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06 | Modelos de avaliação em iluminação

60% mais Gastos em:


investimento inicial
Lâmpadas

Lâmpadas e
acessórios

Instalação

fiação, acrescidos dos custos de mão ser multiplicado pelo número de lâmpa- Sistema Sistema®
incandescente 60 W DULUXSTAR 15W
de obra dos profissionais envolvidos, das repostas por mês. Esse custo é bas-
desde a elaboração do projeto à ins- tante significativo nas instalações de difícil Figura 54 - Comparação entre custos de investimento.
talação final (fig. 54). acesso, como iluminação pública, qua-
dras de esporte etc. O fator decisivo no
6.3.2 Custos Operacionais custo operacional é o custo da energia
É a somatória de todos os custos apre- elétrica, que corresponde à Potência Total 60% menos despesas
mensais com manutenção
sentados após a completa instalação do Instalada (Pt), multiplicada pelas horas de
sistema de iluminação, concentrados uso mensal e pelo preço do kWh. Ao se
nos custos de manutenção das condi- optar por um sistema mais eficiente, este
ções luminotécnicas do projeto e os custo sofre substancial redução.
custos de energia consumida (fig. 55).
O custo mensal de manutenção das 6.3.3 Cálculo de Rentabilidade Gastos em:
lâmpadas engloba o custo de aquisição A análise comparativa de dois siste-
Consumo de energia
de novas unidades e o custo da mão de mas de iluminação, para se estabele-
Reposição de lâmpadas
obra necessária para executar a manu- cer qual deles é o mais rentável, leva Mão de Obra
tenção. Esse custo resulta da soma das em consideração tanto os custos de Sistema Sistema®
incandescente 60 W DULUXSTAR 15W
horas mensais de utilização das lâmpa- investimento quanto operacionais. Ge-
das dividida pela sua vida útil. O quo- ralmente, o uso de lâmpadas de me- Figura 55 - Comparação entre custos operacionais.
ciente obtido informa o número de lâm- lhor Eficiência Energética leva a um in-
padas que serão repostas e seu valor vestimento maior, mas proporciona
deve ser multiplicado pelo preço da lâm- economia nos custos operacionais. mento pela diferença na manutenção. o instante de equalização destes custos.
pada nova. Já o custo da mão de obra Decorre daí a amortização dos custos, Feitos os cálculos, os valores podem ser Nos anexos, segue uma planilha do Cál-
para realizar essa reposição é dado em ou seja, há o retorno do investimento alocados em gráficos, como no da figu- culo de Rentabilidade, podendo ser utili-
função da remuneração por hora de tra- dentro de um dado período. O tempo ra 56, onde se visualiza a evolução das zada como instrumento prático para se
balho do respectivo profissional. de retorno é encontrado quando se cal- despesas no tempo. chegar aos custos acima descritos, as-
O tempo de reposição por lâmpada deve cula o quociente da diferença no investi- O ponto de interseção das linhas indica sim como para análise comparativa en-

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Custos

Gasto total DULUXSTAR®


(Investimento inicial + Consumo de energia)
Economia em consumo de energia
(sistema de iluminação)
Adicional de ocnsumo de ar condicionado
(economia indireta)

0 2000 4000 6000 8000 10000

®
Figura 56 - Ilustração da evolução das despesas entre sistemas de iluminação incandescente e DULUXSTAR

