You are on page 1of 434
CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO. Gelso D. de Albuquerque Mello Linwesdocente de Diveto bitranarianal Pablicw da Facatade de Disvto das Cutversidate Feteral to Riu de fancive: Professor da messes discipline a PUCHR. CER], UGE © CNIG CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO PREFACIO DE M. FRANCHINI NETTO A 1* EDIGAO Professor Catedvético de Dieito Internacional Pablico da Faculdade de Dieta da Universidade Federal do Rio de Jancivo ¢ da Faculdade Brasileina de Ciéncias Juvidicas 1" VOLUME 12 EDICAO, (revista © aumentada) ‘BENOVAR Alo de Janeiro + S80 Paulo 2000 4Oaris Tinton am cess wserinhs _ LIVRARLN EDITORS RENOVAR LIDS MATRIZ: Rw ds Assembla 12421 ~ Cone RY (CEP. 20011-000 Tes. (22) 831-220 7 SBI-NGIN J SBA Fan 210 LIVRABIA: Riu da Assembléia. ID» hoa E = Comins RD (CEP: 2001 1-000 - Tels (21) SB1-1316/ 58101838 - Fan. QU) S31-2138 LIAL RU: Rus Antunes Maciel. 177 « Si Criskivao "RJ 2B HIMDIG «Tela: (21) 349-1863 7 SHOSH6 / SOUL IND « Fags C1 S89-1962 FILIAL SAO PAKILO, Rua Sumy Amat. 257.A- Bele Vita - SP CEP: O1315.001 - Tels (11) 316-9951 / 31045849 htlpyiwinw.edtoras.com/renovar e-mail renovar@ibm.net © Conse Edviat “Amal Lopes Stsekind — Presidente : Castes tert Menezes Die Gtio Tact Lois Emygtho Fda Rosa Celso Bde albugocrguc Mello Ricardo Pere Lita 1184 Ricardo Lobo Foes Vicente de Peto Barreto Revisbo Tipwrifien Renato R. Carvalho Matis ds Ghoria Silve de Carvalho Ecdnoragbo Blerronica ‘TopTexios Eaigoes Graficss Lids, C1P-Brasil. Catlogagio-na ome Sindieato Nacional dos Ecitores de Livros, RU ‘Mello, Celso D, de Albuquerque (Celso Duvivier de Albuquerque), 1927- MS27e Curso de direito internacional piblica / Celso D. de Albuquerque ‘Mello: preficio de M. Franchini Neto a. e8,-— 1221 re) e smn ne Rio de Janeiro: Renova, 2000, ov: Bem ISBN 85.7147-150-9 Incluibiblografia etndive, 1. Dieito internacional pablico. 1, Tuto cpp-ai Proibida a reprodugio (Lei 5.98/73) Impresso no Brasil Primed in Brasil in” Revista Verbum”, .XXV, ‘TRABALHOS DO AUTOR Alguns aspectos da ratificacdo de atados, in "Revista Juridica”, vol. XIX, 1968, 1964, pags. 139-156. Plataforma Continental — 1965 — Livrasia Freitas Bastos, 160 pags. ‘Mar Temitriat — 1965 — Livraria Freitas Bastos, 295 pigs. Ratificagio de Tratados — 1966 — Livraria Freitas Bastos, 173 pigs. Genocidie: Alguns aspectos da Convencao de 1948, in“ Revista Brasileira de Ctiminologia e Direito Penal”, n* 12, janeivo-marco de 1966, pigs. 99.106, Pessoas Intemacionais, in “Repertério Enciclopédico do Direito Bra: leiro”, vol. 87, pays. 118-136, Editor Borsoi Evolucdo da Politica Externa do Brasil, in” Centro de Estudios do Bol Cambial", 1967, 21 paigs A Politica Extema Brasileva (1946-1966), in ~ letim Cambial”, 1967, 29 pags Presa, in “Repertério Enciclopédico do Direito Brasileiro”, vol. 39, igs. 68-74, Editor Borséi © Poder Legistativo na Ratificagdo de Tratados, in “Revista de Ciencia Politica”, vol. Il, n® 4, 1967, pigs. 528. Invrodugio ao Estuda dar Guema no Fensumenio Catélica— 4 Guerra Justa, 8. 2:5, setembro de 1968. piys, 221-230, Qs Diveitos do Homem na Ordem Juridica Internacional, in "Revista de Giencia Pelitiea”, vol. I. n* 4, outubro-cezembro de 1968, paigs. 144 156. Comentivo bibtiogrificed obra de M. Gordon Levin Jr, —" Woodrow Wilson and World Politics”, in “Revista Brasileira de Estudos Politicos”, julho de 1969, n* 27, pays. 263-267, Algumas observacdes sobre o 3° Mundo # o DI Politica ~ O Dieito Interna: Clonal Puiblico ¢ a América Latina, iu *Cadernos da PUC, Departamento de Cigncias Juridicas”, setembro de 1969, n® 1, pigs. 1723. ‘entio de Estudos do Bo- Caro le Dncta nscrmernnal Paes. 4968. Liveasia Freitas Bustos. 672 pigs: 9 calico Gevists ¢ attentada): vol 1 GT pags vol HL 105 pigs). Lictavia Freitas Bastos, 1970: 3° edigio Gdénuea 3 anterion) 1979: 4 ed. (sevista e annmentada). 1974 vol. L164 pays.d; woh IT CEH pigs: St ed. (revista © atmentada), 1976: vol. 1 (15 pags): vol IT (461 pigs): 6 edicio (revista © anmentada): vol. 1 (529 pays.) e vol 11 (540 pays). Livraria Freitas Bastos, 1979; 7° edicio (revista e att snentada), LITT pags. 1982, Livraria Freitas Bustos: 8 edigdo (revista ‘eaumentada), 1.229 pigs. 2 vols., 1986, Livraria Freitas Bastos; 9 ed. {revista © aumentads), 1992, 1.843 pays. (2 vols. 10" ed. (revista saumentadla), Editora RENOVAR, 1.425 pags. (2 vols), 1994: 11° ed. (evista © atualizada), Editora RENOVAR 1.556 pigs. (2 vols.), 1997, Ongenizagdes Intemacionois. Parte Geral. Centro de Ciéncias Sociais da Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janeiro, 1970, 68 pags. (Giragem mimeografada). Caracteristcas do Pottica Externe do Brasil ¢ Os Divetose Devers do Homem na ONUe OFA, in Estudos de Problemas Brasileiros’ (obra coordenada pelo Pe. Francisco Leme Lopes), Editora Renes, 1970, pigs. 198-218. 4 ONU eo Diteto Ineracional, in “Tabulae”, Revista da Faculdade de Dircito da Universidade Federal de Juiz de Fora, ano 1V, n° 4, dezembro de 1970, pags. 67 0 Contetdo Atual do Dineto Internacional Pibio, in “Revista de Ciencia Politica”, vol. 5, n* 1, margo de 1971, especialmente pigs. 37-42 Guera Civil (Campo de Dirto Internacional Pibtico), in “Estudos das Transformagées da Ordem Politica”, Editora Renes, 1971, pigs. 6897. © Mar Tenitoniat Brasilero in “Estudos do Mar Brasileiro”, Editora Renes, 1972, pigs. 117-188. A Norma Intomacional, “Revista de Cineta Politica", janeiro-marco, 1972, pags. 51-64 Polwigao das Aguas, én “Revista Verbum”. da Pontificia Universidade Cat6lica do Rio de Janeiro, fases. 34, sevembrodezembro de 1971, pigs. 317528, 50 verbetes relatos % Dire Internacional Pubtico em Tempo de Pes, in “Manual das Leis Maritimas", vol. 2, pags. 11-72. 1972, editado por Diretoria de Postos © Costas, Ministério da Marinha. AS Saceades Comerais ¢ «Orden Internacional. in “Interven¢io do Exado no Dominio Eeonémico”, Editora Rio, 1973. pigs. 67-106. Uma coutra versio deste trabalho com 0 titulo "As Sociedades Comerciais 60 Direito Internacional Pablico” foi publicada no Boletim Brasileiro de Diseito Internacional, érgio da Sociedade Brasileira de DI e do Departamento de Dizeiwo Internacional da Universidade de Sio Paulo, Jjaneizodezembro de 1972/74, n°s 55/60, pigs. 105-131 Pratjormes Content as Prscarias sno Divety Internacional Pico, in Pao Moreira da Silat ¢ outton =~ O Mar, Dita ¢ Erno espe vamente, pigs. 3032 € 33-72. Fundagio Gemilio Wangs. 1974 © Diva Intemacional ¢ 08 Les de Gnena, Escola Supesior de Gnerra (airagem mimeografuda), 1973. 24 pays: publicada m "Seguranea e Desenvolvimento”. Revista da Associagio dos Diplomados «a Escola Superior de Guerra, n? 136. 1974. pigs. 77-92. Representogio Diveto lnernacional Pubiio), in Repertdrio Enciclopédico do Dircito Brasileiro, 49. pas. 2931, Editor Bors6i Capitutos: “O Territério Maritimo” * Akwomas” € “Navios"; in Direito Internacional Paiblico (obra em co-attoria de Raphiiel Valentino So- brinho, Mario Peston de Oliveira, Vicemte Marotta Rangel © Celso Mello. 4 vols, 1974), vol. H. 236 pags. 1974. Tiragem da Escola de Guerra Naval, Ministxio da Marina O Dire Internacional Paco ¢ a Onde Internacional ¢ Guerra Intema ‘no Divito Internacional Palco, ix Themistocles Byandio Cavalcanti © outros — As Nagdes Unidas e 0s Problemas Intemacionais. Fundagio Getulio Vargas. 1974, respectivamente, pigs. 21-45 e 67-8 Princpios Acerca da Represdo das Delitos nas Relagies Iuternacionais, in “Revita da Faculdade de Direito de Caruaru’-n! 9, 1974, pays. 2960, Novas Tendéncos do Disc Inemacional Pablic, in "Revista da Ordem dios Advogados do Brasil”, Secio da Guanabara, setembro-dezeanbro de 1974, vol. I, n®2, pigs. 261-281 0s Tratades na Consttueao, m As Tendéncias Atvas to Direito Pablico. Bstucos em homenagem ao Prof. Afonso Avinos. Editora Forense, 1976, pigs. 119-166. 