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http://dn.sapo.pt/2008/04/11/sociedade/acordo_ministerio_e_sindicatos_ainda.html
Mas a forma como será feita essa avaliação continua a cavar um fosso entre as partes. Os sindicatos
propuseram que, este ano, as classificações reflictam apenas a assiduidade e a auto-avaliação pelos
professores. Por um lado, segundo explicou ontem Mário Nogueira, da Federação Nacional dos
Professores (Fenprof), por considerarem "inaceitável" que em diferentes escolas sejam avaliados itens
diferentes. Por outro, por considerarem que "nesta altura" não é possível que a generalidade das
escolas possa adaptar itens mais alargados: "Neste momento não podem ser introduzidos outros itens,
porque pura e simplesmente não foram definidos nos objectivos prévios, como prevê a avaliação",
explicou. "Por exemplo, como podemos avaliar se, na componente não lectiva, um professor atingiu os
objectivos a que se propôs quando não houve objectivos previamente definidos", questionou.
A esta posição a ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, respondeu com o argumento de que o Ministério
pretende que cada escola faça "o melhor que puder" na avaliação, rejeitando um nivelamento por
baixo: " O nosso sistema tem muitas realidades. Esse é um dos seus retratos", considerou. "Não
admitimos criar condições para que as escolas que trabalham bem trabalhem pior", avisou. "Queremos
é que as outras possam trabalhar ao nível das melhores".
Apesar deste aparente insanável extremar de posições, a par de outros - como a recusa de integrar os
sindicatos na comissão coordenadora da avaliação, atribunido-lhes apenas um papel consultivo - as
partes sairam da reunião admitindo ainda um possível entendimento. Ainda que parcial.
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