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A Aplicação do novo Modelo É reconhecido o investimento humano e financeiro

de Auto-Avaliação de que tem vindo a ser realizado na nossa, e em


Bibliotecas Escolares todas as Bibliotecas Escolares.
Metodologias de
Tal assenta no pressuposto da sua contribuição
operacionalização - I
essencial para o sucesso educativo enquanto
recurso fundamental para o ensino e para a
aprendizagem.
Vários estudos e práticas internacionais demonstram a relação clara
entre a qualidade do trabalho da e com a BE e os resultados escolares
dos alunos.

O novo Modelo de Auto-Avaliação das BEs deve estar contextualizado e ancorado


na Escola e no diálogo que a Biblioteca tem de estabelecer com ela e com a
comunidade, afastando-se da avaliação do desempenho e até da satisfação dos
utilizadores apesar de poder usar alguns indicadores que se lhes ligam,
nomeadamente:

● Processo Pedagógico de melhoria de qualidade


● Abordagem essencialmente qualitativa
● Indicadores de performance
● Noção de valor.

Cada Domínio possui indicadores temáticos que se concretizam em diversos


factores críticos de sucesso

Os indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em cada domínio e


permitem a aplicação de elementos de medição.

Os factores críticos de sucesso são exemplos de situações, ocorrências e acções que


operacionalizam o respectivo indicador.

Para cada indicador deverá proceder-se à recolha das evidências que irão suportar a
avaliação.

Finalmente, para cada indicador deverão ser apresentadas as acções para a


melhoria, ou seja, sugestões de acções a implementar no caso de ser necessário
melhorar o desempenho da BE em campos específicos.

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B. Leitura e Literacia

B1 Trabalho da BE ao serviço da Promoção da Leitura (indicador de


processo)

B2 Trabalho Articulado da BE com Departamentos e Docentes e com o


exterior no âmbito da leitura

A Biblioteca Escolar proporciona informação e ideias para sermos bem


sucedidos na sociedade actual, baseada na informação e no conhecimento

A Biblioteca Escolar desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao longo


da vida e estimula a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis.

In, Manifesto da Biblioteca Escolar


Aprovado pela UNESCO
Novembro, 1999
O que se pretende avaliar?

• A colecção: qualidade, quantidade e adequação.



Actividades de promoção da leitura (de forma sistemática)
Passatempos (efemérides e personalidades)
• Guiões de Leitura (mensalmente)
• Concursos de Leitura, de Literatura, de Poesia (desenvolver a oralidade e a escrita)
• Actividades de promoção de leitura informativa
• Convite a escritores/autores

• Contadores de Histórias

• Articulação com actividades do PNL

• Articulações com a Câmara /BM

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• Articulação

Recolha de Evidências:

• Questionários aos professores representantes dos Departamentos


• Questionários aos alunos
• Estatística de ocupação para leitura informal
• Estatística de requisição domiciliária
• PAA da BE
• Actividades desenvolvidas: Passatempos/ Concursos
• Semana da Leitura
• Feiras do Livro

• Actividades: Convites a autores e contadores de Histórias


• A Leitura e Literacia constam como meta no P. E. e Curricular em articulação
com a BE
• A BE favorece a existência de ambientes de leitura ricos e diversificados
fornecendo livros ou outros recursos às salas de aula

E a nossa Biblioteca?

• Articula com Departamentos, professores e alunos na planificação e


desenvolvimento de actividades educativas e de aprendizagem?

• Desenvolve um programa de literacia da informação, integrado no


desenvolvimento curricular?

• Promove competências de leitura?

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• Possui organização e equipamento de acordo com os standards definidos,
facultando condições de acesso e de trabalho individual ou em grupo?

• Disponibiliza recursos de informação, em diferentes ambientes e suportes,


actualizados e em extensão e qualidade adequadas às necessidades dos
utilizadores?

• Estimula e promove a cultura?

• É repositória da memória da Escola e do meio?

