o que Joel Garreau
captou em areas ao redor de Boston, Nova York, Detroit, Atlanta, Phoenix,Texas sul da
California e chamou de Edge City.
Traca as diferencas entre o espaco das cidades europeias das americanas de maneira
geral a primeira se mostra mais conservadora em relacao a mundancas apresentando um
centro urbano que conserva a sua historia, por outro lado tem surgido novas areas de
uma populacao mais jovem que nao consegue dinheiro pra entrar mo espaco mais
urbano e acabam vivendo em periferias bem diferenters das americanas e verdade. O
suburbio europeu por incrivel que pareca ainda representa o local tanto da producao
industrial tracional como das novas industrias de alta tecnologia.
O fator decisivo dos novos processos urbanos, na Europa e em outros lugares, e o fato
de o espaco urbano ser cada vez mais diferenciado em termos sociais, embora esteja
funcionalmente interrelacionando alem da proximidade fisica.
Espaco e a expressao da sociedade. Uma vez que nossas sociedades estao passando por
transformacoes estruturais, e razoavel sugerir que atualmente estao surgindo novas
formas e processos espaciais.
Este e um capitulo bastante teorico senao confuso e de nao facil assimilcao, para o autor
o espaco de fluxos pode ser descrito pela combinacao de tres camadas que juntas
constituem o espaco de fluxos sao elas:
O autor analisa a arquitetura sob o ponto de vista do espaco de fluxos e chega e mostra
alguns casos particulares onde esta relacao esta muito inimamente ligada como a
restauracao de uma estacao de metro na Espanha ou a construcao de um aeroporto
tambem neste pais onde passageiros tem a impressao de estarem sozinhos dada o design
do local sozinhos quer dizer: nas maos unicamente da compahia aerea.
É comum observarmos hoje que programas cada vez mais sofisticados comandam as
tomadas de decisões econômicas, sendo alinhadas com fusos horários diferentes para
possibilitarem em tempo real, seja qual for a parte do mundo, o ganho da empresa.
Nesse contexto é que a "empresa em rede" vivência o tempo não como uma maneira
cronológica de produção em massa, mas sim como algo a ser processado e utilizado
como termômetro de suas inovações. Exemplos: o ajuste das empresas às novas
necessidades do mercado em um curto intervalo de tempo; a contratação de
profissionais cada vez mais flexíveis, ou seja, capazes de direcionar bem suas horas de
trabalho, e ainda a diminuição no tempo de serviço dos funcionários, bem como a
contratação de mais mão-de-obra para distribuição das horas de produção diária.
No ponto de vista das guerras, conforme os aparatos bélicos foram evoluindo com
armas nucleares e demais meios de destruição em massa, mais difícil se tornou o
confronto armado entre as nações desenvolvidas que passaram a ver as guerras do
seguinte ponto de vista: menor numero possível de mortos, utilização somente de um
exército profissional, um conflito rápido, longe dos olhos da mídia e com o menor gasto
possível. Para a sociedade informacional que visa o lucro, as guerras a muito deixaram
de ser lucrativas, a não ser quando as potências exploro conflitos menores, dentro de
nações menos desenvolvidas, funcionando agora como fornecedores, sem perdas
humanas e com muitos ganhos financeiros.