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RESOLUÇÃO SEFAZ N.

º 030 DE 09 DE ABRIL DE 2007

Dispõe sobre a Declaração Anual para o IPM


(DECLAN-IPM – ano-base 2006), estabelece
normas gerais para a apuração do valor adicionado

e para a fixação dos Índices de Participação dos


Municípios na arrecadação do ICMS e dá outras
providências.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de suas atribuições legais,

R E S O L V E:

CAPÍTULO I
DA DECLARAÇÃO ANUAL PARA O IPM (DECLAN-IPM)

SEÇÃO I
DO DOCUMENTO E DA OBRIGAÇÃO

Art. 1.º A Declaração Anual para o IPM (DECLAN-IPM), modelo único, é o


documento que se destina à apuração do valor adicionado nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços alcançados pela
incidência do ICMS, realizadas no Estado, visando a compor o cálculo dos Índices
de Participação dos Municípios (IPM) na Arrecadação do ICMS, conforme disposto
no artigo 3.º da Lei Complementar Federal n.º 63/1990.

Parágrafo único – O contribuinte informará na DECLAN-IPM os dados que forem


exigidos de acordo com a atividade exercida ou situações especiais, nos termos
dos artigos 4.º e 5.º desta Resolução.

Art. 2.º A DECLAN-IPM deverá ser apresentada obrigatoriamente pelos


contribuintes localizados neste Estado, que estiveram inscritos por qualquer
período do ano-base no segmento de inscrição obrigatória do Cadastro de
Contribuintes do ICMS (CAD-ICMS), ainda que no referido período não tenham
sido realizadas operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços
com incidência do ICMS.

§ 1.º Incluem-se na relação de contribuintes obrigados à apresentação da


DECLAN-IPM:

a) o contribuinte pessoa física inscrito no Cadastro da Pessoa Física Contribuinte


do CAD-ICMS (antigos CECOR e AGROPESQ);

b) o estabelecimento detentor da inscrição estadual centralizadora de


revendedores autônomos;

c) o estabelecimento inscrito no CAD-ICMS, dispensado, por força de regime


especial ou de legislação específica, de escrituração de livros ou documentos
fiscais ou de outras obrigações tributárias.

§ 2.º No caso da alínea "c" do parágrafo anterior, se a dispensa envolver a


centralização do cumprimento das obrigações tributárias em outro
estabelecimento, o estabelecimento dispensado, ainda assim, deverá apresentar
DECLAN-IPM, preenchendo o Quadro "A" de identificação da declaração e,
quando for o caso, também os Quadros "F" e "G" de discriminação da receita bruta
do estabelecimento e da empresa, respectivamente.

SEÇÃO II
DA ELABORAÇÃO E ENTREGA

Art. 3.º A DECLAN-IPM deverá ser entregue exclusivamente pela Internet, no site
www.receita.rj.gov.br da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ), e poderá ser
preenchida mediante formulário eletrônico (declaração on-line), mediante
programa gerador, disponibilizado pela SEFAZ no citado site, ou ainda por
programa do próprio contribuinte, observadas as instruções de preenchimento
disponibilizadas no supracitado site após a publicação de Portaria da SUCIEF, que
identificará a correspondente versão do manual em vigor.

§ 1.º Ao término da validação e da transmissão da DECLAN-IPM, será


disponibilizada, em retorno, para impressão pelo contribuinte, a cópia da
declaração apresentada com indicação do número de controle (protocolo definitivo)
atribuído pelo sistema, que servirá como comprovante de entrega da mencionada
declaração.

§ 2.º Com vistas a facilitar a apresentação da declaração entregue on line ou por


meio do programa gerador, estará disponível no site da SEFAZ um formulário-
rascunho do modelo da DECLAN-IPM, para que os usuários possam imprimi-lo e
preenchê-lo com os dados a serem transcritos para o formulário eletrônico ou para
o programa gerador.