10 Direito Internacional Palco em Transformagio. Bditora Resenha Uni versitiria, 1976, 106 pigs “Extnadigdo (pticipagdovem mesaretonda), in Revista de Ciencia Pe do Instituto de Direito Pablico e Ciéncia Politia dr Fundacao Getulio Vargas, vol. XIX, n 4, outubro-dezembro de 1976, pags. 7881 e 100- 101 Moros Pucifcos de Solu das Litas Intermacionis, in Tercer Curso de Derecho Internacional — Organizado por eb Comité Jaricico Inters rmericano (julioagono de 1976). Secretaria Gentval dele Organiza de los Estados Americanos. Washington D.C. 1977, pigs. 279-209, CContrats entre Exades ¢ Empresas Estrangzivas. in Estados juridicos enr homenagem ao Prof. Oscar Tendrio, Universidade do Estado do Rio de Jancivo, 1977. pigs. 175187. Discurso de Pavanino da tara de 1977 do Gurso de Paspriduagao em Divito ¢ Relays Internacionais — Legistagio ¢ Comércio Exterior do Instito de Direito Pitblico « Ciéncia Politica da Fundacio Gewwlio Vargas. in “Revista de Ciencia Politica” da Fundagio Genito Vargas. vol. XX, 0° 4, outubrodezembro de 1977, pigs. 119-122, Ss Redeye Futeracannes ua Aras 7 Slgaus Consideragies sobre a sipica nas Relacies Internarionais. tw Conse ale Relaches Politico-economicas ondenagio de Adriano Moreira, Editors Resenha nminacio, Suspensdo ¢ Nulidade dos Tratudos, sn Cuarto Curso de De techo Intermacional. organizaclo por el Come Juridico Interamerie ho Gulioayosto de 1973). Secretaria General cle la Organizacién de los Estuclos Americanos, Washington D.C., 1977, pags. 283313, Direito Penal e Dieito Internacional — Livvaria Freitas Bustos, 1978, 222 igs. Legado Politico do Ocidente — Coordenacio de Adriano Moreira, Ale- Jandro Bngallo e Celso Mello. Preficio de Alcew Amoroso Jima, DIFEL, 1978, 343 prigs ia.don-Estadossaicliees HE BSCOSSNU windy snulupolar a ser g9nstruido corresponderi...um “direito internacional de panicipacio’ - Todos os Fata ig na 1 ¢-aplicagio das femacionais": A *diplomacia das matévias-primas” subsitwira a ™ cia das canhoneiras", Este sendo um sistema d una .o-cristao} uma inspiracda econ (diveito mercantilista) € com fins politicos (direito imperialists). Assim seiid6, © DI For um frclo a descofonizacio «um obsticulo para que 0 3° @ 4¢ desenvolva, O interacionslista arylino acaba por cat Chat to injusto pelo que ele jusifica © ireal pelo que ignora”, Besant assinaton que era umn dirte ofgiequico. porque ers aplicado por ui clube fecha, ssn civeite plutocratieo que permitia 05 fortes Taisexone Ow ania, continnando » segair Bedjaowi, 0 DI reconhecen a ocupucio, conqiista ¢ os ttidos desiguais. “Foi instimcionalizado no Congresso cle Berlim de 1885." Era formalise a igualdade cra apenas 4 ‘apatéucis". Pela pritica da intervengxo © Ga proveqao diplomatica os sfacionais de grandes poténcis Gham grandes Vantagens. Negava a int tmetos Estados o dircito A independéncia, apesar de ser permissivo. Para Chauunont o Diteito Internacional Classico vgorou até o final da ial, Ede TeCOMGaY que em JOT 4 URSS refeivou os tuatados COnTTUTTOS pelos cares alegundo que nio dera o seu consent Pode-se acrescentar ainda que » Direito Internacional Clissico conse- sgrava os tratados desigtis que era leoninos, por meio dos quais os povos Coloniais entreyavam vs suas riquezas naturais, bem como era formalista (6 Direito era umn fim em si mesmo), nao levando em consideragio 0 ‘specto politico e econémico (R. Bermejo). © proprio DI deve ser alterado como bem silienta Robert Bose: o DI Cissico € um “diveito de cocxistencia que regula as rivaidades € os con- fos de poder” com uma sancio que éa guerra.” Qqencarre aualmente everia cooperacio™ que vise “conciliar 0: ingress, Exe seri “sbi uromesia” oon dexcnvoivimente mais Tipido no plano regional e pode camisihar até « formacio de uma lade mundial, “Entre Estados a coesio cresceré com o ntimero € 2 qualidade dos servicos prestados pela comunidade internacional. Mas as pressdes dos fortes sobre of fracos © as ameagas de coacio retardam mais, {Go que apressam a integracio.” Tal fato ni significa que o DI da coexis téncia venhia a desuparecer, vex que sempre existirio “conflitos de poder”, ‘mas significa que stta importancia tende a diminvir (0 grande conflito, como ussinalava George Bal a0 tempo da rivalidade EUA ¢ URSS, era 0 nortestl (ticos e pobres) © nio mais leste-oeste Maurice Flory silienta dentro de linha semelhante de raciocinio que 0 {grupo los 77, nit UNCTAD, erla unt bipolaridade lnlependente do as pecto icleologico. Este grupo surgiu nia T* UNCTAD. em Genebra, em 1964, econtava em 1983 com 125 paises. Ele € formado por paises ufricanos, asticose latino americanos, mas existem algumas excec6es, como a Africa do Sul e4 China, que nio o integram, © 40 mesmo tempo fazem parte dlele Malta © Chipre, que sio europeus, © a Roménia, que € européia ¢ socialist 197 Fos paises que tem uma renda per capita inferior a 200 d6lares possue 21,1% da populagio mundial e s6 representam 1,6% do PNB mundial. 59 Este tipo de bipolavidade mito era aceito pela URSS, que 36 aeeiuaa divisio entre paises capitalists paises socialists. Por outro lado, tem sido “tsinalado que a cartelaagio de matérianprimas € contra 0 Ocidente, porque a Europa Ocidental eo Japio sio importadores de matérias-primas E'sio as firmas ocidentais que estio ameagadas de nacionalizacio. Daf Gharles Zorgbibe dizer que 0 confito novtesul é na verdade Teste-oeste- sul Para 05 chineses havea a seyuinte divisio: 1¥ Mundo — hegemonia americano-sovigtica; 2” Mundo — paises da Europa Ocidental, Japio © China; 3" Mundo — paises em desenvolvimento. A expressio Norte-Sul & passivel de critica: a) existem também paises socialistas industrializados; 5) Australia e-Nova Zelandia estio no sul e sio indusralizados;«) © Sul € heterogéneo € sem paises semiindustrializados, como Brasil (Carrillo Salcedo) Qjpuistesenvol sinsiggdosatalientenma:Sigualdade vary eimesiais bewieBe Ei teriNONs iSIEles tém preferido para sitelorinado DIP 0s "instrumentos quase parlamentares da diplomacia multilateral”, bem como. tenkan: fazer con qUee-recomendagoes, as ‘a seniobugatstiag Atualmente 0 3* Mundo domnina as Comistoes que elaboram 0 Direito Internacional: Co- nnissio de Direito Internacional, Comissio de Direito Comercial Interna- ‘ional, Comité do Fundo dos Mares « UNCTAD. (0 estudo do DIP deve vir ser intensificado nos diferentes paises, 0 que esti conforme ao que a ONU solicitou aos seus membros em 1962, mus acima de do entre nés subdesenvolvidos que devemos lutar para ‘que ele se transforme em um DI do Desenvolvimento. Na verdade, deveria, ser intensificado no apenas o estudo do DIP, mas de todas as matérias ‘que lidam com o plano internacional: Relacdes Internacionais, Economia Internacional etc Regula ipadevsoncardatomeann cussed 5 fe (D. do Mar, D. do Espaco) deve ser « TECTURE He Terese cafes rovtotadontamipanyisuan onsite ara MeWhiney © mundo de noje se emmeerenPOT ne ‘yevolugio mundial” que se compde de uma série de "revolugées cont ‘Binalmente, para que se possa entender as selagbes internacionais & i és anlinomias existentes, apontadas por Charles Chae havia “estabilidade e previsibilidade” ameaga aos EUA € 0 poderio econémico japonés (Samuel P. Huntington — A Mudanca nos Intevesses Estratégicos Americanos, in Politica Externa, ‘ol. In I. jiho de 1992). Autores ewropens (Pierre Lellouche) afirmam fo que agora nae existe; ) a grande Fea nh np em oes a inesdependencn aniera eee Mare Du hagas cee « dencminsda Se uns sconamas mega por ates ds cng ae Wilde (Donita de Lacs Roononter opiate por Garg ere “eva 1907, care “globular ds economic dase inestnenn prodlieafern rosuracBnaneaneo SS comands na tee eters esa de encapment a ssn le aco eens componente de npr ilpossan sstnturlenem creme poten euch te mead mands | Iepadar n eto bensersioe prio fancees loa | tis tbo aura os evened wath, Ament igo dc snlodsracnrcpaten Nennpulspde tars da rede goats 'Em um oulfo sentido, podese dizer que a sociedude internacional ‘\ econdmici internacional sem, no minimo, temporariamente, oc dls na ussisténcin social para sie pars os outros paises (© que caracteriza a globalizagio € que 05 elementos encontram separados "de uma organizagao social particular”, vido uma dissociagio da economia e da cultura. A globalizacio destr6i as mediagSes politicas € sociais que uniam a cultura e a economia, assegu~ rando “a integragio todos os, elementos da vida social”, Continuando seguir Alain Touraine (Pourronsnous Vivre Ensemble? Egaux et différents, 1997) acentwa este socidlogo francés que ela que constr6 i uma sociedade sobre a "iberdade” do individyo "e nio mais sobre um bem comum ow ‘um interesse geral” globalizados se tendo ocor= 56 | Para Roland Robertson st globulizaginy aie € apenas pane estrunas redes. ete mas nus modos de pens a vida social. Ela (em descuvelvide, © “pensumento nico” em favor do neoliberalisine. -\ sociedade aor “ individtios diversos, que os torna gulturalpenie hawoyeneos tora possivel a sua conservacio e reproducio (Giovanni Busine) Hi uma corrente de pensamento (Jose Manuel Pureza) que afirma que o DIP vai evitar uma globulizagio neodarwinista, Contudo, nio acre ditamos nesta possibilidade. Para uma descrigio da sociedade internacional apés a queda do mo de Berlin vamos nos fundamentar em Igunicio Ramonet. Ap6s 1989 ji houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhdes de refugiados. As 225 maiores fortunas do globo representam 1000 bilhées de eur0s, que € 0 equivalemte a renda anual de 45% dos mais pobres da populagio nmundial (2,5 bilhées de pessous) 15 pessoas poles, : en HES BENE ae que WM AOOBAES mars vicos nar uma renda 30 veees superior doe 30% mmais pobres. Em 1995 a renda € 80 vetes superior. ara utender is necestdades santdvias e nuteelonais fundamentas custara 12 bilhdes de euros, isto & o que os habitantes dos EUA e Unie Enropcia gastam por amo em perfamee menos do que gisam em sorvete, Morvem snulmente 80 milhoes de pewoos por fome* Est é una ana polities, ima arma de guerra e eia'o “chanté business" As Raber de Empress tem penmtido diminuir o nimero de empregon Cada uns das 100 principat empresas globuis vende mts do que exports cada tm dos 120 paises mais pobres./As 23 empress mais importantes vendem mit que 6 Bras Ele controlam 70% do comércio mundial. Na Serra Leoa, © Front Rebelde Unido corta u machado as mios das populagaes ais para impedir que cls trabalhcm, Nas gueras da Afviee 90% das Wines Para encerrarmos este capitulo, devemos repetir uma obser George AbvSuih de que 0 Dl ea “eoenado daha elie eaten oe eee ee DIP que pretendemos aprofundar nes proimas edicoes de a ser o “direito interno NoTAS 1B. Landheer — Contemporary Sociological Theories and International Law. fv ROC, 1937, vol. bt Dl, pigs. 7 € segs: idem. 1957, vol Tl, t 92, pigs. 519 « tEyas Antonio Truyol y Seirs — Genése et Structure de la Société Internationate FRAC, 1959, vol 1.1.99, pags. 593 ¢ seys:; Julius Stone — Problems Confronting, Sociological Enquiries Concerning International Law. jn RUC. 1956. vol 1. 