Professional Documents
Culture Documents
“Ao professor bibliotecário exige-se acção, compromisso e responsabilidade, com implicações nas práticas e na
forma como interage com a escola. Cabe-lhe, como Todd (2001) refere, transformar a biblioteca escolar em
“espaço de conhecimento, por oposição a um espaço de informação”. Cabe-lhe entender a biblioteca escolar
além da colecção, além do espaço. Cabe-lhe transformá-la “num espaço de conexões de links e multi-referências”,
seja ao nível das colecções, seja ao nível da integração/interacção com a escola. Cabe-lhe definir “acções, por
oposição a posições e um trabalho persistente de demonstração do valor e do impacto da BE”. O sentido e a força
desse impacto têm que ser obtidos com recurso a evidências, num movimento cada vez mais pertinente de
1
mudança entre “dizer ou relatar (retórica) ” e a necessidade de “demonstrar” o que se faz (Todd 2008).” V
A escolha do domínio B – Leitura e Literacia foi em grande parte motivada pelo actual contexto da
escola e das repercussões que tem sobre o funcionamento global da BE. Com efeito, decorrem obras
profundas na escola sede de agrupamento – está a ser edificado um novo e moderno centro escolar – o
que muito tem condicionado o normal funcionamento das actividades lectivas na escola e da BE em
particular (redução do espaço onde está instalada a BE, más condições acústicas; implementação adiada do
PTE na escola e na BE, com consequente utilização de computadores obsoletos e com acesso lento à
Internet; ruído contínuo provocado pelas máquinas; frequência crescente e excessiva da BE (e, por isso, de
difícil controlo) por falta de outros espaços disponíveis para os alunos, tais como sala do aluno);
desinvestimento em mobiliário da BE, na expectativa da mudança para as novas instalações, e aumento da
indisciplina e stress provocados pela falta de espaços exteriores para os poderem brincar e se distrair.
Contudo, apesar de as condições serem adversas, há actividades que não deixam de ser implementadas,
com menores ou maiores dificuldades, tais como as que visam promover a leitura. Assim, foi seleccionado o
domínio B para avaliação no presente ano lectivo.
Esta opção, de entre os quatro domínios ( e respectivos sub-domínios) que compõem o modelo de
auto-avaliação da BE referentes a quatro áreas-chave das BE, enquadra-se ainda no EIXO II do Projecto
Educativo de Agrupamento: melhorar as aprendizagens dos alunos, na consecução do qual o contributo da
BE é fundamental. Por outro lado, tem sido efectuado um trabalho de promoção da leitura, em
colaboração com a coordenadora do PNL e o Departamento de Línguas, parecendo-me por isso
interessante tentar avaliar o impacto que as diversas iniciativas têm tido no desenvolvimento dos hábitos e
das competências de leitura, clarificando desse modo o conhecimento empírico que se vai tendo da
realidade.
O domínio B – Leitura e Literacia abrange a área da aquisição de competências de leitura e de
literacia da leitura. O mesmo subdivide-se em três indicadores – três critérios – que permitem caracterizar
e tornar claros o desempenho da BE nessas três áreas de intervenção/actuação:
1
Gabinete da RBE “NEWSLETTER nº 4”(Abril 2009) - http://www.rbe.min-edu.pt/np4/412.html [25/11/2009]
1
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
2
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
3. PLANO DE AVALIAÇÃO
3
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
4
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
10. A BE incentiva a leitura em Listagem de sites recomendados para pesquisas de Professor bibliotecário
ambientes digitais explorando as diferentes temáticas requisitados às Áreas Equipa da BE
Disciplinares Coordenadores das Áreas
possibilidades facultadas pela Listagem das bibliotecas digitais Disciplinares e não
WEB, como o hipertexto, o e-mail, Listagem de e-books Disciplinares (APR; EAC…)
blogs, wikis, slideshare, youtube… QD2
QA2
12. A BE apoia os alunos nas suas Publicitação das novidades em placares, vitrina, Professor bibliotecário
escolhas e conhece as novidades blog, plataforma Moodle Docentes
Registos de contactos efectuados com livrarias Livreiros
literárias e de divulgação que Catálogos recebidos/ recolhidos e divulgados
melhor se adequam aos seus QA2
gostos. QD2
2. Os alunos, de acordo com o seu Trabalhos realizados pelos alunos Professor bibliotecário
ano/ciclo de escolaridade, Análise diacrónica das avaliações dos alunos Equipa da BE
Grupos de trabalho do
manifestam progressos nas Observatório de Qualidade
competências de leitura, lendo Coordenadores Pedagógicos
mais e com maior profundidade. dos 2º e 3º ciclos
5
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
No âmbito da recolha de dados serão implicados alunos, professores e encarregados de educação. Prevê-se
que os elementos mais solicitados para o preenchimento dos inquéritos e fornecimento de dados diversos sejam os
seguintes:
A distribuição dos instrumentos de recolha de dados envolverá aproximadamente 20% dos docentes, 10 por
cento dos alunos e 10 % dos pais e encarregados de educação, escolhidos de forma aleatória.
