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Agrupamento de Escolas D.

Nuno Álvares Pereira

Sessão sobre o modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar

“AVALIAR PARA MELHORAR”

20 de Novembro de 2009- Hugo Vaz


Para começar…
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“[…] as bibliotecas escolares podem contribuir positivamente


para o ensino e a aprendizagem , podendo-se estabelecer uma
relação entre a qualidade do trabalho de e com a BE e os
resultados escolares dos alunos.” (1)

1. Introdução ao Modelo de Auto-avaliação da BE da RBE., Gabinete da RBE, Novembro de 2009.


Índice
1. O sentido da avaliação
2. A Biblioteca Escolar do Séc. XXI
3. O modelo de auto-avaliação da BE
4. Domínio seleccionado para 2009/2010
5. A comunidade educativa: participação,
colaboração
6. Impacto esperado da auto-avaliação da BE
7. Bibliografia
1. O sentido da avaliação
• A avaliação é um passo fundamental para assegurar a melhoria do serviço
educativo prestado pela escola.
• A avaliação tem sido progressivamente implementada, a vários níveis, nas
nossas escolas: serviços, estruturas pedagógicas, docentes, pessoal não
docente…
• A auto-avaliação da Biblioteca Escolar enquadra-se neste contexto
avaliativo .
Avaliar para conhecer melhor : (1)
Como se está a trabalhar
Como o provamos
O que pretendemos fazer
Avaliar para benefício dos utilizadores
Avaliar para promover a eficácia e eficiência dos serviços da BE
Avaliar para promover o sucesso educativo

1. Ver Scott,Elspeth, How Good is Your School Library Resource Centre? An Introduction to Performance Measurment,
2002.
2. A biblioteca escolar do Séc. XXI
A Biblioteca Escolar era A Biblioteca Escolar é
cada vez mais
•Um espaço agradável • Um espaço agradável organizado em
•Repositório de um acervo diversificado: função das várias literacias
material impresso; Cds; Dvds; Vídeos e • Um espaço multifuncional, interactivo,
computadores ligados a Internet disponibilizando recursos e informações
• Um serviço que dinamizava algumas em diferentes suportes
actividades •Um centro de aprendizagem onde os
• O coordenador era sobretudo um gestor alunos transformam informação em
do fundo documental conhecimento
• O professor-bibliotecário desenvolve um
trabalho articulado com os docentes
•O professor-bibliotecário é um
facilitador da aprendizagem dos alunos:
apoia, ajuda, esclarece, orienta
•A BE é um centro de irradiação cultural
2. A biblioteca escolar do Séc. XXI
2.1 A aprendizagem
•O aluno é encarado como um agente activo, construtor do seu conhecimento
(construtivismo)

• As novas estratégias estão alicerçadas num processo de investigação contínua


(Guided Inquiry) (1):

1. O Dr Ross Todd e Carol Kuhlthau desenvolveram um conceito didáctico inovador chamado “Guided Inquiry”. A pesquisa
orientada descreve um novo conceito pedagógico no qual professores e professores bibliotecários trabalham em conjunto.
A biblioteca escolar desempenha um papel fundamental na aprendizagem. http://guidedinquiry.ning.com/
2. A biblioteca escolar do Séc. XXI
2.1 A Web 2.0

• Na BE verifica-se uma grande utilização das TIC e dos novos ambientes digitais
proporcionados pela Web 2.0 (1) que levam ao desenvolvimento de novas literacias e
a uma aprendizagem autónoma e contínua ao longo da vida.

1. O conceito de Web 2.0 refere-se a uma mudança na forma como a Internet é encarada pelos utilizadores. É um ambiente
de interacção que hoje engloba inúmeras linguagens e motivações com ênfase na colaboração e partilha de informação.
2. A biblioteca escolar do Séc. XXI
2.3 Avaliação da BE baseada em evidências

•É promovida uma avaliação da BE baseada no conceito de Evidence based –


practice (1) : quantidade e qualidade das evidências recolhidas na prática
diária.

• A avaliação centra-se na objectivação do contributo da BE. Tenta-se medir as


modificações positivas que o seu funcionamento tem na aprendizagem,
atitudes, valores e conhecimentos dos seus utilizadores; bem como as suas
necessidades e fragilidades.

