You are on page 1of 5

Escola Secundária Frei Heitor Pinto

Ano Lectivo 2009/2010

Biblioteca Escolar

Plano de Avaliação do Subdomínio C.1. – “Apoio a


actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento
curricular”

Professora Bibliotecária: Regina Gadanho


1.Introdução

A Auto-avaliação da BE, no âmbito do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares, é proposta como parte essencial da avaliação interna da escola e como
base para a avaliação externa a realizar pela Inspecção Geral de Educação.
Atendendo a que a avaliação dos impactos da BE no sucesso educativo é
particularmente complexa, por não ser possível isolar o seu contributo, os
resultados da sua acção devem ser avaliados mediante a análise de determinadas
actividades, serviços ou projectos e não de uma forma global. Avaliar a BE é,
então, sinónimo de avaliar a sua acção em vários aspectos e os resultados obtidos,
de acordo com objectivos pré-definidos e tendo em conta o referencial –
indicadores e factores críticos de sucesso apontados no Modelo.

Os indicadores considerados para avaliação são os seguintes:


C.1.2 – Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural na escola
C.1.3 – Apoio à utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e
livre fruição de recursos

2.Plano de Avaliação

2.1. Objecto da avaliação

É do conhecimento da comunidade que a BE tem desenvolvido um trabalho


contínuo na “dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural”,
sobretudo através de um programa de animação cultural de que são exemplos
iniciativas como exposições; palestras; sessões de teatro; concursos; celebração de
efemérides; ciclos de cinema. Muitas das quais em parceria com a actividade dos
vários Departamentos da escola. Tem, ainda, apoiado “a utilização autónoma e
voluntária da BE como espaço de lazer e livre fruição dos recursos”, daí advindo
prioridades do serviço relativamente ao acesso permanente à BE e à selecção
criteriosa das colecções documentais.

No entanto e apesar do trabalho desenvolvido nestas áreas, desconhece-se qual


o impacto que tem tido na comunidade e, mais especificamente, no sucesso
educativo dos alunos. Desta forma, a avaliação torna-se um instrumento
imprescindível para obter essa informação e capacitar a BE para um trabalho
contínuo de melhoria.

2.2. Métodos e instrumentos a utilizar

Para poder conhecer e fundamentar a actuação da Biblioteca no subdomínio a


avaliar (C.1) será necessário recolher as seguintes evidências:
Indicador C.1.2 – Plano de Actividades da BE

Registos sobre a preparação, o desenvolvimento e a avaliação


das actividades

Questionários aos alunos (QA 3)

Questionários aos pais/encarregados de educação (QEE 1)

Questionários aos professores (a elaborar)

Grelhas de registo da frequência com que são realizadas


actividades com recurso à BE

Número de alunos inscritos/professores/pais nas actividades

Reuniões e encontros de trabalho/para auscultação

Indicador C.1.3 – Horário da BE

Observação da utilização da BE (O 5)

Estatísticas de utilização da BE em situação de utilização livre

Resultados da avaliação das colecções documentais

Conversas informais

Taxa de utilização de documentos e recursos de apoio


produzidos pela BE

Livro de comentários

Análise do ambiente de trabalho na BE: organização do espaço,


localização dos recursos

A análise e a interpretação destas evidências permitirão responder às seguintes


questões:

(Indicador C.1.2)

• Os alunos encontram na BE um conjunto de propostas de actividades visando


a utilização criativa dos seus tempos livres?
• Os alunos usufruem de um programa de animação cultural regular e
consistente?
• A BE envolve a família na participação/colaboração de iniciativas culturais?
• Qual o grau de satisfação dos docentes relativamente à colaboração da BE na
dinamização de actividades dos Departamentos e à participação dos docentes
em actividades da BE?
(Indicador C.1.3)

• Os alunos beneficiam de acesso livre e permanente à BE?


• Os alunos dispõem de condições favoráveis à utilização individual e em
pequenos grupos?
• Os alunos adquirem hábitos de utilização livre da BE, cultivando um clima de
respeito, liberdade e descontracção?
• Os alunos desfrutam de uma boa colecção na área da literatura juvenil, dos
jogos educativos, da música e dos filmes de ficção?

A análise e interpretação das evidências permitirão identificar os principais


impactos, ou seja, os benefícios para os utilizadores da sua interacção com a
biblioteca, traduzidos numa mudança de conhecimento, competências, atitudes,
valores, níveis de sucesso, bem-estar, inclusão.

2.3. Intervenientes

A colaboração dos utilizadores neste processo constitui-se como aspecto


fundamental para o sucesso da avaliação. A aplicação dos instrumentos será feita a
20% do número total de professores e a 10% do número total de alunos em cada
nível de escolaridade, de modo a obter amostras representativas. Relativamente
aos encarregados de educação, a amostra será obtida em função dos níveis de
participação.

Pode ser útil a existência de um elemento exterior na análise e interpretação dos


resultados e na elaboração de conclusões (por exemplo a Coordenadora
Interconcelhia).

2.4. Planificação da recolha e tratamento de dados (análise e interpretação)

Depois de recolhidas as evidências, será desenvolvida uma análise sobre o


trabalho realizado na BE no subdomínio escolhido em relação com os padrões
estabelecidos, decidindo em qual dos níveis de desempenho se situa a biblioteca,
de acordo com os perfis de desempenho enumerados (vd. Modelo de Auto-
avaliação).

Da análise e tratamento dos dados poderão determinar-se pontos fortes e pontos


fracos. Da organização em pontos fortes e pontos fracos apresentar-se-ão
sugestões para a melhoria.

Após a análise e interpretação dos dados, é necessário proceder ao registo do


tipo de evidências recolhidas, do nível atingido e das formas como se pensa poder
melhorar o nível de desempenho.
2.5. Comunicação da informação

Os resultados da auto-avaliação realizada devem ser registados no “Relatório


Anual da Biblioteca Escolar”, para que possam ser utilizados internamente, na auto-
avaliação da escola, e como fonte de informação para a avaliação externa,
conforme já foi referido na introdução.

A comunicação dos resultados da avaliação realizada, a análise colectiva e


reflexão da escola sobre esses resultados, e a identificação das acções de melhoria
dos pontos fracos identificados é muito importante, de modo a obter
comprometimento e apoio.

2.6. Calendarização

Apresentação do Modelo de Auto-avaliação à Direcção,


Final do 1.º período lectivo
ao C. Pedagógico e restantes professores
Apresentação do Plano de Avaliação ao C. Pedagógico e
Início do 2.º período lectivo
restantes professores

Recolha de evidências Março e Abril

Tratamento dos dados Junho e Julho

Comunicação da informação Setembro

2.7. Restrições

É essencial o compromisso institucional dos órgãos de gestão pedagógica e


executiva da escola para com o processo, a disponibilidade da equipa da BE e até
de professores e alunos, já que uma parte significativa das evidências requer o
envolvimento e a colaboração destes últimos.

30 de Novembro de 2009

Maria Regina Craveiro Gadanho


(Professora Bibliotecária da ESFHP)

You might also like