You are on page 1of 19

Integração do Processo de Auto-Avaliação da

Biblioteca Escolar no Contexto do


Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz.

Divulgação do Processo
e Envolvimento
dos Diferentes Actores.

RBE – DRELVT – T8

Formadoras:
Isabel Antunes e Maria José Vitorino
Formanda:
Paula Coelho Pais
Propósitos do Perfil de Auto-Avaliação da BE

“Torna-se de facto relevante objectivar a forma como se está a concretizar o trabalho


das bibliotecas escolares, tendo como pano de fundo essencial o seu contributo para as
aprendizagens, para o sucesso educativo e para a promoção da aprendizagem ao longo
da vida.

Neste sentido, é importante que cada escola conheça o impacto que as actividades
realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão tendo no processo de ensino e na
aprendizagem, bem como o grau de eficiência dos serviços prestados e de satisfação dos
utilizadores da BE.

Esta análise, sendo igualmente um princípio de boa gestão e um instrumento indispensável


num plano de desenvolvimento, permite contribuir para a afirmação e reconhecimento
do papel da BE, permite determinar até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos
para a BE estão ou não a ser alcançados, permite identificar práticas que têm sucesso e
que deverão continuar e permite identificar pontos fracos que importa melhorar. A
avaliação da biblioteca deve ainda ser incorporada no processo de auto-avaliação da
própria escola e deve articular-se com os objectivos do projecto educativo de escola.”

In A AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR: PRESSUPOSTOS, RBE (2009)

17-11-2009 Paula Coelho Pais 2


Vantagens e Objectivos Gerais
da Auto-Avaliação da BE

Aferir o impacto qualitativo do programa de acção da BE nas aprendizagens dos


alunos e nas práticas pedagógicas dos professores da escola;

Melhorar o desempenho da BE, através do envolvimento de todos os intervenientes no


processo educativo, na rectificação das planificações e nas estratégias a adoptar, de forma a
contribuir para a concretização dos objectivos previstos no Projecto Educativo de
Escola/Agrupamento;

Identificar pontos fracos e pontos fortes na acção da BE, de forma a repensar


práticas que conduzam a uma melhoria contínua;

Obter informações que permitam integrar a auto-avaliação da BE na avaliação interna e


externa da Escola.

17-11-2009 Paula Coelho Pais 3


Objectivos Específicos
da Auto-avaliação da BE
•Reflectir sobre a missão da BE no contexto do sistema educativo actual
1

•Reconhecer a importância do Modelo de Auto-Avaliação da BE


2

•Entender o Modelo enquanto instrumento pedagógico regulador que procura uma


3 melhoria contínua da BE;

•Apresentar o Modelo quanto à sua organização estrutural e funcional;


4

•Reflectir sobre o impacto da implementação do Modelo de Auto-Avaliação no


5 Agrupamento;

•Instaurar hábitos de diálogo e de reflexão interna sobre as questões da qualidade das


6 escolas

•Promover a gestão participada das mudanças que a aplicação do modelo impõe


7

•Ajudar a desenvolver uma cultura de autoavaliação


8

Paula Coelho Pais 4


O Modelo de Auto-Avaliação da BE:
Conceitos - Chave

Procurando confrontar as práticas que já se vêm realizando noutros sistemas


de ensino, procurou encontrar-se uma formulação que cumprisse os
objectivos essenciais que se pretendem alcançar:

desenvolver uma abordagem essencialmente qualitativa, orientada para


uma análise dos processos e dos resultados e numa perspectiva formativa,
permitindo identificar as necessidades e os pontos fracos com vista a
melhorá-los.

Pretende-se avaliar a qualidade e eficácia da BE e não o desempenho


individual do/a coordenador/a ou elementos da equipa da biblioteca,
devendo a auto-avaliação ser encarada como um processo pedagógico e
regulador, inerente à gestão e procura de uma melhoria contínua da BE.

A escola deverá encarar este processo como uma necessidade própria.


Espera-se que o processo de auto-avaliação mobilize toda a escola, melhorando
através da acção colectiva as possibilidades oferecidas pela BE.

In A AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR: PRESSUPOSTOS, RBE (2009)

17-11-2009 Paula Coelho Pais 5


Descrição do Modelo
Domínios Objecto de Avaliação
Os domínios seleccionados representam as áreas essenciais para que a
biblioteca escolar cumpra, de forma efectiva, os pressupostos e objectivos que
suportam a sua acção no processo educativo.

Alguns dos aspectos incluídos são mais significativos tendo como referência o
contexto organizacional da escola portuguesa, mas todos apontam para as
áreas nucleares em que se deverá processar o trabalho da/com a Biblioteca
Escolar e que têm sido identificados como elementos determinantes e com um
impacto positivo no ensino e na aprendizagem.

