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Comissão de Defesa da 

Escola Pública 
Algés, 12 de Janeiro de 2010 

A Comissão de 
defesa da Escola  A defesa da Escola pública é incompatível com o Acor do assinado pelas 
Pública,  dir ecções dos sindicatos dos pr ofessor es e educador es 
Democr ática e de 
Qualidade, posta 
com o Ministér io da Educação! 
de pé em 1998 e 
reconstituída em 
Maio de 2002,  Desde  sempre,  a  CDEP  tem  afirmado  que  a  qualidade  do  ensino  exige  uma  resposta 
agrupa um conjunto  positiva às principais reivindicações de todos os profissionais do Ensino, tais como: 
de cidadãos,  Ø  a  colocação  por   concur so  dos  docentes  e  auxiliar es  da  acção  educativa 
professores, 
educadores,  necessár ios às escolas; 
auxiliares de acção 
educativa, pais e  Ø  o  r estabelecimento  da  car r eir a  única  e  de  uma  avaliação  for mativa  e  sem 
estudantes, unidos  quotas; 
em torno do mesmo 
objectivo: defender  Ø  a abolição da pr ova de ingr esso na car r eir a; 
uma Escola pública, 
democrática e de  Ø  o  r espeito  pelas  especificidades  das  cr ianças  com  necessidades  educativas 
qualidade, como um  especiais; 
espaço de liberdade 
e crescimento, cuja  Ø  o r estabelecimento da gestão democr ática das escolas; 
finalidade central  Ø  o  r estabelecimento  do  vínculo  ao  Estado  par a  todos  os  tr abalhador es  das 
seja a formação do 
Homem e, só  escolas e r estantes ser viços públicos. 
depois, do 
Logo  que  a  nova  ministra  da  Educação  tomou  posse,  a  CDEP  dirigiu­lhe  uma  Carta 
Trabalhador. Tais 
objectivos  aberta  na  qual  –  procurando  expressar  as  aspirações  da  esmagadora  maioria  da  população 
pressupõem a  ligada  ao  processo  educativo  (professores  e  restantes  trabalhadores  do  ensino,  alunos  e 
demarcação em  encarregados de educação)  – a confrontava com as  duas alternativas possíveis:  ou agia de 
relação a todas as  acordo com a sua formação de professora e o seu papel de promotora da literacia, apoiando 
instituições  os  docentes  nas  escolas,  de  forma  a  canalizar  toda  a  sua  energia  para  a  reconstrução  da 
subordinadas ao  Escola Pública; ou optava pela política da sua antecessora, continuando a destruir a Escola 
capital financeiro 
(desde o Banco 
Pública. Esta interpelação contou, na altura, com o apoio expresso de quase 1600 docentes. 
Mundial, ao FMI, à  Constata­se, agora, que a ministra da Educação optou pela segunda alternativa, acabada 
OCDE, e à UE e  de  materializar  através  de  um  Acordo  com  a  maioria  das  direcções  dos  sindicatos  dos 
suas directivas).  professores e educadores. 
Não pretendemos  A  CDEP  reafirma  que  o  teor  deste  Acordo  decorre  de  interesses  incompatíveis  com  a 
substituir­nos a  natureza  formativa  e  educativa  da  Escola  Pública.  De  facto,  colocar  os  professores  a 
qualquer  competir uns contra os outros – sabendo que “o bolo” do “excelente” e do “muito bom” só 
organização, seja 
pode ser para alguns, deixando à maioria classificada com “bom” a possibilidade de atingir 
ela de carácter 
sindical, partidário  o topo da carreira só ao fim de 40 anos de docência – é um mau serviço prestado aos alunos, 
ou associativo em  aos seus pais e ao nosso país. 
geral, mas sim  Por  isso  a  CDEP  solidariza­se  com  os  esforços  de  todos  aqueles  que  defendem  e 
contribuir para o 
procuram  agir  para  que  as  direcções  sindicais  retirem  a  sua  assinatura  deste  Acordo,  tal 
desenvolvimento de 
um quadro de  como  foram  levadas  a  fazer,  em  termos  práticos,  em  relação  ao  “Memorando  de 
unidade entre todos  Entendimento” de Abril de 2008. 
os movimentos que 
leve à sobrevivência  Comunique com a CDEP através de: http://escolapublica2.blogspot.com; 
e construção desta 
escolapublicablog@gmail.com 
Escola.

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