§ 3.º A apresentação da DECLAN-IPM de forma diversa da estabelecida neste


artigo não terá validade, ficando sem efeito qualquer outro comprovante que não
aquele emitido na forma do § 1.º deste artigo.

§ 4.º No caso de problema na impressão do comprovante de entrega da DECLAN-


IPM a que se refere o parágrafo primeiro, o contribuinte poderá confirmar o
recebimento da declaração pela consulta específica disponibilizada no site da
SEFAZ.

§ 5.º Os contribuintes que não dispuserem de acesso próprio à Internet poderão


solicitar auxílio das repartições fiscais ligadas à rede da SEFAZ para elaboração e
entrega da declaração pelo formulário eletrônico, para gravação de cópia do
programa gerador, para transmissão da declaração e/ou impressão do formulário-
rascunho, observando-se o seguinte:

1) para gravação de cópia do programa gerador, deverão ser levados os disquetes


(“3 ½”) necessários, formatados, sem conter arquivos, nos quais o programa será
gravado;

2) para transmissão da declaração, o contribuinte deverá levar os disquetes


necessários contendo a DECLAN-IPM já preenchida, que será transmitida
normalmente pela Internet, não podendo a repartição fiscal reter o arquivo
eletrônico para posterior envio.

§ 6.º Estará disponível no site da SEFAZ um módulo de esclarecimento de dúvidas


sobre o preenchimento e entrega da DECLAN-IPM, podendo ainda os
contribuintes, para maiores informações, se dirigirem aos plantões fiscais das
repartições fiscais, independentemente de sua circunscrição.

Art. 4.º O contribuinte pessoa jurídica ou firma individual informará o QUADRO “A”
- IDENTIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO e, de acordo com sua atividade ou
situações especiais, também os seguintes:
I – QUADRO “B” – RESUMO GERAL DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES:
quadro de preenchimento obrigatório pelos contribuintes que tiverem movimento
de operações com mercadorias e prestação de serviços com incidência do ICMS a
declarar no ano-base, independente do tipo de atividade por ele exercida;

II – QUADRO “C” – RESUMO ESPECÍFICO DE OPERAÇÕES COM


MERCADORIAS: quadro de detalhamento das informações prestadas no Quadro
“B”, de preenchimento obrigatório tão-somente pelos contribuintes que realizarem
operações com mercadorias no próprio estabelecimento declarante (exceto
energia elétrica e água natural canalizada) e que, simultaneamente, também
informarem prestação de serviços com incidência do ICMS;

III – QUADRO “D” – AJUSTES DO VALOR ADICIONADO: quadro de


preenchimento obrigatório pelos contribuintes que tiverem valores a declarar no
ano-base em relação aos ajustes referidos no § 1.º deste artigo;

IV – QUADRO “E” – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO POR


MUNICÍPIOS: quadro de preenchimento obrigatório pelos contribuintes que, no
ano-base, incidiram nas situações referidas no § 2.º deste artigo;

V – QUADRO “F” – RECEITA BRUTA DO ESTABELECIMENTO: quadro de


preenchimento obrigatório por todos os estabelecimentos declarantes, ainda que
os contribuintes não tenham tido movimento a declarar nos quadros
anteriores. Neste quadro deverão ser informados os valores mensais totais das
receitas auferidas, de qualquer natureza (operacionais e não operacionais), e as
receitas oriundas de vendas de mercadorias submetidas à substituição tributária
pelo estabelecimento no ano-base;

VI – QUADRO “G” – RECEITA BRUTA DA EMPRESA: quadro de preenchimento


obrigatório apenas pelo contribuinte inscrito no CAD-ICMS como Estabelecimento
Principal e/ou Único, ainda que não tenha havido movimento a declarar nos
quadros anteriores. Neste quadro deverão ser informados os valores mensais
totais das receitas auferidas, de qualquer natureza (operacionais e não
operacionais), e as receitas de vendas de mercadorias submetidas à substituição
tributária pela empresa no ano-base, englobando todos os seus estabelecimentos,
inclusive os que não estiverem inscritos no CAD-ICMS ou os localizados fora do
Estado.