Os vários elementos a analisar foram assim agrupados em quatro


domínios e respectivos subdomínios:

In A AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR: PRESSUPOSTOS, RBE (2009)

17-11-2009 Paula Coelho Pais 6


Descrição do Modelo
4 Grandes Domínios - Objecto de Avaliação

A- Apoio ao
Desenvolvime
nto Curricular

D- Gestão da 4 B – Leitura e
Biblioteca
Literacias
Escolar Domínios

C- Projectos,
parcerias e
actividades
livres e de
abertura à
comunidade

17-11-2009 Paula Coelho Pais 7


Estrutura do Modelo
Domínios Objecto de Avaliação

A •A 1 - Articulação curricular da BE com as Estruturas de Coordenação


Educativa e Supervisão Pedagógica e os Docentes;
Apoio ao Desenvolvimento
•A 2 – Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital.
Curricular

•B1 - Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na


B escola/agrupamento;
•B2- Integração da BE nas estratégias e programas de leitura ao nível
Leitura e Literacias da escola/agrupamento;

C •C1- Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de


enriquecimento curricular;
Projectos , Parcerias e
•C2- Projectos e parcerias.
Actividades livres

•D1- Articulação da BE com a escola/agrupamento, acesso e


D serviços prestados pela BE;
•D2- Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços;
Gestão da Biblioteca •D3- Gestão da colecção/ da informação.
Escolar

17-11-2009 Paula Coelho Pais 8


Descrição do Modelo
Domínios Objecto de Avaliação
Cada domínio/subdomínio é apresentado num quadro que inclui um conjunto de
indicadores temáticos (primeira coluna) que se concretizam em diversos factores críticos
de sucesso. Os indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em cada
domínio e permitem a aplicação de elementos de medição que irão possibilitar uma
apreciação sobre a qualidade da BE.

Os factores críticos de sucesso pretendem ser exemplos de situações, ocorrências e


acções que operacionalizam o respectivo indicador. A listagem (não exaustiva) permite
compreender melhor as formas de concretização do indicador, tendo simultaneamente
um valor informativo/formativo e constituindo um guia orientador para a recolha de
evidências.

Para cada indicador são igualmente apontados possíveis instrumentos para a recolha de
evidências que irão suportar a avaliação. Finalmente, o quadro
apresenta, também para cada indicador, exemplos de acções para a melhoria, ou seja,
sugestões de acções a implementar no caso de ser necessário
melhorar o desempenho da BE em campos específicos.

In A AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR: PRESSUPOSTOS, RBE (2009)

17-11-2009 Paula Coelho Pais 9


Selecção do Domínio a Avaliar -
intervenientes na decisão/acção:

Professor
Bibliotecário
e Equipa BE

Projecto
Conselho
Direcção Educativo do Pedagógico
Agrupamento

Outros
Intervenientes
no Âmbito da
Comunidade
Educativa
Envolvimento da Escola/ Agrupamento

A Direcção
A Equipa BE
O Professor Os Directores de Turma
Bibliotecário
Os Professores

O Conselho
As Famílias Pedagógico

O Agrupamento
A Comunidade Educativa

Outros Intervenientes/
mediadores de leitura A Equipa
TIC/PTE
Os Departamentos
17-11-2009 Paula Coelho Pais 11
Os Alunos
Recolha de evidências/fontes a utilizar:

A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências:

•de diferentes tipos;


• relevantes em função do indicador;
• cuja leitura nos mostre os aspectos positivos a realçar;
• cuja análise dos aspectos menos positivos nos faça repensar formas de gestão e
modos de funcionamento;
• seja feita de forma sistemática, ao longo do ano lectivo, e não apenas num momento
determinado e que incida sobre os vários níveis de escolaridade existentes na escola.

Os dados recolhidos podem ter origem em fontes diversas:

• documentos já existentes e que regulam a actividade da escola (PEE, PCT, etc.) ou da BE


(Plano de Actividades, regulamento, etc.);
• registos diversos (actas de reuniões, relatos de actividades, etc.);
• materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho, planificações para
sessões na BE, documentos de apoio ao trabalho na
BE, material de promoção, etc.);
• estatísticas produzidas pelo sistema da BE (requisições, etc.);
• trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades da BE, em trabalho
colaborativo, etc.);
• instrumentos especificamente construídos para recolher informação no âmbito da
avaliação da BE (registos de observação, questionários,
entrevistas, etc.).
17-11-2009 Paula Coelho Pais 12
Instrumentos

Os instrumentos especificamente construídos no âmbito da


auto-avaliação da BE, deverão ser adequados à sua
realidade concreta, nomeadamente em função da sua
tipologia, podendo introduzir-se as alterações que se
considerem pertinentes, não esquecendo, porém, o fim a que
se destinam.

( incluem-se no modelo documentos para esse fim, no sentido


de se criar alguma uniformidade em termos da informação
que vai ser recolhida nas escolas.)

Relativamente ao número de questionários a aplicar ou de


observações a realizar para que a informação tenha alguma
validade, avançaremos com a sugestão possível:

• aplicação a 20% dos professores;


• aplicação a 10% dos alunos (em cada nível de
escolaridade).

