You are on page 1of 30

Práticas e Modelos de

Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar

Gregória Maria Barata Rosa Prata


Estudos internacionais mostram
“de forma inequívoca, que as
Bibliotecas Escolares podem
contribuir positivamente para o
ensino e a aprendizagem, pretende-
se estabelecer uma relação entre a
qualidade do trabalho da e com a
biblioteca escolar e os resultados
escolares dos alunos.”
in Modelo de Auto-Avaliação
Nota introdutória
 Ao a ler a 2ª tarefa proposta não hesitei em escolher o Fórum1
“Modelo de Auto-Avaliação dirigido à escola/ agrupamento”.
Isto porque, este oferece a oportunidade de elaborarmos
material para uso futuro.

 Assim sendo, começo por apresentar o cartaz de divulgação do


Workshop, seguido da sua planificação e por fim o power
point com o tema “Práticas e Modelos de Avaliação
Bibliotecas Escolares” que eu utilizaria para fazer a minha
apresentação .
No AGRUPAMENTO de ESCOLAS AFONSO de
PAIVA
ESCOLA BÁSICA 1 de SÃO TIAGO

WORKSOP
Dia 15 de Julho de 2010
Inscrições até 23 de Junho
Na BE/CRE
Planificação do workshop
Práticas e Modelos de Avaliação em
Bibliotecas Escolares
Público Alvo Pessoal Docente
Calendarização Primeira quinzena de Julho de 2010
Objectivos -Preparar a comunidade educativa para a implementação do Modelo de Auto-
Avaliação;

Reflectir sobre o conceito de biblioteca escolar (BE) e missão da biblioteca no


-

contexto da sociedade e do sistema educativo actual;

Reconhecer a importância da auto-avaliação da BE;


-

- Debater o modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, quanto à sua


estrutura e conceitos subjacentes;
Actividade - Analisar os possíveis constrangimentos e aspectos facilitadores da
(Estrutura do implementação do modelo à realidade de cada escola/agrupamento;
Workshop)
- Planificar uma calendarização prévia, conjunta, de implementação do
projecto;

Apresentação de alguns parágrafos do Manifesto da Unesco sobre a


-

Missão/Função da BE;

Momento de reflexão conjunta sobre o paradigma de escola e de biblioteca


-

para responder às necessidades actuais e debate sobre a pertinência da


avaliação da auto-avaliação da BE;

- Apresentação do power point;

- Debate sobre o modelo, apresentação de questões;

- Questionário para avaliação do workshop.


Duração -3 horas
Recursos -Uma apresentação em PowerPoint e material de projecção
-Questionário para avaliação do workshop
Avaliação Aplicação de um questionário
Práticas e Modelos de Avaliação
em Bibliotecas Escolares

Integração do Modelo de Auto-Avaliação na


Escola/Agrupamento
Enquadramento

 Contexto geral de mudança do sistema educativo e as suas


implicações nas Bibliotecas Escolares (BEs);

 Pressãode apresentar resultados por parte das organizações


(RBE, DREs, Municípios, Escolas);

 Integrar o processo de avaliação da BE na avaliação interna e


externa da Escola;

A necessidade de existir um documento orientador comum


“padrão”, que permita avaliar, de forma objectiva, o trabalho das
BEs – qual o seu contributo para as aprendizagens e para o
sucesso educativo.
O que é o Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar?

 Uma estratégia de desenvolvimento


que tem como objectivo facultar um
instrumento pedagógico que permita
avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o
impacto desse trabalho no funcionamento
da escola e nas aprendizagens dos alunos;
 O que verdadeiramente interessa e justifica a acção e a
existência da biblioteca escolar não são os processos, as
acções e intenções que colocamos no seu funcionamento ou
os processos implicados, mas sim o resultado, o valor que
elas acrescentam nas atitudes e nas competências dos
utilizadores.
In Texto da Sessão
 Estudos internacionais mostram que as BE podem contribuir positivamente para o
ensino e a aprendizagem, podendo estabelecer-se uma relação entre a qualidade do
trabalho da e com a BE e os resultados escolares dos alunos;
 A auto-avaliação não é uma ameaça, pelo contrário pode ser uma grande
oportunidade;
 É um instrumento de regulação e de melhoria;
Pertinência da existência de um
 Não constitui um fim em si mesma, devendo ser entendida como um processo que
Modelo
deverá deàAvaliação
conduzir para
reflexão e deverá asmudanças
originar Bibliotecas
concretas Escolares
na prática;
 Deve-se enquadrar no contexto da escola e ter em conta as diferentes estruturas
com as quais é necessário interagir:
ØA Direcção deve ser líder coadjuvante no processo e aglutinar vontades e
acções, de acordo com o poder que a sua posição lhe confere;
Øos professores, alunos, pais ou outros agentes que vão, de uma forma ou de
outra, ser chamados a participar.
“O Modelo de Auto-Avaliação
escolhido resultou de uma
análise efectuada sobre outros modelos já
existentes e sobre a
realidade da escola portuguesa. Sendo útil
registar e confrontar as
práticas que já se vêm realizando noutros sistemas de
ensino, procurou-se
encontrar (…) uma
formulação que cumprisse os
objectivos essenciais que se
pretendem alcançar: desenvolver uma abordagem
essencialmente qualitativo, orientada para uma análise dos
Porquê é importante auto-avaliar?

