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Alm dessa tradio de anarquismo de direita, existiu outra tendncia mais velha e completamente
independente, conectada com circunstncias especificamente francesas. Aqui, ao fim do sculo
XVIII, nos estgios posteriores do Ancien Rgime, formou-se um anarchisme de droite, cujos
protagonistas clamavam para si mesmos uma posio "alm do bem e do mal", uma vontade de viver
"como os deuses", e que no reconheciam nenhum valor moral alm da honra pessoal e a coragem.
A viso-de-mundo desses libertinos estava intimamente ligada com um atesmo agressivo e uma
filosofia pessimista da histria. Homens como Brantme, Montluc, Broalde de Verville, e
Vauquelin de La Fresnaye tinha o absolutismo como uma mercadoria que infelizmente opunha-se
aos princpios do velho sistema feudal, e que apenas servia aos desejos do povo por assistencialismo.
Atitudes, que no sculo XIX seriam novamente encontradas com Arthur de Gobineau e Lon Bloy, e
tambm no sculo XX com Georges Bernanos, Henry de Montherlant e Louis-Ferdinand Cline.
Essa posio tambm apareceu em uma verso especificamente "tradicionalista" com Julius Evola,
cujo pensamento girava ao redor do "indivduo absoluto".
Em qualquer forma que o anarquismo de direita aparea, ele sempre impulsionado por um
sentimento de decadncia, por um desgosto frente a era das massas e frente ao conformismo
intelectual. A relao com a poltica no uniforme; porm, no raro o distanciamento transforma-se
em ativismo. Qualquer unidade mais prxima negada de pronto pelo individualismo altamente
desejado pelos anarquistas de direita. Nota bene, o termo s vezes usados por homens - por
exemplo George Orwell (anarquista Tory) ou Philippe Aris - que no exibem sinais relevantes de
uma ideologia anarquista de direita; enquanto outros, que objetivamente exibem esses critrios - por
exemplo Nicols Gmez Dvila ou Gnter Maschke - no fazem uso desse conceito.