O documento discute a história e cadeia produtiva do café no Brasil. (1) O café foi introduzido no Brasil no século 18 e se tornou um produto importante para a economia, responsável por grande parte das receitas do país. (2) O café influenciou a política, cultura e desenvolvimento do Brasil e foi responsável pela imigração em massa. (3) A produção, colheita e processamento do café são discutidos, incluindo a alternância de safras devido ao sistema de produção e fisiologia da planta.
O documento discute a história e cadeia produtiva do café no Brasil. (1) O café foi introduzido no Brasil no século 18 e se tornou um produto importante para a economia, responsável por grande parte das receitas do país. (2) O café influenciou a política, cultura e desenvolvimento do Brasil e foi responsável pela imigração em massa. (3) A produção, colheita e processamento do café são discutidos, incluindo a alternância de safras devido ao sistema de produção e fisiologia da planta.
O documento discute a história e cadeia produtiva do café no Brasil. (1) O café foi introduzido no Brasil no século 18 e se tornou um produto importante para a economia, responsável por grande parte das receitas do país. (2) O café influenciou a política, cultura e desenvolvimento do Brasil e foi responsável pela imigração em massa. (3) A produção, colheita e processamento do café são discutidos, incluindo a alternância de safras devido ao sistema de produção e fisiologia da planta.
INTRODUO O cafeeiro foi introduzido no Brasil, no Estado do Par, por volta de 1.750, proveniente da Guiana Francesa pelo Capito Mor Francisco de Mello Palheta. H relatos de que o Capito foi enviado para Guiana Francesa para atuar diplomaticamente no conflito que estava ocorrendo com a Guiana Holandesa, no entanto havia outro objetivo que era a obteno de sementes de caf, devido ao valor econmico do produto no mercado internacional. A principal receita cambial do pas foi obtida, inicialmente, com o comrcio do pau Brasil, seguido pela cana-de-acar e caf, cujo produto foi responsvel por muito tempo por receitas da ordem de 60 a 90%. Assim, pode-se afirmar que o Brasil, durante grande parte da sua histria, foi uma grande Fazenda de caf refm das oscilaes de preos externos. Para contornar a perda de receitas dos fazendeiros e, por extenso, do Governo brasileiro, adotou-se polticas de desvalorizao da moeda e de descarte do estoque pelo excesso de produo. Em razo da importncia econmica do caf e com a proibio da escravido de negros o pas precisou estimular a vinda de Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 2 imigrantes europeus e asiticos, que aconteceu por volta de 1.850, crentes na possibilidade de acumular terras e riquezas na Amrica. No entanto, a maioria s ficou sabendo que seriam usados como mo-de-obra nas grandes fazendas dos Bares do caf. O caf, do exposto, acabou por influenciar a poltica devido aos poderes econmicos dos Bares do caf, em que por muito tempo elegeu presidentes ora representantes da cafeicultura (So Paulo) ora dos expoentes da pecuria leiteira (Minas Gerais), o que levou a famosa poltica caf com leite. O caf foi tambm responsvel por mudanas nos hbitos alimentares, influenciou a cultura, a industrializao e aes pelos direitos trabalhistas, devido a presena imigrantes europeus. Do exposto, pode-se afirmar que a Histria do Brasil relaciona substancialmente com a histria do caf.
Slide 1 - Origem do cafeeiro: Coffea arabica e Coffea canephora O cafeeiro da espcie C. arabica originrio das montanhas (acima de 1.000 m) da Etipia, onde encontrado em sub-bosque; enquanto a espcie C. canephora proveniente do Vale do Rio Congo, em diversas condies de sombreamento e altitude. No Brasil e no mundo so produzidos e transformados em bebida gros dessas duas espcies, embora existam mais de 80 espcies. Em razo da origem, as plantas apresentam caractersticas diferentes de outras espcies perenes como, por exemplos, vrias floraes, alternncia de safra em cultivos a pleno sol (sistema de Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 3 produo) e gros que podem, em condies adequadas, serem armazenados por vrios anos. Por serem plantas perenes, em que da implantao at a primeira colheita aos 2,5 a 3 anos depois do plantio, envolvem valores superiores a R$ 8.000,00. Assim, as decises sobre reduo de custos operacionais, em pocas de preos pouco remuneradores so complexas, pois se trata de planta perene, e se o manejo no for condizente com as necessidades dos cafeeiros haver reflexos nos anos posteriores.
