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Esta diferena tem um significado adaptativo. O adolescente comea a assumir papis adultos; para
ele o mundo de possibilidades futuras pessoalmente relevantes - escolha profissional, escolha do
cnjuge, etc. - passa a ser o objeto de reflexo mais importante. De modo semelhante, o adulto que
ele ser em breve dever relacionar-se intelectualmente com coletividades sociais muito menos
concretas e imediatas do que a famlia e o crculo de amigos: a cidade, o estado, os pais, o sindicato,
a igreja, etc.
Em geral, o adolescente pretende inserir-se na sociedade dos adultos por meio de projetos, de
programas de vida, de sistemas muitas vezes tericos, de planos de reformas polticas ou sociais.
A verdadeira adaptao sociedade vai-se fazer automaticamente quando o adolescente, de
reformador, transformar-se em realizador. A experincia reconcilia o pensamento formal com a
realidade das coisas, o trabalho efetivo e constante, desde que empreendido em situao concreta e
bem definida, cura todos os devaneios.
Assim o desenvolvimento mental, constata-se que a unidade profunda dos processos que da
construo do universo prtico, devido inteligncia senso-motora do lactente, chega
reconstruo do mundo pelo pensamento hipottico-dedutivo do adolescente, passando pelo
conhecimento do universo concreto devido ao sistema de operaes da segunda infncia.
Estas construes sucessivas consistem em descentralizao do ponto de vista, imediato e
egocntrico, para situ-lo em coordenao mais ampla de relaes e noes , de maneira que cada
novo agrupamento terminal integre a atividade prpria, adaptando-a a uma realidade mais global. A
afetividade liberta-se pouco a pouco do eu para se submeter, graas reciprocidade e a coordenao
dos valores, s leis da cooperao; a afetividade que atribui valor s atividades e lhes regula a
energia, mas ela atua em conjunto com a inteligncia, que lhe fornece meios e esclarece fins.