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Marco Abreu
24-12-2009
2009
2009
Trabalho de Final de Curso
Marco Abreu
CAPÍTULO I
1. Conteúdo
CAPÍTULO I
1. Conteúdo 2
2. Agradecimentos 5
3. Introdução 6
4. Objectivos 7
CAPÍTULO II
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Trabalho de Final de Curso
Marco Abreu
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
13. Conclusão 57
14. Anexos 58
Anexo I – Comunicação de Riscos 58
Anexo II – Lista de Verificação 58
Anexo III – Avaliação de Riscos 59
Anexo VI – Avaliação de Riscos – Grelha de Avaliação 59
Anexo V – Plano de Acções e Controlo 59
15. Bibliografia 60
16. Referências Electrónicas 60
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Trabalho de Final de Curso
Marco Abreu
17. Figuras
Fig. I – Imagem Aérea da Localização da Auto Atlântico 9
Fig. II – Organograma Funcional e Nominal da Leça & Fernandes 10
Fig. III – Fluxograma de Funcionamento do Método de William Fine 23
Fig. IV – Tabela Alfabética de Factores de Risco – Probabilidade (P) 24
Fig. V – Tabela Alfabética de Factores de Risco – Exposição (E) 25
Fig. VI – Tabela Alfabética de Factores de Risco – Consequência (C) 25
Fig. VII – Procedimento de Comunicação do Risco 25
Fig. VIII – Tabela Alfabética dos Factores de Risco 26
Fig. IX – Determinação do Factor de Probabilidade (P) 26
Fig. X – Determinação do Factor de Exposição (E) 27
Fig. XI – Determinação do Factor de Consequência (C) 27
Fig. XII – Determinação do Grau de Perigosidade (GP) 27
Fig. XIII – Determinação do Factor de Custo (FC) 28
Fig. IX – Determinação do Grau de Correcção (GC) 28
Fig. IX – Determinação do Índice de Justificação (J) 29
18. Quadros e Gráficos
Quadro 1 – Acidentes de Trabalho por Região 14
Quadro 2 – Acidentes de Trabalho Não Mortais e dias de Ausência 15
Gráfico 1 – Acidentes de Trabalho “Com e Sem” Dias de Ausência 15
Gráfico 2 - Dias de Trabalho Perdidos, por Actividade Económica 16
Gráfico 3 – Correspondência “Total dos Acidentes de Trabalho” 17
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Trabalho de Final de Curso
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2. Agradecimentos
Uma jornada desta magnitude, nesta altura da vida, não se concretiza facilmente. Ao
longo do percurso vários foram os incidentes, os acontecimentos, as motivações, as
inspirações e as decepções mas, sobre estas nada será dito, não merecem lugar neste
trabalho.
Primeiramente, quero agradecer às pessoas que mais sentiram a minha falta e de quem
mais falta senti, a minha mulher e o meu filho, pela paciência e compreensão com que
encararam as repetidas ausências, os fins-de-semana condicionados, as chegadas a casa
a horas tardias, etc. Um beijo e um abraço muito grandes à Micaela e ao Afonso!
Também quero manifestar o meu agradecimento aos meus colegas, àqueles que me
ajudaram, apoiaram e, melhor que tudo, ofereceram a sua amizade, a qual entendo
manter, acarinhar e, nesta oportunidade, registar, para que esteja escrito e sempre
presente. À Andreia Freitas, ao Miguel Lemos e à Tânia Pestana, um muito obrigado.
Ainda faltam os formadores, aqueles que me inspiraram, uns, pela sua sabedoria e
conhecimento, outros, pela sua postura e personalidade. Agradeço a vários mas,
especialmente à formadora Isabel Alves, quem nos acompanhou até ao fim e continuou
a ajudar mesmo depois do fim.
Ainda existem aqueles que, não estando directamente relacionados com o curso,
prestaram a sua colaboração em momentos cruciais e, como tal, não posso deixar de
demonstrar o meu apreço, aos meus cunhados (Timóteo e Constança), à Dr.ª Rubina
Cabral, ao Eng.º Eduardo Barradas e, finalmente mas não menos importante, ao Sr.
Pedro Novais, administrador da Leça e Fernandes, Lda.
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Trabalho de Final de Curso
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3. Introdução
A sabedoria popular tem momentos de grande clareza de espírito e a frase “Mais vale
prevenir que remediar!”, assenta muito bem no âmbito da segurança e higiene no
trabalho mas, para prevenir riscos, necessitamos de avaliar riscos e, sobretudo
implementar eficazmente as correspondentes medidas correctivas, funções que se
apresentam cada vez mais, de grande dificuldade.
Quando estes cortes de mão-de-obra acontecem, mesmo que em pequena escala, aliados
ao aumento da carga de trabalho, à sobrecarga horária, e ao receio de perder o emprego,
os níveis de stress com que os trabalhadores têm de lidar diariamente aumenta
significativamente. Se ainda contarmos com o actual estrangulamento dos empréstimos
bancários nos sectores da construção, habitação e crédito automóvel, damos de caras
com um panorama deveras sombrio.