Slide 2 Composio qumica dos gros A composio qumica dos gros muito importante no processo industrial e varia com a espcie (C. arabica e C. canephora) e maturao dos frutos. A mistura de frutos imaturos piora a qualidade da bebida. Na espcie C. canephora h maior teores de cafena (substncia estimulante que atua no circuito de prazer e gratificao do crebro; e responde pelo amargor da bebida), de cidos clorognicos (sade humana e defesa vegetal), assim como de slidos solveis (rendimento industrial, sabor e corpo). Em C. arabica h maior quantidade de trigonelina (vitamina B e aroma) e lipdeos (aroma e sabor). A torra escura dos gros leva a perda de leos aromticos (gros oleosos), o que afeta o aroma e sabor e deixa a bebida do caf amarga independentemente do teor de cafena. Na Industrializao do caf para a produo de gros torrados e modos ou de caf solvel utilizada uma mistura de gros das Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 4 duas espcies - blend. Cada Indstria possui seu prprio blend (segredo industrial) e o desafio mant-lo, pois os consumidores, em geral, so fiis ao sabor de determinada marca.
Slide 3 - Florescimento e maturao de frutos O cafeeiro apresenta mais de trs floradas por ano, o que implica em maturao dos gros em vrias pocas, o que representa risco potencial para a qualidade da bebida. Em pequenas propriedades a colheita pode ser feita com vrios repasses para evitar a mistura de gros secos, passa, cereja e verde, semelhante ao que fazem os paises produtores da Amrica Central e Vietn. Entretanto, em grandes propriedades como h no Brasil, so feitos dois a trs repasses com colhedora mecnica, seguida por derria manual dos frutos que restaram, os quais podem, ainda, apresentar diferentes estgios de maturao. Para no afetar a bebida, os frutos so colhidos e separados em frutos pesados e frutos leves (secos, mal granados, chochos ou atacados por broca). A mistura de gros verdes e cereja so apartadas no descascador, que se estiver associado ao desmucilador, produz gros desmucilado menor risco de fermentaes, prejudiciais a bebida.
Slide 4 - Frutificao do cafeeiro A expanso e granao do cafeeiro dependem muito de gua e nutrientes, os quais podem ser limitantes se as chuvas forem Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 5 insuficientes e irregulares. Em anos normais de chuvas bem distribudas, mas com temperaturas elevadas, tambm haver prejuzos para a granao, em razo da reduo da condutividade hidrulica de cafeeiros, com prejuzo no atendimento da demanda evapotranspirativa da planta. A provvel causa para esse comportamento deve estar relacionada com o sistema de produo a pleno sol de plantas, cuja origem de sub-bosque. Os frutos chumbinhos esto em aparente repouso, com a fase de divises celulares finalizadas. Entretanto, no se verifica expanso visual que possa ser quantificada por meio do ganho de massa de matria seca. Aps certo perodo o fruto chumbinho expande substancialmente, mediante acmulo de carboidratos (CH 2 O), disponibilidade de gua e temperatura favorvel fotossntese (25 a 30 C), e adubao que atender a demanda por nutrientes, quando seu armazenamento no solo insuficientes em relao exigncia tanto para a vegetao quanto para a frutificao. No final da expanso h lignificao do endocarpo (parte do fruto) em razo da presso de turgor exercida pela gua nas paredes das clulas da semente. Ao trmino desse processo estar definido o tamanho dos gros, cuja influncia do clima e nutrio pode ser inferida pela peneira mdia. A peneira mdia o quociente entre o somatrio dos produtos dos nmeros de cada peneira (12, 13, 14, ... 26; isto 12/ 64, 13/ 64 a 26/ 64) pelas respectivas massas de gros retidos pela dividido pela massa total de gros. Durante a granao praticamente se completa o acmulo de carboidratos (96% da matria seca total). A deficincia hdrica nessa fase pode paralisar o acmulo de massa e de minerais nos gros, o Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 6 que leva a morte de rgos vegetais (tegumento, endosperma e o embrio). Entre os defeitos que originam na fase de granao podem ser enumerados o aspecto do lote (avaliao visual), o tamanho de gros (avaliado por peneiras) e a presena de gros chochos (5 gros chochos = 1 defeito) e mal granados (5 gros = 1 defeito).