1. 89 pigs, GB ¢ segs, Dietrich Schindler — Contribution 4 "Etudes des Facieurs Socio fogiques et Prychotogiques diy Droit International, im RAC, 1958, vol 1V. «46 pags, 239 ¢ segs; Carl Bilfinger — Les bases fondamentales de Ia communauté ies Etats, sn RAG, 1938, vol. I, 1.69, pigs. 133 e segs; P. A. Papaligowras — Théorie cia Socieé Internationale, vol. 1, 1941; Georges Scelle — Le Concept de Société Internationale, #1 Revue de Droit International, 1935, 1 semestre. XV. pags. 7 tC seges © W. Keeton € G. Schwarzenberger — Making International Lavi, 1946: Jones. Reeves La communauté injernationale, in RAC, 1924, vol Ut. 8, pags. Pe vege; Théodore Ruyssen — Les caractéres sociologiques de Ia communauté fumaie, in RaC, 1939, vol. 1, «67, pgs. 125 e segs; Percy E. Corbett — Social Bais of Law of Nations, in RAC, 1954, vol. 1, t. 85, pigs. 471 e segs: Théodore Ruyssen _— La Société Internationale, 1950, Alessandro Migliazza — Il Fenomeno GelrOrganizzazione e la Comunia Internazionale, 1958; Antonio Truyol y Serta we Le Sociedad International, 1974; G. A. Sumida — Transnational Movements Tad Economic Structures, in The Future of The International Legal Order. coor denado por Cyril C. Black e Richard A. Falk, vol. IV, 1972, pigs. 524 e segs. Jacques ‘Adda Le mondialisation de l'économie, 2 vols. 1998; Zygmunt Baussan — Globalizagdo, As consequéncias Humanas, 1999 TA. Poclemos adotar a definigio de sociedade de Edgar Morin (Sociologie, 1984) de que € "umm conjunto de interagdes econdmica, psiquicas, culturas, ete Formande sistema, cujo sistema comporta aparethos de comando/controle... que retroagem sobre as interagoes de que depende sua existincia”, Ordem social pode [nr definida nas palavras de Stanley Hoffmann: * Normas, politica e processos que SSeguram a satisfacio das necessidades fundamentais do grupo social "Uma regea de direito determinada e wm ambiente sciol6gico determinado caminham juntos" (Shindler), Desta afirmacao devemostirar todas 2s conseqi Chas no sentido de que as posibilidades bem como as limitagdes do direito se fencontram condicionadas sociedade. ‘2A. Como salienta Corbett: 0 Direito nfo cria a sociedade, Esta € criada pelo imerene comer © Direito apenas consolida a sociedade. 30 Dr ainda depende ein grande parte dos Estados mais fortes. Podese acrescentar que até of dine de hoje o DIP ainda nie controlou efetivamente 0 W80 da forea “1A Sociologia do DI tem o seu fandador no suigo Max Huber © como seus grander esuadhosos: Schindler, Schwarzenberger, Stone, Corbet, ete. 8 literatura noderna do DIP é predominantemente de base sociogica 5. Em sentido contrario esta Giuliano, que considera ter @ DI surgide no século XVI, enguanto que a sociedade internacional jé existiria, 15, Aguilar Navarro Balladore Pallieri a fazem datar do perfodo medieval 7. Ovdireio nem sempre corresponde A estratura da sociedade em que ele se manifest, Na verdade, podese repetir que o diet, normalmente, nasce 58 a { sell redade, ODE nig cvmtespane sucedtade intertracional Lauder TA. Ongunizagy internacional sugoxernamieatal ype cxias por in tna de pean privain de aiferenes nacional via nade de DI (Carrean. Flory ¢ Julliard), : " 8. Algune ators (Stele) een imerindisi BAO petnonation dingses grote dindviteasno esis a insergio cole «concn ea pessoa” (Email Mounier pune Lalande 2 "Vocabulario Tecnico Criieo da Filosofia, 199%). Em sentido contro Kay tmond Polin (La Creation des Caltres, 1998) considera que sedate falar eh individuo, porque ele & que é dotado de liberdade. e acrescenta: "sua pessoa, ele 2 recebe dy ontran.na vida em sociedad ‘SB. Keishico tive — The Principles of International Law in The Light of Confucian Doctrine, in RAC, 1967, vo. 1 120. pgs Ie seges K-N.Jorileke The Principles of International Law in Buddhist Decsin. REC. wh L120, pigs #4 segs, 5. Nahant — The Principles of Intemational Law in The Light of Iie Doctrine, m RAC, 1966, vol. et 117. page 205 esegns KR. Sastty— indie and International Laws im ROC. 1966 LL pigs 507 ¢ seq Prosper Weil — Le Judaisme ele Développement dx Droit nctoatona fe RAG, 1976, vol. I. «151, pigs 253 e seqn’ Hebei de Riedmatten — Le Cathoicime ex te Développement Droit nietnational.n RAC. 1076. vot UTBL, page. 175 ¢ sega: #1. Koojmans — Protestontim andthe Development of Intervational Law, in RAC, 197, vol. IV. 132, py 79 sege {Segundo Pavlo Bonasideso primeira lana ay bases slestadisingio foi Sehliermacher ern 1879, 3, Outras diferenca tém sido apresentadas pelos dourina Schwaraenberger) que defendem ser 0 “critéro de soldaniedade: 0 “fator dec sro" e conchvems"engvsnto oF membros de vi comnunade estio unidos a despcito de sua exsténci india, os membros de uma socedade enso holados = despeto de sus useing", Para Max Weber» comunidad by origer et Urn Sentimento subjetivo, como o aspect ermocional om tradicional énguante so Sede sarge ds vortadeorientada pela raviovisando um deterounade fm 10. V. Capita il. 1 Gini tercera concep ; mcepeio pole ser acrescenzaa 3 denominada de liga juridica (Kelsen), também de natureza objetiva, como a jus Da iaa s elagbes intemnacionais apenas “relagbex - suralista, Para 0 autor Possvct aos Estados te relacionarem: € ainda onée'se “corcam como em wha ipl os. dena formas soci (Agia, Nowra), Esa eri, 9 now er. ‘do chega a fundamen a saciedade iternacional. nae, porque ela existe. Eo dbouirina pratcamente se Timita a consttar que os Esidos se relacionam porqie existe uma ordem superior, mas ndoexplica por que ests ordem superigr se €ibonde ela se orginou myers Pevorsetormon “25218, Georges Scelle observa que na sociedade internacional que nio € hierar §dA predomina o principio do desdobranento Tuncional, isto &. os proprion (ores e destinatiros das norma interacionas) empresa os seta {gue Di se realize, Assim, 0 Executivo de wn Estado sta como orgie 0 ta soviedde intesnaenal sida interna en ete 2 dunoputegn (Radtifecrons sinowskip observa ie Geshe nas importantes do que a esiranurss (Goss) NA Falk The New States and International Legal Order, ov RUC 1966, volt LIB. pgs. 7 sage: Prakash Sina — Nev. Natins and the Law of Navons, 1967: Milan Sohovie Influence des Etats Noweans sur Ia conception din Droit imernatonal in AED, 1966. pigs. 30 c ws: Ares S. MeDovg Tnvernaional Lay, Power and Policy. it Ra. 1998, vol. 8 pgs. 137 « sex Leg Noman Flats dans les Relavons Internationales — publieagso do Centre Emde den Relations Iniernatonales sob a direcao de J-J. Durosele. 1962: Robert Bose —- Le Tere Monde dans la politique intentationate. 1968; Franco ‘Antonio Cusimano —L-Ordinamenio tntemazionale Tavenire dell Europe. 1966 Dani Vial The Inequality of States, 1967. Harolo Valladio — Democratizacio € Sotializagio do, Diteto Internacional, 1961: F-Sereni — Les Nooveaux Etats Exe droit international, RCDIP, 1968, n 2, AvnLjin, pigs. 905 e segs: Adolfo Shiga de la Mela -- La Emancipacin de los Pueblos Coloniates y el Derecho Ihnternacional, 1968; C. H, Alexandrowice — The AfroAsian World and the Law ‘OCNations (Histone Aspects), in RAC, 1968. vol 1.128. pig 117 e seg: L ©. Greens De infnence des onveaus Etats su le roitimerational im REDIF. JanvierMars, 1970. n® 1: pigs. 78 c seqns A. A. Fatouros — The Participation of he "New States" in the International Legal Onder.» The Rube of The Ines sational Legol Order, edited by Richard A. Falk e Cyril E, Blacé, voll Trends tind Patterns. 1969. pigs 317 e segs: Socié Frangaise pour le Droit international setpays en voie de devloppement et transformation dt droit international 174 Guy Ladreit de Lacharsiere — L’influence de Vinggalké de développement des rats aur Te droit international, in RAC, 1973. vol. I, 139. pgs. 227 « segs ‘Almed! Sheikh -- International Law and National Behavior. 1974. pags. 284 € Sega Alberto José Lleonart y Ansélem — Impacto de los nuevos Estados en el Derecho Intericonal w Anwario Hispano-Liso-Americano de Derecho Interna Sonal: vol 4, 1973, pigs 177 © segs; Artut Jose Almeida Dinia — Subeservol snento ¢ Direto dat Gents, 1977, Edmond Jouve — La montée du Tiers Monde iris scene Imernationae, iv Mélanges Offers 4 Georges Burdeaw, 1977, pigs THD? e segs} G. Syatauw — Old and New Sates. misleading distinction for the Fore international Law and lntenational Relaons sa Le Droit Imernatonal Demnain, 1974, page 6 « seye Edmond Jouve — Relations Baternationales dv ‘lors Monde, 1976}, F- Calan — La role des Eiate nouveau dave éeation dy dint saternational i Annasre dt Tievs Monde. 