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1. Breve Histórico
Goiânia, GO - Avenida 85, 186, Sala 16, Setor Sul - 74.080-010, Tel/Fax: 62 3092-7119
A tentativa de intimação da decisão liminar restou frustrada
por evidente ocultação da Autoridade Coatora conforme certidão de fls. 641. Com isso a conferência foi
realizada sem que pudesse ser cumprida a liminar concedida. Comunicado este fato a este Juízo (fls.
47/59) nova liminar foi concedida declarando suspensos os resultados e efeitos da Conferência
realizada (fls. 60/61).
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Fls. 64, Certidão do Senhor Oficial de Justiça José Carlos Teixeira de Brito, em 13/10/2005: “... deixei de
proceder a notificação do secretário de cultura do município de Goiânia, Dr. Kleber Adorno, devido na
diligência ali realizada dia 11/10/2005 as 14:30hs onde fiquei até as 16:40hs onde o secretário não
apareceu. Por informação do chefe de gabinete Sr. Jorge leal o mesmo viajou para Brasília. Ai sendo, no dia
12/10/2005 as 09:00 no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás seria marcada a conferência para eleições
e o comparecimento do secretário o qual não compareceu também ao ato. Portanto houve ocultação do
secretário para não ser notificado. Portanto devolvo ao cartório para o devido fins” (sic)
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Em 8 de junho de 2006, foi proferida a sentença de mérito
que manteve a liminar, concedendo no mérito a segurança pleiteada, invalidando os efeitos da
conferência e anulando o edital que a convocou (fls. 176/180).
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STJ-2ª T, Resp 184144-CE, rel. Min. Franciulli Netto, j. 19.03.02, não conheceram, v.u. DJU 28/10/03 p. 238
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pela intempestividade do recurso e, no mérito, pelo seu não conhecimento, pois era “evidente a pretensão
de reexame de prova, com o objetivo de alterar a moldura fática estabelecida no referido acórdão”.
3. Da suspensão de segurança.
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Agravo ao STF no. 117091/2008
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Ocorre, Excelência, que esse argumento encobriu a
verdadeira intenção da Autoridade Coatora de compor fraudulentamente um Conselho e uma Comissão
de Projetos Culturais, colocando sob sua batuta tanto o desenvolvimento da política cultural do município
quanto as verbas municipais à ela destinadas (1.5% do Iptu e Iss). Conforme se verá adiante, o real
prejuízo sofrido pelo Município adveio da irregularidades cometidas pelo Conselho e pela Comissão de
Projetos constituídas ilegalmente.
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Documento 1 - Decisão 001/2005, transmitida via fax para a Prefeitura Municipal de Goiânia
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convocatório da 3ª Conferência Municipal de Cultura e todos os atos daí advindos, principalmente a
eleição do Conselho Municipal de Cultura e da Comissão de Projetos Culturais.
E prossegue:
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Mandado de Segurança, Malheiros Editores.
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Reforçando a opinião doutrinária acima reproduzida, o STJ
assim se manifestou acerca do assunto: “A decisão, em mandado de segurança, é executada logo que
seja transmitido, em ofício, o seu integral teor à autoridade coatora (art. 11 da lei 1.533/51)”.6
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STJ-Bol AASP 1835/57.
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da receita arrecadada com o ISS e IPTU, aviltando o Patrimônio Público e Cultural do cidadão
goianiense.
Portanto, é imprescindível que a Autoridade Coatora cumpra
a determinação judicial, sob pena de multa e sanções penais.
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A Comissão de Projetos Culturais, órgão integrante do
Conselho Municipal de Cultura, é a responsável pela análise, averiguação e aprovação dos projetos
candidatos aos incentivos culturais do município.
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Documento 2 – Portaria 0005/2006 da Sec. Cultura (D.O.M. 3898 de 08/06/2006)
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Documento 3 – Decreto 1.620, de 07/08/2007
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Documento 4 – Decreto 2.112, de 04/08/2008
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documentos 2, 3 e 4. São eles: Edival Lourenço de Oliveira, Carlos Antônio Brandão, Wilson Ribeiro da
Costa, Doracino Naves dos Santos, Jorge Veiga de Souza Leal e Oséias Pacheco de Souza.
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Na esteira dos atos eivados de ilegalidade e invalidade, a
Impetrada tomou conhecimento de que o presidente da Comissão de Projetos Culturais, Senhor Doracino
Naves dos Santos, na condição de funcionário público, havia praticado atos contra expressa disposição de
lei, no intuito de satisfazer interesse pessoal, ao aprovar projetos culturais para captação de incentivos
fiscais municipais em seu próprio benefício.
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de Incentivo Cultural do município, ao lado da Secretaria de Cultura e de Finanças. Os atos praticados
foram contrários à disposição da legislação municipal e atentaram contra o princípio constitucional da
moralidade administrativa, além de terem sido feitos ao arrepio da decisão judicial exarada neste
processo.
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Gontijo, sendo habilitados nos valores de R$ 15.000,00 e R$ 18.000,00, respectivamente (Ata 79/2007)
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.
8. Da Sentença.
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Documento 7 – Atas do Conselho Municipal de Cultura
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“Durante a III Conferência Municipal de Cultura da Cidade de Goiânia SERÁ REALIZADA
A ELEIÇÃO DOS MEMBROS, INDICADOS PELA SOCIEDADE, DO CONSELHO
MUNICIPAL DE CULTURA PARA O BIÊNIO 2005-2007”.
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Lei 8.154/03, artigo 4º, inciso IX
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art. 3º, §2º, Decreto 2.596/07 (alterado pelo Dec. 1307/07) e art. 7º, Regimento Interno da CPC (DOM no. 4.228,
de 19/10/2007, pág. 05)
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art. 14, Lei 7957/00, com alterações da Lei 8.146/02
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Documento 3
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Documento 4
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Todos os processos de aprovação dos projetos
beneficiados foram conduzidos por uma Comissão de Projetos Culturais constituída ilegalmente
por um Conselho Municipal de Cultura eleito numa Conferência declarada inválida. Esses e outros
atos foram maculados de invalidade e deverão ser imediatamente reparados pelo Impetrado, sob
pena de aplicação das sanções administrativas, cíveis e penais previstas legalmente.
Juiz, se procedente o pedido, “determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente
necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de
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assegurar o efetivo cumprimento da decisão judicial transitada em julgado, sob pena de aplicação
de multa por tempo de atraso à Autoridade Coatora.
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sociedade interfere nas decisões tomadas pelo Executivo, contribuindo para a implantação do verdadeiro
Estado Democrático de Direito.
Art. 29. A Lei Orgânica regerá o Município atendido os princípios estabelecidos pela
Constituição Federal, Constituição Estadual e os seguintes preceitos:
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Alexandre de Morais (Direito Constitucional, Ed. Atlas, 21ª Edição);
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III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de
cargo, emprego ou função na administração pública.
Art. 1º. Parágrafo Único. Todo o poder emana dos munícipes que o exercem por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Lei Orgânica.
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escolha do Chefe do Poder Executivo, respeitada a participação das entidades culturais e a representação
paritária entre Administração Pública e sociedade.
11. Conclusão
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Art. 3º do Decreto no. 2596, de 22 de setembro de 2003
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d) A escolha pelo novo Conselho Municipal de Cultura dos novos membros da
Comissão de Projetos Culturais, conforme determina o seu Regimento Interno;
Requer-se ainda:
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