Numa outra perspectiva, mais optimista e pessoal, poderemos considerar que os efeitos
deste “estrangulamento do crédito” poderão não ser completamente negativos em
termos de sinistralidade ocupacional. Eventualmente, e isto só como teoria, poderá vir a
verificar-se uma redução dos acidentes de trabalho já que, nesta conjuntura, as
organizações tendem a depositar mais confiança nos seus funcionários mais experientes
e mais capacitados, em detrimento de empregar outros novos e inexperientes.
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Trabalho de Final de Curso
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4. Objectivos
Das memórias resgatadas dos tempos da formação teórica de técnico de SHT, existe
uma que perdura, dita por um dos formadores considerado dos mais capazes e cultos,
que disse: “…a primeira coisa que irão apreender quando começarem a exercer
funções como técnico de sht, é que ainda têm muito para aprender...” – Nada mais
verdadeiro!
É neste âmbito de prática real que se insere o presente trabalho, o qual tem como
objectivos, estabelecer uma passagem entre o saber e o saber fazer, para além de colocar
em prática toda a aprendizagem retirada da formação teórica. É esperado também, que
constitua o ponto de partida para uma nova fase de aprendizagem, a mais consciente e
valiosa de todas, a aprendizagem proporcionada pela própria experiência.
Tendo em conta as limitações a nível de tempo para a execução deste trabalho, foi
estabelecida a escolha de uma única secção como objecto de estudo, a secção de “Bate-
Chapa/Pintura e Mecânica de Pesados” da empresa Leça & Fernandes, Lda. Esta
escolha foi motivada pela constatação das variadas carências em termos de segurança e
higiene no trabalho, detectadas em anteriores visitas às instalações na qualidade de
visitante.
Para a elaboração do trabalho foram tidos em conta vários aspectos básicos a observar
pelo técnico de segurança e higiene no trabalho por exemplo: analisar as condições
estruturais do pavilhão da secção em estudo, as condições de higiene, a concepção
ergonómica dos postos de trabalho e das tarefas desempenhadas, as condições de
segurança, a sensibilização dos funcionários para as matérias relativas à higiene e
segurança através de conversas e trocas de informações preciosas para ambas as partes.
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CAPÍTULO II
5. Caracterização da Leça & Fernandes, Lda.
5.1 A Empresa
A Leça & Fernandes foi constituída em 1974 com 3 colaboradores. Dado o grande
crescimento verificado nos últimos anos, a empresa tem actualmente ao seu serviço 51
colaboradores.
É representante, desde o seu início, da marca Mitsubishi e também das marcas que no
passado estiveram associadas ao Grupo Rover. O crescimento da empresa tem-se dado
de uma forma gradual e sustentada, neste momento a empresa é distribuidor/reparador
autorizado das marcas Mitsubishi, Land Rover e Chevrolet para todos os concelhos da
Região Autónoma da Madeira.
5.2 Missão
É missão da Leça & Fernandes, Lda. comercializar produtos e prestar serviços do ramo
automóvel, gerando mais-valias, maximizando os seus volumes de vendas e notoriedade
das marcas que representa, através da satisfação dos seus clientes.
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Trabalho de Final de Curso
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5.4 Estrutura Organizacional
O organograma da empresa representa o seu modelo de estrutura organizativa e, de
certo modo, reflecte a sua cultura.
Todos os membros da Leça & Fernandes têm as suas funções definidas com base na
escolaridade, formação
ormação específica relevante, saber fazer e experiência.
5.5 Localização
A sede da Leça & Fernandes está localizada nas instalações denominadas de Auto
Atlântico, sito ao Sítio da Azenha, 9125 – 909 Caniço.
Secção de Bate-Chapa
Caniço Shopping
Auto Atlântico, Lda.
Lda
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Gerente
Adjunto de
Gerência/Qualidade
Director Geral
Assistente
Clientes/Marqueting
Mecânica Consultor de
Mitsubishi Outras Mercânica Outras Colisão/Pintura Contabilidade Mitsubishi Chevrolet Land Rover Usados
Mitsubishi Vendas Stocks e
Aprovisionamento
Telefone
Caixeiros Caixeiros Mecânicos Mecânicos Lavadores Resp. Exp. Bate-chapas Vendedor Vendas Cancela
Arquivo
Pessoal
Mecânicos Pintores
Documentação
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Marco Abreu
6. Enquadramento Teórico
As actividades de Segurança e Higiene no Trabalho têm como objectivo contribuir para
a eliminação dos riscos profissionais e, quando tal não for possível, indicar quais as
medidas necessárias para reduzi-los a níveis aceitáveis. Assim sendo, o presente
trabalho tem como função não só enumerar os riscos de acidente presentes e as suas
respectivas medidas preventivas como também fornecer algumas directrizes, sempre
numa perspectiva de melhoria contínua tanto das condições de segurança e higiene
como o do bem-estar dos trabalhadores, mediante uma organização cuidada dos seus
respectivos métodos e postos de trabalho.
Neste contexto, não pode ser descurado o carácter dos princípios gerais de prevenção.