A Auto-Avaliação permitirá dar resposta a estas questões e deve ser encarada como
um processo pedagógico e regulador inerente à procura de uma melhoria
contínua

É através de Instrumentos de recolha de evidências, tais como: questionários, registos de


observação, Checklists, análise dos trabalhos dos alunos, outra documentação,
planificações, estatísticas, materiais de apoio produzidos, outros registos que podemos vir
a fundamentar a nossa Avaliação.

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Assim, a Auto-Avaliação processa-se através de um trabalho de recolha de dados e
Evidências tanto através de documentos elaborados para o efeito (ex. questionários)
quanto através da prova dos materiais / trabalho produzido ao longo do ano.

Quadro Síntese

Indicadores Factores Recolha de Pontos Fortes Pontos Fracos Acções para


Críticos de Evidências melhoria/Exem-
Sucesso plos

B 1 Trabalho da A BE apresenta Estatísticas Colecção Realizar uma


BE ao serviço uma colecção Registos de variada e avaliação
da Promoção variada e actividades / adequada periódica da
da Leitura adequada aos projectos colecção
gostos,
Questionário Inventariar
interesses e
necessidades aos professores necessidades
dos utilizadores Questionário
aos alunos
A BE identifica
novos públicos e
adequa a sua
colecção e as
práticas às
necessidades
desses públicos
(EE, CEF…)

A BE está
informada
relativamente às
Apesar de
linhas de
orientação e contarmos com
actividades um número
propostas pelo considerável de

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PNL e exemplares
desenvolve as para o 2ºciclo o
acções mesmo não se
implicadas na aplica ao 1ºciclo
sua
implementação.

B2 Trabalho A leitura e Projectos e Sensibilizar a


Articulado da literacia actividades escola para a
BE com constam como comuns importância da
Departamentos meta no Proj. realizados leitura como
e Docentes e suporte e
Ed. e Curricular neste âmbito
com o exterior, progressão das
no âmbito da em articulação aprendizagens
leitura com a BE. Pouco interesse
manifesto pelos
A BE favorece a Materiais de docentes na
existência de apoio produção de
ambientes de produzidos e trabalhos de
leitura ricos e editados investigação
diversificados Assim, como Trabalhar
fornecendo denúncia de articuladamente
dom
livros ou outros Questionários pesquisas
departamentos e
recursos às aos docentes demasiado docentes
salas de aula. Questionários generalizadas
aos Pais

Como podemos fazer?

A avaliação domínio/subdomínio, realizada vai articular-se, em cada os perfis de


desempenho que caracterizam o que se espera da BE.

Note-se que, na maioria dos casos, esse desempenho não depende da acção
isolada da própria BE, estando envolvidos outros actores, como os órgãos de
administração e gestão e os docentes em geral, pelo que a avaliação da
Biblioteca acaba, por envolver e implicar toda a Escola.

Na caracterização dos perfis de desempenho existe uma escala de quatro níveis


que considerei ser a que melhor corresponde aos propósitos da auto-avaliação: fomentar
a reflexão construtiva e contribuir para a procura da melhoria, através da
identificação de estratégias que permitam atingir o nível seguinte.

Os descritores retratam o padrão de execução da BE em cada um dos níveis.

O relatório final de auto-avaliação é o instrumento que descreve os resultados da


auto-avaliação e que delineia o conjunto de acções a ter em conta no planeamento
de actuações a desenvolver.

Pretende dar uma visão holística do funcionamento da BE e ser um instrumento de


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sistematização e de difusão de resultados a ser apresentado junto dos órgãos de gestão e
de decisão pedagógica.

Deve originar uma súmula a incorporar no relatório de auto-avaliação da escola.

Deve orientar o professor bibliotecário na entrevista a realizar pela Inspecção-Geral de


Educação.

