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Justiça criminal clássica. Justiça CONFLITIVA – processo conflitivo -> antigo modelo processo
penal – devido processo legal. ----- Juiz X réu, a vítima foi neutralizada, esquecida. Relação
angular, não triangular. Vitimização secundária = vítima diante do criminoso, vítima perante a
justiça criminal. Pouca atenção à reparação dos danos. Morosidade, prescrição. Corrente
punitivista clássica. Efeito preventivo da pena: a aplicação da pena reduziria a criminalidade.
Modelo que não funciona bem. Até 1995.
Modelos alternativos
Modelos de consenso:
1. Justiça Reparatória: Terceira via de Roxin – duas vias clássicas (Pena e Medida de
segurança). Terceira via (reparação dos danos). Dar efeito penal para quem repara os
danos, concorrendo com a pena ou até substituindo a pena. Vitimologia (desde a
década de 40 na Europa) reivindicava que o direito penal não podia ignorar a vítima.
Triângulo: Justiça, Réu e Vítima
a. Não consensuada: não existe acordo. Só o Direito Penal. Ex.: Art 16 do CP.
Reparação dos danos. Está limitada ao Direito Penal. Ex.: Crimes Tributários,
por extensão Crimes Previdenciários, a reparação dos danos extingue a
punibilidade. Decisão do Supremo 2003 HC 81.929-0 entende que nos crimes
tributários, se pagar extingue a punibilidade, a qualquer tempo (antes da
denúncia, durante o processo, após a coisa julgada etc). Atenção: Não há
acordo.
b. Consensuada: existe acordo.
i. Juizados Criminais 9099/95. Finalidade precípua: reparação dos danos.
Depende de acordo. Abriu-se um novo devido processo legal, distinto
do modelo antigo.
ii. Suspensão condicional do processo. Art 89 da 9099/95. Também
depende de acordo.
iii. Acordo de leniência: só para os crimes econômicos. Lei 8137.
Cumprido o acordo, extingue-se a puniblidade, se houver processo,
encerra.
iv. Termo de ajustamento de conduta (ou termo de compromisso
ambiental): doutrina dominante, este acordo tem reflexos penais
benéficos (extingue punibilidade, etc). jurisprudência: STF e STJ – o
TAC não tem reflexos penais, não impede a ação penal. TJMG – tem
efeitos penais, se fez acordo, promotor não pode denunciar. Tema
controverso.
v. Crimes de trânsito: Antes da lei seca (11705/08) – 1 crime fora
(homicídio); 3 crimes (parágrafo único do 291) em regime especial
(cabem as medidas dos juizados) (embriaguez, racha, lesão corporal
culposa) e vários crimes com < 2 anos (juizados). Depois da Lei seca –
acabou com o parágrafo único do 291; Homicídio não vai para
Juizados, embriaguez não cabe mais juizados, não admite transação
(embriaguez voltou à Justiça conflitiva) *art 306 exige > 0,6
decigramas de álcool por litro de sangue erro do legislador, pois
como vai provar a taxa se ninguém é obrigado a constituir prova
contra si mesmo, não cabe nem flagrante pois a taxa é um requisito
típico.; racha agora vai pro Juizado (menor que 2 anos); demais
continuam com Juizados; Lesão corporal culposa: regra- Juizados
(Exceções- quando está bêbado, no caso de racha, excesso de
velocidade ::: embora a pena não passe de 2 anos).
vi. Drogas: usuário (art 28 da lei de drogas) – é infração penal dos
Juizados, somente penas alternativas.
*OBS. Lei Maria da Penha (não admite consenso, não aplica a lei dos Juizados:
art. 41 -> é uma lei do microsistema jurídico protetivo), Crimes militares (não
tem consenso) e Estatuto do Idoso (quando o idoso é vítima, aplica-se
somente o procedimento dos Juizados).
3. Justiça Negociada:
1- Sistema do livre convencimento: a liberdade não é absoluta. Tem que valorar a prova
motivadamente e racionalmente. Os atos do juiz sofrem controle pelas partes
(recursos). É a regra no Brasil.
2- Sistema da prova legal: Eficácia da prova é dada pelo legislador. Tempo em que não se
confiava no Juiz. Não há mais.
3- Sistema da íntima convicção: não motiva/exterioriza as razões. No Brasil, vale para o
júri.
Prova colhida na fase policial pode ser usada se ratificada em juízo (com contraditório).
Ex.: se o furto foi qualificado, mas só foi provado na investigação, mas a qualificadora não foi
ratificada em juízo (não conseguiu provar em juízo, com contraditório), o juiz só poderá
condenar pelo furto simples.
- Não repetíveis: impossível repetir por causa de fatos imprevisíveis. Na medida do possível,
contraditório diferido. ex.: morte de testemunha
Art. 156.
Todas as vezes que houver dúvida sobre o crime, sobre a tese da defesa etc: in dubio pro reo.
Expresso no 386 VI. Ou seja, compete ao MP provar a alegação e deixar indiscutíveis também
todas os outros pontos.