Estes princípios foram definidos primeiramente pela Directiva Quadro n.º 89/391/CEE,
de 12 de Junho, relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da
segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho no espaço europeu, alterada pela
Directiva n.º 2007/30/CE, do Conselho, de 20 de Junho e, transposta para a ordem
jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 441/91, de 14 de Novembro, recentemente
revogado pela Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, onde constam os seguintes
princípios:
Evitar os riscos;
Avaliar os riscos que não possam ser evitados;
Combater os riscos na origem;
Adaptar o trabalho ao Homem, especialmente no que se refere à concepção dos
postos de trabalho, à escolha dos equipamentos de trabalho e dos métodos de
trabalho e de produção, tendo em vista, nomeadamente, atenuar o trabalho
monótono e o trabalho repetitivo e reduzir os efeitos destes sobre a saúde;
Ter em conta o estádio da evolução da técnica;
Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
Planificar a prevenção com um sistema coerente que integre a técnica, a
organização do trabalho, as condições de trabalho, as relações sociais e a
influência dos factores ambientais no trabalho;
Dar prioridade às medidas de prevenção colectiva em relação às medidas de
protecção individual;
Dar instruções adequadas aos trabalhadores;
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7. Panorama da Sinistralidade Laboral em Portugal
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Marco Abreu
A metodologia aplicada foi a seguinte:
Método de Amostragem
Os acidentes de trabalho mortais do Continente e os acidentes de trabalho mortais e não
mortais ocorridos nas Regiões Autónomas foram tratados na sua totalidade.
Para cada ano é fornecido pelas diversas seguradoras a operar no ramo de Acidentes de
Trabalho, um ficheiro com a totalidade dos acidentes de trabalho ocorridos, com
informação individualizada por acidente contendo o n.º de identificação da seguradora e
do acidente, o n.º de identificação de pessoa colectiva ou equiparada onde ocorreu o
acidente, data do acidente, dias de trabalho perdidos, natureza da lesão, parte do corpo
atingida e consequência (mortal ou não mortal). Com base nesta informação o
GEP/MTSS constitui o ficheiro universal dos acidentes de trabalho ocorridos em cada
ano (âmbito da Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro).
7.2 Definições
Eis algumas definições elementares para a melhor compreensão dos dados:
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Acidente de Trabalho:
Acontecimento inesperado e imprevisto, incluindo actos derivados do trabalho ou com
ele relacionados, do qual resulte uma lesão corporal, uma doença ou a morte de um ou
vários trabalhadores. São também considerados acidentes de trabalho os acidentes de
viagem, de transporte ou de circulação, nos quais os trabalhadores ficam lesionados e
que ocorrem por causa, ou no decurso do trabalho, isto é, quando exercem uma
actividade económica, ou estão a trabalhar, ou realizam tarefas para o empregador.
Excluem-se do âmbito deste estudo: Os ferimentos auto - infligidos; acidentes que se
devem unicamente a causas médicas e doenças profissionais; acidentes que ocorram no
percurso para o local de trabalho ou no regresso deste (acidentes de trajecto) e com
pessoas estranhas à empresa, sem qualquer actividade profissional.
Em relação à distribuição regional dos 237 392 acidentes, 68% concentram-se no Norte
e Centro do país, bem como o maior n.º de acidentes mortais, 150. Na RAM, os
resultados traduzem-se em 4 048 acidentes, aproximadamente 2%. Estes resultados
acompanham, assim, a concentração do emprego naquelas zonas do país.
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Quadro 2 – Acidentes de Trabalho Não Mortais e Dias de Ausência, por Actividade
Económica
Sem Com
Total
Ausência Ausência
TOTAL (Não Mortais) 237.139 63.865 173.274
A. Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura 6.691 1.453 5.238
B. Pesca 1.816 477 1.339
C. Indústrias Extractivas 1.957 445 1.512
D. Indústrias Transformadoras 74.655 20.655 54.000
E. Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água 1.138 273 865
F. Construção 51.707 12.047 39.660
G. Comércio Grosso e Retalho, Reparação Veículos Automóveis 36.895 9.732 27.163
H. Alojamento e Restauração 11.491 3.064 8.427
I. Transportes, Armazenamento e Comunicações 10.632 2.775 7.857
J. Actividades Financeiras 792 373 419
K. Actividades Imobiliárias,
obiliárias, Alugueres e Serv. Prestados às Empresas 14.394 4.253 10.141
L. Administração Pública, Defesa, Segurança Social 7.446 2.076 5.370
M. Educação 2.124 821 1.303
N. Saúde e Acção Social 8.627 3.543 5.084
O. Outras Actividades de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais 4.753 1.475 3.278
P. Famílias com Empregados Domésticos 854 175 679
Q. Organizações Internacionais e Outras Instituições Extra-Territoriais
Extra 11 0 11
CAE Ignorada 1.156 228 928
Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento
39.660
27.163
20.655
12.047
10.141
9.732
8.427
7.857
5.370
5.238
5.084
4.253
3.543
3.278
3.064
2.775
2.076
1.512
1.475
1.453
1.339
1.303
928
865
821
679
477
445
419
373
273
228
175
11
0
Actividades Económicas
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Marco Abreu
As Actividades Financeiras, a Saúde e Acção Social e a Educação registaram
regi valores
mais baixos: 53%, 59% e 61%,
61%, respectivamente, de acidentes com ausência. No mesmo
contexto, a actividade de Comércio por Grosso, a Retalho e de Reparação de Veículos
Automóveis (G), registou 27.163 acidentes de trabalho com dias de ausência, o
equivalente a 73,6% das 36 895 ocorrências verificadas.