tre sistemas diferentes de iluminação. projetos de iluminação maiores e mais dos bancos de dados referentes às notécnica são:
6.4 Softwares complexos. Para isso hoje em dia te- luminárias com compatibilidade entre 1 • RADIANCE : www.lbl.gov
Como avaliar e medir as questões relati- mos os softwares de iluminação. distintos fornecedores. Softwares fe- 2 • AGi32: www.agi32.com
vas à iluminação natural e artificial? Alguns cuidados devem ser tomados chados, ou seja, que só usam lumi- 3 • LUMEN DESIGN: www.lightechnolo-
Todos os métodos de simulação e cál- quando da utilização de programas nárias de um único produtor podem gies.com
culo na área de iluminação natural e arti- computacionais na área de iluminação: ser em muitos casos extremamente 4 • ECOTECH: www.squ1.com
ficial baseiam-se em dois modelos clás- limitados para satisfazer nossas ne- 5 • RELUX: www.relux.ch ou www.relux.biz
sicos de predição: método ponto a pon- 1º • Se for para a área de iluminação cessidades práticas de cálculo. 6 • DIALUX: www.dial.de
to e método dos fluxos, conforme apre- natural, verificar para quais tipos de 7 • SOFTLUX: www.itaim.com.br
sentado anteriormente. céu que o programa possibilita os O número 7, de abril/maio de 2004, da Obs: os 4 primeiros são pagos. Os 3 úl-
O método dos fluxos se aplica mais cálculos, lembrando que o céu brasi- revista Lume Arquitetura, pg.76, apre- timos gratuitos.
aos sistemas gerais. O método ponto a leiro é predominantemente “parcial- senta-se uma relação interessante dos
ponto satisfaz melhor as necessidades mente encoberto”; principais softwares de iluminação, prin-
de dimensionamento dos sistemas lo- 2º • se for para a área de iluminação cipalmente para a artificial, inclusive com
calizados e locais. Apesar de práticos artificial um dos principais aspectos a endereços dos sites para download.
estes métodos podem ser muito traba- serem verificados é a possibilidade
lhosos quando se necessita avaliar deles apresentarem uma atualização Os principais modelos na área de lumi-

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Empresa: Obra:
Recinto: Atividade
Projetista: Data:

01 Comprimento a m 10,00
02 Largura b m 7,50
03 Área A=a . b m2 75,00
04 Pé-direito H m 3,00

Descrição do ambiente
05 Altura do plano de trabalho hpt m 0,80
06 Altura do pendente da luminária h pend m 0
Figura 57 - Ambiente a ser calculado
07 Pé-direito útil h = H - hpt - hpend 2,20
08 Índice do recinto
k=
a.b 1,95
h (a . b)

7. Exemplos de aplicação b) Atividades 09 Fator de depreciação Fd 0,80

• Administrativas (leitura, concentração) 10 Coeficiente de reflexão Teto ρ1 0,70

7.1 Exemplo 1 • Uso de computadores 11 Coeficiente de reflexão Paredes ρ2 0,30

Cálculo de Iluminação Geral (Méto- 12 Coeficiente de reflexão Piso ρ3 0,10

do das Eficiências) c) Objetivos da iluminação


Iluminação da sala de um escritório: • Proporcionar boas condições de f) Nível de Iluminância Adequado • Mobiliário:
trabalho Consultando-se a norma NBR-5413, mesas e armários de fórmica / cor
Empregando-se o Método das Eficiên- • Evitar reflexos na tela do computador/ estipula-se a Iluminância Média de bege-palha;
cias para quantificar-se o número de lu- conforto visual escritórios em Em = 500 lx. cadeiras forradas / cor caramelo.
minárias ou calcular-se a Iluminância pa- • Evitar alto consumo de energia Fator de Depreciação (Fd): ambiente
ra um recinto qualquer, pode-se fazer salubre, com boa manutenção (em h) Proporção Harmoniosa entre
uso da seqüência de cálculo a seguir, d) Cabeçalho caso de queima, troca imediata; lim- Luminâncias
apresentada em forma de planilha. Seu preenchimento é recomendado peza das luminárias a cada 6 meses). Partindo-se do princípio de que a ilumina-
A planilha completa se encontra no ane- para uma futura Identificação do pro- Fd = 0,8 (corresponde a uma margem ção se distribuirá de uma forma homogê-
xo 4 e servirá de formulário de resolução jeto ou mesmo para uma simples de depreciação de 20% da Iluminân- nea ao longo da sala, e que as janelas es-
da maioria dos casos de iluminação in- apresentação ao cliente. cia Média necessária). tarão recobertas por persianas, conclui-
terna que se apresentarem. Para tanto, A partir deste ponto começaremos a se que não haverá diferenças muito gran-
recomenda-se que suas colunas sejam preencher a tabela do anexo 4 ilus- g) Cores des entre as Luminâncias, já que os
mantidas em branco e que ela sirva de trando o exemplo 1. • Teto: Coeficientes de Reflexão dos componen-
modelo para cópias. Vamos seguir o Forro de gesso pintado / cor branca. tes da sala (Refletâncias) também não se
processo descrito no capítulo anterior. e) Dimensões físicas do recinto • Paredes: diferenciam acentuadamente. A propor-
• Comprimento: 10,00 m Pintadas / cor verde-claro; duas pare- ção recomendada entre as Luminâncias
Dados Básicos Pré-Cálculo: • Largura: 7,50 m des com persiana/cor verde-claro. será provavelmente alcançada através da
a) Local • Pé-direito: 3,50 m • Piso: variação natural de Iluminâncias inciden-
• Escritório de contabilidade • Altura do plano de trabalho: 0,80 m Carpete / cor verde-escuro. tes sobre as diferentes superfícies.