Número estimado de inquéritos a recolher:
ALUNOS
5ºAno: 12
6ºAno: 12
7ºAno: 8
8ºAno: 8
9ºAno: 8
CEF: 4
6
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
Percurso Alternativo: 2
EFA: 4
PROFESSORES: 17
ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
2º Ciclo: 24
3ºCiclo: 24
CEF: 4
Percurso Alternativo: 2
5. CALENDARIZAÇÃO
ACTIVIDADE REALIZAÇÃO
Constituição de uma equipa formada pelo coordenador da BE e outros Dezembro
professores (ex: coordenadora do PNL, coordenadora do Departamento
de Línguas, um elemento da Direcção…)
Elaboração/ Selecção/ Adaptação de instrumentos a utilizar para a Dezembro/Janeiro
recolha de evidências
Aplicação à comunidade da 1ª fase de questionários Fevereiro
Tratamento e análise dos dados obtidos Março/Abril
Aplicação à comunidade da 2ª fase de questionários Maio
Tratamento e análise dos dados obtidos Junho
Reflexão sobre os resultados
Preenchimento dos quadros-síntese
Aferição do nível de desempenho da BE
Elaboração do relatório de auto-avaliação
Apresentação dos resultados em reunião de Conselho Pedagógico
Divulgação dos resultados à comunidade educativa (plataforma Moodle,
blog da BE, placard informativo…)
Julho
Integração dos dados da auto-avaliação da BE no relatório de auto-
avaliação de agrupamento
Definição de estratégias de aperfeiçoamento e de desenvolvimento a
incluir no Plano de Melhoria da BE
Envio ao Gabinete da RBE do relatório de auto-avaliação Setembro
6. LIMITAÇÕES
Afiguram-se vários aspectos que poderão ter uma influência negativa na implementação do processo de
auto-avaliação:
Constrangimentos inerentes ao facto de a escola sede se encontrar em obras (stress acrescido, falta de
espaços adequados para realizar actividades, falta de condições globais de funcionamento da escola…)
Dificuldades no envolvimento de vários agentes educativos (falta de trabalho cooperativo, individualismo,
resistência/renitência em aceitar a exigência de uma avaliação rigorosa dos serviços educativos como
7
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
É fundamental poder recorrer ao maior número possível de evidências, de modo a permitir realizar
um retrato o mais próximo possível da realidade da BE. Estas poderão ser recolhidas a partir de várias
fontes e perspectivas, sendo importante efectuar o cruzamento dos dados obtidos. Apesar de toda a
variedade de elementos que poderão ser utilizados, e da importância da auto-avaliação sustentada em
elementos concretos para o desenvolvimento estratégico da BE, temos de estar conscientes de que, como
afirma Jennifer Cram:
“We are never going to measure value precisely or perfectly. The information we gather is going to be
incomplete, biased by the organisation’s focus, and by self-interest of stakeholders. Nonetheless,
developing a performance measurement regime that balances traditional notions of efficiency and
effectiveness (that is, fulfilling the organisation’s strategic intent) with the resulting benefits to
customers and beneficiaries, is critical to the survival of libraries, and a prerequisite for strategic
development of library services. I reiterate that the purpose of measuring a library’s value is primarily not
to see whether the library is doing better or worse than others, but if it is doing well. There is, therefore,
is no more powerful or public signal of what your library stands for than the way it defines and measures
2
its performance, and particularly, how it addresses the issue of measuring its value.”
2
Cram, Jennifer (1999) “SIX IMPOSSIBLE THINGS BEFORE BREAKFAST: A multidimensional approach to measuring the value of
libraries”. 3rd Northumbria International Conference on Performance Measurement in Libraries and Information Services, 27-31
August. <http://www.alia.org.au/~jcram/six_things.html> [25/11/2009]
8
Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares - DRELVT –
4ª SEMANA – 1ª TAREFA - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
Os resultados do relatório serão divulgados à Equipa da BE, à Direcção, à RBE. Serão analisados em
reunião de Conselho Pedagógico, Conselho Geral e Departamentos Curriculares. Serão ainda apresentados
a toda a comunidade através da página Moodle do agrupamento e do blogue da BE. Este relatório integrará
ainda o relatório de Auto-avaliação do agrupamento.
Finalmente será delineado um Plano de Melhoria – integrando sugestões de várias estruturas
pedagógicas da escola/agrupamento – prevendo a realização futura de acções concretas prioritárias para
melhorar a qualidade do serviço prestado pela BE, referindo os objectivos a alcançar, os intervenientes e a
calendarização prevista.
A implicação da BE, da sua equipa e da comunidade educativa em geral no processo do seu
aperfeiçoamento deve ser uma constante:
“À biblioteca escolar cabe um papel de liderança, assumindo-se como um recurso indutor de inovação, um
recurso que contribua e tenha um papel activo e de resposta às mudanças que o sistema introduz, trazendo valor
3
à escola no cumprimento da sua missão e no cumprimento dos objectivos de ensino/ aprendizagem.”
8. BIBLIOGRAFIA
Cram, Jennifer (1999) “SIX IMPOSSIBLE THINGS BEFORE BREAKFAST: A multidimensional approach to
measuring the value of libraries”. 3rd Northumbria International Conference on Performance Measurement
in Libraries and Information Services, 27-31 August. <http://www.alia.org.au/~jcram/six_things.html>
[25/11/2009]
3
Gabinete da RBE “NEWSLETTER nº 4”(Abril 2009) - http://www.rbe.min-edu.pt/np4/412.html [25/11/2009]