F. 1.757.938
G. 1.022.669
H. 344.593
I. 357.149
J. 25.980
K. 416.964
L. 199.242
M. 61.019
N. 200.953
O. 152.021
P. 46.799
Q. 410 Dias de Trabalho Perdidos
CAE Ignorada 45.496
Os 7 082 066 dias de trabalho perdidos constituem o reflexo dos 137 274 dias de
ausência provocados pelos 237 139 acidentes não mortais.
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Marco Abreu
7.6 Correspondência entre o “ Total e o Sector do Comércio Grosso/Retalho
e Reparação de Veículos Automóveis (G) ”
Estabelecendo um paralelo entre os dados de que dispomos podemos concluir que, no
sector de Comércio por Grosso, a Retalho e de Reparação de Veículos Automóveis (G),
ocorreram 36 916 acidentes de trabalho, dos quais 36 895 não foram mortais.
Destes acidentes não mortais, 27 163 tiveram dias de ausência, e destes dias de ausência
resultaram 1 022 669 dias de trabalho perdidos.
7.082.066
1.022.669
237.392
237.139
173.274
173.274
36.916
36.895
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Trabalho de Final de Curso
Marco Abreu
CAPÍTULO III
8. Caracterização da Secção de Bate-Chapa
Este relatório tem por objecto de trabalho a secção de Bate-Chapa/Pintura e Mecânica
de Pesados da empresa Auto Atlântico, a qual designaremos, como já referido, como
secção de bate-chapa. Este espaço está organizado da seguinte maneira:
8.1 Localização
Este pavilhão fica num anexo localizado no Sítio da Azenha, 2º D – Caniço, Concelho
de Santa Cruz (Fig. II), já que o edifício está fisicamente separado do resto das
instalações da empresa, pese embora a proximidade, cerca de 30m. O percurso entre as
duas estruturas faz-se a pé em 50% das ocasiões, sendo que na outra metade faz-se a
bordo de viaturas a caminho de reparação ou de volta aos respectivos proprietários, já
depois de reparadas.
8.2 No Exterior:
8.2.1. Parque de Viaturas
Estacionamento reservado a clientes e a viaturas em espera da sua respectiva ordem de
entrada para execução do correspondente serviço ou, viaturas já preparadas a espera da
recolha por parte dos seus proprietários.
8.2.2. Depósito de Pneus Usados
Local reservado para depósito de pneus usados aguardando pela respectiva recolha a fim
de serem reciclados. Não existe uma divisão física deste local.
8.2.3. Contentor para Lixo Volumoso
Recipiente destinado ao depósito de resíduos volumosos de chapa, vidro e plásticos,
com finalidade de posterior separação e reciclagem.
8.2.4. Compressor de Ar Comprimido
Compressor de ar comprimido que alimenta a rede de ar comprimido. O manómetro
possui selo de aprovação do modelo pelo Instituto Português da Qualidade (2004), o
qual possui uma validade de 10 anos, e selo de verificação de 2006 (validade até 31 de
Dezembro do ano seguinte à inspecção), Decreto-Lei n.º 291/90, de 20 de Setembro.
8.2.5. Filtro de Poeiras Provenientes da Estufa de Pintura
Espaço reservado ao filtro de água que recepciona as poeiras e vapores provenientes das
cabines de preparação de peças, pintura de peças e cabine completa de pintura (estufa).
A marcação CE e as fichas de inspecção periódica estão anexas às cabines de pintura
das quais estes filtros fazem parte integrante.
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Trabalho de Final de Curso
Marco Abreu
8.3 No Interior:
8.3.1. Recepção
Emprega um funcionário com 33 anos de idade. Tem como funções recepcionar as
viaturas dos clientes, encaminhá-las para a respectiva especialidade, proporcionar uma
estimativa do tempo de reparação, valor e prazo de entrega da viatura reparada ao
cliente. Também tem a responsabilidade de agendar serviços, caso não exista
necessidade ou condições para uma intervenção imediata.
8.3.2. Escritório das Chefias da Secção de Bate-chapa
Este local é utilizado como escritório para os dois chefes existentes nesta secção, o
chefe de mecânica e o chefe de bate-chapa e pintura. Está situado directamente acima
dos módulos da recepção e das instalações sanitárias sociais.