44 45
07 | exeMplos de aplicação

TETO (%) 70 50 30 0
13 Iluminância planejada Em lx 500

iluminação
carac. da
PAREDE (%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0
14 Tonalidade ou temp. da cor k 4000
PISO (%) 10 10 10 0
Kr Fator de utilização 15 Índice de reprodução de cores IRC 89
0,60 34 29 26 33 29 26 29 26 25
0,80 40 36 33 39 35 32 35 32 31 16 Tipo de lâmpada φ lm ®
LUMILUX T5 HE
1,00 45 41 38 44 41 38 40 38 36 17 Fluxo luminoso de cada lâmpada z Unid. 3300
1,25 50 46 43 49 45 43 45 42 41 18 Lâmpadas por luminária 2

lâmpadas e luminárias
1,50 53 50 47 52 49 46 48 46 45 19 Tipo de luminária -
2,00 58 55 52 56 54 52 53 51 50 20 Fator de fluxo luminoso BF 1
2,50 60 58 56 59 57 55 56 55 53 ηL
21 Eficiência da luminária -
3,00 62 60 58 61 59 58 58 57 55 ηr
22 Eficiência do recinto -
4,00 64 63 61 63 62 60 61 59 58
23 Fator de utilização Fu = L . ηr
η 0,55
5,00 66 64 63 64 63 62 62 61 59
24 Quantidade de lâmpadas Em . A Unid.
n= 26
Figura 58 - Exemplo de tabela de Fator de Utilização de Luminária φ . Fu . BF . Fd Unid. 13
25 Quantidade de luminárias N = n/z
i) Limitação de Ofuscamento Luminância seja refletida e que o
Ofuscamento não deverá ocorrer, operador faça sombra sobre a tela.
uma vez que as superfícies dos mó- n) Ar-condicionado e Acústica plo, não há limitação física de com-
veis e objetos não são lisas ou espe- k) Características do fornecimento O ruído originado pelo funcionamento das primento da lâmpada, e sua utiliza-
lhadas. O ofuscamento direto será de energia elétrica luminárias, caso sejam elas equipadas com ção é mais compensadora.
evitado se forem empregadas luminá- • Tensão estável na rede (220V) lâmpadas fluorescentes e seus respectivos Os dados da lâmpada são obtidos
rias, cujo ângulo de abertura de fa- • Custo de kWh: US$ 0,15 reatores, seria facilmente absorvido pelo for- nos catálogos OSRAM.
cho acima de 45º não apresentar Lu- • Acendimento individualizado (interrup- ro de gesso onde elas estariam embutidas, A saber:
®
minância acima de 200 cd/m². tor na entrada da sala) não prejudicando o trabalho no local. O ar- • LUMILUX T5 HE 35W/840
Obs.: algumas luminárias para lâmpadas • Pontos de energia próximos às mesas. condicionado funcionará com uma intensi- • Fluxo luminoso: 3.300 lm
fluorescentes são indicadas por seus fa- dade 25% menor do que se a instalação for • Temperatura de cor: 4000K Branca Neutra
bricantes para utilização em áreas de ter- l) Tonalidade de Cor da Luz feita com lâmpadas fluorescentes, e não in- • Índice de reprodução de cor: 89
minais de vídeo ou computadores. Para o ambiente de um escritório e Ilumi- candescentes, que irradiam muito calor.
nância de 500 lx, recomenda-se que a p) Escolha da Luminária
j) Efeitos Luz e Sombra Tonalidade de Cor da luz seja Branca o) Escolha das Lâmpadas A luminária poderá ser de embutir,
As luminárias deverão ser colocadas Neutra (aproximadamente 4000k). Os dados anteriores nos levam a de alta eficiência e com aletas me-
lateralmente às mesas de trabalho, concluir que o tipo de lâmpadas indi- tálicas que impeçam o ofuscamen-
para se evitar que haja reflexo ou m) Reprodução de Cores cado para este projeto é a fluores- to. Os modelos mais modernos
®
sombra que prejudique as atividades. Aconselha-se que o Índice de Repro- cente LUMILUX T5 HE. Ela existe possuem refletores parabólicos que
Recomenda-se que as janelas locali- dução de Cores para este tipo de tra- nas versões de 14, 21, 28 e 35W. limitam a angulação do facho lumi-
zadas diante das telas de computa- balho seja acima de 80. noso, tornando-se adequados para
®
dores sejam protegidas por persianas As lâmpadas fluorescentes de pó tri- Optaremos pela versão LUMILUX T5 o seu emprego em salas de com-
ou cortinas, para se evitar que a alta fósforo são as mais adequadas. HE 35W/840, porque o salão é am- putadores.