§ 1.º Informará o Quadro “D” – AJUSTES DO VALOR ADICIONADO, o


contribuinte:

a) em cujo estabelecimento tiverem ocorrido operações relativas ao Ativo


Imobilizado;

b) em cujo estabelecimento tiverem ocorrido operações relativas a material para


Uso e Consumo;

c) em cujo estabelecimento tiver sido dada entrada ou saída de mercadorias com


imposto retido por substituição tributária destacado no documento fiscal ou a título
de ressarcimento e incluído no valor contábil da operação;

d) em cujo estabelecimento tiver ocorrido entrada de matérias-primas oneradas


com o IPI;

e) em cujos documentos fiscais houver a apresentação de valores, nas entradas e


saídas, relativos a operações ou prestações, cujos CFOP(s), especificados no
Manual de Instruções de Preenchimento da DECLAN-IPM, não constituam fato
gerador do ICMS;

f) em cujo estabelecimento tiver ocorrido operação com a saída de mercadorias,


cuja parcela do IPI não integrar a base de cálculo do ICMS;

g) em cujo estabelecimento tiver ocorrido operação com a saída de mercadorias


cuja parcela do IPI integrar a base de cálculo do ICMS;

h) em cujo estabelecimento tiverem ocorrido operações com importações de


mercadorias destinadas exclusivamente à industrialização ou comercialização;

i) em cujo estabelecimento possuir estoque de mercadorias no início e no término


do exercício.

§ 2.º Informará o Quadro “E” – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO POR


MUNICÍPIOS, o contribuinte:

a) Com atividade de geração ou distribuição de energia elétrica;

b) com atividade de prestação onerosa de serviço de comunicação;

c) com atividade de prestação de serviço de transporte interestadual e/ou


intermunicipal;

d) com atividade de fornecimento de água natural canalizada;

e) que se encontrar na situação especial de estabelecimento responsável por


dispensa de inscrição estadual e/ou que possuir inscrição centralizada;

f) que se encontrar na situação especial de inscrição responsável por revendedor


autônomo;

g) que tenha adquirido produtos agropecuários ou da atividade pesqueira com


trânsito acobertado por nota fiscal emitida pelo próprio adquirente e não
acompanhados por nota fiscal emitida pelo produtor;

h) que tenha operações com mercadorias e prestações de serviços com incidência


do ICMS não escrituradas, denunciadas espontaneamente ou apuradas em ação
fiscal.

§ 3.º O preenchimento dos Quadros da referida declaração obedecerá ao disposto


no Manual de Instruções de Preenchimento, previsto na Portaria SUCIEF a ser
disponibilizada no site da SEFAZ na página da DECLAN-IPM.

Art. 5.º O contribuinte pessoa física inscrito no CAD-ICMS preencherá apenas as


informações do QUADRO “A” e, quando existirem valores a declarar, os Quadros
“B” e “E” da DECLAN, em conformidade com o disposto no Manual de Instruções
de Preenchimento.

Art. 6.º O QUADRO “H” – VALOR ADICIONADO APURADO não será informado
pelo contribuinte declarante, mas preenchido automaticamente pelo sistema de
processamento da SEFAZ por ocasião da entrega da declaração, sendo o citado
valor visualizado no comprovante de entrega da declaração mencionado no § 1.º
do artigo 3.º.
Art. 7.º O contribuinte deverá informar, quando do início do preenchimento da
DECLAN-IPM, nos campos próprios do questionário, as atividades exercidas e as
situações especiais ocorridas no seu estabelecimento no ano-base, sendo exibidos
e disponibilizados, para fins de preenchimento da declaração, somente os quadros
específicos pertinentes às referidas atividades e situações informadas.