1119741979, 1976. pigs 378 segs G Chatillon — La politique de nonlin (1995), tv Annuaire Gu Tiers Monde. (1. 19741973. 1976. pgs. 9. segs: Robert W Tucker ~The Inequality of Nations, 1977; Cao Hy Thuan € outros — Penples Stated Tiers Monte Face a YOrdre Intemational, i978: Hanna Boker ~ Siege S New Staten and International Law, 1970;]P. Colin, D. Rosenberg eP. Tavernier Ter Etats Nowveat et Evolution du Droit international, i Annuaire du Tiers Monde, 1978. 1979, pags. 95 c aeys; Mohammed Bedjoui — Non-Alignemen txDroik international, M RAC, 1976, vol. HL 131 pags. $37 esege Yes Lacoste" ae Unité et Diverste du Tiers Monde, vol. I, 1980: P. F, Gonidee ¢ Tran Van Mints — Politique Comparée di Tiers Monde, vol. 1, 1980; Francois Rigaux — Pour 1 60 nent et Ia Conference Alger Cire Ineratama Br Heomomig 4 pi 2 nie onan de po ass ARM 1 Tet eas Fel Sena Esa te Wann sanz © spree ep, Monsera Fibyo, 1N6, Manned Bets Pour Newel on ‘ohomige iesnaional198-Engene erg Nowagemente oe od mo 880 Wiineln @ Gree From Eavopean te Cnerst Interna UG te etn of Rong ie "via i he Heo micrmonal La Loy and Sn, vl 28,108, pee Te Seg: Cobo Ler A'S Ordem tovernaconal mu Sutema inerationl em Ravsformagto, ten Brac de Esa Poon jlo, 1982, "3 page 7 Bree — Mawrau ~ La Parison da PereNonde 31 Bors International: 1983, Roma Beng Vern Nomsel Ore Economique Internationa, 1982; Phitppe Bailare Mohamad Rera Ds Ter Monde * eq Relations Intemationales, 1984; Wang Tiesa — The Third World and Inteens- tional Law, in Selected Articies from Chinese Yearbook of International La 1983 pigs. 6c sege: Marcellin Giinnin — Vers wn nowwel ordre ieotogique: le non Signement (des orgies a la Conférence de Colombo), m Pour un noweel ordre Dnond. 1985, pge 67 « sega. BergerdLevrault; The Expansion of International Sockets, coordenado por Hedley Bull © Adam Watson, 1985 Jorg Fisch — Inter: savonal Law in the Expansion of Europe, in Law and State ol 4. 1986, pigs 7 esegss Philippe Brailad — Nsthe et Reale a Non Aignement, 1987; Fdmond Jouve Le Ties Monde, 1988; Georges Abi Saab —" Humanite"et”commanante Internationale” Dans ls dialectiqne ds droit international, im Mélanges René Jean Dupus, 1991. pigs 1 segs. Jean Christophe Rafin — L'Empire et les nouveaux barbares, 1991 Jelf Haynes — Thied World Politics, 1996 12:5, “O DIP, tal como € compreendido na dovirina cisiea, configura a aplicagio, nas rlagBes entre Estads, da Gosia do abrlutismo em seu plano idence e na pronisa consecugo dos ideais mercantiiaas” (Amur Dini) 13. No século XIX foram consderados membros da sociedade internacional: ‘Turquia, China, Japao, Persia eSiio (Clive Par) IBA. O primero lvro ocienal de DIP publicado no Japio foi o “Elements ‘of tntemational Law” de Wheaton, em 1855, que fos bateado na traducao chinesa {de 1861. Esta tradugao chinesa foi realiada pelo missondrio norte-americano W. AP. Martin. Os chinescsoviram como um meio dese defenderem dos diplomatas ‘exrangeiroe (Northedge). Parece que 0 Japo wos 3 obra de Wheaton melhor {do que 2 China em relaci aos ocidentais, Em 1895. no tratado de Shimonoschi ‘gke ps fin yuerra sno japones, ete deelarox aceitr 0 Dl elaborado na Europa Sobre'a adocio do DI pels Uiina, podemos aerewentar os seguntes dadou 4 primeira vex qué a China aplco os prinefpion do DI fot na neyociagio com a Kiss no watado de Nereis (1689). posterionnente, no tag de Rake igualmence com « Risin, civ 1727 tendo em vista que anos Foram conehnidas ‘Gm base na igualdade soberana dos do paises. A tradicional orem chines era trata os demais povos como trbutirios delas. Eo 1839 forarn tradunidas algamas pias da obra de Vatiel para que 3 China pudesse se defender ean uma dispta ‘om 3 Inglaterra, que vai desquar na Guerra do Opio. O proprio conceito de Uacionabidade, ou 0s aspectos do Estadonnagao. foram inrodiailos na China no século XIX. A primeira embsisada permanente que 9 China msalon no Ocdente foina Inglaterra, em 1877, apesar dela js estar prevss desde o tratadlo ee Tien 6 dle 158 (Coline Chi). No seulo XVI os Exon europe sont carados Sa eases Scae eaicanon Provintae Unidas © Jopio 1611: 0) i see rontus watado dle Nerehinsk entre Risa China sabre 3 fntei a Sande (1680): ¢) Franca « Morrocos (1684) ¢Swaanne Bost se Anguis acetou'S Di thborado na Enropa, em 1774, no watado de xuchad Kutna conchido com a Rissa, Em 1850 no sratado de Poi sea rae eine Porta & edmitda a partcipar das vantogens do ditto pubico De dons eusoper, Ela, enetatto or obrigida contnnar peemtindo 0 Seas apuntagber que lniana 2 va soberania.Efoteresonte saentar que ce PSB Dr como’ Gent « Groin reconheceram ov dicios dos Estados *Satguss atones(Sereni)consderam que ss reivindicaxbes dos afroasiticos aio tin ndamente fdcolico, ver que a2 norms intermacioais aparecerain aoe aoe terse exigencion praten c resolver eras snags strgidas dat Baphaetos Euan” e-em consequencia. clanao surgam em vtude de atendet cee aint una ehvacio erstaocidental. Esta tese no sntiramente GREE Rao er porque as "atuacoessurgidas das eles dos Estados’ podem SSrencoradascresobadas de diferentes mancito, Or, €ratal que 2 grandes ee teeSutenem um diteto para resales da manera que osse mais de aoe age que ts "stuacber" poder ser encaadas também de manera ‘diferente 16.6 grande processo de revido tem sido levado adiante pelos deneminados nore Eaton” ito 6 on afontcon que aleangaram a independéncia aps 8 2 Gara Mundial Eniretanto inimerss de suas posgoesimeresam a todos oF Riniesewehidon, mesmo aqueles que nio sfo novos ha sociedade internacional ra Ameren Latina) Estes pases suo também designados ainda de “3° Mundo (RAISE proteiriay A primeira expreslo tem a sua orig em Alfred Saws OAc Pagicige'a obra coletha “Le Tiers Monde, Sous Developpement et dévelop- aa er Cordeniada por CeorgesBalanier em 195, Say erara esta expresso eemegs2, car atigo publicade no hebdomadsrio L'Oburnina. Sawey parece er Sno eis Cepree inicalmente apenas para os paises afroassens, posterior rete Situ fia fol igada a nes de desenvolvimento ese ampliow (Bernard at) foes Rovere Hon esta express fo criada em plea guerra fra, po sa dca suis pewonsqueiam un tercero camino aque oF dois mundos wdegdiavam, O problema € que se coloca coma 3" mundo estados dispares Cone hinata BuidetieMaurau, 0 5° Mundo como o “vers état sto & Que 2 ceene ana pertann amerior § Reyoucio Francesa revindica 0 dieito de par cre Cinboragie das decsoex Deno da linha de raciocinio anterior, és reper sonaises obsena gue o conceito de 3* Mundo sfte wna evolugso € gue aaa e ac misturarae de nao-alinbamento e de subdesenvolimento econémico, Seeder protetarae” fi ceiada por A.J. Toynbee e poparizada,por Pierre See Mode tembrar que em 1908-1904 Corradi java em wma lta entre rude: proessian” * nagoesplutorateas™. Charis Betlheim tem eritcado 2 cease reine aubdesemvolvdo" como sendo una “mistficagao a2 ideotoga Sere Ba eaconde a dominacio a que esen pases exio aeton® denon addocorreta seria a de "pases explorados,dominados ede economia deformads Uimoutro erica desta expresin € Régis Debray. que dit ser ela “win golpe de Sinus Js deologia burghesa "um voesbulo eurocentico e aberFante por esse a {ite Gamat. © Teresi ante vera nan produto de captain. Ean Ceneeto que mimura tuo: cawen pos «chile, Faose Melia ober i The Relaions beeacen International Law and Confie Lay. st RAC, 1962 voL 1106. pigs te segs 7 Francois Rigauy — Relexions si les rapports entre fe Droit luternationa prise ele Droit des Gens. i Estudios ee Dereebo Intersacional — Homensje 3 D Antonio de Lama, 1958, pigs. 368 ¢ seys: 1, SeiFlohenveldern — The Impact (of Public Intemational Lave on Conflict of Law Roles on Corporations. im RAC. 1968, vo. 1123. pigs. Ie segs; Bent Rosenthal — Emde le L'oemsre de Mires Smith MeDongal en matiére de droit international pubis, 1970: Richard A. Falk = The Status of Law in Intemational Society. 1970, pus. 41 ¢ segs: M.A. Vieira = Le droit international privé dans le développement de Mintéyeation latinoamé Ficaine. im RAC. 1970, vol It. 130, pags. $91 e segs: Emile Geraud — Le Droit International Public et la Politique, im RAC, 1968, vol. IL, . 110, gs. 419 e segs Serge Sur — L'lnterpeétation en Droit International Public. 1974, Archives de Philosophie dur Droit — le Droit Invest: par la Politique, XVI, 1971; Gidon Gowtieb — The Natuce of International Law; Toward a Second Concept of Lave in The Funure of The International Legal Order, coordenado por Cyril F. Black Richard A. Falk, 1972, vol, 1V, pigs. 331 e segs; H. Morgenthau — La Notion du “Politique” et fa Théorie des Différents Intermationaux. 