8.3.3. Pintura
Integra 2 funcionários, com 30 e 36 anos de idade. Nesta secção efectua-se a pintura de
peças de carroçaria ou de carroçarias completas, procedendo ao tratamento
anticorrosivo, insonorização e verificação da estanquicidade, escolhendo a sequência de
pintura adequada, preparando, afinando e aplicando a tinta, organizando e controlando a
qualidade do trabalho. Efectuam-se trabalhos em viaturas ligeiras e pesadas. Possui duas
cabines de pintura, uma aberta, mais utilizada na preparação para pintura de peças
individuais e também de viaturas completas e, uma fechada, destinada à pintura de
peças e viaturas. As duas possuem marcação CE e fichas de inspecção periódica.
8.3.4. Laboratório de Tintas
Recinto dedicado ao armazenamento e mistura de tintas. Utilizado pelos funcionários da
secção de pintura. As tintas em utilização são do tipo hidrosolúvel, ou seja, tintas com
solventes aquosos, o que permite substituir a adição de diluentes. Eventualmente são
utilizadas tintas com solventes orgânicos para a pintura das carroçarias de carga dos
veículos de mercadorias, neste caso já são adicionados diluentes.
8.3.5. Bate-chapa
Integra 4 funcionários, com idades entre os 33 e os 64 anos. Esta secção executa
diversos trabalhos de carroçaria, nomeadamente, tratamento ou substituição de peças,
respectiva montagem/desmontagem, corte e soldadura, desempeno e aplicação de
produtos para uniformização das superfícies de chapa, e também produtos adesivos para
fixação de algumas peças, por exemplo, pára-brisas. Trabalham vários tipos de materiais
como aço, plástico, ligas de alumínio e até vidro. Para isto recorrem a diversas
operações, manipulando diferentes tipos de produtos, equipamentos e ferramentas.
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Marco Abreu
8.3.6. Mecânica de Pesados
Integra 5 funcionários com idades compreendidas entre os 31 e os 51 anos. Nesta secção
procede-se à manutenção e reparação de viatura pesadas, utilizam-se variadas
ferramentas, algumas máquinas, fluidos lubrificantes e combustíveis. Os trabalhos, na
sua grande maioria, efectuam-se debaixo das viaturas, estas suportadas por macacos
hidráulicos, cavaletes ou elevadores, com grande recurso à movimentação manual de
cargas e consequente utilização de força muscular.
Em qualquer avaliação de riscos, haverá que ter em conta alguns aspectos importantes,
nomeadamente:
Assegurar que todos os aspectos laborais estão abrangidos;
Incluir todas as situações de perigo grave ou eminente;
Acompanhar os riscos e perigos de modo a identificar os perigos com maior
potencial de dano;
Ter em conta tudo o que acontece no trabalho e durante o trabalho;
Abranger todos os trabalhadores, terceiros, e outras potenciais vítimas, sejam ou
não trabalhadores da empresa;
Identificar os trabalhadores mais vulneráveis;
Comunicar para a globalidade dos trabalhadores e os envolve a todos;
Registar todas as informações e resultados obtidos nas avaliações;
Considerar as informações pessoais obtidas como sendo confidenciais;
Ser efectuada por profissionais competentes e habilitados para o efeito;
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Marco Abreu
9.1 Definições
É pois importante, nesta fase, introduzir alguns conceitos fundamentais para melhor
compreender o método de análise de riscos, a saber:
Perigo
Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o
corpo humano ou danos para a saúde, perdas para o património, para o ambiente do
local de trabalho, ou uma combinação destes. Por exemplo, a electricidade.
Risco
A probabilidade do potencial danificador ser atingido nas condições de uso e/ou
exposição ao perigo incluindo a possível gravidade do dano. Por exemplo, o risco da
electricidade e a gravidade dos danos depende do valor da corrente, do isolamento, etc.
Risco tolerado
Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela organização, tomando em
atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de SST.
Acidente de trabalho
Um acidente que se verifique no local e/ou tempo de trabalho e produza directa ou
indirectamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução
da capacidade de trabalho ou ganho de morte.
Prevenção
Conjunto de técnicas com o objectivo de controlo dos factores de risco no trabalho.
Probabilidade (P), de que o acidente se produza quando se está exposto ao risco.
Exposição ao risco (E)
Período de tempo no qual os agentes receptores se encontram expostos ao risco de
acidente.
Consequências (C)
São normalmente calculadas ou estimadas no caso de se produzir o acidente.
Grau de Perigosidade (GP)
O nível de risco, permite estabelecer uma listagem de riscos segundo uma determinada
ordem de importância (hierarquização).
É determinado mediante a fórmula [GP = C × E × P]
Factor de Custo (FC)
Valor monetário, estimado em euros, da acção correctiva proposta.
Grau de Correcção (GP)
Grau estimado em que será reduzido o risco por meio da acção correctiva proposta.
Índice de Justificação (J)
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Coeficiente encontrado pela divisão do Grau de Perigosidade pelo produto do Factor
de Custo e o Grau de Correcção.
É determinado mediante a fórmula [J = GP/ (FC x GC)]
Riscos Ambientais
São os riscos que, em função do exposição mais ou menos prolongada no tempo e em
determinadas doses ou concentrações podem provocar doenças profissionais.
Estes riscos podem ter uma origem física, química, biológica ou ergonómica, quando
nos referimos, respectivamente, e a título de exemplo, aos ruídos e vibrações; às
poeiras, gases e vapores; aos fungos e bactérias; e por fim, à não adaptação dos
equipamentos e máquinas e processos de trabalho ao Homem.
