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5- Reflexão sobre a melhoria das BEs no que respeita ao

subdomínio D.2.:
5.1. – Duas coisas que as BEs devem deixar de fazer
5.1.1. – As BEs não são salas de aula
As BEs não são salas de aula, efectivamente. Os
alunos utilizam as Bes para se estudar, consultar livros e internet e
todas estas actividades precisam de silêncio. Mas as BEs podem
passar a ter uma dinâmica de funcionamento em que uma aula
pode acontecer na sua sala. De que modo? Servindo-se da recém
criada figura do professor bibliotecário. De que modo? De duas
maneiras: primeiro, entre o professor bibliotecário e o docente da
disciplina é feita, atempadamente a planificação da aula, definição
do tema, dos objectivos e a selecção dos materiais a consultar; de
seguida, a turma é dividida em dois grupos, um a cargo do
docente da disciplina, um outro a cargo do professor bibliotecário
(não nos esqueçamos que continua a ser sempre um professor!), a
quem será dada uma tarefa de coordenação da consulta dos
materiais, pois a aula na BE será essencialmente de pesquisa e
não uma aula expositiva. Esta aula deve ter como objectivo a
utilização diversificada de todos os materiais disponíveis na BE
acerca do assunto em causa.
Se os docentes se habituarem a encarar a BE
como um parceiro educativo, e levarem os seus alunos a ter uma
aula de pesquisa, então os alunos terão mais naturalmente o hábito
de irem à biblioteca nos seus momentos de estudo ou de lazer.
A nova gestão dos recursos humanos e materiais da BE deve
ser uma preocupação prioritária da BE, no que diz respeito ao
subdomínio D.2.

5.1.2. – As BEs não estão sempre abertas


O horário da BE é uma “dor de cabeça” para a gestão
da BE. A que horas deve abrir? Deve fechar para o almoço? E à
tarde, fecha a que horas? E o turno da noite? E quem vai estar
estas horas todas no atendimento? De facto, o problema da
abertura da BE é uma questão de quantidade de pessoal auxiliar
que a escola dispõe, mas também é uma questão política, pois a
escola deve considerar prioritário a abertura da BE em contínuo,
pois os alunos devem de ter a possibilidade de utilizarem a BE
sempre que quiserem ou lhes der jeito. Não deve haver restrições
na utilização da BE. Os funcionários, para além de especializados,
devem ser em número suficiente, para que se possam suceder no
horário alargado da BE.
Não deve de haver dois turnos demarcados – o de dia e o de
noite -, mas sim a BE deve estar aberta sempre. A definição do
horário da BE deve também ser uma questão prioritária neste
subdomínio D.2.

5.2. – Duas coisas que as BEs devem continuar a fazer

5.2.1. – As BEs devem continuar a investir na


mudança
É da responsabilidade do professor bibliotecário, em
colaboração com o órgão de gestão, a continuação da mudança da
BE nas suas práticas e na renovação da concepção da escola sobre
a própria BE. É uma tarefa contínua e que se realiza logo a partir
do delineamento quer do Plano de Acção, quer do Plano de
Actividade. Será certamente uma tarefa demorada, que exigirá de
todos os responsáveis alguma resistência e insistência, pois não é
fácil mudar hábitos e mentalidades. A aplicação do Modelo de
Auto-Avaliação na BE e a divulgação nos órgãos de gestão da
portaria n-º756/2009 de 14 de Julho ajudará certamente na
implementação da mudança das práticas da BE e contribuem para
uma gestão moderna da BE.

5.2.2. – As BEs devem continuar a desenvolver o espaço


em função das necessidades da escola
A sala da BE deve ser encarada como um espaço
privilegiado. Deve de disponibilizar condições adequadas para a
organização da sua função, ou seja, a gestão da BE deve integrar
os normativos definidos pelo ME e pela RBE no que diz respeito
a esta questão. A sala deve ser capaz de responder às exigências
da comunidade, no que diz respeito a uma utilização diversificada
e capaz de garantir trabalhos e pesquisa quer em grupo, quer
individuais. São importantes as condições materiais, de silêncio,
de pesquisa, de mobiliário, de ergonomia, sempre em função da
faixa etária dos utilizadores. A sala da BE deve ter um ambiente
agradável, atractivo, familiar, inclusive de cumplicidade entre
o/os aluno/s e o professor bibliotecário e equipa docente e não
docente. A experiência de bem-estar é uma condição necessária à
experiência de aprendizagem. E uma prioridade para a gestão da
BE.

5.3. – Duas coisas que as BEs devem começar a fazer


5.3.1. – As BEs devem modernizar os seus equipamentos
As BEs devem de trabalhar em grande parceria com a
equipa PTE da escola, na medida em que a sala da BE deve
possuir um equipamento tecnológico e informático o mais
moderno, actualizado e adequado possível às necessidades dos
utilizadores. Assim, a BE deve ter o número de computadores,
incluindo portáreis, em quantidade satisfatória de modo a que
uma turma pudesse ir lá fazer uma pesquisa e cada três alunos por
computador, um quadro interactivo, um scanner, e muitas outras
tecnologias.
5.3.2. – As BEs on line
O que significa uma BE on line? Significa que a BE pode
ser considerada como uma disciplina e ser inserida na plataforma
on line da escola. E o que fazer a seguir? De seguida, são abertas
todas as disciplinas como separadores e irão ser digitalizados e
guardados em cada uma delas todos os materiais que estão em
suporte de papel nos dossiers, e que servem para trabalhos de
casa, matérias para aulas de apoio ou materiais de estudo. A partir
desta situação, qualquer aluno pode consultar em casa o que está
guardado em papel, dentro de dossiers, no armário da BE. O
próprio docente pode mandar para trabalho de casa esses
materiais e não precisa de gastar papel em fotocópias. Isto
também se converte numa questão ecológica.

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