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Sessão 7 - 1ª Tarefa

Elabore um quadro que permita cruzar o tipo de informação resultante da auto-avaliação da BE nos seus diferentes Domínios com
os Campos e Tópicos estabelecidos pela IGE, nos quais aquela informação deve ser enquadrada

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Conclusão)

IGE Modelo de Auto – Avaliação das BEs

Campos de Análise Tópicos dos descritores dos campos de Domínios / Indicadores


análise
Contexto físico e social A.2. Promoção das Literacias da Informação,
Contexto e Caracterização Geral da Escola Dimensão e condições físicas da escola Tecnológica e Digital.
Caracterização da população discente B. Leitura e Literacia.
Pessoal docente C.1. Apoio a Actividades Livres Extra-
Pessoal não docente Curriculares e de Enriquecimento Curricular.
Recursos financeiros D.1. Articulação da BE com o Agrupamento.
Acesso e Serviços Prestados pela BE.
D.2. Condições Humanas e Materiais para a
Prestação dos Serviços
Projecto Educativo Prioridades e objectivos A.1. Articulação Curricular da BE com as
Estratégias e planos de acção Estruturas de Coordenação Educativa e
Supervisão Pedagógica e os Docentes.
A.2. Promoção das Literacias da Informação,
Tecnológica e Digital.
B. Leitura e Literacia.
C.1. Apoio a Actividades Livres Extra-
Curriculares e de Enriquecimento Curricular.
C.2. Projectos e Parcerias.
D.1. Articulação da BE com o Agrupamento.
Acesso e Serviços Prestados pela BE.

Organização e Gestão da Escola Estruturas de gestão A.1. Articulação Curricular da BE com as


Gestão pedagógica Estruturas de Coordenação Educativa e
Procedimentos de auto-avaliação institucional Supervisão Pedagógica e os Docentes.
D.1. Articulação da BE com o Agrupamento.
Acesso e Serviços Prestados pela BE.
D.2. Condições Humanas e Materiais para a
Prestação dos Serviços
Articulação com a Comunidade Articulação e participação dos pais e C.1. Apoio a Actividades Livres Extra-
encarregados de educação na vida da escola Curriculares e de Enriquecimento Curricular.
Articulação e participação das autarquias C.2. Projectos e Parcerias.
Articulação e participação das entidades
(instituições, associações)

Clima e ambientes educativos Disciplina e comportamento cívico A.1. Articulação Curricular da BE com as
Motivação e empenho Estruturas de Coordenação Educativa e
Supervisão Pedagógica e os Docentes.
A.2. Promoção das Literacias da Informação,
Tecnológica e Digital.
B. Leitura e Literacia.
C.1. Apoio a Actividades Livres Extra-
Curriculares e de Enriquecimento Curricular.
C.2. Projectos e Parcerias.

Resultados Resultados académicos A.1. Articulação Curricular da BE com as


Resultados sociais da educação Estruturas de Coordenação Educativa e
Supervisão Pedagógica e os Docentes.
A.2. Promoção das Literacias da Informação,
Tecnológica e Digital.
B. Leitura e Literacia.
C.1. Apoio a Actividades Livres Extra-
Curriculares e de Enriquecimento Curricular.
C.2. Projectos e Parcerias.
D.2. Condições Humanas e Materiais para a
Prestação dos Serviços.

Outros Elementos Relevantes Organização e Gestão da Biblioteca Articulação da BE com o Agrupamento.


Acesso e Serviços Prestados pela BE.
D.2. Condições Humanas e Materiais para a
Prestação dos Serviços.
Sessão 7 – 2ª Tarefa

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


Metodologia de operacionalização ( Conclusão )