A avaliação de risco pode ser realizada com recurso a diversas metodologias, tendo
sempre presente o objectivo de permitir a tomada de decisões, e a adopção de medidas
de prevenção dos riscos.
A fim de estabelecer prioridades para a eliminação e/ou controlo dos riscos, é necessário
dispor de metodologias para a sua avaliação e, apesar de existirem uma diversidade de
métodos, o escolhido para a avaliação de riscos no presente projecto foi o método de
William T. Fine, devido à sua simplicidade, tanto de aplicação como de compreensão
dos dados resultantes.
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10. O Método de William Fine
A avaliação de riscos é a chave da prevenção, pois permite determinar a origem, a
natureza e os efeitos dos riscos em presença, possibilitando a adopção de medidas
capazes de os eliminar na origem, ou de os reduzir a níveis aceitáveis, através de
medidas de engenharia, administrativas ou outras. Para isso existem diversos métodos
de avaliação de risco, desenvolvidos ao longo dos anos para aplicação de acordo com as
necessidades das organizações e adequados às mais diversas actividades. Estes podem
ser do tipo qualitativos, quantitativos ou semi-quantitativos. O método aplicado a este
trabalho é do último tipo, o método de William T. Fine. Este método permite quantificar
a magnitude dos riscos existentes e hierarquizar a sua prioridade de correcção através
dos resultados traduzidos pelo grau de perigosidade (GP), o qual é obtido mediante o
resultado do produto matemático entre os índices dos factores de probabilidade (P) de
ocorrência de um acidente, da frequência de exposição (E) ao risco e das consequências
(C) normalmente esperadas no caso de se produzir o acidente. A operação é traduzida
pela expressão:
GP = P × E × C
5. Valoração do Risco
6. Acções Correctivas
8. Níveis de Acção
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10.1.1. Comunicação do Risco
Deve ser assegurada a participação da empresa a todos os níveis, de modo a que seja
implementado um sistema de informação sobre os riscos identificados, as soluções
adoptadas e as revisões a que foram sujeitas. Esta comunicação escrita (Anexo I –
Comunicação de Riscos), permite uma rápida correcção das deficiências detectadas e
oferece vantagens a vários níveis.
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Fig. V – Tabela Alfabética dos Factores de Risco – Exposição (E)
EXPOSIÇÃO A Contínua Muitas vezes por dia
B Frequente Aproximadamente 1 vez por dia
C Ocasional >1 Vez por semana a 1 vez por mês
(E)
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10.1.3. Elaboração da Lista de Verificação
A utilização de uma lista de verificação (check list) permite analisar os possíveis
factores de risco para cada situação, não se focando apenas na tarefa, mas abrangendo
também o ambiente de trabalho, utilizando para o efeito, por exemplo, o formulário
seguinte (Anexo II – Lista de Verificação);
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Fig. X – Determinação do Índice de Exposição (E)
E – EXPOSIÇÃO
Contínua Muitas vezes ao dia 10
Frequente Aproximadamente uma vez por dia 6
Ocasional ≥ 1 Vez por semana a <1 vez por mês 5
Irregular ≥ 1 Vez por mês a <1 vez por ano 4
Raro Sabe-se que ocorre, mas com baixíssima frequência 1
Pouco Provável Não se sabe se ocorre, mas é possível que possa acontecer 0,5
Fig. XII – Determinação do Critério de Actuação com Base no Grau de Perigosidade (GP)
GP – GRAU DE PERIGOSIDADE
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10.1.6. Acções Correctivas
Propor acções correctivas que permitam eliminar ou reduzir o risco a níveis toleráveis
para a organização, tendo sempre presente a prioridade da protecção colectiva sobre a
individual.
Pela aplicação das tabelas abaixo, valoriza-se o factor de custo (Fig: XIII), grau de
correcção (Fig: XIV) e índice justificativo (Fig: XV) do investimento a realizar.
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11. Análise dos Riscos Associados às Tarefas Clássicas das Oficinas de Reparação
Automóvel
No capítulo que se segue será abordada a análise de riscos associados às tarefas mais
comuns realizadas dentro de cada sector da oficina. Para um melhor esclarecimento
pode-se elaborar um pequeno resumo daquilo que é considerado como “actividade
clássica” no contexto das oficinas de reparação automóvel.
11.1.3. Cavaletes
Principais Riscos
Rotura no passador do cavalete;
Balanço do veículo;
Pancadas de outros veículos;
Saída do cavalete do suporte do veículo;
Cedência do pavimento;
Medidas de Prevenção
Manter os cavaletes em bom estado, especialmente o passador;
Sinalizar o local;
Manter o veículo nivelado;
Debaixo do veículo o trabalhador deve estar deitado sobre estrados ergonomicamente
concebidos.