Art. 8.º A DECLAN-IPM, além das críticas efetuadas quando do seu


preenchimento por formulário eletrônico (declaração on-line) e/ou por programa
gerador, será também submetida a críticas de processamento com a base de
dados da SEFAZ quando de sua transmissão, sendo recusada a entrega na
ocorrência dos seguintes casos:

I - a inscrição estadual do contribuinte não estiver registrada no Sistema de


Cadastro de Contribuintes do ICMS;

II - a inscrição estadual do contribuinte constar no Sistema de Cadastro de


Contribuintes do ICMS nas condições de Não-Cadastrada (NC) ou Inutilizada (IN);

III - a inscrição estadual do contribuinte estiver registrada no Sistema de Cadastro


de Contribuintes do ICMS com data de concessão ou de início de atividades
posterior ao ano-base da declaração;

IV - o contribuinte estiver com sua inscrição estadual desativada (situações de


Baixado, Suspenso, Impedido ou Cancelado) durante o ano-base da declaração;

V - o estoque inicial declarado não conferir com o estoque final informado na


declaração do ano-base imediatamente anterior;

VI - houver incompatibilidade entre valores declarados nos diversos quadros e


campos da declaração ou entre dados declarados e dados constantes do sistema
da SEFAZ;

VII - o ano-base da declaração for igual ou posterior ao da apresentação, exceto


no caso de baixa (encerramento de atividades), quando poderá ser o mesmo.

Parágrafo único – Nas hipóteses deste artigo, o contribuinte deverá rever os


dados informados. Se os dados estiverem incorretos, ele deverá corrigi-los e
deverá fazer uma nova apresentação da declaração; se os dados estiverem
corretos, ele deverá adotar os seguintes procedimentos:

a) comparecer à repartição fiscal de sua circunscrição para regularizar a situação


cadastral de seu estabelecimento, no caso dos incisos I a IV;

b) apresentar DECLAN-IPM retificadora do ano-base imediatamente anterior ao da


nova declaração, a fim de corrigir o valor informado no estoque final, no caso do
inciso V.

SEÇÃO III

DA DECLAN-IPM DE BAIXA

Art. 9.º Quando do encerramento das atividades do estabelecimento, e no mesmo


prazo previsto em legislação específica para apresentação do pedido de baixa de
inscrição, o contribuinte deverá apresentar a declaração referente ao exercício de
encerramento das atividades, que será denominada “DECLAN-IPM de Baixa”, e a
do imediatamente anterior, caso ainda não tenha sido entregue.

Parágrafo único - O contribuinte fica dispensado de apresentar comprovante de


entrega da DECLAN-IPM junto do pedido de baixa da inscrição, devendo a
repartição fiscal que o recepcionar verificar, em consulta ao Sistema de Cadastro
de Contribuintes, se foram entregues as declarações do exercício de encerramento
das atividades e dos quatro últimos, intimando o requerente a fazê-lo, quando for o
caso, sem prejuízo da recepção do pedido de baixa e da adoção das medidas
fiscais cabíveis.

SEÇÃO IV
DA DECLAN-IPM RETIFICADORA

Art. 10. Os erros ou omissões em DECLAN-IPM já entregue deverão ser corrigidos


por meio de declaração retificadora, para correção dos dados incorretos ou para
informação dos dados omitidos.

§ 1.º A DECLAN-IPM será identificada pelas seguintes naturezas:

a) Normal: a primeira apresentada pelo contribuinte relativa a cada ano-base;

b) Retificadora: as posteriores, relativas a cada ano-base, que porventura forem


apresentadas pelo contribuinte para os fins previstos no caput deste artigo.

§ 2.º O disposto no caput deste artigo aplica-se, inclusive, no caso da retificação


de DECLAN-IPM de Baixa.

