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27. Quais as possíveis complicações de um parto normal?

As mais comuns são hemorragias, infecções e problemas na progressão do trabalho de


parto.
Atomia uterina
Retenção placentário

Laceração de partes moles


Pela sua própria natureza, o parto e nascimento provocam nervosismo e ansiedade,
mesmo que não surjam problemas. Uma mulher grávida pode reduzir a sua ansiedade e
melhorar as probabilidades de ter um final de gravidez adequado, estabelecendo uma
boa relação com o seu médico ou com a parteira.

Os principais problemas do parto têm a ver com o tempo e com a ordem que cada fase
requer. O parto pode não começar quando as membranas que contêm o feto se rompem
(rompimento prematuro das membranas) ou então pode começar antes da 37.ª semana
de gravidez (parto pré-termo) ou mais de duas semanas depois da data prevista para o
parto (gravidez pós-termo). Também podem ser problemas acrescidos as afecções
clínicas da mãe ou do feto, um desenvolvimento lento do parto ou uma posição anormal
do feto. Outros sinais de perigo incluem uma excessiva hemorragia vaginal (Ver secção
22, capítulo 249) e uma frequência cardíaca anormal do feto. Os problemas graves são
relativamente raros e, muitas vezes, podem ser previstos, mas alguns podem surgir
inesperada e repentinamente. Devem, de preferência, ser detectados com antecedência
para se poder aplicar o tratamento mais apropriado e assim garantir um final feliz.

SECÇÃO 22: Problemas de saúde da mulher


CAPÍTULO 250: Período pós-parto
TEMAS: O que esperar depois do parto - Infecções
puerperais - Hemorragia pós-parto - Inversão do útero

Hemorragia pós-parto

A hemorragia pós-parto é a perda de mais de meio litro de sangue durante ou


depois da terceira etapa do parto, no momento em que se expulsa a placenta.

Este problema é a terceira causa mais frequente de morte materna no parto,


depois das infecções e das complicações provocadas pela anestesia. As causas
da hemorragia pós-parto são diversas e a maioria delas pode ser evitada. Uma
causa é a hemorragia que se verifica no local donde se soltou a placenta. Esta
hemorragia ocorre quando o útero não se contrai correctamente, quer porque se
distendeu em demasia, quer porque o parto foi prolongado ou anormal, quer
porque a mulher teve várias gravidezes anteriores ou ainda porque se utilizou
um anestésico relaxante muscular durante o parto. A hemorragia pós-parto
também pode ser devida a feridas (lacerações) de um parto espontâneo, à
presença de tecido (em geral, partes da placenta que não se soltaram de forma
adequada) que não foi expulso durante o parto ou à existência de valores
baixos de fibrinogénio (um importante factor necessário à coagulação). A
perda de uma quantidade importante de sangue costuma dar-se pouco depois
do parto, mas o risco subsiste até um mês mais tarde.

Prevenção e tratamento

Antes de começar o trabalho de parto, devem ser tomadas precauções para


evitar uma hemorragia pós-parto. Uma das medidas consiste em tratar certos
problemas, como a anemia. Outra é reunir a maior quantidade possível de
informação acerca da paciente. Por exemplo, o facto de se saber que a mulher
tem maior quantidade de líquido amniótico, que tem uma gravidez múltipla (de
gémeos), que possui um tipo de sangue raro ou que teve crises anteriores de
hemorragia pós-parto pode fazer com que o médico esteja preparado para
enfrentar possíveis perturbações hemorrágicas.

O médico tenta sempre reduzir ao mínimo a sua intervenção no parto. Uma vez
que a placenta se tenha desprendido do útero, a mulher recebe oxitocina para
facilitar a contracção uterina e reduzir a perda de sangue. Se a placenta não se
soltar por si só 30 minutos depois do parto, o médico tira-a de forma manual.
Se a expulsão tiver sido incompleta, extrai manualmente os fragmentos que
faltam. Em casos excepcionais, os fragmentos infectados da placenta ou de
outros tecidos devem ser extraídos cirurgicamente (por meio de raspagem).
Depois da expulsão da placenta, a mulher é submetida a controlo durante pelo
menos uma hora para assegurar que o útero se contraiu e também para
controlar a hemorragia vaginal.

Em caso de hemorragia grave, faz-se uma massagem abdominal para ajudar a


contrair o útero e é administrada uma perfusão endovenosa contínua de
oxitocina. Se a hemorragia persistir, pode ser necessária uma transfusão de
sangue. Pode-se examinar o útero para procurar cortes ou fragmentos retidos da
placenta e de outros tecidos, e depois extraí-los cirurgicamente; ambos os
procedimentos requerem um anestésico. Também se examinam o colo uterino e
a vagina. Pode-se injectar prostaglandina no músculo uterino para facilitar a
contracção. Se o útero não puder ser estimulado para que se contraia e a
hemorragia seja reduzida, é possível que seja necessário fazer uma laqueação
das artérias que levam o sangue ao útero. Devido à quantidade abundante de
sangue que chega à pélvis, o facto de se conseguir controlar a hemorragia não
significa que o êxito da operação seja definitivo. A extirpação do útero
(histerectomia) raramente é necessária.
Hemorragia uterina

A hemorragia uterina é a maior preocupação uma vez nascido o bebé. (Ver


secção 22, capítulo 250) Geralmente, a mãe perde cerca de meio litro de
sangue durante o parto porque os vasos sanguíneos se rompem quando a
placenta se separa do útero. As contracções do útero permitem que estes vasos
se fechem e cicatrizem. Por consequência, a perda de sangue pode ser maior se
o útero não se contrair ou se uma parte da placenta continuar dentro do útero
depois do parto, evitando que este se contraia por completo. Uma rotura na
vagina ou no colo uterino também pode causar uma hemorragia grave.

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