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11.1.4. Elevadores
Principais Riscos
Cedência ou ruptura do elevador;
Colocação incorrecta do veículo;
Queda do veículo;
Queda de peças e/ou ferramentas;
Medidas de Prevenção
Devem ser manobrados por trabalhadores formados e designados para o efeito;
Possuir bloqueador do botão de comando e limitadores de curso;
Possuir mecanismos de segurança contra obstáculos na descida e mecanismo regulador
da velocidade de descida em caso de rotura do sistema hidráulico;
Nunca submetê-los a sobrecargas e efectuar manutenção cuidada e regular com registo
de anomalias;
11.1.7. Ferramentas
Numa oficina ocorre uma grande utilização de ferramentas, manuais, eléctricas,
pneumáticas, etc. Estas ferramentas devem ser adquiridas, manuseadas e armazenadas
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de acordo com os critérios de segurança descritos na legislação e nas recomendadas
pelas próprias marcas.
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Seguidamente apresentam--se alguns dos mais utilizados:
Árgon (Ar)
Hélio (He)
Oxigénio (O2)
O oxigénio existe no ar numa percentagem volumétrica de 21%. É um gás
comburente (não arde), inodoro e insípido. O oxigénio industrial apresenta uma
pureza de cerca de 99%. É obtido a partir da destilação fraccionada de ar
líquido.. Armazenado
Armazenado e distribuído em garrafas sob pressão de cerca de 200 bar.
Recomendações de Segurança
Não lubrificar qualquer peça em contacto com o oxigénio, muito especialmente as torneiras
das garrafas, pois existe o perigo de explosão;
O oxigénio nunca deve substituir o ar comprimido, pois pode provocar riscos de combustão
ou de explosão;
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Anídrico Carbónico (CO2)
É um gás incolor e inodoro, com sabor picante e é mais peado que o ar. Obtém-se
Obtém
a partir da combustão do carvão, do fuel ou gás natural. Não é combustível e é
misturado com árgon no processo de soldadura MIG/MAG para determinados
materiais.
Acetileno (C2H2)
É um hidrocarboneto, combustível, menos denso do que o ar. Tem um odor
característico e provoca misturas explosivas com o ar. Habitualmente distribuído
em garrafas, onde é armazenado sob pressão de 1,5 bar, dissolvido em acetona (a
(
solução de acetona é retida
ret numa matéria esponjosa no interior das garrafas).
Recomendações de Segurança
As garrafas não devem ser armazenadas em caves;
O acetileno em contacto com cobre, mercúrio ou prata, pode formar compostos explosivos,
pelo que, ligas com mais de 65% de cobre,
cobre não devem entrar em contacto com o acetileno;
A detecção de fugas só deve ser efectuada com água de sabão;
Principais Riscos
Queimaduras;
Radiações;
Incêndios e explosões;
Inalação de gases e fumos;
Medidas de Prevenção
Só devem efectuar operações de soldadura pessoal com formação adequada;
Em todos os processos de soldadura deve ser garantida a exaustão localizada de fumos;
Deve existir um extintor em todos os locais onde se efectuem operações de soldadura;
Devem tomar-se precauções
precauç em relação aos locais adjacentes e respectivos trabalhadores;
Não efectuar operações de soldadura em solo húmido, no caso de de soldadura com fonte de
energia eléctrica;
As canalizações e mangueiras devem estar em boas condições, perfeitamente ligadas, e não
se devem arrastar pelo chão;
Devem eliminar-se pinturas,s, óleos, massas,
mass etc,, normalmente existentes nas carroçarias.
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11.2.3. Desempeno e Separação de Peças
As operações levadas a cabo para restituir à carroçaria a forma inicial, dependem
normalmente, do tipo de deformações. As pequenas deformações podem ser reparadas,
manual ou mecanicamente com a utilização de pequenos equipamentos, enquanto as
grandes deformações obrigam à realização de operações de estiramento em bancadas
próprias.
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11.3 Secção de Pintura
O processo de pintura tem conhecido um grande desenvolvimento e ultrapassou em
muito o objectivo de simplesmente conferir cor a uma superfície. A moderna pintura é
mais um tratamento de superfícies, desempenhando funções de protecção contra a
corrosão, isolamento, resistência química, elasticidade e durabilidade. A pintura como
tratamento e acabamento de superfícies, engloba as seguintes fases principais:
Preparação da superfície;
Preparação e aplicação da tinta;
Secagem;
Polimento ou acabamento final;
11.3.1. Preparação da Superfície
A preparação da superfície a pintar consiste habitualmente nas operações de Limpeza;
Lixagem e Aplicação de massas para retoques, enchimento, etc.
Principais Riscos
Inalação de poeiras e/ou vapores;
Limpeza
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Principais Riscos
Libertação de vapores que podem ser inalados;
Possibilidade de incêndios e explosões;
Medidas de Prevenção
Deve estar próxima da zona de aplicação;
Nunca devem ser construídas em caves;
Construção
dióxido de carbono;
Se existir uma RIA, uma das bocas-de-incêndio deve estar colocada a uma
distância, não superior, a 5 m do local;
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11.3.4. Aplicação da Tinta
As oficinas de pintura devem situar-se ou integrar-se, sempre que possível, numa
construção de um só piso, em local isolado de outras secções que apresentem riscos de
incêndio, dispor de janelas amplas, de preferência voltadas a norte ou nascente, com
vidros temperados ou laminados. Devem possuir, pelo menos, duas portas de largura
igual ou superior a 1,20m abrindo facilmente para fora e para recintos diferentes ou de
preferência para o ar livre, não sendo do tipo de “correr”.