Slide 5 - Produo brasileira e alternncia de safras O Brasil o maior produtor individual de caf, com mais de 40 milhes de sacas anuais (safra 2006/ 07). Pela anlise da srie histrica da produo nacional observa-se o efeito da alternncia da safra, que pode acontecer pela combinao do sistema de produo a pleno sol e a fisiologia do cafeeiro originrio de sub-bosque. Do total de 45,5 milhes de sacas produzidas, aproximadamente, 35 milhes de sacas (77,8%) so de gros arbicos e 10,5 milhes de gros canfora (23,2%). Em cafeeiro a pleno sol a produtividade por planta elevada e no repete a carga nas partes dos ramos que j deram frutos. Assim, haver alternncia de safras, ou seja, aps uma safra elevada segue uma safra inferior (sistema de produo x fisiologia da planta). A alternncia de safras afeta a competitividade, pela incapacidade de atender os contratos firmados, o que serve de estmulo para a entrada de concorrentes. A variao de safras j foi maior quando o cafeeiro era plantado em espaamentos largos (prximo de 1.000 plantas por hectare). Na atualidade tm-se aumentado o nmero de plantas por hectare diminui a quantidade Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 7 de frutos por planta (5 a 8 litros) e assim sobram CH 2 O para uso na produo de novos locais nos ramos produtivos (novos ramos e crescimento de ramos j em produo). Este fato acaba por amenizar as variaes de cargas entre safras. O aumento da densidade de plantas por rea chega a ser igual ou superior a 5.000 plantas por hectare, a tendncia de reduzir a alternncia, pela diminuio da produtividade por planta. O aumento da populao de plantas, como afirmado anteriormente, reduz a alternncia por diminuir a produtividade por planta. Uma caracterstica dos gros de caf a possibilidade de armazen-lo amento por vrios anos, se forem acondicionados em ambiente adequado. A perda de qualidade inicia a partir do 2 ano, mas a vida til poder superar os 10 anos. Esta uma caracterstica do caf, que difere da maioria das plantas perenes, e uma das responsveis pelos ciclos de crise prolongados, o que prejudica a capacidade dos cafeicultores de superarem os perodos de preos no remuneradores.
Slide 6 Distribuio da produo brasileira por Estados No Brasil o caf produzido em 13 Estados, com a maioria das reas cultivadas e em produo concentradas em 6 Estados, como: MG, ES, SP, PR, BA e RO. Os Estados de MG (maior produtor), SP, PR e BA (3, 4 e 5, nessa ordem) produzem somente gros da espcie C. arabica, enquanto RO produz somente C. canephora e ES (2 maior produtor) cultiva as duas espcies, com predominncia de canfora. Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 8 A rea cultivada com cafeeiro da ordem de 2,1 milhes de hectares e MG responsvel por mais de 1,0 milho de hectares, enquanto ES possui 488 e SP 154,7 mil ha. A produo brasileira de caf ocorre de forma pulverizada em 300 mil propriedades espalhadas em 1.950 municpios, em que predomina a agricultura familiar, uma vez que 90% dos cafeicultores brasileiros tm propriedades com menos de 100 hectares (1 ha = 10.000 m 2 ). No mercado interno, at que o produto chegue ao consumidor, predomina a livre concorrncia, em razo do grande nmero de agentes dispersos pelo territrio nacional, como: 70 cooperativas de caf, 166 exportadores, 11 indstrias de caf solvel e 1.600 torrefadoras (Mesquita & Masson, 2007).
Slide 7 - Comercializao: caf verde ou in natura O Brasil o maior exportador de gros verdes, com tendncia de estabilizar na faixa de 25 milhes de sacas anuais. A demanda mundial da ordem de 125 milhes de sacas, com uma taxa de crescimento ao redor de 2,0%, enquanto a produo total , aproximadamente, de 120 a 130 milhes de sacas. O mercado externo gerou receita superior a R$ 6 bilhes de janeiro a novembro de 2007, em que os maiores compradores, em volume (t), so: Alemanha (1), EUA (2), Itlia (3), Blgica (4), Japo (5) e Espanha (6). No mercado internacional a oferta pulverizada por mais de 60 pases produtores, distribudos na zona tropical. Por sua vez, o Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 9 varejo internacional de caf beneficiado est concentrado em quatro grandes torrefadoras (Nestl, Tchibo, Sara Lee, Procter & Gamble e Philip Morris), as quais respondem por cerca de 70% do mercado internacional de caf industrializado (torrado e modo). Estas empresas compram quase a metade do caf do mundo (50 a 60 milhes de sacas) e, como conseqncia, os pases produtores so tomadores de preo. A expanso internacional de marcas de caf brasileiro industrializado restringida pela adoo de mecanismos tarifrios, exigidos pelos pases importadores de gros. Isto ocorre no mercado europeu, em que so isentas de tarifas as exportaes de caf in natura (caf verde), enquanto que os cafs processados so submetidos a barreiras tarifrias que variam entre 5 a 11% (ad valorem), cuja tarifa incidente aumenta com o grau de agregao de valor. O comrcio internacional faturou US$ 30 bilhes em 1991, dos quais 30% (US$ 9 bilhes) fomos revertidos aos pases produtores. O faturamento do comrcio internacional do caf aumentou de 30 para US$ 70 bilhes, enquanto a participao dos pases produtores foi de apenas 8% (US$ 5,6 bilhes), com retrao de 22%. Ainda assim, cresce a participao do Brasil no mercado internacional, com produtos elaborados, como o caf torrado e modo.