1953: Francois Rigau Droit Public et Droit Privé dans les Relations Internationales, 197; — Quelques aspects des interférences entre le droit international privé et le droit international public, in Le Droit International Demain, 1974, pigs. 41 © segs Luzius Wildhaber — The Impact of Tomorrow's — International Law on The Framework of The Constitution, in Le Droit International Demait, 1974, pgs. 91 « segs.; William L. Morrison — Myres S. McDougal and Twentieth Century Juris: prudence: A Comparative Essay, in Toward World Order and Haman Dighi Essays in Honor of Myres S. MeDougal, 1976, pigs. 8 e segs.; Richard A. Falk — ‘The Role of Law in World Society; Present Criss and Future Prospects »n Toward World Order and Human Dignity — Essays in Honor of Myres S. MeDougal, 1976, ‘pigs. 192 e segs; John Norton Moore — The Legal Tradition and the Management ‘of National Security, iv Toward World Order and Human Dignity — Estas in Honor of Myres S. MeDougal, 1976, pags. 381 e segs; Oto Kimminich — Inte national Law and International Relations, it Law and State, vol. 14, 1996, pigs 28 e segs.; Gunter B. Krause-Ablass — Civil Law and The Law of Nations, im Lave and State, vol. 15, 1977, pigs. 112 e segs: Prosper Weil — Droit International Public R. Stevenson — The Relationship of Private International Law to Public International Law, im Essays on International Law — from the Columbia Law Review, 1965, pigs. 49 ¢ segs: Gonzalo Ortiz Martin — Pantes de Contacto entre €1 Derecho Internacional Privado y el Derecho Internacional Priblico, Soberania y Orden Poblica, 0 Septimo Curso de Derecho Internacional, organizado pelo Comité Juridico Imeramericane (agosto de 1980). 1981, pigs. 391 ¢ segs. Joe Verhoeven — Droit international public et droit international privé: ott est a Aifférence; in Archives de Philosophie du Droit .52, 1987, pigs. 28 segs; Grigory 1. Tunkin — Remarks on the Primacy of International Lav in Politics. in Droit International au Service de fa Paix, de Ia Justice et dt Développement. Melanges Michel Viraly, 1991, pigs. 456 e segs 15, Alguns autores (Amflcar de Castro) colocam o DI Privado como ramo do direito nacional ov interno € 0 consideram como direito piblico, Todavia. pare ccesnos que a melhor solucio é a de Ziccardi, "que 0 coloca entre os instifutos da vida internacional". Neste mesmo sentido assinala Georges Seelle que a concepcio 98 gue colocs DL tivo my urdews aniera 6H liseiplina”, O jurisia francés aerescenta que "a easeneia da counnidade interne somal” sip a8 “relagées entee partienlare”. © emnclat «jue -o DI Pibliea 0 servidor do DI Privado” £ interessante ubservar a origen Uo DI Privado, segunde F, Rigainx: as Iscunas do DI Priblico & que teranlevailo os Estanlos a regulaamen tarem 08 assuntos do DI Privado. Segundo este autor: "A avtonomia do direito internacional prvade data do dia em que 9 diteito das xentes limiton a 8 proprio. a regulamentagio apenas das relacdes entre Estados e quando se conxaton que as duas outras expécies de relagdes (entre o Estado co exirangeito: entre indiviios fem stma sociedade imternacional) no tinham dado nascimento a mina pritica internacional suficientemente estivel para merecer o nome de costume.” 16, Nicolas Poliis — La Morale Internationale, 1944; George W. Keeton € Georg Schwarzenberger — Making International Law Work, 1946, pags. 49 ¢ seus Unidn Internacional de Estudios Sociales — Cédigo de Moral Internacional, 1954 Herbert Kraus ~ La Morale Internationale, w RAC, 1927, vol. 1.16. pigs. 330 segs: Luis Garcia Arias — Moral y Moralidad Internacionales, in Estudos de Historia y Docirna del Derecho Internacional, 1964, pigs. 79 ¢ segs; Werner Lew = The Relative Irrelevance of Moral Norms in International Polis, m Interna tional Politics and Foreign Policy, coordenada por James N. Rosenat 1969. pags 191 e segs.; Traditions of International Ethics, coordensada por Terry Nardin David R. Mapel, 1998, Alain Papanx e Eric Wiler — L'Ethique du Droit interna: cional 1997: Alexandre Boldizar e Outi Korhonen — Ethics, Morals and Interna. ‘ional Law, “in” European Journal of Incerational Lave, vol. 10,02, pgs. 279 € segs pave cons fini a Politi observa que “certasregras da moral sio comuns a todas as categorias dle relagbes", No sentido adotado por nés: Aguilar Navarro observa que toda norma dle moral se dirige sempre a0s homens e qe, portanto, a moral seia una #6. Da ‘mesma opinido € Truyol y Serra, que assiala: “A moral internacional se aquela parte da moral social que determina os deveres do homem enquanto membro da sociedade internacional, seja como governante, seja como siidito. de vm Estado cuja atividade deve se coordenar com a dos outros Estadoe © subordinar-se ao bem comum de todos” 18, Aguilar Navarro manifesta-se no sentido de que “os wsos slo uma etapa intermedisria entre uns postulados morais que se fazem direito, ou uns preceitos Juridicos que perdem esta sua caracteritica 19, Jean Touscon — Le Principe dEffectvité dans V Ordre International, 1964 Pietro Provani — Il Significato del Principia ai Fifeicits. 1055- Adolfo Miao de Jn Mucla — El Principio de Efectividad en Derecho Internacional. 1958: Giuseppe Onolenghi ~ Il Priicipio di Effethia e la sua Fuzione nel Ordinamento Inter nnazionale, in Scrts Vari di Diriuo Jotemazionate. vol. 1, 1959, pags. 221 ¢ segs Robert W. Tucker — The Principle of Effectiveness, in International Law and Politics inthe World Community, 1953. pig. 30 e segs: RY Jennings — Nally and Effectiveness in International Law, se Cambridge Essays in International Law. [Essays in Honours of Lard McNair. 1965, pigs. 64 ¢ segs.; Charles dle Vischer — Les Effectivtés du Droit International Public, 1967; Jan Antonio Carrillo Saleedo —Soberania del Estado y Derecho Internacional, 1959; Tarciso Burity — Reflexes sobre Direito e fato na Orden Juridica Internacional, sn Revista da Faculdade de ” Direity — Universite te Su Pa, il. NENTAE 2° fis... igh LE seen Bernadteire Peulraxt — O Fata ea Norns nw Drei Interbacional Pailin 1 Revistas Felidae dle Dive f pgs. 273 « segs: Monique Chenilliee- Gendreant — Le rite de Leltectivig tersational, su Realltés €u Dioit International Comtemporain, cies des seconde et troisieme renconres de Reims. /. pays 79 ¢ sees: Jean Salnion — La constriction juridique dt ait fen droit international. in Archives de Philosophie the Droit. 2.1987. pigs. 135, € seus; Monique Chemillies-Gendrean — Origine ct xdle de Ia fietion en droit iternatiowal publi, in Archives de Philosophie cht Droit, «32, 1987. pigs, 158 € 20 Este auior diferencia a efetividade da elieicia do seguinte modo: «) a ficécia “Se mecle por referencia 2,nma intencio”. cla consiste em saber se uma ‘egra atingit “a finalidade que The foi conferida pelo sew autor"; #) a efetvidace trata somente da relagio existente entfe una norma e a realidade social," ¢ uma nnogio mais simples. menos elaborada que a de eficécia”, Charles de Visscher wlifiea a eficscia como “a adequacio dos meios colocados em fencionsmento para alcangar o objetivo desejado” 20. E de se repetir um pensamento de Jean Giraudoux: “O Direito & a mais pouterosa das escolas de imaginacio. Nunca itm poets interpretou a natureza to liveemente quanto um jurisiaa realidade.” Dentro de uta onientagso mais juridiea Poslemos repetir uma observacio de J. Salmon ee que o DI nio regulsmenta 35 comseqiiéncias que os Estados dever tirar do real, Os Estados si0 livres para apreciar 0 real ¢ alé mesmo recusita, 20.8. Aigumas crticas tém sido formuladas a este principio sustentando que 8 efetiidade que se transformou em uma nocao centesl no DIP é ajuridica (Che- milie-Gendrean). Ou ainda ela, wma tentativa para senir de controle 3 ma “subvessio permanente” existente na sociedade internacional (R. Lepoutre) 21, Esta tendéncia vem de Jellinek, que afirma: “o real tem em geral uma tendéncia psicolégiea a se transiormar em abrigatGrio” 22, Algumns autores (Verzil) negam valor 20 principio de efetvidade, vez que cle levaria 4 negagao do direto e que cle mio teria encontrado consagragio ma jurisprudéncia internacional. ~ 28, Tucker considera que nié DI existem resteigdes a9 principio “ex injuria 4s non oritur” em nome da aplicacio do principio da efetiadade. A aplicacio do prinespio da efetividade demonstra ser © DIP. para este autor, win “dieita Sinica” 24. Miaja de ta Muela assinala que a efetvidade de wma sitacio somente Pode produzir efeitos juridicos se ela tiver sido originada conforme 0 DIP. E crescent que atualmente no DIP 0 reconhecimente é a inico meio de "resolver fem cada caso 9 oposigio dramitica entre a efetividade ¢ a juridicidade™. Na verdade, como estudaremos, € 0 reconhecimenty tin ato da vida internacional ccapaz de transformar sitaacbes de fato em sstacbes juriicas, 24. Michel Virally — Le Principe de Réprocité dans le Droit International Comtemporain, i REC. 1987. vol 11, 322. pige 1 e segs; Emmanuel Decaux — {La Réciprocité en Droit International. 