156 II, o juiz tem poderes instrutórios (de fazer prova), mas é poder complementar (somente
quando houver dúvida, tem que motivar a determinação da prova (garantir a imparcialidade
do juiz e a objetividade do processo).
156 I, O juiz não tem poderes investigatórios. ADIN 1570 (art 3° lei do crime organizado –
inconstitucional). Segundo LFG, o inciso I não é válido (determinar provas de ofício). Tema
controvertido. ADIN 3450, PGR, sobre de oficio na lei de interceptação telefônica.
Princípio da verdade processual. Para alcançar a verdade real há uma limitação no devido
processo legal. Art 5° LVI. Inadmissibilidade da prova ilícita.
Prova ilícita: obtidas em violação a normas constitucionais e legais. Obtenção da prova (fora
do processo) é diferente da produção da prova (dentro do processo).
Prova ilegítima – viola uma regra processual. Produção. Sistema Nulidade (prova fica nos
autos, mas o juiz na hora de valorar, o faz como nulo. Tem que ser repetida)
Prova ilícita – viola uma regra material. Obtenção. Sistema Inadmissibilidade (não pode ser
juntada aos autos. Tem que ser excluída)
Aula 3 – Júri
Legislação do código nazifascista italiano é importado para o CPP brasileiro. Não era efetivo
para o que se propunha, visto que os jurados tinham que expressar tecnicamente, isto fazia
com que houvesse muitos recursos aos tribunais e estes são mais facilmente controlados.
Aspectos gerais: voluntariedade (a parte que recorre tem interesse na modificação de uma
decisão), não se pode falar em recurso de ofício.
Art 574. Fala em recurso de oficio, mas deve ser interpretada como “reexame necessário”
(duplo grau de jurisdição obrigatório). Hipóteses: I- habeas corpus, II- absolvição sumária, art
746. Reabilitação, absolvição em crimes contra economia popular art 7°.
Sumula 423 STF: não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso ex officio que
se considera interposto ex lege.
Nas relações autônomas (habeas corpus, mandado de segurança) instala-se nova relação
processual. Nos recursos, esta relação é a mesma.
Condições de admissibilidade:
Pressupostos de admissibilidade:
Reformatio in pejus: se somente o réu recorrer, a sua situação não pode ser agravada. Exceção
é da decisão do júri, pois impera a soberania dos vereditos.
Reformatio in mejos: em recurso impetrado pelo MP, pode o tribunal inclusive decidir em
desfavor à acusação.
Efeito extensivo do recurso: 580. O co-réu que não recorreu pode ser beneficiado pelo recurso
do outro réu, mas apenas se não for fundamentado em motivos personalizados.
Recursos em espécie:
Premissas:
Princípios
1- Proporcionalidade:
a. Distinção necessária- diferente da razoabilidade (surgida na Inglaterra
1948) como princípio da manifesta irrazoabilidade. Uma decisão é
irrazoável quando nenhum administrador razoável a tomaria.
b. Origem histórica do princípio da proporcionalidade- caso das farmácias
Alemanha (proporção entre número de farmácias por número de
habitantes) – precedente em que se discute em que hipóteses o Estado
pode intervir nos direitos fundamentais. Atenção: não se fixa neste caso a
chamada stuffen theorie (teoria dos degraus)
c. Elementos da proporcionalidade-
Crise da lei: direito administrativo ter como normas condutoras normas constitucionais e atos
normativos do executivo e sumulas do judiciário
Métodos:
Deduzir.
Segurança jurídica. Estabilidade. Certeza. Não mutação casuística do regime jurídico. Confiança
legitima compartilhada.
Boa fé objetiva. Não basta ao agente público agir segundo a boa fé subjetiva, é preciso que
haja de boa fé objetiva, seu padrão de comportamento deve ser o esperado pela sociedade.
Evolução
Teoria da Irresponsabilidade.
Teoria da responsabilidade.
A atividade do Estado gera constante risco ao particular. Atuação no Estado gera benefícios a
todos, portanto deve ser partilhado o ônus dos danos. Na responsabilidade objetiva o Estado
responderá quanto na atuação ilícita, quanto na atuação ilícita.
Risco Integral – ainda que haja excludente de responsabilidade do Estado, o mesmo não pode
invocá-la. Aplica-se no Brasil o risco integral quando o dano vem de atividades NUCLEARES
(alguns autores também suscitam o dano ao meio ambiente) (outra corrente crescente diz que
quando o dano decorrer de atividades de guerra ou terrorismo a companhias aéreas deve
utilizar a teoria do risco integral).
A responsabilidade objetiva também alcança as entidades de direito privado prestadoras de
serviços públicos.
Dano indenizável: dano jurídico (não necessariamente dano econômico), lesão a direito.
Direito de regresso. Direito de cobrar do autor direto do dano o ônus que teve que pagar.
Deve haver culpa ou dolo do agente. Não é possível que a vítima demande judicialmente
contra o agente diretamente, apenas contra o Estado.
Aula 3 – Servidores públicos e o regime próprio de previdência dos servidores titulares de
cargos efetivos.