 “Medir” o impacto que as práticas da BE têm nas


aprendizagens dos alunos, nas suas atitudes, valores e
competências;

 Avaliar o trabalho colaborativo entre a BE e os


professores;

 Identificar práticas que têm sucesso e pontos fracos a


melhorar e, posteriormente, elaborar Planos de Acção;

 Planificar estrategicamente o trabalho, tendo em conta


o Projecto Educativo da Escola/Agrupamento;

 Obter informação mais formalizada, que permita


O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria
Conceitos implicados
 Facultar um instrumento pedagógico e de melhoria contínua, que permita aos Conselhos
Executivos e aos Coordenadores avaliar o trabalho da Biblioteca Escolar e o impacto desse
trabalho no funcionamento global da Escola e nas aprendizagens dos alunos;

 Identificar áreas de sucesso e áreas mais fracas, investindo nestas, a fim de obter
melhores resultados.;

 A auto-avaliação da BE implica um planeamento e uma estratégia clara e exequível,


concretizada em objectivos, acções e metodologias de monitorização do processo, que
permitam proceder aos reajustamentos necessários e medir o seu grau de cumprimento;

 A avaliação não é um fim em si mesma. É um processo que deve facultar informação de


qualidade, capaz de apoiar a tomada de decisão.
Conceitos Básicos do Modelo de Auto-Avaliação

 Construtivismo – o aluno é construtor do seu


conhecimento.
 Curiosidade – o acesso ao conhecimento baseia-se na
inquirição e questionamento contínuos.
 Literacia digital – promoção das TIC e da Internet como
ferramentas de acesso à informação e à construção de
conhecimentos.
 Evidências – recolha sistemática de evidências, a fim de
avaliar as práticas e melhorá-las.
 Avaliação-acção – avaliando as evidências, identificam-se
os problemas e resolvem-se.
 Impacto – conhecer o impacto que a biblioteca tem na
escola e a eficácia dos seus serviços.
Organização estrutural e funcional

4 DOMÍNIOS 4
ANOS
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
Ø A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas
e os docentes
Ø A.2. Desenvolvimento da literacia da informação

B. Leitura e Literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
Comunidade
Ø C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de
enriquecimento curricular
Ø C.2. Projectos e parcerias

D. Gestão da Biblioteca Escolar


Ø D.1. Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e
Estrutura

Cada domínio será avaliado com base numa reflexão


feita a partir de:
 Indicadores (zonas de intervenção de cada domínio)
 Factores críticos de sucesso (exemplos de situações,
ocorrências, acções )
 Recolha de evidências (informações obtidas em
documentos ou registos diversos: documentos pré-
existentes, actas, relatórios, materiais produzidos pela BE
ou em colaboração, estatísticas, trabalhos de alunos,
questionários, fichas de observação, listas de verificação,
entrevistas…)
Níveis de desempenho

4 - Excelente
A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho desenvolvido é
de grande qualidade e com um impacto bastante positivo.
3 - Bom
A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio mas
pode melhorar alguns aspectos.
2 - Satisfatório
A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo
necessário melhorar o desempenho para que o seu impacto seja
mais efectivo.
1 - Fraco
A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o
Etapas do Processo

1. Escolha do domínio a avaliar

Iniciativa
Coordenador/Equipa

Contexto
da Escola

Apresentar ao
Discutir com a
Direcção Conselho
Pedagógico
Etapas do Processo
2. Estabelecer prioridades

Como não é possível “medir tudo”, dar prioridade a:

- selecção dos indicadores a avaliar


- vontade expressa pelos professores
- necessidades dos alunos

3. Aplicação de instrumentos de medida

Questionários, grelhas de observação a alunos, professores e


pais/Encarregados de Educação
4. Gestão de evidências

Recolha de
Informação

 Identificar evidências significativas


 Verificar se as fontes Ao longo do ano
são fiáveis
 Articular elementos quantitativos e De forma
qualitativos
sistemática
4. Gestão de evidências

Tratamento da Informação
Transformar
Informação em
conhecimento

A Verifica
n r,
a Clarific
l ar,
i Redefini
s r
a
r

Elabo Identificar
rar pontos
Plano fracos e
de pontos
Melho fortes
ria
Situar a
avaliação
utilizada num
5. Comunicação dos resultados

• Comunicação à:

Escola – Apresentação e discussão do


Relatório de Auto-Avaliação no C.P.