Slide 8 - Comercializao: caf solvel O caf solvel serve para abrir mercados em pases que tradicionalmente no se bebe caf, pela facilidade de ser preparado. Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 10 Este fato favorece a entrada de outras formas, como: gros verde e torrado e modo. Entretanto, o caf solvel considerado um produto de qualidade inferior, devido ao uso de gros com diferentes problemas para seu uso aps processamento industrial. O mercado de solvel no tem crescido, apesar da agregao de valor, cujo preo atual da ordem de R$ 7.200,00 por tonelada, comparativamente aos gros verde R$ 2.700,00 e ao torrado e modo R$ 5.300,00 por tonelada. Uma das razes a poltica comercial do mercado europeu que taxa as exportaes brasileiras de caf solvel em 9 a 10%. Entretanto os pases como a Venezuela, Bolvia, Colmbia, Equador, Peru, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicargua e Panam gozam de ausncia tarifria para seus produtos. Este comportamento diferencial para com o Brasil adotado com o argumento de ajudar na erradicao do plantio de coca e outros produtos ilcitos. Embora insistam em afirmar que se trata de poltica social, mas o que ocorre de fato protecionismo maquiado em nome do social.
Slide 9 Comercializao: torrado e modo A exportao de cafs industrializados relativamente nova e comeou oficialmente em 2002. O Brasil caminha firme na comercializao de torrado e modo, dentro dos pases concorrentes internacionais, como: Alemanha e Itlia (1 e 3 importadores do Brasil) e maiores exportadores no mundo. Ao longo dos ltimos anos as torrefadoras brasileiras aprenderam agregar valor ao produto, e hoje vendem para pases da Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 11 Europa, sia, frica, Amrica do Norte etc. Os cafs para exportao so totalmente processados, industrializados e embalados nas torrefadoras nacionais, o que gera mais empregos e renda no pas. Um grande desafio do setor ser competitivo, de maneira que possa superar as barreiras tarifrias impostas pelo mercado europeu, em que 4 grandes empresas (Nestl, Tchibo, Sara Lee, Procter & Gamble e Philip Morris), as quais compram quase a metade (50 a 60 milhes de sacas) de todo o caf produzido no mundo. Para tanto, as empresas devem adequar seus produtos ao gosto e exigncia dos mercados mundiais e adotarem o conceito de caf de qualidade.