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07 | Exemplos de aplicação

26 Quantidade de luminárias na instal. Ni Unid. 15

Cálculo de
Controle
27 Iluminância alcançada E = Z . N φ Fu . Bf . Fd Ix 570
A
28 Potência total instalada Pt = nj . W*/100 kW 1,05

Consumo da
Instalação
29 Densidade de potência D = Pt . 1000/A W/m2 14
30 Densidade de potência relativa Dr = D.100 / E W/m2 2,45
Figura 59 - Distribuição final das luminárias
p/100 lx

q) Cálculo da Quantidade de Lu- destas em três linhas contínuas late- ção do reator QT - FH 2x14 - 35W, *W = Potência do conjunto lâmpada +
minárias ralmente às mesas de trabalho, evi- uma vez que, devido à operação em acessório (Consultar Catálogo OSRAM
Uma vez já definidas todas as bases tando o ofuscamento sobre a tela de alta freqüência, a potência entregue à para obter valores orientativos).
conceituais para o cálculo, seguire- computador. Para tanto, a quantida- lâmpada é menor.
mos a seqüência da planilha. de de luminárias (N = 13) deverá ser
30 . 35
elevada para N = 15, para que possa Pt = = 1,05 kW
1000
r) Adequação dos Resultados ao ser subdividida por três. A dimensão
Projeto de 10m comporta a linha contínua
1,05 . 1000
A quantidade de lâmpadas deve ser formada por 5 luminárias, cada uma D= = 14 W/m 2
75
arredondada para o valor múltiplo de aproximadamente 1,44m, não ha-
mais próximo da quantidade de lâm- vendo perigo de não adaptação ao
14 . 100
padas por luminária (neste caso, não projeto (fig. 59). Dr = = 2,45 W/m 2 p/100 lx
570
haveria necessidade), de tal forma
que a quantidade de luminárias (N) t) Cálculo de Controle v) Cálculo de Custos e Rentabilidade
sempre seja um número inteiro. Uma vez de acordo com o resultado Na rotina de cálculo, os itens Cálculo de
fornecido, podemos nos certificar do Custos e Cálculo de Rentabilidade são
s) Definição dos Pontos de Iluminação valor exato da Iluminância Média ob- completamentares ao cálculo luminotéc-
Escolhe-se a disposição das luminá- tida, através dos itens 26 e 27. nico até aqui concluído e podem ser de-
rias levando-se em conta o layout do senvolvidos utilizando-se o guia orienta-
mobiliário, o direcionamento correto u) Avaliação do Consumo Energético tivo “Cálculo de Rentabilidade” que se-
da luz para a mesa de trabalho e o Os itens 28, 29 e 30 da planilha podem gue anexo.
próprio tamanho das luminárias. Nes- ser calculados da seguinte maneira:
te exemplo, sugere-se a disposição Obs.: 70 W = Considerando a utiliza-