1980: G. P. Niboyet — La Notion de Réct: procté dans les Traités Diplomatiques de Droit International Privé, in RAC. 1935, Vol Il, € 52, pags. 255 e segs. , oe Ca w 100 - 25, Joa JA. Salmon — Le Concept de Raisornable en Druit boernatianat Public. a Méianges olferts 3 Paul Reser 1OSE. pais 447 se Jean JA. Salmon = Queiques Observations ur fa Qualification en Droit International Public La Motistion des Décisions de Justice. Estudos publieades por Ch. Preclian « P Foriers. 1978, pigs, S43 e segs; Olivier Cayla — La qualification. ov In veri dt Uo. Droits. n? 18, 1998. pgs, 4 ¢ sexs: Bernard Audit — Ou: Droit international Prieé. m Droits. n* 18, 1094. pigs 33 © segs 26. 9 “operacio imelectual que consiste em clawifiear wi fato. uma ac, tama insisie3o, ma resolucio juridiea«leverminada tanido Ihe aplicar 0 regune Juridico correspondente a esa categoria” (Dicionstio Basdlevant. 27. J. A. Salmon — Le Procedé de la Fietion en Droit international Public in Les Presomptions et les Fictions en Droit, sob a coordenacao de Ch. Perelman cP. Foriers. 1974. pigs. 114 e segs. Jacques Michel Grossen — les presomptions fn droit international publi, 1954 101 CAPITULO IL NEGADORES DO DI! 19 — Ing 20 — Nogadves pris: 21 — Nogadones tees 22 — Grea oot ngadoes; 23 © DI come dire iperftes 3A » Conds, 19, 0 DI tem sido avo de diversos doutrimadores, que ora neyam existéncia de qualquer norma regulamentando vida internacional, ora decaram a existencia de tais normais mas nio as considera come sendo rnormas juridieas. O primeiro grupo é formaco pelos chamados negadores priticos (Espinosa, Lasson, Gumplowice, Lindstedt, etc), enquanto 0 se. gzundo grupo € composto pelos denominados negudores tedritos (Austin, Binders ete). E de se salientar que estes autores partem de teorias inteiramente diversas, omente tendo em comum esta concepgao negativa ao estudarem © Di; sio, por exemplo, materialistas (Gumplowicr), neohhegelianos (Las son), ete © assunto, ora estudado possi intereste meramente doutrinio.¢ dliditico, tendo em vista que nos dias de hoje a impugnacio do DIP nao tem qualquer valor ea crescente institucionalizagao da vida internacional tem respondido a diversas objecdes dos negudoresOs utores a serem ‘udados sto apenas alguns dos princypars negatiores teoricese pratices, 20. Os negadores priticos apresentam em favor das suas teses ima serie de argumentos. Espinosa defenden que os Estados visiam em verdadero estado de natureza e que os proprio tratados subseritds por elesnao tinham qualguer ‘alor quando se opunhiam aos ses interesses. Adolf Lasson reduz 0 DI uma simples relagio de forea, uma vez que 0 Estado, sendo um fim em si mesmo, nto poder existr qualquer sistema Domativo superior a ele. Os tratados 36 seriam respeitados enquante nao varasse a relagio de forgus de que eles sio expresso 103 foriez sustenta tambéne qe © DE amen se redler a ode forga, porgite nso existe umn sistenbs eoereitive is tornas, Q egoisiny seria o vinico Ludwig Gum a simples re principio regelor ui estat cnie ete or, csti qe @ Dprogesso wenhit a wrnar possvel w exincla de uy Dl Anders Vic Lvmndwete considera qic-os Estados sem na vida js por menos interes prticlines, Nao exis DI, porque nn In nnn parciho coereiivo. wn poder legiaativo © jiuicivio que atin ste mod regula nasi eration. Os tretalos tetiam obiigatoriedade, porque nio existe aparelho coercive caps de Ihes impor o respeito 21, Os negudores teéticos, como vimos, io negin existénchn"e niormaé no pli internacional spends considera que elas ni alo dias ‘moral posi lis seyintet rabies) casino sto juris por ¢ muanifestun no seio de sina sociedade organizada;#) elas sean ‘moras porque emanany di opinizo. pablis; 1) faram parte da moral ra porgie na realidade, clus so splicndus, As nomnasintermacionals és, no fundo, uormas de cores, porque nao implicam juzo de valor Todatis, nada impede que um Estado on tinal saicione ma norma de moral posta transformando-a ei norma jr dic, que far. no cas, parte do diveio eval, seria wma norma, de “ireio estital externo™ “illo Binder consider que nio existe DI, porque nio existe"um coniunidade inteimicional. At normas internacionais slo simples regr moras ow si0 usos internationals upliedvels em viride de uma pritica constant 22. Devemos estudar agors « questio da procedéncis destus citicas divigidas a0 DI Na verdade, todos os sets egadores esto ofwseados pela Wisio do Esudo modem, bem como pelo direto estaal,exquecendo-se de que eles sio 0 restltudo de uma fase histbrica e que nem sempre spresencaram as ca que tem hoje, ow sta pater de afirmae ches a prion. Os neydonesp 0 disinguem 0 “ser” do “dever wt” 40 com siderarem que o DI nso existe, tendo em vista certo abusos que sparecen 4 encoiitrum suibmetidos « normas juridicas, De Tato, 0s Estas pautam 4 sua condita peas nonmoas de DIP. tanto nisin & que aves violaes Sto poneas diante da intensidade di vida internacional. Das centenes de tratados exintentes, guns, mesmio “bicomvenientes” pari.os ses signs Fos, si respetacosc poicor io sioados, Quem olla vida internation tem & primeira vista mpresio de que mela s6 domi iolencta, sma vez que qualquer violacio acareta yrives epercunsdes nd via dos povos 108 eonseqit@meia. proc fon + impactos pavologieos nos indies. Entretanto, esas viokiedes prodhizean tas impacton também porque ch vio sio-comuns &justamiente.representam hima excel intemacional, Seria difielle sem spatqer fio dle vealiade dizer qe 608 Esti nto possiem qualquer norms fnstando asta condita, Se ussnn Fosse, a vida internacional seria intcnamente sneguiea. ate resulta «mn impossiblidade da sua orgmiracto. ao contnivio do que tem conte, «ido com a criacio de organismos internacionais. A propria sqtetts foi considerada como wm dos modas de solucio dos conf fos internacionas € regulamentada a sea condita pelo DIP E de se recordar que a existencin igios nao significa necessariimente que tenha ocorio violagto do direito. O que é mais importante no DI. conform douuinadores norte Americanos, €a anséneta de um procedimento seguro para aileutfieagso dle uma viokacio™ Por outro lado, € de se lembrar que grande parte das violacdes do DIP. « sio tambem ao mesmo teropo volacoer do Direto Constitueional, como ocorre nagueles paises que incorporam 0 DIP x0 direito inwerno, por ‘exemplo, na Constinuicio nonteamerican John H.E. Fried), Nicos Post Jantzas (L’Etat, le Pouvoir, le Socalime, 1978) observa que “todo sistema Jjriico inchu a ilegalidade™ no sentido de que ele tem lacunas que sae dlisposivos expressamente prevatos, brechas para permit” o abandon. da lei, Diz este mesmo stor que i mixin "a ninguém ¢ Hieito ignorar lei" devese acrescentar “sah os representantes do Estado". Parece-nos Aue estes raciocinios podem ser aphcados, mutatis mutandis a0 DIP. Para Jean Garbonnier (Derecho Feible, 1974) ests mixina foi adotada a codificcio napolednica, porque a lei, naquele tempo, era apenas uma formulagio de costumes antigos O mais poderoso Estado sof limitagdes nio s6 impostas pela inten- sidade davidu internacional de que ele depende em maior ou menor grat como também de que ele para controlar otros Estados preci conteclar 45 proprio. Louis Henkin observa com razio que as rlagées entre os Estados “caminham da forga pars s diplomacia e desta para 0 dirito (Os negadores teéricos partem da comparucio do DI com 0 direto les ae exqccenn qua figiow she ono mma dis earactersieas do dircto intemo moderna. ¢lenomeno recente da evolueio do drei. © costume, sinda a principal fonte do DI tende a ter o sen papel redo com a codificacio da nossa mater. O tataco em €poca futur ter pubel idéntico. em importineis pum @ Dl. ao di lei no dlieito interno, Noo porlemos considerar que as regras de comcuts da sociedce internacional Sejm normas de moral, uma ver que a moral tem outo tipo de sancio. As pr6prias normas da “comitas gentnnn” regulamentan apenas aspectos secimclrios cla vida internacional” Nem ineststem mais. como pretenclen Lindstedt, érgios judiciis navies internacional. Temos. entre outros. Corte Internacional de Justign 103 fits wo DL € que ele aio & passivel ©. et conseqnéncis, cle ni seria Dircito, Ede se abservar me que o DI posit sinngdes. que sio de mattirera distints das do direito.' Sio sangdes do Dk retorsio. as represiias. ete. Se esis sancoes nem sempre atuim con a efisicia lesejaca, conteedo ito no significa qu clas nao existam. O D. Penal nio deixa de existir porgite as sas sangoes deixam de ser aplicads 08 crim Justia O direito como ciéneia normativa se dirige aos homens, eres livres €, em conseqiiéncia, essencialmente violivel. A sangio € um elemento externo 20 direito © 0 que 0 canicteriza é 4 “possibilidade de sancio™, ‘Claudio Souto observa com razio que a cougio fisica & pra o Direito “um instrumiento que nio oper o& j8 nao opera em grande purte dos casos, € cuja tendéncia. em uma perspectiva histOriea longa, parece ser de lincionsar cada vex menos” . Ow ainda, como lembra Paul Foricrs (Regles de Droit. Essai d'une problématique, in La Régle de Droit. Etudes Publices par Ch, Perelman, 1971), 2 sancao € um crtério falso para servir como aracieristca do Direito, porque se 9 norma juridica recebeu uma udesio, de ea quem ela se