• Neste contexto, torna-se necessário implementar um modelo avaliativo


abrangente e fiável que analise processos e resultados numa perspectiva
formativa: o modelo de auto-avaliação da BE da RBE.
1. Para o investigador Ross Todd as práticas devem fazer a diferença na escola e as evidências servem para provar o impacto
positivo que a BE tem nas aprendizagens.
3. O modelo de auto-avaliação da BE
“Over 50 years of research has demonstrated that quality library media programs positively affect
student achievement. Over the past 10 years, state-wide studies in Colorado, Pennsylvania, Alaska,
Washington and Texas have all consistently tied good programs to student achievement. “ (1)

• Elaboração a partir de estudos realizados


sobretudo no Reino Unido e nos Estados Unidos
• Foi adaptado pela RBE (2), de acordo com
resultados obtidos noutros países
• Permite dotar a escola de um quadro de referência
que possibilita a melhoria da qualidade do serviço
prestado
• Baseia-se na correlação evidenciada entre um bom
plano de acção da BE e um reflexo positivo na
aprendizagem dos alunos

1. Johnson, Doug, Getting the most from your School Library Media Program, 2005.
2. Modelo de Auto-avaliação da RBE disponível em : http://www.rbe.min-edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=mod_auto_aval.pdf
3.1 Objectivos do modelo de auto-avaliação
• Identificar pontos fortes e fracos do serviço prestado pela BE
• Avaliar o desempenho da BE e o seu impacto nas aprendizagens e no
ensino, bem como os níveis de eficácia da gestão e do grau de satisfação
dos utilizadores
• Questionar práticas
• Melhorar a prática
• Definir metas e estratégias concretas de acção adequadas à realidade
• Contribuir para a melhoria dos resultados globais da escola
• Afirmar a BE como uma mais-valia no processo de ensino e de
aprendizagem
• Consciencializar os docentes e a comunidade educativa em geral para a
importância de um trabalho colaborativo com a BE
• Reforçar com dados concretos a necessidade de investir na BE junto da
direcção da escola
3.2 O modelo avalia quatro domínios
Os quatro domínios (e respectivos sub-domínios) abrangem as áreas
essenciais de intervenção da BE e permitem aferir do grau de
concretização alcançado em cada um deles. Para tal, estes incluem um
conjunto de indicadores temáticos que se concretizam em diversos
factores críticos de sucesso.

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular

A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas de coordenação educativa


e supervisão pedagógica e os docentes

A. 2 Promoção das literacias da informação, tecnológica e digital

(Trabalho de colaboração da BE e docentes na promoção do sucesso educativo)


3.2 O modelo avalia quatro domínios
B. Leitura e Literacia

(Promoção da leitura)

C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de


Abertura à Comunidade
C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento
curricular
C.2 Projectos e parcerias

(Promoção de actividades livres extra-curriculares ou enriquecimento curricular;


abertura , ligação e interacção com a comunidade)
3.2 O modelo avalia quatro domínios

D. Gestão da Biblioteca Escolar


D.1 Articulação da BE com a escola/ agrupamento. Acesso e serviços prestados
pela BE
D.2 Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3 Gestão da colecção/da informação

(Avaliação dos serviços, condições humanas e materiais, articulação da BE


com a escola/agrupamento, gestão da colecção)
3.3 Um modelo flexível
• O modelo de auto-avaliação pretende determinar o grau de
eficácia da utilização da BE
• Pretende avaliar a qualidade da eficácia da BE e não o
desempenho individual do professor-bibliotecário ou dos
elementos da equipa.
• Na sua utilização, o modelo de auto-avaliação da RBE
pretende-se flexível, com adaptação à realidade da escola
• A aplicação do modelo de auto-avaliação deve ser exequível e
não representar uma sobrecarga de trabalho, criando-se
rotinas de funcionamento na BE
3.3. Metodologia
1. Sensibilização da comunidade educativa para a relevância da implementação do processo de
auto-avaliação da BE e para uma participação o mais abrangente possível;
2.Definição inicial do perfil da BE;
3.Selecção do domínio a avaliar. Avaliação decorre num ciclo de 4 anos com a análise de 1
domínio diferente por cada ano;
4. Recolha de evidências
(actas, inquéritos, questionários, observações, estatísticas realizadas pela BE, registos diversos, documentos reguladores
da BE…);

5.Análise e interpretação dos dados recolhidos;