17-11-2009 Paula Coelho Pais 13


Perfis de Desempenho que caracterizam o tipo
de desempenho da BE em cada domínio

A avaliação realizada irá articular-se, em cada domínio/subdomínio, com os


perfis de desempenho que caracterizam o que se espera da BE, face à área
analisada.

Na caracterização dos perfis de desempenho optou-se por uma escala de 4


níveis que caracterizam o tipo de desempenho da BE em relação a cada
domínio/subdomínio.

Esta escala será a que melhor corresponde aos propósitos da auto-


avaliação: fomentar a reflexão construtiva e contribuir para a procura da
melhoria, através da identificação de estratégias que permitam atingir o
nível seguinte.

Convém sublinhar que a avaliação não constitui um fim, devendo ser


entendida como um processo que deverá conduzir à reflexão e deverá
originar mudanças concretas na prática. A auto-avaliação deverá contribuir
para a elaboração do novo plano de desenvolvimento, ao possibilitar a
identificação mais clara dos pontos fracos e fortes, o que orientará o
estabelecimento de objectivos e prioridades, de acordo com uma
perspectiva realista face à BE e ao contexto em que se insere.

17-11-2009 Paula Coelho Pais 14


Perfis de Desempenho que caracterizam o tipo
de desempenho da BE em cada domínio

A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho


desenvolvido é de grande qualidade e com um impacto
bastante positivo.

A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste


domínio mas ainda é possível melhorar alguns aspectos.

A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio


mas ainda é possível melhorar alguns aspectos.

A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste


domínio, o seu impacto é bastante reduzido, sendo
necessário intervir com urgência.

17-11-2009 Paula Coelho Pais 15


Síntese – Resumo
(Metodologia a Seguir)

1. Perfil da BE: preencher o documento referente ao Perfil da Biblioteca Escolar.

2. Seleccionar o domínio: a escola/a biblioteca escolar deverá seleccionar, no mínimo, um


dos domínios (A, B, C ou D) para a realização da autoavaliação.

Pretende-se também que ao fim de quatro anos todos os domínios tenham sido avaliados,
estando nesse momento a BE e a Escola na posse de dados que cobrem todas as áreas de
intervenção. Haverá então condições mais fiáveis para analisar os percursos de
desenvolvimento trilhados, estimulando igualmente o benchmarking.

3. Recolher evidências: o domínio escolhido será objecto de uma análise que se baseará em
elementos concretos (evidências) que irão permitir traçar o retrato da BE nesse campo mais
específico.

4. Identificar o perfil de desempenho: os resultados da análise efectuada serão depois


confrontados com os perfis de desempenho apresentados para cada um dos domínios, no
sentido de verificar em que nível se situará a biblioteca escolar.

5. Registar a auto-avaliação no relatório final: o resultado da auto-avaliação no domínio


seleccionado é registado nos quadros que se encontram no modelo de relatório final.
Devem ser igualmente assinaladas as acções consideradas necessárias para a melhoria. De
facto, é essencial que, face aos resultados da avaliação, sejam equacionadas as estratégias
e medidas a tomar com vista ao melhoramento do desempenho da BE. Este é um dos
objectivos fundamentais da auto-avaliação.

17-11-2009 Paula Coelho Pais 16


Síntese – Resumo
(Fases do Processo)

1ª • Dar início ao processo de auto-avaliação

2 • Traçar o perfil da BE

3 • Apresentar o modelo de Auto-Aval. da BE ao Agrup./ Cons. Pedagóg;

2ª • Seleccionar o domínio a ser avaliado;

3ª • Proceder à recolher de evidências;

4ª • Analisar e tratar os dados recolhidos;


• Identificar o perfil de desempenho da BE;

6ª • Registar a auto-avaliação no relatório final;

7ª • Proceder à divulgação da avaliação no Agrup. /discussão do Relat. em CP;

8ª • Reformular e elaborar um novo plano de intervenção.

17-11-2009 Paula Coelho Pais 17


Impacto Aguardado na BE/Agrupamento

Identificação Rentabilização Reformulação


• Validação dos • Melhorar o • Reformulação
pontos fortes no processo de das políticas da
funcionamento planificação; BE e suas linhas
da BE; • Rentabilizar de rumo.
• Identificação dos práticas de
aspectos a gestão.
melhorar.

A Auto-avaliação da Biblioteca Escolar deve ser incorporada no


processo de auto-avaliação do Agrupamento e Avaliação Externa e
deve articular-se com os objectivos do seu Projecto Educativo.
Referências Bibliográficas

RBE (2009). Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar,

Scott, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An
introduction to performance measurement”. 68th IFLA Council and General
Conference August. http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097e.pdf .

McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in school self-evaluation.


Educational Review, 56 (3), 287-296. (Disponível na plataforma)

Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media
Program”, Principal. Jan/Feb 2005 http://www.doug-
johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-library-media-
program-1.html

You might also like