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Tarefa 2

ANÁLISE DO MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS


BIBLIOTECAS ESCOLARES

 O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos


implicados.
O modelo em causa surge como um instrumento pedagógico e de melhoria, cujo
objectivo é “avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no
funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas
de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior
investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas” (Texto da
sessão).
Daqui decorrem os seguintes conceitos ou ideias-chave:
- Noção de valor;
- Entendimento da auto-avaliação como um processo pedagógico e regulador;
- Delimitação de áreas nucleares de trabalho no campo da Biblioteca Escolar;
- Definição de um modelo pedagógico.
Estes conceitos evidenciam-se no modelo e os domínios definidos abarcam as
diferentes funções atribuídas a uma Biblioteca Escolar.
Trata-se de um modelo que deve ser encarado como um processo pedagógico e
regulador, inerente à gestão e procura de melhoria contínua da BE, devendo a avaliação
ser entendida como uma acção que conduzirá à reflexão e originará alteração das
práticas a fim de obter melhores resultados.
O único “senão” deste documento é ser muito extenso.

 Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas


Escolares
Passados treze anos sobre o lançamento da Rede de Bibliotecas Escolares, impunha-
se a implementação de um documento orientador comum.
O modelo indica o caminho a percorrer, a metodologia e operacionalização. Para
além disso, pretende validar até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos para a
BE estão ou não a ser alcançados, conhecer o impacto que as actividades realizadas pela
e com a BE têm no processo ensino-aprendizagem, identificar práticas que têm sucesso
e que deverão continuar e, por outro lado, identificar resultados menos conseguidos que
solicitem maior investimento, ou até a mudança de práticas.
Este Modelo de Avaliação tem um papel determinante “permitindo-nos validar o
que fazemos, como fazemos, onde estamos e até onde queremos ir, mas sobretudo o
papel e intervenção, as mais-valias que acresce3ntamos.” (Texto da sessão)

 Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.


O Modelo de Auto-Avaliação das BEs está organizado em quatro domínios, que
constituem as áreas nucleares do trabalho da BE, e que estão identificados em diferentes
estudos internacionais como cruciais ao desenvolvimento e qualidade das BEs: A-
Apoio ao Desenvolvimento Curricular; B – Leitura e Literacias; C – Projectos, Parcerias
e Actividades Livres e de abertura à Comunidade e D – Gestão da Biblioteca Escolar.
Estes domínios agrupam-se de acordo com três grandes áreas-chave: Integração na
escola e no processo de ensino/aprendizagem; Acesso. Qualidade da Colecção e Gestão
da BE.
Em cada domínio/subdomínio foram identificados um conjunto de indicadores que
se concretizam através de diversos factores críticos de sucesso. Para cada indicador são
propostos instrumentos de recolha de evidências, que irão sustentar a avaliação, e
fornecem-se sugestões de acções para melhoria, para contribuindo, para uma inflexão
das práticas. Na determinação dos perfis de desempenho, são apresentados descritores
para os quatro níveis de desenvolvimento, que possibilitam colocar a BE ao nível
adequado ao trabalho efectuado.
O modelo está bem estruturado, pois focaliza de uma forma exaustiva as áreas de
intervenção da BE e o facto de apresentar em quadro, torna-o uma ferramenta bastante
operacional. Contribui para uma reflexão construtiva e pretende assumir-se como um
instrumento pedagógico e de melhoria contínua. Pretende avaliar a qualidade e a
eficácia da BE e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas
aprendizagens dos alunos. Segundo Ross Todd, a avaliação centra-se, particularmente,
no impacto qualitativo da biblioteca, isto é, na aferição das modificações positivas que o
seu funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimento dos utilizadores.
Como constrangimento, considero que é um modelo muito descritivo; é difícil a
separação dos domínios e respectivos subdomínios, verificando-se uma repetição de
informação e evidências nos vários indicadores e de ainda não existir uma prática de
recolha sistemática de evidências, de obtê-las e em tratá-las, traduzindo os indicadores
em informação útil.

 Integração/Aplicação à realidade da escola


“Na sua condição de modelo, este documento aponta para uma utilização flexível,
com adaptação à realidade de cada escola e de cada BE. Isto significa que podem ser
feitos ajustes, por exemplo, em função da tipologia da escola e de outras circunstâncias
que exerçam uma forte influência nos modos de organização e/ou funcionamento da
BE.” (Modelo de Auto-Avaliação) A adaptação a diferentes realidades faz todo o
sentido, no entanto significa um trabalho muitíssimo acrescido para o professor
bibliotecário.

 Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua


aplicação
O professor bibliotecário desempenha um papel central na implementação/aplicação
deste processo:
- deve ser o comunicador efectivo na escola e proactivo;
- tomar a iniciativa;
- ir à procura de soluções;
- antecipar necessidades;
- saber gerir e avaliar de acordo com os objectivos da escola e saber estabelecer
prioridades;
- deve mobilizar a equipa, desenvolvendo sessões formativas, de modo a estar bem
informada;
- deve sensibilizar toda a escola para o processo de auto-avaliação, através da
comunicação constante com o Órgão de Gestão, Conselho Pedagógico, Departamentos
e professores possibilitando o contributo de todos os intervenientes;
- Seleccionar o domínio a avaliar, em colaboração com o Órgão de Gestão, tendo em
conta os objectivos que se pretendem atingir;
- proceder à recolha de evidências e pontos fortes e fracos da BE e respectivas acções de
melhoria;
Esta listagem de competências é apenas uma amostra do que considero ser essencial
para o perfil do professor bibliotecário.
Bibliografia:
Texto da sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: problemáticas
e conceitos implicados”.

Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your Job”,
School Library Journal. 9/1/2002
<http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html> [13/10/2009].

Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based
practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [13/10/2009].

Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”. School
Library Journal. 4/1/2008.
< http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html> [13/10/2009].

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares, disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/427.html

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação – Instrumentos


de recolha de dados, disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/427.htlm

A formanda:
Anabela Santana
7/11/2009

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