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Sessão 4 1ª

Parte da Tarefa 2

O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares no contexto da


Escola / Agrupamento

4ª Sessão (12 a 17 de Novembro)

Guia da Unidade

São objectivos desta sessão:

• Entender as ligações do processo de auto-avaliação à escola.

• Perspectivar a gestão da informação e o processo de


comunicação com aescola/ agrupamento.

• Perceber o papel e a necessidade de liderança por parte do


professor coordenador.

Tarefas da sessão:

Tarefa 2– realização da Tarefa 2:

1ª parte da tarefa (até segunda-feira, 16 de Novembro):


A integração do processo de auto-avaliação no contexto da escola é crucial. A ausência de
práticas de avaliação e também de uso estratégico da informação recolhida no processo de
planificação e de melhoria tem estado igualmente ausente das práticas de muitas bibliotecas.
Integrar o processo de auto-avaliação no processo de avaliação interna e externa da escola
requer, também, envolvimento e compromisso da escola/ órgão de gestão e uma liderança
forte da parte do Professor Bibliotecário.

1 – Faça uma análise à realidade da sua escola e à capacidade de resposta ao processo e


identifique os factores que considera inibidores do mesmo.

2 – Delineie um plano de acção que contemple o conjunto de medidas necessárias à alteração


da situação e à sua consecução com sucesso.

Análise à realidade da Escola Básica Integrada de São Pedro de


Alva, a sua capacidade de resposta ao processo de Autoavaliação e
identificação de factores inibidores.

O maior e principal desafio das BE é saber gerir as mudanças


significativas na sociedade e na forma de acesso, produção e
comunicação da informação, novas estruturas e novos espaços de
aprendizagem, exigidas pelo desafio tecnológico e digital. Deste
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Formanda: Matilde Vale Antunes
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modo, as TIC e a Internet, bem como a crescente facilidade de acesso


a equipamento e a documentação online vieram (re)orientar as
necessidades dos utilizadores e as prioridades educativas.
Assim, perante o novo paradigma educacional do século XXI a BE
deve assumir-se como um excelente instrumento pedagógico que
ajude as escolas a identificar as suas necessidades específicas, no
sentido de aumentar o sucesso educativo dos seus alunos e
transformá-los em hábeis utilizadores de ideias e informação, como
refere Michael B. Eisenberg.
Neste novo contexto, a BE do Agrupamento de Escolas da S. Pedro de
Alva enfrenta uma nova relação de desafio com a escola, que a obriga
à redefinição de práticas e a uma liderança e demonstração de
valores que a integra na estratégia de ensino/aprendizagem e nas
práticas de alunos e professores.
Para o PB o principal desafio no seu actual trabalho é, desempenhar
um esforço conjunto com a equipa que lidera no sentido de
ultrapassar o modelo de BE centrado apenas na oferta de um espaço
equipado onde é possível aceder a um conjunto de equipamentos e
de recursos de informação. O PB deve assumir um papel activo e uma
acção integradora de objectivos e práticas que se adaptem à
mudança e que são vitais para a qualidade da BE (práticas ligadas ao
currículo e ao sucesso educativo dos alunos).
O papel do PB neste trilho de acção passa por: estruturar um
programa para a BE que seja integrado nos planos estratégicos e
operacionais da escola e nos seus objectivos educativos; passar de
gestor de informação a interventor no percurso formativo e curricular
dos alunos e no desenvolvimento curricular em cooperação com os
professores (trabalhar com os vários professores, dos diferentes
departamentos, no desenvolvimento das diferentes literacias,
nomeadamente as literacias digitais e literacias da informação);
reforço no conceito de cooperação, baseado na planificação e no
trabalho colaborativo com os professores das diferentes disciplinas;
ter um papel activo no funcionamento e no sucesso da escola que
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serve; manter uma posição de inquirição constante acerca das


práticas da sua gestão e do impacto que estas têm na escola e no
sucesso educativo dos alunos; através da demonstração de
evidências e da comunicação contínua com os diferentes
stakeholders na escola, saber demonstrar o Valor da BE na Escola, ser
líder e saber agir.
Para uma BE de qualidade o PB deve ter uma intervenção eficaz face
aos problemas identificados; efectuar uma abordagem oportuna dos
problemas, apresentando propostas e estratégias de resolução junto
da Direcção; saber articular prioridades e objectivos com a escola e
os seus programas e projectos de desenvolvimento; saber
desenvolver uma cultura de avaliação, gerir evidências recolhidas no
sentido de valorizar a BE (como núcleo de trabalho e aprendizagem
ao serviço da escola) e o seu papel fundamental no sucesso
educativo.
É importante reconhecer que todo o papel da BE está condicionado
por um conjunto de factores, inibidores do seu sucesso de avaliação,
inerentes à sua estrutura interna, às condições físicas, equipamentos
e recursos de informação que têm para oferecer:
• Impossibilidade da direcção dispor, ao serviço da BE, de uma
equipa com um número de elementos com disponibilidade de
horas para fazer face às solicitações da comunidade educativa;
• Os elementos da equipa revelam alguma falta de empatia com
o trabalho que têm que desenvolve na BE;
• O PB estar ao serviço da BE com apenas 13 h, não tendo
disponibilidade de tempo para responder, qualitativamente, às
solicitações que lhe são exigidas por inerência do cargo que
desempenha;
• A falta de reconhecimento, por parte dos professores dos vários
departamentos, da BE como um instrumento pedagógico que
ajuda a escola a identificar as suas necessidades específicas, no
sentido de contribuir para o sucesso educativo dos seus alunos;
• O baixo nível cultural de alunos e encarregados de educação;
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• Fraca adesão dos pais e Encarregados de Educação às