Para a 2ª parte da 7ª sessão, escolhi 4 (quatro) escolas da Região Centro, para análise e
comentário crítico à presença de referências a respeito das BEs em relatórios de
avaliação da IGE, realizadas no ano lectivo 2008/2009. A escolha deste ano lectivo
prende-se ao facto de a data coincidir com a generalização da RBE a todo o país,
permitindo deste modo a que todas as escolas tenham a possibilidade de integrar a BE
no seu projecto.
Foram escolhidos dois agrupamentos de escolas (EB) um de uma cidade desenvolvida
(Coimbra) e outro de uma zona rural de interior, (Terras de Xisto Concelho do fundão);
uma escola secundária com 3º ciclo (Campos de Melo - Covilhã); e uma escola
profissional de artes e ofícios tradicionais (Batalha).
Este pequeno leque de escolas permitirá assim ter uma pequena imagem acerca do
modo como a IGE observou a vida das Bibliotecas nessas escolas bem como o modo
como elas interferem na sua vida.
Passo de seguida a citar as referências à BE que constam nos referidos relatórios,
seguido de um comentário final
Agrupamento de Escolas da Pedrulha - Coimbra
Cap.II Caracterização do Agrupamento
O Edifício da Escola dispõe de áreas específicas diversificadas (…) e biblioteca/centro
de recursos.
Cap. IV – Avaliação por Factor
3. Organização e Gestão Escolar
3.3. Gestão dos Recursos Materiais e Financeiros
(…) A biblioteca desenvolve, ao longo do ano lectivo, várias iniciativas de promoção
da leitura (ex a vinda de escritores à escola), as quais, no entanto se destinam
essencialmente às crianças e aos alunos dos 2º e 3º ciclos e de escolas do 1º
ciclo/jardins de infância próximos da escola sede. (pág. 9)
4. Liderança
O Agrupamento demonstra abertura à inovação, consubstanciada no desenvolvimento
de iniciativas que beneficiam o ensino e a aprendizagem. Saliente-se a adesão ao Plano
Nacional de Leitura, com actividades dedicadas às crianças e aos alunos dos dois
níveis de educação e ensino (…) (pág.11)

Agrupamento de Escolas Terras de Xisto (Concelho do Fundão)


Cap. III Conclusões de Avaliação por Domínios
2. Prestação do Serviço Educativo
Apesar das acções realizadas no âmbito da biblioteca escolar, nem sempre o horário
do seu funcionamento responde às necessidades dos alunos (pág.4)
Cap. IV – Avaliação por Factor
2. Prestação do Serviço Educativo
O Agrupamento, nos últimos três anos, tem desenvolvido um conjunto relevante de
acções de formação para o pessoal docente, nomeadamente no âmbito das novas
tecnologias de informação e comunicação, das áreas científica e pedagógica, das
bibliotecas escolares e da saúde e bem-estar. (pág. 8)
2.4. Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem
Destaca-se, também, o trabalho realizado no âmbito do Plano Nacional de
Leitura,Plano de Acção da Matemática (….) e da integração da biblioteca na Rede de
Bibliotecas Escolares, onde os alunos são acompanhados e orientados, existindo ,
nomeadamente, um tempo específico para cada turma aí possa desenvolver a “leitura
autónoma”.
Pese embora a organização destas actividades, nem sempre o horário de
funcionamento da biblioteca responde às necessidades, dado que encerra antes de um
número significativo de alunos a abandonar a escola no final do dia, ficando sem
espaço adequado e sem ajuda para realizar os trabalhos de casa enquanto esperam
pelos transportes.

3. Organização e Gestão Escolar


3.2. Gestão dos Recursos Humanos
No que respeita à formação do pessoal docente e não docente, as acções frequentadas
contemplam algumas das áreas funcionais, nomeadamente: relações pessoais e
interpessoais; (…) Bibliotecas Escolares (…) (pág.9)
4. Liderança
4.3. Abertura à Inovação
No campo pedagógico, verifica-se a adesão a projectos nacionais (…) e o Plano
Nacional de Leitura, assumindo também particular relevo a adesão à Rede de
Bibliotecas Escolares, cuja dinâmica tem tido impacto na mobilização das crianças e
dos alunos para os aspectos da leitura, do estudo e da realização de trabalhos (pag.12)
Cap. V Considerações Finais
Pontos Fracos
Horário de funcionamento da biblioteca, que não corresponde satisfatoriamente às
necessidades dos alunos que usufruem de transporte escolar (pág. 13)

Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Campos de Melo, Covilhã


Cap. IV – Avaliação por Factor
2. Prestação do Serviço Educativo
Para os discentes com dificuldades de aprendizagem foi organizada uma sala de
estudo, a funcionar na biblioteca, onde docentes prestam apoio nas suas áreas
disciplinares e são disponibilizadas aulas de reforço (pág.9)
2.4. Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem
São promovidas várias iniciativas de reforço educativo (…) a dinamização de projectos
(…) integração da biblioteca na Rede Nacional de Bibliotecas Escolares (…)
Cap. IV – Avaliação por Factor
4. Liderança
4.3. Abertura à Inovação
A dinamização de clubes (…) bem como a adesão a projetos (…) e Ler + (…)
Escola Profissional de Artes e Ofícios Tradicionais da Batalha
Cap. IV – Avaliação por Factor
3. Organização e Gestão Escolar
3.3.Gestão dos Recursos Materiais e Financeiros
…Para lá da visível degradação, algumas instalações sã exíguas, como por exemplo, a
biblioteca. Para suprir esta lacuna, recorre-se, recorre-se aos serviços da Biblioteca
Municipal, sendo os alunos acompanhados pelos professores sempre que necessário.
(pág.9)
4. Liderança
4.3. Abertura à Inovação
A escola está aberta à inovação, patente na diversidade de actividade e de projectos,
visando a criação de novos contextos de aprendizagem. Destacam-se, entre outros, os
projectos “Biblioteca” e “Aprendiz de Cidadão” que contribuem para a formação
integral dos alunos e para reforçar as aprendizagens curriculares. (pág10)
Comentário
De um modo geral observa-se que as referências às BEs nos relatórios de
avaliação têm em conta os espaços, e alguns projectos revelando no entanto uma
percepção aquém do que representa actualmente a BE numa escola.
Poderemos interpretar alguma escassez de referências específicas como algo que
se constata nos referidos relatórios, mas será pertinente considerar que dada a evolução
do programa RBE, com crescentes recursos materiais e humanos, formação, projectos
incentivados pelo programa referido, será legítimo pensar que muito mais existirá de
influência das bibliotecas nas escolas do que o que se percepciona nos relatórios.
Pela experiência pessoal (ao longo de oito anos como coordenador de
bibliotecas), e a partir de acções de formação, seminários, sessões de trabalho
convocadas pela rede, sessões de trabalho com o coordenador interconcelhio, etc
constato que existem inúmeros projectos com relevante impacto nas escolas
dinamizados a partir das dinâmicas desencadeadas pelas bibliotecas. Frequentemente o
que acontece é que algumas direcções das escolas relegam para um plano secundário
esta “força motriz” que representam actualmente as BEs nas escolas e inexoravelmente
esta imagem tutelada passa a ser veiculada, para os referidos relatórios.
Como coordenadores, professores bibliotecários e toda a equipa da BE muito
teremos a fazer para que a biblioteca da nossa escola adquira uma cidadania cuja
dignidade não possa ser posta em causa. É evidente que ao nível dos recursos e
dinâmicas muito existirá para fazer e os relatórios também referem essas lacunas, que
rapidamente serão ultrapassadas se houver por parte das direcções executivas essa
prioridade. Se o espaço é exíguo como refere um relatório, ou se o horário não atende os
alunos, como refere outro, não há projecto RBE ou professor bibliotecário que lhe
valha, mas sim uma direcção de escola empenhada em resolver esses problemas.
As equipas das bibliotecas escolares, terão de investir também na forma como
dão a conhecer as suas actividades, e o seu potencial, a toda a escola e comunidade,
caminhando para uma presença nas decisões pedagógicas e organizacionais de uma
escola, garantido o estatuto que se reclama desde a fundação da rede há treze anos. A
implementação do modelo de auto-avaliação das bibliotecas poderá representar uma
mais valia nesse processo, de construção de uma imagem bem definida e quiçá que
permita uma percepção por parte da IGE que corresponda à realidade da BE como uma
área de intervenção determinante para a formação dos jovens ao longo da vida.

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