O Relatório Final encontra-se estruturado em três secções:

Secção A – Destina-se à apresentação da avaliação do domínio que foi objecto


de avaliação.
Secção B – Destina-se a apresentar informação acerca do perfil de desempenho da BE
nos domínios que, não sendo objecto de avaliação nesse ano lectivo, testemunham
o seu desempenho nas diferentes áreas de funcionamento da BE.
Secção C – Visa um resumo que forneça uma visão global, recorrendo a um quadro
síntese dos resultados obtidos e das acções a implementar.

Considerei dois níveis de actuação:

1º Nível:
● Conhecer o que fazemos
● Planear para o desenvolvimento
● Melhorar o perfil de desempenho
● Perspectivar a mudança

2º Nível:
● Contribuir para o reconhecimento da BE
● Melhorar políticas da BE

A aplicação do modelo de Auto-Avaliação requer uma determinada sequência


de processo pelo que a sua planificação é muito importante. Proponho as
seguintes linhas gerais de aplicação:

Selecção formal do domínio

Selecção / elaboração dos documentos de recolha de informação e evidências


Aplicação dos Questionários, tanto a alunos como a professores e respectivo tratamento
de dados.
Reflexão e análise sobre dados recolhidos, evidências, etc.
Redacção do documento final
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Apresentação, discussão e aprovação em CP
Definição conjunta de estratégias de melhoria
Comunicação de resultados dentro e fora da escola

Calendarização

Dezembro (1º período)

Fazer um Diagnóstico para escolher o Domínio


Escolher o Domínio a avaliar
Analisar com atenção o Domínio e o Subdomínio
Recolher todos os dados relativos às actividades de Leitura

– Apresentação do Modelo de Auto-Avaliação ao CP e divulgação respectiva.


- Decisão / confirmação do Domínio a avaliar.

Janeiro (2º período)

Aplicar os instrumentos: Inquéritos/questionários relativos ao subdomínio


Tratamento de dados
Continuar a recolher evidências relativas às actividades de Leitura

- Selecção dos instrumentos a utilizar para recolha de evidências


- Selecção dos alunos a observar

Fevereiro (2ºperíodo)

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Aplicar os instrumentos: Inquéritos/questionários relativos ao subdomínio
Tratamento de dados
Continuar a recolher evidências relativas às actividades de Leitura

- Aplicação da 1ª fase de questionários

Março / Abril (2º período)

Aplicar os instrumentos: Inquéritos/questionários relativos ao subdomínio


Tratamento de dados
Continuar a recolher evidências relativas às actividades de Leitura

- Tratamento e análise dos dados obtidos

Maio (3º período)

Concluir a recolha de evidências


Iniciar a apresentação de resultados
Analisar o perfil de desempenho da BE
Fazer um quadro síntese
Elaborar um relatório final

- Aplicação da 2ª fase de questionários


Junho (3º período)
Concluir a recolha de evidências
Iniciar a apresentação de resultados
Analisar o perfil de desempenho da BE
Fazer um quadro síntese
Elaborar um relatório final

- Tratamento e análise dos dados obtidos


- Preenchimento dos quadro-síntese
- Elaboração do perfil da BE

Julho (3º período)

Concluir a recolha de evidências


Iniciar a apresentação de resultados
Analisar o perfil de desempenho da BE
Fazer um quadro síntese
Elaborar um relatório final

- Elaboração do relatório de auto-Avaliação.


- Apresentação dos resultados em C. Pedagógico
- Definição de estratégias para melhoria dos pontos fracos (a incluir no PA do
próximo ano lectivo)
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- Setembro:

– Divulgação dos resultados à comunidade escolar.

A avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um processo que
deverá conduzir à reflexão e deverá originar mudanças concretas na prática.

Os exemplos de acções para a melhoria e os próprios factores críticos de sucesso


apontam pistas importantes, mas em cada caso a auto-avaliação, através da recolha de
evidências, ajudará cada escola/ BE a traçar o rumo que deve seguir com vista à
melhoria do seu desempenho.

in Modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar


Rede de Bibliotecas Escolares
Nov., 2009

Trabalho realizado por Filipa Beaumont, 27 de Novembro de 2009

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