SEÇÃO V
DAS PENALIDADES

Art. 11. A não apresentação da DECLAN-IPM ou sua entrega após o prazo


estabelecido, bem como a constatação de dados incorretos e/ou de omissão de
informações, sujeitará o contribuinte às penalidades previstas:

I - no inciso XIX ou, se for o caso, no § 9.º do artigo 59 da Lei n.º 2.657, de 26 de
dezembro de 1996, com a nova redação da Lei n.º 3.040, de 9 de setembro de
1998, pela não entrega da DECLAN-IPM ou sua apresentação fora do prazo;

II - no inciso XXXIII do artigo 59 da Lei n.º 2.657, de 26 de dezembro de 1996, com


a nova redação da Lei n.º 3.040, de 9 de setembro de 1998, pela constatação de
dados incorretos ou de omissão de informações.

§ 1.º Nas ações fiscais que envolverem exame de livros e documentos fiscais, o
Fiscal de Rendas deverá verificar se as DECLAN-IPM do contribuinte dos cinco
últimos exercícios foram devidamente preenchidas e entregues, lavrando o auto de
infração competente se apurada qualquer irregularidade.

§ 2.º Anualmente, após a publicação dos Índices Definitivos de Participação dos


Municípios, os contribuintes omissos na entrega da DECLAN-IPM e os que
apresentaram declarações fora dos prazos estabelecidos nesta Resolução, cujo
valor adicionado não foi, em tempo hábil, apropriado no cálculo dos referidos
índices, serão objeto de seleção e inclusão em programação fiscal específica pela
Subsecretaria Adjunta de Fiscalização, visando à aplicação das penalidades
indicadas neste artigo, caso a irregularidade ainda não tenha sido apurada
conforme parágrafo anterior.
§ 3.º A aplicação das penalidades não exime o contribuinte infrator de apresentar a
declaração omissa ou retificadora cabível, no prazo determinado pelo Fiscal de
Rendas autuante ou, na ausência de determinação expressa nesse sentido, em
até 10 (dez) dias da ciência da autuação.

§ 4.º A comunicação porventura apresentada por município à SEFAZ sobre


omissão ou atraso na entrega de DECLAN-IPM será encaminhada à Subsecretaria
Adjunta de Fiscalização para oportuna inclusão em programação fiscal, conforme
disposto nos §§ 1.º e 2.º deste artigo.

SEÇÃO VI
DA ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE

Art. 12. A Superintendência de Cadastro e Informações Econômico-Fiscais


(SUCIEF), por intermédio da Coordenação de Informações Econômico-Fiscais
(CIEF), manterá o gerenciamento das rotinas de recebimento, processamento e
controle da DECLAN-IPM e do cálculo dos Índices de Participação dos Municípios
na Arrecadação do ICMS.

Parágrafo único – Caberá à Assessoria de Informática (ASSINF) da SEFAZ a


manutenção e aperfeiçoamento do sistema informatizado próprio, das bases de
dados pertinentes e do constante acompanhamento da utilização dos serviços pela
Internet, visando a permitir a sua utilização da forma mais eficiente possível.

CAPÍTULO II
DA APURAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Art. 13. O Valor Adicionado do Estado (VAE) e o dos Municípios (VAM), utilizados
para cálculo dos Índices Provisórios e Definitivos de Participação dos Municípios
na Arrecadação do ICMS, em cada ano-base, serão apurados pela CIEF/SUCIEF
tendo por base as operações e prestações a que se referem os §§ 1.º, 2.º, 11 e 12,
do artigo 3.º da Lei Complementar Federal n.º 63/1990 e corresponderão ao
somatório do Valor Adicionado de cada Contribuinte (VAC), obtido por todas as
informações prestadas na DECLAN-IPM do estabelecimento, de acordo com a
regra de cálculo do valor adicionado vigente na data da apuração do IPM
Provisório ou Definitivo.

