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A amostra seleccionada foi o relatório da Escola Secundária Alves Martins Viseu de 2006/2007,
por pertencer à Beira, logo ter uma realidade próxima ainda que não idêntica à escola a que pertence a
equipa da BE na qual me integro.
A escassez de referências explícitas, pelo que constatei, prende-se, primeiro, com a própria
natureza do relatório, sendo este de avaliação o seu foco é, e só pode ser, os resultados obtidos e não os
processos que levam a estes; segundo, com o objecto do mesmo, ou seja, a escola. Assim, a escola é
avaliada pelos resultados apresentados, é portanto ELA como um todo esse objecto e não partes ou
elementos específicos que a constituem.
Resultando dessa perspectiva a Escola torna-se o agente de todas as acções, por isso de todos
os resultados.
Apesar de não ser explícito todos sabem que a BE contribui para os elementos avaliados, tais
como: sucesso académico, participação e desenvolvimento cívico, comportamento e disciplina,
valorização e impacto das aprendizagens, acompanhamento da prática lectiva em sala de aula,
diferenciação e apoios, abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem,
concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade, gestão dos recursos humanos e financeiros,
participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa, equidade e justiça, visão e estratégia,
motivação e empenho e abertura à inovação. Mas não é o único, e talvez nem é o principal agente de
sucesso, de alguns dos elementos referidos. Esses agentes não são, tal como a BE não é, explicitamente
mencionados.
Isabel Martins