Principais Riscos
Inalação de partículas e vapores tóxicos;
Contacto desses produtos com a pele;
Risco de incêndio e explosão;
Medidas de Prevenção
Tas paredes, o tecto e, sempre que possível, o chão, devem ser lisos e constituídos por
materiais impermeáveis, resistentes ao fogo e, que não dêem lugar à formação de faíscas;
É proibido o uso de sapatos com elementos metálicos ou outro material susceptível de
produzir faíscas, bem somo roupas de nylon;
Os reservatórios de ar devem ser inspeccionados regularmente;
A instalação eléctrica deve obedecer às prescrições do Regulamento de segurança de
Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE), devendo serem considerados como
locais com risco de explosão;
Apenas deve ser conservada a quantidade de tinta necessária para um dia de trabalho;
No exterior da oficina de pintura, e perto da sua entrada, deve existir um dispositivo de corte
que, em caso de emergência, permita desligar as instalações eléctricas situadas no seu interior;
Na luta contra o fogo não deve utilizar-se água mas sim extintores de espuma, CO2 ou pó, que
devem existir em número suficiente e convenientemente assinalados.
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11.3.5. A Protecção Individual do Pintor
Nas operações de pintura devem sempre utilizar-se equipamentos de protecção
individual adequados às condições de trabalho tais como duração, concentração de
produtos tóxicos susceptíveis de serem inalados e, amplitude de movimentos executados
pelos operadores, os quais devem:
Usar fatos de trabalho fechados no pescoço, nos pulsos e nos tornozelos, bem
como uma protecção para a cabeça;
Os fatos de trabalho devem ser lavados, pelo menos, uma vez por semana;
Usar luvas de protecção e, para a lavagem das mãos, devem usar produtos
apropriados, excluindo a utilização de solventes e diluentes;
Não devem trabalhar em jejum, fumar ou tocar nas mucosas. Devem sim, lavar
cuidadosamente as mãos, unhas, boca e mudar de vestuário no fim de cada
período de trabalho, muito especialmente antes de ingerir qualquer alimento.
Devem também manter a cara e o corpo afastados da pistola e das peças a pintar;
O local onde são guardadas as refeições deve ficar afastado do local de trabalho;
Os períodos de descanso devem ser passados fora dos locais de trabalho, de
preferência ao ar livre;
Os operadores devem ser submetidos a exame médico, pelo menos, de seis em
seis meses;
11.3.7. Secagem
A operação de secagem por aquecimento de ar é normalmente mais demorada do que a
aplicação da pintura, obrigando assim à procura de alternativas que encurtassem este
espaço de tempo, normalmente através dos processos de convecção do ar quente gerado
e por raios infravermelhos;
Medidas Preventivas
Evitar a permanência de pessoas dentro da cabine e controlar constantemente a temperatura;
Não deixar no interior da cabine qualquer produto inflamável ou perigoso;
Deve manter-se uma ventilação eficaz com condutas de aspiração independentes das da secção de
aplicação;
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11.3.8. Acabamento Final
As operações de polimento devem ser sempre acompanhadas de medidas de prevenção
em tudo semelhantes às tomadas para a preparação, adaptadas fundamentalmente às
características dos produtos utilizados, bem como aos riscos a eles associados e
constantes das fichas de segurança.
Informação
Em todas as fases anteriormente descritas são utilizados vários produtos (desengordurantes,
solventes, massas, tintas, etc.).
Medidas de Prevenção
Atendendo ao grande número destes produtos, de diversas proveniências, a primeira medida de
prevenção consiste no conhecimento pormenorizado dos mesmos. Daqui a importância e a
exigência da existência das fichas de segurança de todas as substâncias e preparações perigosas
utilizadas nas várias fases do processo de pintura. Todas as pessoas que contactem com estes
produtos devem estar informadas dos riscos a eles inerentes. Sempre que são introduzidos
produtos novos deve ser efectuada uma análise cuidada da ficha de segurança.
Formação
Atendendo aos riscos inerentes a esta actividade e à gravidade das suas consequências, é de
primordial importância a formação profissional dos pintores, com relevo para os principiantes na
actividade.
Medidas de Prevenção
Ao empregador cabe assegurar que os seus trabalhos estejam alertados para:
Processos seguros de trabalho;
Utilização, manutenção e limitações do equipamento de protecção;
Processos adequados de prestação de primeiros socorros;
Avaliação de Poluentes
Em todas as oficinas que possuam pintura, em cabine ou não, deve ser efectuada uma avaliação da
concentração de agentes poluentes na respectiva atmosfera, dando a conhecer esses resultados aos
trabalhadores, e tomando as medidas entendidas como convenientes e aconselhadas pela entidade
avaliadora, que deve ser uma entidade de referência ou reconhecida como tal.
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