6.Atribuição dum nível de desempenho ao domínio avaliado;
7.Elaboração do relatório de auto-avaliação;
8. Apresentação ao Conselho Pedagógico, reflexão conjunto sobre os resultados alcançados.
Elaboração de um Plano de Melhoria;
9. Elaboração duma síntese a integrar na auto-avaliação da escola;
10.Divulgação dos resultados (plataforma Moodle, placard da BE, blogue da BE…).
3.4. Perfil de desempenho da BE
A caracterização dos perfis de desempenho relativa
a cada um dos 4 domínios é efectuada numa escala
de quatro níveis
4.Domínio seleccionado para
avaliação em 2009/2010
Num contexto em que a escola está em obras, o
funcionamento da BE encontra-se condicionado (redução do
espaço da BE; implementação adiada do PTE, com
consequente utilização de computadores obsoletos; ruído;
frequência crescente ( e, por isso, de difícil controlo) – por
falta de outros espaços disponíveis para os alunos).
Há contudo actividades que não deixam de ser
implementadas, com menores ou maiores dificuldades, tais
como as que visam promover a leitura. Assim, foi
seleccionado o domínio B para avaliação no presente ano
lectivo.
5. A comunidade educativa:
participação e colaboração
A auto-avaliação da BE envolve vários elementos da
comunidade educativa numa acção colaborativa:
Coordenador da BE
Equipa da BE e respectivos colaboradores
Docentes da escola
Departamentos curriculares
Alunos
Encarregados de Educação
Utilizadores da BE em geral
Conselho Pedagógico
Direcção
6. Impacto esperado da auto-avaliação
da BE
No funcionamento da BE No quotidiano da escola
Objectivação clara e rigorosa do valor das Melhor conhecimento do trabalho
práticas da BE efectuado pela BE
Definição de estratégias de melhoria nas Incremento da articulação entre a BE, os
áreas de maior fraqueza ou satisfatórias docentes e as estruturas pedagógicas
Promoção do apoio à aprendizagem dos Melhoria do grau de eficácia das
alunos estratégias aplicadas no processo de
ensino-aprendizagem

Reequacionar objectivos
Adequar estratégias
Colaborar/cooperar/partilhar
Melhorar o sucesso educativo
Conclusão
Reflexão e avaliação são as pedras basilares que permitem contribuir para
a melhoria do serviço prestado pela BE. Como muito bem refere Elspeth
Scott:
“Measuring sucess is not an end in itself; it demonstrates the LRC’s contribuition
to school learning and teaching and provides evidence to back up your concerns. “ (1)

A recolha de evidências permite assim objectivar o real valor do


contributo da BE na aprendizagem dos alunos e detectar os pontos fracos
e fortes. Com base nessa análise é então possível delinear estratégias
sustentadas e fundamentadas, tendo em vista a melhoria progressiva do
desempenho da BE e da sua envolvência com os docentes, perspectivando
a melhoria do sucesso educativo dos alunos.
Nesta óptica, o professor-bibliotecário desempenha um papel activo,
sendo um agente promotor de mudança, inovação e de trabalho
cooperativo, em benefício da escola e dos alunos que a frequentam.

1. Scott, Elspeth, Scott,Elspeth, How Good is Your School Library Resource Centre? An Introduction to Performance
Measurment, 2002.
Para debater
“ While good school library media programs can have just such
a powerful impact on the effectiveness of your school, they
are not a silver bullet that just happens – they are envisioned,
planned, staffed and evaluated. A solid partnership between
the school library media specialist and the school leadership is
all it takes.” (1)

1. Johnson, Doug, Getting the most from your School Library Media Program, 2005.
Bibliografia
GRBE Modelo de Auto-avaliação da BE da RBE., Novembro de 2009. Disponível em :
http://www.rbe.min-edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=mod_auto_aval.pdf

Johnson, Doug, Getting the mostfrom your School Library Media Program, 2005. Disponível
em: http://www.doug-johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-library-
media-program-1.html

McNIcol, Sarah, Incorporating provision in school self-evaluation, Educational Review,


Volume 56, Issue 3 November 2004 , pages 287 - 296 . Disponível em:
http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=9603

Scott, Elspeth, How Good is Your School Library Resource Centre? An Introduction to
Performance Measurment, 2002. Disponível em: http://forumbibliotecas.rbe.min-
edu.pt/mod/resource/view.php?id=9602

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