Síntese a integrar no Relatório de Auto-Avaliação


da Escola o Coordenador aquando da Avaliação
Orientará
Externa pela IGE
RBE – Envio do Relatório de Auto-
Avaliação
Integração/Aplicação à realidade da escola/biblioteca escolar

ação da BE necessidade de envolvimento de todos os interveni


no processo educativo.
Coordenador e Professores, Conselho
Direcção
equipa da BE Alunos, EE Pedagógico

Discussão e
Capacidade de Acompanhamento Colaboração nas
parecer sobre:
liderança, e coadjuvação respostas a
organização e do processo inquéritos e -Relatório de
análise de grelhas de
Auto-Avaliação
evidências observação -Plano de

Melhoria
Objectividade e
seriedade nas
respostas

Todos Adopção de uma Cultura de


Avaliação
Oportunidades de Mudança

Avaliar é sempre uma oportunidade de alterar práticas;


 Reflexão contínua sobre o desempenho da BE;
 Planeamento do caminho a seguir, valorizando os pontos
fortes e implementando acções para a melhoria;
 Promoção de uma gestão de mudança, procurando a
adaptação e flexibilização da BE de acordo com a missão, metas
e objectivos da Escola e da BE;
 Reconhecimento da importância da BE nas aprendizagens e
resultados escolares;
 Cooperação professores/BE;
 Responsabilização de alunos e professores em todo o
processo;
 Impacto nas atitudes e competências dos alunos Aumento do
Constrangimentos

 Não reconhecimento da
importância da BE;
 Pouca valorização por parte da
Direcção;
 Falta de formação da equipa
educativa;
 Falta de cooperação das estruturas
educativas da escola;
 Pouca formação dos elementos da
equipa da BE;
 Desvalorização das práticas de
avaliação da BE.
Mudanças que a aplicação da
Auto-Avaliação da Biblioteca impõe

 A participação do professor bibliotecário no sucesso


educativo dos alunos;
A mobilização de toda a escola para participar na
avaliação da BE;
A formação dos utilizadores do modelo, de modo a
aderirem ao processo avaliativo;
 O diálogo com os professores para definir cooperações
nas práticas educativas;
 Que a prática seja condicionada pela análise da recolha de
evidências;
 Diálogo constante com a Direcção da escola para delinear
novas estratégias.
Impacto da BE na escola

A avaliação pretende promover a mudança, mas a mudança é


um processo gradual que na escola deve:

 Verificar-se na melhoria dos resultados dos alunos;


 Mudar as práticas de aquisição de conhecimentos;
 Contribuir para novos planos de melhoria;
 Integrar a BE nas práticas escolares, curriculares e
extracurriculares;
 Melhorar o desempenho da BE;
 Consciencializar a comunidade escolar da importância da
BE, com resultados escolares dos alunos;
 Estreitar a colaboração entre professores.
 Rentabilizar os recursos da BE;
 Promover a discussão do resultado do trabalho da BE em
Conselho Pedagógico;
Gestão participada das mudanças que impõe
níveis de participação da escola

A Equipa deve interagir com:

Direcção – deve ser líder coadjuvante no processo,


aglutinando vontades e acções, de acordo com o poder que a


sua posição lhe confere.

Conselho Pedagógico – o seu envolvimento confere


credibilidade ao processo, pelo que a sua acção deve ser


activa e responsável.

Alunos, pais e professores – disponibilizando informação


sobre o processo de auto-avaliação da BE, a fim de


possibilitar contributo de cada um, individualmente ou
enquanto inserido em diversas estruturas (Departamentos,
Conclusão

Para terminar o meu trabalho quero citar Eisenberg e


Miller (2002) que referem que “O pensamento estratégico é
uma maneira de abordar os problemas e oportunidades. (…) O
sucesso começa com a atitude. Uma atitude positiva gera
resultados positivos (...). Se acha que pode, pelo menos tem
uma oportunidade de lutar. Atributos de uma atitude positiva
incluem a paixão, entusiasmo, optimismo e energia.
Bibliotecários escolares bem sucedidos são frequentemente
caracterizados pelas suas atitudes.
Bibliografia
Eisenberg, Michael B. e Miller, Danielle H. (2002). This Man Wants to Change Your Job. School Library Jounal

Johnson, Doug (2005). “Getting the Most from Your School Library Media Program”. Principal. Jan/Feb 2005

Scott, Elspeth (2002). “How good is your school library resource centre? An introduction to performance measurement”. 68th
IFLA Council and General Conference August.

Todd, Ross (2002). “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice”. 68th IFLA Council and
General Conference August.

Todd, Ross (2003). School Library and Evidence-Based Practice: Dynamic Strategies and Outcomes

Todd, Ross (2008). School Library Jounal

OUTROS DOCUMENTOS

Bibliotecas escolares: Modelo de Auto-Avaliação (2007), RBE

Texto da sessão

You might also like