Slide 10 Consumo interno O consumo interno cresce sistematicamente desde a dcada de 80. Primeiro em razo do Programa Selo de Pureza da ABIC, em que somente os cafs comercializados que no possuam substncias estranhas ao caf, recebam o selo. Mais recentemente, a partir de 2000 a Indstria de caf oferece produtos diferenciados, com alta qualidade e maior valor agregado. Na atualidade, o Brasil consome 17,4 milhes de sacas de caf, muito prximo do maior consumidor - os EUA, com 22 milhes de sacas anuais. Alm dos programas desenvolvidos pela ABIC cresce tambm o mercado de cafeterias com cerca de 2,5 mil casas de caf e movimento superior a R$ 70 milhes por ms ou R$ 840 milhes por ano, e emprega mais de 30 mil funcionrios. Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 12 O Programa do Selo de Pureza foi criado em 1989 e ainda permanece ativo. Sua implantao se deu com a finalidade de impulsionar o consumo por meio da melhoria da qualidade. Em 2004, a ABIC lanou a segunda iniciativa, com a criao e lanamento do PQC - Programa de Qualidade do Caf. Uma das finalidades do Programa informar a qualidade do caf que est sendo vendido, alm de permitir que o consumidor identifique o tipo de gro utilizado em cada marca e, com isso, escolha o sabor que lhe agrade. Com a elevao de produo de cafs Superiores e Gourmets, os quais so ofertados tanto no mercado externo quanto no mercado interno, contribuir para o crescimento do consumo domstico, o que estimular a abertura de novas cafeterias, com gerao de mais renda e empregos. O Brasil exporta, em gros verdes, ao redor de 25 milhes de sacas e 3,5 milhes na forma de caf solvel, que acrescido do consumo interno (17,4 milhes), sem considerar o mercado externo de torrado e modo, demandar do setor produtivo, aproximadamente, 45,9 milhes de sacas. Na ltima safra brasileira (2007/ 08) foi alta e igual a 45,5 milhes de sacas, com estoques escasseando (7,8 milhes). Assim, a perspectiva para o prximo ano (2008/ 09) ser de safra baixa, fato preocupante do agronegcio caf. Ressalte-se que as informaes faladas ou escritas sobre as estatsticas pelas atividades relativas comercializao (interna e externa), industrializao, bolsa de mercadorias e corretores diverge do setor produtivo, que se refere, por exemplo, a safra 2007/ 08 (florescimento em 2007 e colheita e comercializao da referida safra Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 13 em 2008). Para os primeiros a mesma informao significa safra 2008/ 09 (colheita em 2008 e comercializao em 2009).
Slide 11 Comercializao: estoque regulador O Governo durante muito tempo regulou o mercado interno (Indstria de torrefao) com leiles de lotes de caf velhos da dcada de 70 e 80. Como o produto pode ser armazenado por vrios anos, as crises do setor so mais duradouras. Alm disso, o produtor, depois de muitos investimentos, em mdia R$ 8.000,00 por ano, dificilmente deixa de fazer a colheita, mesmo quando os preos no remunerem satisfatoriamente a atividade. O produtor mesmo em pocas de crise mantm o cafezal, devido aos elevados custos da ordem de R$ 10 a 12.000,00 por hectare alocado desde a implantao at a primeira colheita 2,5 a 3 anos depois. O custo de produo de cafeeiros formados chega, em mdia, R$ 8.000,00 por hectare, dos quais R$ 2.500,00 so gastos com insumos, R$ 2.000,00 com a colheita e R$ 1.200,00 com mo-de-obra (CNA). Os estoques de passagem (carryover) para a nova safra (2008/ 09) muito baixo, prximo de 7 milhes de sacas, suficiente para atender as necessidade de 2 meses do mercado (ABIC). Estes nmeros preocupam o setor, devido alternncia de produo da cafeicultura nacional e porque se espera uma safra inferior em 2007/ 08, em razo da estiagem (falta de chuva) que ocorreu entre setembro a novembro de 2007 (fase crtica: florescimento e expanso de frutos). Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 14 Esta ser a primeira vez que o mercado vai, provavelmente, operar sem o produto administrado pelo governo, embora os leiles continuem a rotina de ofertar 100 mil sacas por ms, o que implica na necessidade de poltica de ordenamento da prxima safra (2008/ 09), com financiamento para todos os setores (produo, comrcio e indstria).
Slide 13 Caf & Sade humana O caf uma das bebidas mais consumidas, apesar de todos os preconceitos e campanhas de desvalorizao. No entanto o hbito de tomar um cafezinho pode trazer mais benefcios sade do que o simples prazer de degustar uma bebida tradicional. A bebida de caf pode ser considerada nutracutica (nutricional e farmacutica), porque mais rica em minerais do que as bebidas isotnicas, contm vitamina B (niacina) e cafena, cuja dose segura de 3 ou 4 xcaras dirias ( 500 mg dia -1 ). A cafena estimula a ateno, concentrao, memria e o aprendizado escolar. A bebida mais saudvel para crianas e jovens o popular caf com leite, na dose de 3 xcaras dirias, pois alm de no causar obesidade fornece clcio, vitaminas e outros nutrientes bsicos para a sade humana. O caf um produto que se for consumido diariamente, de forma moderada, com ou sem leite, pode evitar a depresso, o infarto do miocrdio e estimula o circuito de prazer e gratificao do crebro entre outros (Encarnao & Lima, 2003). Generated by Foxit PDF Creator Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.