§ 1.º Será computada, na apuração do Valor Adicionado para o IPM Provisório do


município, a DECLAN-IPM entregue mais recentemente pelo contribuinte até o
último dia do prazo fixado para a entrega anual da declaração ou, a critério da
CIEF, até data posterior em que puder ser utilizada sem prejuízo à conclusão da
apuração dos Índices Provisórios;

§ 2.º Durante as fases de entrega da DECLAN-IPM e de apuração do IPM


Provisório, e visando a obter esclarecimentos sobre declarações que apresentem
incorreções ou inconsistências, a CIEF poderá de imediato solicitar auxílio das
repartições fiscais, que deverão atendê-la em caráter prioritário, ou contatar os
próprios contribuintes declarantes.

§ 3.º Será computada na apuração do Valor Adicionado para o IPM Definitivo do


município, em substituição à declaração considerada no IPM Provisório, a
DECLAN-IPM recepcionada regularmente pela SEFAZ e cuja apropriação seja
requerida no recurso de que trata o artigo 17, desde que provido.

§ 4.º O valor que se constituir em informação de ajuste relativo à operação com


importação de mercadorias destinadas à industrialização ou comercialização,
previsto na alínea “h”, do § 1.º do artigo 4.º, será considerado, de acordo com o
cálculo vigente, como parcela a ser acrescida ao Valor Adicionado total de cada
declaração.

§ 5.º O valor que se constituir em informação de ajuste relativo à parcela do IPI


que integra a base de cálculo do ICMS nas saídas de mercadorias, previsto na
alínea “g”, do § 1.º do artigo 4.º, de acordo com o cálculo vigente, será considerado
como parcela redutora do Valor Adicionado total de cada declaração.

Art. 14. O Valor Adicionado relativo a cada contribuinte será calculado


automaticamente pelo próprio sistema, por ocasião da transmissão da DECLAN-
IPM, conforme previsto no artigo 6.º e levando-se em consideração as hipóteses
de preenchimento da tela inicial (questionário).

§ 1.º Se no início do preenchimento da DECLAN o contribuinte deixar em branco


todos os itens da tela inicial, a declaração será caracterizada como “sem
movimento” e o Valor Adicionado será zero.

§ 2.º Na hipótese de o resultado da apuração do Valor Adicionado ser número


negativo, o referido valor será considerado como zero.

§ 3.º Serão exibidos no comprovante de entrega da DECLAN-IPM, conforme


disposto no artigo 6.º, o Valor Adicionado considerado para cada município e o
Valor Adicionado total da declaração, apurados de acordo com a fórmula de
cálculo vigente na data de entrega da declaração.

Art. 15. Visando a permitir aos municípios o acompanhamento do processo de


apuração do Valor Adicionado, a CIEF disponibilizará, para as prefeituras
municipais que solicitarem, relatórios em arquivo magnético dos contribuintes
obrigados à apresentação da DECLAN-IPM, dos omissos de sua entrega e/ou das
declarações recebidas, apropriadas ou não, para o cálculo do IPM.

§ 1.º A disponibilização de quaisquer dos relatórios referidos no caput deste artigo


deverá ser solicitada ao titular da SUCIEF, mediante ofício do Prefeito Municipal ou
de outra autoridade municipal por ele credenciada, no qual deverá ser identificada
a pessoa que ficará autorizada a retirar os relatórios, caso não seja o próprio
requisitante.

§ 2.º O ofício expedido pelo município dará origem a um processo, no qual deverá
constar, no momento do acesso ou da entrega das informações requisitadas,
recibo que formalize a transferência das referidas informações bem como termo de
compromisso do Prefeito Municipal (ou de autoridade municipal por ele autorizada)
quanto à preservação do sigilo a que alude o artigo 198 do Código Tributário
Nacional.

§ 3.º É facultado aos municípios, durante o processo de recepção da DECLAN-


IPM, solicitar, por meio de ofício à autoridade mencionada no § 1.º, análise das
informações prestadas nas declarações, com vistas a corrigir eventuais distorções
na apuração do Valor Adicionado antes do cálculo do IPM Provisório.