2) Os regimes previdenciários
2.1) O RGPS – Regime geral de previdência social: setor privado. Art 201 CF. INSS. Duas
leis (Lei 8.212/91 – Plano de custeio do RGPS) (Lei 8.213/91 – Plano de benefícios do
RGPS)
2.2) O RPPS – Regime próprio de previdência social: art. 40 CF. (aos servidores titulares
de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídos suas
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e
solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores públicos ativos e
inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial e o disposto neste artigo.) – Em razão da EC 20, o RPPS são estendidos aos
magistrados, MP e TCs. (Lei 10.887/04 Dispõe sobre as normas gerais de RPPS de todas as
esferas – cabe aos Estados e municípios legislar de forma suplementar). Aos não sujeitos ao
RPPS (deputados, senadores, governadores, servidores cargo em comissão, etc) só cabe o
RGPS. Regime Complementar próprio de previdência social (iniciativa de cada ente para
superar o limite estabelecido ao RPPS que é igual ao do RGPS (R$ 3218,90 atualizado 2009)),
regime complementar é obrigatório só aos servidores que ingressarem após a instituição
deste; ainda não se tem notícia de nenhum ente que haja estabelecido regime complementar.
1- Estado Liberal
2- Estado Social (Estado Providência)- desenvolve uma Administração burocrática
(padronização, hierarquia, interferência). Modelo Administrativo Patrimonial.
3- Estado Democrático de Direito. Atuação administrativa com participação e
transparência.
4- Depois da EC/19 – Estado Subsidiário. Oposto ao Estado mínimo, pois o Estado
subsidiário não se retira, se afasta. Subsidiariedade vertical (as carências são atendidas
pela entidade que está mais próxima do usuário, se não atendidas assim, serão
demandadas outras entidades – ex.: posto de saúde). Subsidiariedade horizontal (o
Estado fomenta, regula, incentiva, repassa recursos, para entidades do terceiro setor
que atenderão o usuário). Administração Gerencial (o Estado não persegue o interesse
publico conforme o seu entendimento, persegue o interesse publico primário, efetivo
do administrado, com eficiência e efetividade).
AGÊNCIA REGULADORA
Na esfera federal
1- Natureza jurídica: autarquias em regime especial. Cada lei criou uma agência.
2- Competência: regulatória. Criar regras técnicas para disciplinar prestação de serviços
públicos. Discricionariedade técnica.
3- Modelo administrativo: lei 9986/97 (não é um estatuto geral, trata só dos agentes
públicos que integrarão as agências reguladoras).
a. Direção colegiada.
b. Mandatos fixos não coincidentes. Tempo é disciplinado na lei de cada agência.
Presidente da republica não pode exonerar os diretores.
c. Quarentena. 3 meses para os diretores. Os diretores não podem prestar
serviços para empresas dessa área neste tempo.
4- Estados membros e municípios: podem ter agencias reguladores, não necessariamente
com essa nomeclatura. As agências reguladoras podem ter competências em diversas
áreas, na União há a especialização, cada agencia com uma área.
5- As agências podem ser extintas (por lei) e as suas competências podem ser
redistribuídas ou voltarem para a Administração Direta.
6- Diferença entre ag. Reguladoras e agencias executivas: Agencias executivas – entidade
(autarquia ou fundação publica) preexistente firmando contrato de gestão e passa a
executar determinado serviço; não regulam.
7- Não há obste legal nenhum que as agencias reguladoras possam ser criadas em outras
formas diferentes de autarquias, desde que vinculadas à administração pública
(inclusive as pessoas jurídicas de direito privado, desde que pertencentes à
administração Indireta)
8- Poder de polícia: se a agência é um órgão da adm direta ou se é pessoa jurídica de
direito público não há controversa. Mas se for pessoa jurídica de direito privado da
administração indireta, segundo STJ, recentemente, não cabe poder de polícia.
CF, 175. Incumbe ao poder publico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação a prestação de serviços públicos.
Diretamente/indiretamente
Licitação
PPP
1- Natureza jurídica: Contrato de concessão de serviço público. Lei 11079/2004.
Concessões especiais. Modalidades:
a. Administrativa – contrato de prestação de serviços em que a administração
seja usuária ainda que envolva obra ou fornecimento e instalação de bens;
considerada inconstitucional.
b. Patrocinada.
2- Características: Prazo de 5 a 35 anos. Valor superior a 20 milhões. Objeto não pode ser
apenas fornecer mão-de-obra ou instalação de obra pública. Modalidade de licitação
concorrência.
3- Garantias: vinculação de receitas. Instituição de fundo especial (federal: 6 bilhões).
Contratação de seguro garantia. Garantia dada por organismos internacionais.
4- Sociedade de propósito específico – SPE. Pessoa jurídica de direito privado que será
gerenciado pelo parceiro privado com fim de implantar e gerenciar o objeto.
CONTRATO DE GESTÃO
TERMO DE PARCERIA
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA.
Condicionamento
Encargo distribuído entre todos (não há indenização), porém, se alguém teve um encargo
muito maior que os outros, poderá ter direito à indenização.
SERVIDÃO ADMINISTRATRIVA
Espécies:
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