actividades propostas;
• Falta de reconhecimento por parte de alguns professores, pais e
alunos que a BE se empenha tanto como o resto da
comunidade educativa no sucesso dos alunos e na construção
do seu conhecimento;
• Os valores, os modelos e as práticas de transmissão de
conhecimentos dos vários professores;
• Muitos docentes dos vários departamentos curriculares
percepcionam a BE ainda apenas como um espaço de
actividades lúdicas e recreativas;
• Software educativo pouco actualizada e insuficiente;
• A escassa verba para investir em aquisição e actualização da
colecção ao nível dos vários suportes (acervo desactualizado e
não muito ajustado à sua realidade);
• Desconfiança por parte de alguns professores, relativamente à
proficuidade do trabalho articulado com a BE;
• Devido ao factor tempo, dificuldade em haver uma articulação
com as diferentes estruturas e com as diversas turmas (PCT),
projectos, clubes, ACND`s, AEC`s, entre outras;
• Espaço da BE exíguo para dar resposta as necessidades da
Escola Básica Integrada;
• A fraca participação dos professores nos projectos de difusão da
informação e ensino das literacias;
• A falta de reconhecimento por parte de muitos docentes da
rentabilização do espaço da BE como espaço de
ensino/aprendizagem.

Estes são os factores inibidores que eu como Professora Bibliotecário


enfrento no meu dia a dia. Por conseguinte, tenho de coordenar,
programar e planificar criteriosamente as actividades da BE de forma

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a fazer compreender o seu papel e a sua tarefa no sucesso escolar e


percurso educativo dos alunos.

Plano de acção que contempla um conjunto de medidas necessárias


à alteração da situação e à sua consecução com sucesso.

Perante determinados factores inibidores do sucesso da BE, cabe a


esta e ao seu PB, desenvolver e implementar acções de qualidade
que devem orientar as práticas dos docentes. Ou seja, deve ser
desenvolvido todo um trabalho com o currículo e com as
aprendizagens:
• Realizar um trabalho contínuo com os professores e com os
alunos, adequando o trabalho e rentabilizar os recursos da BE
aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos (processo
ensino/aprendizagem);
• PB com learning specialist;
• PB deve desempenhar a função de catalisador junto da equipa
que coordena e de todos os outros agentes para uma maior
integração e valorização das práticas da BE junto da
comunidade que serve;
• Apoio individual ou em grupo (professores e alunos), no âmbito
das literacias;
• Disponibilizar uma colecção de literatura rica e de programas
que contribuam para o enriquecimento pessoal e para o gosto
pela leitura;
• Desenvolver estratégias de cooperação com outras bibliotecas,
nomeadamente a biblioteca municipal;
• Dispor de uma estrutura tecnológica integrada que suporte as
actividades de ensino-aprendizagem;
• Desenvolver um trabalho de liderança (interventivo e actuante
na formação para as literacias e para a construção de
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conhecimento e transformativa no sentido de ser orientada pela


recolha de evidências);
• Desenvolver um trabalho cooperativo na planificação com os
diferentes professores dos diferentes departamentos;
• Envolver o Director, torna-lo líder coadjuvante no processo de
autoavaliação;
• Levar os pais, alunos, professores e outros agentes a
participarem no processo de autoavaliação;
• O PB deve com a sua equipa escolher qual o domínio a avaliar,
justificar devidamente a sua escolha junto da Direcção e fazer
com que esta passe a ser uma prioridade da escola;
• Desenvolver parcerias de cooperação com entidades locais.

Enfim, a invisibilidade do professor coordenador deve dar lugar a uma


acção integradora de objectivos e práticas que se adaptem à
mudança e para a qualidade da BE (a ligação ao currículo e ao
sucesso educativo dos alunos.
Neste contexto, depois de serem criadas as condições para que o
processo de autoavaliação seja uma realidade cabe ao PB fazer uma
recolha de evidências para os problemas que foram identificados;
fazer uma gestão e interpretação da informação recolhida a partir das
evidências; transformar as informações em conhecimento que
permitirá ajuizar e retirar linhas de orientação para o futuro.
O relatório de Autoavaliação deve ser discutido e aprovado em
Conselho Pedagógico, tal como o posterior plano de melhoria que
deverá ser delineado no futuro. Todo este processo deve ser
desenvolvido com ética e isenção para que os resultados dos seus
dados sejam uma mais valia para melhoria organizacional. O relatório
de avaliação da BE deve em forma de síntese integrar o relatório de
avaliação final da escola, para que assim seja avaliado o impacto da
BE na escola.

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