§ 4.º Na hipótese do parágrafo anterior, não sendo computada a tempo para o


cálculo do IPM Provisório, a solicitação inicial não será considerada, salvo se o
município incluí-la em recurso apresentado nos termos do artigo 17 e desde que
provido.

§ 5.º A solicitação de verificação de valor adicionado, apresentada por município à


CIEF/SUCIEF, que envolver a necessidade de análise fiscal de profundidade nos
documentos e livros do contribuinte, será encaminhada à Subsecretaria Adjunta de
Fiscalização para oportuna inclusão em programação fiscal, observando-se o
disposto no § 6.º do artigo 17.

CAPÍTULO III
DOS ÍNDICES DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA ARRECADAÇÃO DO
ICMS

SEÇÃO I
DO CÁLCULO DO IPM

Art. 16. Os Índices de Participação de cada Município no produto da arrecadação


do ICMS serão apurados pela CIEF/SUCIEF a partir dos dados registrados no
sistema informatizado de gerenciamento da DECLAN-IPM e do cálculo do IPM, de
acordo com:

I – o índice obtido pela média das relações percentuais entre o Valor Adicionado
ocorrido em cada Município e o Valor Adicionado total do Estado, nos dois anos
civis imediatamente anteriores ao da apuração, conforme estabelecido na Lei
Complementar Federal n.º 63, de 11 de janeiro de 1990; e

II – os índices oficiais obtidos pela aplicação dos critérios de População, Área


Geográfica, Cota Mínima, Receita Própria e Ajuste Econômico, conforme
estabelecido na Lei n.º 2.664, de 27 de dezembro de 1996.

§ 1.º O Índice de Participação dos Municípios na Arrecadação do ICMS, para cada


município, corresponderá ao somatório dos índices calculados conforme os incisos
deste artigo, sendo utilizado no cálculo 75% (setenta e cinco por cento-3/4) do
Índice de Valor Adicionado apurado, tendo em vista que os critérios estabelecidos
pela Lei n.º 2.664/1996 correspondem a 25% (vinte e cinco por cento-1/4) do valor
adicionado total.

§ 2.º Os dados necessários à aplicação dos critérios de População, Área


Geográfica e Receita Própria deverão ser coletados pela CIEF/SUCIEF nos órgãos
responsáveis por seu fornecimento, cabendo ao titular daquela Superintendência,
quando necessário, requisitá-los direta ou indiretamente por ofício dirigido às
autoridades competentes.

§ 3.º A Superintendência Estadual de Arrecadação (SUAR), a fim de subsidiar a


aplicação do critério de Receita Própria, deverá informar à CIEF/SUCIEF, até o dia
31 de março de cada exercício, a arrecadação do ICMS ocorrida no ano-base
anterior em cada município, a qual poderá ser disponibilizada às prefeituras
municipais, segundo a rotina prevista no § 1.º do artigo 15.

SEÇÃO II

DO IPM PROVISÓRIO

Art. 17. Os Índices de Participação dos Municípios na Arrecadação do ICMS e os


dados utilizados para sua apuração serão divulgados em caráter provisório por
meio de ato do Secretário de Estado de Fazenda, publicado no Diário Oficial do
Estado, podendo o município questioná-los por intermédio do
Prefeito, das Associações de Municípios ou seus representantes, mediante
apresentação de recurso, devidamente fundamentado, na CIEF/SUCIEF ou na
repartição fiscal que jurisdicione a área do recorrente, no prazo de 30 (trinta) dias
contados da data de sua publicação.
§ 1.º Quando não apresentado na CIEF/SUCIEF, o órgão que recepcionar o
recurso deverá constituir processo administrativo-tributário, e no prazo máximo de
48 (quarenta e oito) horas de sua apresentação, deverá promover, por portador
próprio, sua entrega na SUCIEF.

§ 2.º Quando envolver solicitação de apropriação de Valor Adicionado apurado na


DECLAN-IPM, além dos documentos necessários, o recurso deverá estar
acompanhado de todos os dados que identifiquem a referida declaração.