48 49
07 | Exemplos de aplicação

100 cd 200 cd
90º

80º
DECOSTAR® 50W/12V
α = 10º

100 cd 70º

h´=1,4m
60º

200 cd h
50º LUMILUX® T5 HE 35W / 840
φ= 3300 lm
300 cd
40º

0º 10º 20º 30º


0,44 m
Figura 60 - Curva de distribuição luminosa Figura 61 - lâmpada adotada

7.2 Exemplo 2 340 . (2 . 3300) = 2244 cd


I 30º =
Cálculo de Iluminância - Método 1000
Ponto a Ponto: Figura 63 - Cálculo de iluminação dirigida
Exemplo orientativo para leitura das cur- Seguindo-se a fórmula:
vas de distribuição luminosa (CDL), cál-
lα = ———
culo da intensidade luminosa nos dife- E= . cos 3 α 7.3 Exemplo 3 d´ √ h 2 - h´ 2
rentes pontos e a respectiva Iluminância h2 Cálculo de Iluminação Dirigida (Fon-
= ————————
(fig. 60). I 30º te de Luz com Refletor) d´ √ (2,5) 2 - (1,4) 2
E= . cos 3 30º
Consultando-se a luminária, cuja CDL está h2 Qual será a distância (d’) de uma luminária
®
representada na página x, e supondo-se que equipada com DECOSTAR 51 50W/12V Portanto, d’ = 2,0m
esta luminária esteja equipada com 2 lâmpa- 2244 10°, cujo facho de luz incide em uma su-
E= . 0,65
®
das fluorescentes LUMILUX T5 HE 4 perfície de 0,44m de diâmetro (fig. 63)? Qual será também a Iluminância no pon-
35W/840 (fig. 61), qual será a Iluminância in- E = 365 lux to central da incidência do facho de luz?
cidida num ponto a 30º de inclinação do eixo α
D = 2 . h . tg
longitudinal da luminária, que se encontra a 2 Dado da lâmpada:
uma altura de 2m do plano do ponto? I = 12500 cd
® 10
LUMILUX T5 HE 35W/840 0,44 = 2 . h . tg
30º 2
φ = 3300 lm I
® 2m E=
Luminária para 2x LUMILUX T5 HE E
Portanto, h = 2,5m h2
35W/840
n=2 Partindo de um h´ = 1,4m temos: 12500
E=
Na CDL, lê-se que: I30° = 340 cd 2,50 2
h 2 = h ´ + d´ 2

Como este valor refere-se a 1000 lm, Figura 62


d´ 2 = h 2 - h´ 2 E = 2000 lux
Cálculo de iluminância em cima do plano de trabalho
tem-se que:

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07 | Exemplos de aplicação

HALOSPOT® 111

Anexo 1 - Equipamentos auxiliares • Capacitor: acessório que tem co-


utilizados em iluminação mo função corrigir o fator de potên-
α cia de um sistema que utiliza reator
• Luminária: abriga a lâmpada e dire- magnético. Da mesma forma que
h= 4m ciona a luz. para cada lâmpada de descarga
• Soquete: tem como função garantir existe seu reator específico, existe
fixação mecânica e a conexão elétri- também um capacitor específico
ca da lâmpada. para cada reator.
• Transformador: equipamento auxi- • Dimmer: tem como função variar a
liar cuja função é converter a tensão intensidade da luz de acordo com a
de rede (tensão primária) para outro necessidade.
70 cm valor de tensão (tensão secundária). • Sistemas de gerenciamento da ilu-
Um único transformador poderá ali- minação: com a evolução da tecno-
Figura 64 - Cálculo de iluminação dirigida
mentar mais de uma lâmpada, desde logia eletrônica digital hoje existem a
que a somatória das potências de to- preços bastante acessíveis sistemas
das as lâmpadas a ele conectadas com o protocolo DALI que apresen-
7.4 Exemplo 4 Ar-Condicionado e Acústica não ultrapasse sua potência máxima. tam inúmeros recursos para controlar
Cálculo de Iluminação Dirigida - Aber- O calor gerado pela iluminação não de- • Reator: equipamento auxiliar ligado en- a iluminação dos ambientes, criação
tura do Facho de Luz com Refletor: ve sobrecarregar a refrigeração artificial tre a rede e as lâmpadas de descarga, de grupos e cenas, acionamentos
Qual será o ângulo de facho de luz de do ambiente. cuja função é estabilizar a corrente atra- por controles remotos e de paredes
uma lâmpada HALOSPOT® 111, para Há um consenso que estabelece que vés da lâmpada. Cada tipo de lâmpada sem fio, sensores de luz e de presen-
que se consiga iluminar uma área de um adulto irradia o calor equivalente requer um reator específico. ça etc. Além do gerenciamento da
0,70m de diâmetro, a 4m de distância a uma lâmpada incandescente de • Starter: elemento bimetálico cuja iluminação, os mesmos sistemas po-
(fig. 64)? 100W. Portanto, fontes de luz mais função é pré-aquecer os eletrodos dem criar efeitos especiais, como o
eficientes colaboram para o bem-es- das lâmpadas fluorescentes, bem co- efeito RGB (mistura das cores verme-
tar, além de se constituir numa menor mo fornecer, em conjunto com o rea- lho, verde e azul), simular a tonalida-
r
α = 2 . arc tg carga térmica ao sistema de condi- tor eletromagnético convencional, um de de luz do sol dentro de um am-
h
cionamento de ar. pulso de tensão necessário para o biente, resultando assim numa ilumi-
0,35 O sistema de iluminação pode com- acendimento das lâmpadas. Os rea- nação mais dinâmica para proporcio-
α = 2 . arc tg
4,00 prometer a acústica de um ambiente tores eletrônicos e de partida rápida nar conforto e criação de diferentes
através da utilização de equipamen- não utilizam starter. atmosferas. Para maiores detalhes
α = 10º tos auxiliares (reatores e transforma- • Ignitor: dispositivo eletrônico cuja acesse o nosso site ou catálogos
dores eletromagnéticos). Uma solu- função é fornecer às lâmpadas de com informações específicas sobre
ção bastante eficiente, com ausência descarga em alta pressão um pulso os sistemas de gerenciamento da ilu-
Observação para todos os exemplos total de ruídos, é o emprego de siste- de tensão necessário para seus minação OSRAM DALI.
apresentados: mas eletrônicos nas instalações. acendimentos.

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08 | ANEXOS

Anexo 2 - Níveis de Iluminância Anexo 3 - Coeficiente de Reflexão


Recomendáveis para Interiores de Alguns Materiais e Cores

Descrição da Atividade Em (lx) Materiais %


Depósito: 200 Rocha 60
Circulação/corredor/escadas: 150 Tijolos 5..25
Garagem: 150 Cimento 15..40
Residências (cômodos gerais): 150 Madeira clara 40
Sala de leitura (biblioteca): 500 Esmalte branco 65..75
Sala de aula (escola): 300 Vidro transparente 6..8
Sala de espera (foyer): 100 Madeira aglomerada 50..60
Escritórios: 500 Azulejos brancos 60..75
Sala de desenhos (arquit. e eng.): 1000 Madeira escura 15..20
Editoras (impressoras): 1000 Gesso 80
Lojas (vitrines): 1000 Cores %
Lojas (sala de vendas): 500 Branco 70..80
Padarias (sala de preparação): 200 Creme claro 70..80
Lavanderias: 200 Amarelo claro 55..65
Restaurantes (geral): 150 Rosa 45..50
Laboratórios: 500 Verde claro 45..50
Museus (geral): 100 Azul celeste 40..45
Indústria/montagem (ativ. visual de precisão média: 500 Cinza claro 40..45
Indústria/inspeção (ativ. de controle de qualidade): 1000 Bege 25..35
Indústria (geral): 200 Amarelo escuro 25..35
Indústria/soldagem (ativ. de muita precisão): 2000 Marrom claro 25..35
Verde oliva 25..35
Laranja 20..25
Exemplificação da Norma NBR-5413. Vermelho 20..35
Os valores são fornecidos para observador com idade entre 40 e 55 Cinza médio 20..35
anos, praticando tarefas que demandam velocidade e precisão médias. Verde escuro 10..15
Azul escuro 10..15
Vermelho escuro 10..15
Cinza escuro 10..15
Azul marinho 5..10
Preto 5..10

54 55
56
08 | ANEXOS

Variável unid. Sistema A Sistema B


Anexo 4 - Planilha para cálculo de iluminação geral: Método dos Fluxos

BF %

Pt = ni . W*/100

Obs: A planilha apresenta duas colunas - Sistemas A e B - para que duas soluções possam ser comparadas.
57
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58 59
ANOTAÇÕES

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