§ 3.º Tratando-se de solicitação de apropriação de DECLAN-IPM recepcionada


devidamente pela SEFAZ e não considerada no cálculo do IPM por ter sido
apresentada fora do prazo, o município poderá, em substituição à juntada de cópia
da declaração referida no parágrafo anterior, indicar no recurso os dados que
permitam à CIEF identificá-la no sistema informatizado.

§ 4.º Não será considerado o recurso apresentado após o prazo estabelecido no


caput deste artigo e nem entregue em órgão estranho à SEFAZ.

§ 5.º Compete à CIEF analisar os recursos e oferecer pareceres em relação às


argumentações de defesa, podendo, quando necessário, requerer pronunciamento
da Subsecretaria de Fazenda para Assuntos Jurídicos ou de outros órgãos
técnicos da SEFAZ e solicitar esclarecimentos diretamente a contribuintes ou
repartições fiscais.

§ 6.º As inconsistências relatadas nos recursos do IPM Provisório que não forem
regularizadas ou comprovadas na fase de análise dos recursos municipais não
serão consideradas no cálculo do IPM Definitivo, sem prejuízo da aplicação das
penalidades cabíveis aos contribuintes infratores e, quando for o caso, de
apropriação do Valor Adicionado omitido e constatado na ação fiscal no ano em
que o seu resultado se tornar definitivo em virtude de decisão administrativa
irrecorrível, consoante norma expressa no § 11 do artigo 3.º da Lei Complementar
Federal n.º 63/1990.

§ 7.º Os processos de recursos com o parecer da CIEF e pronunciamento do titular


da SUCIEF serão encaminhados ao Secretário de Estado de Fazenda para
decisão, após o que serão restituídos àquele órgão para processamento das
alterações necessárias ao cálculo dos novos índices e para ciência aos municípios
recorrentes.

SEÇÃO III

DO IPM DEFINITIVO

Art. 18. Os Índices de Participação dos Municípios na Arrecadação do ICMS,


obtidos após as revisões oriundas das decisões relativas aos recursos ao IPM
Provisório, bem como os dados utilizados para sua apuração serão submetidos ao
Governador do Estado para, em ato desta autoridade, serem fixados em caráter
definitivo.

Parágrafo único – Os Índices Definitivos deverão ser publicados no Diário Oficial


do Estado no prazo de 60 (sessenta) dias da publicação dos Índices Provisórios.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS


Art. 19. As normas estabelecidas nesta Resolução vigorarão para a entrega de
DECLAN-IPM extemporâneas de anos-base anteriores, ficando vedada a
recepção, pelas repartições fiscais, de declarações preenchidas em modelos
antigos ou em formulários-rascunho do novo modelo, devendo o contribuinte fazer
a entrega conforme disposto no artigo 3.º, a partir da disponibilização do formulário
eletrônico e do programa gerador.

Art. 20. A DECLAN-IPM, ano-base 2006, apresentada antes da publicação da


Portaria SUCIEF, na forma prevista no artigo 3.º, deverá ser retificada conforme
estabelecido nesta Resolução, caso o valor adicionado calculado segundo as
regras definidas pelas novas instruções de preenchimento for diferente do
anteriormente apurado.

Art. 21. A apresentação da DECLAN-IPM ano-base 2006 observará os seguintes


prazos:

I – DECLAN-IPM Normal: até 15 de maio de 2007;

II – DECLAN-IPM Retificadora: até 23 de maio de 2007.

Art. 22. Compete à SUCIEF baixar os atos necessários ao cumprimento das


normas estabelecidas nesta Resolução, bem como resolver os casos omissos.

(Nota: veja a Portaria SUCIEF n.º 08/2007)

Art. 23. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2007

JOAQUIM VIEIRA FERREIRA LEVY

Secretário de Estado de Fazenda

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