ditige, a sancio tert importincia secundaria nesta adesio, ¢, no caso del nao receber a mencionad adesio, a sincio seri inrelevante. Max Weber admite a coercibilidade psicologica para caracte- sizar o Direito. A. Bugallo Aharez (Pressupostos Epistemoldgicos para 0 Estudo Cientifico do Direito, 1976) observa que a ordem juridica mio subsiste apenas por causa da Sancio. mas que, “a longo prazo, a vigéneia da ordem juridica ¢ proporcional ao grau de aecitagio e aceitabilidade da mesma". Podemos lembrar ainda que 0 D. Canénico nio tem sancio coercitiva € nio deixa de ser direito. O direito € anterior 3 sincio. Miche} Miaille (Une Introduction Critique au Droit, 1976) lembra que 0: momen- tos de repressio constituem uma excegio no sistema social, Nas relagoes internacionais € extremamente dificil se organizar uma'sancio cocreitva E suficiente lembrarmos 0 poderio das grandes poténcias. Ede se pergun- tar, neste sentido, 0 que adiantaria organizar um exército internacional Por outro lado, & de se lembrar que existe una “pressio” sobre tod: qualquer norma juridica, porque se cla € inteiramente respeitada ela é desnecessivia socialmente (Falk) : E para coneluir podemos obsenar com Kelsen qe x diferenca entre fo direito interno eo internacional é apenas de esirutura e nio de natureza. A pretensa distingio de Triepel de que o Di seria baseado na coordenacio. enquanto o direito intemo seria de subordinacivo, cai por terra com observacio do mestre de Viena de que coordensr também subordins Na verdade, s6 se pode coordenar “dus coisas" subordinandoss a uma A grande dificuldade do DI é que ele se fundamenta no Estado sobe- uno €, "por outro lado, por causa do direito, deve vestsingir a abitrasie- dade que se esconde no conceito de soberania” (Oto von der Gablentz). 106 encionar neste estilo vn grupo de internacionsaistas rio faz parte dos neyuclores. apenas considers « DI come sede wn direito imperfeito (Savigny, Wilson, Zitelmann, vie.), Estes autores ap sentam arguments semelhantes aos expostos pelos neyadores: a ausencia nrermacional (Savigny); falta de uma oryanizacio ‘central para impor as sangGes (W. Wilson): as normas internacionais serian obscura, © a guerra furia cessar o estado de direito enue as nagdes (Zi 1). Entretanto, eles no negam a existincia lo DI, considerando-o apenas como um “direito imperfeito” Este grupo de doutrinadores € passivel da mesma observagio que dirigimos anteriormente aos impugnadores, Tais doutrinadores, nas pal vras de Aguilar Navarro, estio “destumbrados pela imagem do Estado moderno”. Limitar a ciéncia juridica ao direito estatal moderno é estreitar (0 seus horizontes. 23.A, Na verdade, se aos internacionalistas do 3* Mundo nio iiteressa © DI Classico consagrador dos interesses das grancles poténcias, tambérn do interesta a negacao do DIP. A negucao significaria colocar a sociedad em estado de anarquia, que talvez viesse a favorecer 0s poderosos. O Direito emana dos poderosos, mas uma vez “promulgado” limita 0 seu poder © passa a ser também uma arma de defesa para os fracos. ‘A questio dos negadores do DIP tem interesse meramente histérico, 107 Notas LA. Trvol — Doctrines Gomtehhporaines di Droit des Gens. 1951; Gusts Adolf Wal — Esencia det Dereeho Internacional y Critiea desus Negadores, 1943 Chino Souo — Introducio 40 Dizeto couse V7; OuoHenwrich von der Gabientz The Effectiveness of International Law, in Esays on In of K. Krishna Roo, 1976, pays. 58 e segs 1.8. "O normativo existe para ter realizado, o que no significa que se realize hnecessariamente...o Tato de qe & norm nio se etimpea mao invalida, como sia nota estencial,a exigeneia de realizacho" (Adolfo Sinchez Viaquez —Fiiea, 1980) 2. A guerra jivera encarada por Giovanni de Legnano (séeulo XIV) como. mode de Solugio dos conflitor internacionais. * 3.A propria critica de Binder é improcedemte, porque. come vimos no n® 5, existe uma sociedade internacional, 4. No Dl. a sancio é dirigida, ein principio, a0 Estado, e, no direito interno, 20 individ 5, Podemos lembrar a distingio de Miguel Reale: “Para os adeptos da primeira (coercitividade) 0 Direito seria dotado sempre e ivariavelmente de um elemento coerctivo, sem 0 qual no haveria Direito; para or da segunda (coercibilidade) 2 coacéo seria elemento externo do Direito, © qual se distingwitia apenas pela possbildade de interferéncia da forca.” Jiménez de Aréchaga lembra que 0 proprio D. interno possui angio (“conseqiéncia da violagao do preceito juridico") des: provida de coacdo ("forea fisica eventualmente wilizavel para impor a sancia ein ‘aso de resisténcia a ela") como a “exceptio inadimplets contract. Neste aspecto cstariam diverss sangbes do DIP. como a ruptura de relagées diplomstias, ec ‘Acrescenta este autor que a Carta da ONU organizon sangdes coativas no ambito de competéncia do Consetho de Seguranga, Todavia, tem sido paralisada em imeros cases por motives politicos. Por outro lado, como bem observa Parry. a efetividade do direito nae depende apenas de win poder que o imponha, Nenim poder estaral teria forca suficiente para impor © direito se os individuos 30. aquisescem eumprio, J74, Louis B. Soho — ernational Law in Honone = 108 Intemo € 6 resultado da vontade de um Estado, enquanto.o DL tem-como (Gene clebs doy Hadas gue = mines expresene nce Fre ara stat Tepe nes ap CAPITULO IV ss RELACOES ENTRE 0 D. INTERNACIONAL E O D. INTERNO' — Intvodugig; 25 — Duatismo; 26 — Monisma; X— Teorias conciadoras, 94 —~ Priiaintemacional:29-~ Price interna, 30 a concusd 24,/As relagdes entre © D. Internacional € 0 D. Intermo acarretam inimerbs problemas dontvinivios«priticos que decorsem da questio que consiste em sabermos qual o tipo de relacdes que mantém entre si. Pode- sos exemplifcar da seguinte maneir: havend um conflita entre norms internacional e 4 norma interna, qual delas devers prevalecer™ Poucos "ivtores, como Ross, consideram « disputa entre as diversi doutrinas como Sendo uma "disputa de palivras", «tem neggado importants da questio orn estudada 25. 0 primeira estudo sistemitico da matéra® foi feito por Heinrich ‘Toiepele-em 1899, ma obra “Volkerrecht und Landesrecht". Parte este divs da concepcto de que o Deo Ditto tema sin “noctes iexe wes" em conseay sd ada secanies, ito & sha ndependentes. nao possuinde qualquer rea ‘m-comum. Esta oposicio ¢ resttante de tvs eferencas que exten ts Sa ordens juridiens. “ diferenga € de “relagdes sociais” | na ordem internacional jeig-enguanto ma offem intema apiece Uo, suleito de Gireito das Fonte nas diss oxdens tenia Tepe, neste ase‘ €McMeNie nes {or se baveara om abalhos de Bergoomnt © Bnrding, sendo que este ee ythstinto ae Sun paticipacio no desenvolimente juridico internacional {_~Bsirconcepeio propost por Triepel for lead par x Tels por Dio tho publicado um decénioeantes, A “Veveinbavting’ & ni definicio de Uincing, “a fusio de vontades diferentes com ws mesine eonterida”. Els se manifestaria mas decsoes do Congresso. ete Festi” Vereinbarng’ que para Triepel. eria as nofnas internacionais, A "Vereinbarung” se diferet Cavin do "Vertray” (contrato), em que as ontades tem contetido diferente A terceira diferenca ¢ rlativa gestratura das dias oxslens jpacidicar ‘gue eal bagel je subosdinacio.e a inwervacional sa. GSordenacio. Fa conmmidade internacional uma sodedade pa sta Concepgio condi 3 denominada “Teoria da incorporugio". to ra que uma norma internacional sa aplicida na imbito interno do Estado, ¢ preciso que este faga primeiro a sua “Uynaforma Tnferno, ucorporandea aa seu sistema ju idico eta independ d Jo que signitiea Giger tanibénr que mio exte-uina poosbiidade de confion entre elas) Pags Trepel o tide "aaa? wat mC Ts deo isi Anailot. que a adotou, em 1905, em um tabalho inttalado “I Birino Internazionale nel givdizio interno". Ese autor apresentaalgumas diferencas em relagio 40 jurstaalemio, admitindo, por exemplo, que © Di pode ser spicado pelo D.Interno em alguns eason sem a devia wane, formagio ‘O.dualismo foi seguide por e autores italiangs, mas apresentando algurasaraieriscas propriay Pers um dos anores ais representativos da denominada escola ialianaydefende i uh ) defend a autonomia.das_| das ordens juridics, sustentundo, contudo, a Superjondade-da-Difem ‘unto assim. que.a revogacio de_uma n ontviria ao DI'sé pode ser feita por um procedimento do direio-inte a0 bastante semelhante ade Fe de Sereni, que retoma as diferencas entie ac, dias oreens juridicas suttentad C A denominacio de dualista para esta concepgio foi dada por Alfred Verdross, em 1914, e accita por Triepel, em 1925. Toduvia, Verdross reco: nihecew & deficigneia deste termo, uma vez que nio existe apenas om Aireito interno, sendo portanto mais correto denominé-la de pluralist E 0 dustismo passive de win série de critica: a) 0 homer € também alma vez.que tem dircios © deveres onion a 0) 6 dieito nio é produto da vontade ‘Estaclo, nem de varios Estados. O voluntarismo € tnsaficiente licay a obrigatoniedade do costume-interifacional;_o) Kelsent ob- pordenar € subordinar a. m;.assim senda, a le 4)» DiPconsuetnelinsivie € normal wna. simples “diferenca h Brcnite uphedo poor wba Fntcruos Sem que nj qualquer transfor rmagio ot incorporagio; «) quanto 4 escola, ce Susenta que o DF se dirige apenas io Estilo cio #0 se diteto inter, podemon ens « opiniio de Rolando Qadri que observa ndo ser "possivel dssocir 0 Estado clo sew ordenamicnto”= f) podcae acrescentar a observacio de P Paone de que o dualinno no DI esti sempre ligule sta concepgio como sistema privatiico 26, Encontramos, em oposigio a9 dualism, x cones monismo, ou sj # Weoria que_nio aceita do denominada ‘cum cepeio tem duas posigbes: uma, que defend. primazia do diceito intend) sou. pon tro nao direito interna a) O'Wrorisisa font primaztedo tiie interno tem as suas raizes no tenha emanado de mento do Dite 0 Dilté reduzido a um simples “direito estatal externa”. Nao existem duas rdens juridicas auténomas que mantenham relacdes entre si..O DI Eam Se ee or apleae yoru aexisténcis de préprio DRcomo Jecem o seu modo de conclusao, como sustentara Wenzel, toda modificacao” na ordem constitu \l por ui proceso revolucionario deveria acaretar ‘Shterior, Enuetanto, SIO TS OCOTTE, porque em nome da continuidad | © permanéncia do Estado ele € ainda obrigido « cumprit oF tratados j Sua obrigatoriedade do Direito Interno. cde todas € que ela ney ut 8). moni vido principalimente pela escola de Viens (Kelse Kelsen. ao formulara teoria para do discito, emancio dle normas. Una norma tent a sta Origen « tina sia obrigatoviedade-da norma que the 2 novi Fiesta. a norma hase-(~Grunduorm” )- que era tint hipo- ese, ¢ cada jursta podiaeseother qual seria ela Diante disso, a concepgao Kelsennian fo denominada na sua primeira fase de teoria da livre coll, posteriormente. por influencia dle Ve Igen sai do seu “indiferen: = passe norm” como sendo uma.normade DI: a norma costimeira “pacta sunt servanda”. Em 1927, Duguit e Politis defendeii 9 primado do DI e com eles toda a escola realista francesa, que apresenta em seu favor argumentos sociolgicos” A concepeio ora estudada parte da nio existencia de diferencas fu damentais entre as das orduns juridicas. A prépria nogio de soberania deve ser entendida com certa relaividade e dependente da ordem inter nacional Kelsen inicialmemte sustentow a inexisténcia de conflitos dens intethat €internacional, uma Vez qué Horta iiferior jamais poderia ide"enconiro a norma superior, que eri aaa fonte © fundamento. Finalmente, o mestre da escola de Viena, ainda pot influencia de Verdross, Ppassou a admidr a possibilidade de conflitos entre as duas ordens jurfdicas, como de fato,existem. E 0 denominade *monismo moderado™, que veio subst 9 monismo ra i 2 Direito Interno e o Direito Internacional no quebra stunidade do sistema juridico, como-um con Co tiebra a unidade do diveito evan TREE a predominincia do Di; que o¢orve na pritica intemactonal, como se pode denvonstray com ‘duas hipoteses: a) uma lei conwriria ao DIRHA ao Estado prejudicado 0 diveito de iniciar wm “processo” de responsabilidade internacional; 8) uma ‘norma internacional contraria a lei interna nio da ao Estado direito and Jogo ao da hipétese anterior. Podemos citar ainda em favor do monismo com prima nai he yma poss forte formal ns Howes materia Je i Esta, mitas vezes. se dire diretammente wo indiveto sem que h fotmacio em lei interna. E o que ocoste com imiimerasdlecisoes da CECA. ‘A principal crftica" dirigida a esta teoria € que eki nao corresponde a) Hisiria, que nos ensina ser o Estado anterior uo DI?Os monistas respon” dem que a sua teoria & “logica” ¢ nio histrica. Realmente, negur a superioridade do DI é negar a sua existéncia, uma'ver que os Estados ‘) seriam soberanos absolutos ¢ ndo estariam subordinados a qualquer ordem Juridica que Ihes fosse superior ; (O argumento invocado pelos dualistas, em favor da independéncia das duas ordens juridicas, dizendo que uma norma interna s6 pode ser 1ev0- 42 - imediatamente superior. No vértice di pindimide estavs gud por um procedimenta de Diseite Interna, cai por terra ae observar: mos que isto beone porque 0 cantencivs int Je de reparacio fe nie de annlagao. Tal fato se aii en virnude do proprio DE e nia por lo ordenamento, east de interne. 27. Ao lado do monismo e do dnslismo surgivims diversas teorias que procurai conciiay estas dias doutsinus c siv. por este motivo, denomi was de“ wonas canciiadoras O principal grupo destas teorias € aqnele lormado pelos doutsinadores spanhidis, que sistentam a indepenléncia entre as dias ordens juidicas, lima anise, 2 consagracio do-primado do dusita natal. Psa € teoria defendida por Antonio de Luna e seus seguidores, como Adolfo Miaja de la Muela, Mariano Aguilar Navarro, Antonio Truol y Serra.” Este tiltim, 40 simtetizar a presente corrente, declara qute a solucio da questio ort estuclada 56 pode ser encontrada “em um equilibrio harménico entre’a comunidade internacional e 0 Estado". Admite ainda « responsabilidade {ernacional do Estado por nonina interns viokidora do Dl, winda que tal norma interna seja obrigat6ria para os éngios © sditos do Estado. Sobre 4 possibilidade de uma normia internacional ter vigéncia imediata na ordem interna, sustenta o internacionalista expanhol que, além da evoTuGIS do DI neste sentido. nao seria ne fortnci6 pas CER Tso i pelo regehador eat 2 completa independéncia ow ssntonon Erich Kafinan fala es idehade Dire", que’por ser a mesma nas divas ordene juridicas, a8 uniria; acrescenta que existem prinepios que Pertenceriam a una ordem superior. que esto unidos a idea de Dire, qe se impoem onde o dice sea apa, Estes printpios sertam do Bireito Natural Ovirosifinam a wnidade do Divito falandoxem co" (Drost), 0 que € wins nogdo vague imprecsa Ess Wor, no Tudo, affrmam « primazia do DKao admitirem & responmibilidade internacional do Eade quando 9 sew dive interno ola ordem jsidica mtermicional. Giggenteim obser com rari que jiwidien universal ¢ aos quais incumbiniar ndapendentemente dos orgies do direito das gentes edo direito interno. ucelintagao da ordem just dadeino Gundansento do DItpara alguns atores Consite maqiele She Ciados primeiros da jusiga e nao fornece quulaer criteria concreto para tima dvisio de competenclas entve as das ones uridine, sendo mesmo {de se assnalar que existe stmalmente nm proceso de internacionalzagio om mate quedo poss vir a ser incrncionalzado) sentimento juridi- us "nue ori concn ett deri po Wale ge cons tum *phirabsnio cous subordinacio parcial” Par Gustat Adolf Walz 0 BL we lige sempre nor Ess of titles ao. mao merino ie ente no dreito intemo, uma vez quie as ciwss ordens juridieas 0 inuiependemtes, Es anor aumite a exstencin de das “especies” BE DI Dioriginario, que € 0 verdadeito Di, possi autoridade imediata sobre nilogas, estando a responsabilidad coletiva intimamente ligada « clei(6))o Di devivado, que possui vilidade interna tem virtade de umg norma eSttal e cujas normas se drigem as coletvidades ¢ ios individuos (O DI originario, em regra geral, nao pode ser aplicado pelos tuibunais nkcionais, enquanto o DI derivado € aplicado pelas auto- Fidades uibunais nacionais da mesma maneira que o direito interno\ Constitui. portanto, 9 DI derivado (corresponderia wos ratados autoxexe- ‘cutaveis do direito norte-aigericano), um elo entre o Dl eo direito interho, cstabelecendo, em consequéncia, uma “certa relagio entre © monismo € © dualismo". Admite Walz a enti as. duas.ordens, mas ‘admit também que uma parte do D. Interna esta submetida ao DI, como Se pode obseivar da existéncia do instituto da responsabilidade interna- ional "Esta tcoria mio (eve accitagio na pritica ou na doutina ¢ consagra emnazionais gue nao tem qualquer Fazio ‘enem € encontrada na pratica intermacion ‘9s Estados ¢ outras entilads { que atundonou 0 monisme com primado do D. Ineo alegando que ext negao Di, o que e incomputvel com a -douting” da eoexintencia pactca, A conceptio (Mironoy)ufurma que o Dl. direto interno tem Smesmo valor e que existe entre eles um velo inv”, Um tatado ‘Afinam que devido a unklade de conduta ns URSS pratcamente nio {aistem confites entre as duasordens jurdicas (. Bernard Ramundo} sta icora tem aspectos inacetvels para n6s:(@) ma norm cor nin sendo gurl & obriguma independente do eotentinento do Este dio pelo meyse tt ji extents quanvio 9 Estado surge na sociedade 1°} € 0 primado clo Disa mencionada Tnidade de eOrisa ¢impossvel em Estados onde exists tenateal scar Tacho de poderes (Exeeutv Legislative Judicario) conciusio que se pode apresentar € mesma de Francois Rigas de qe hi um phuralismo juridico, vez que ordem interna e internacional fe interpenetrum, Vainos ver adiante 0 difeto imerno aplicando © DIP, Inas este também leva ajule-em consideragio em questoe como » naci™ hulidade © aufeagio imperfeia do watado, Um grande publictatio alemio, Kaus Stern (Derecho det Estado de va Repuien Federal Alemuna, 1987 afm que a Jouwinas sho hoje moderadas, Ele considera que hi wés modos de insercio do DI no direito ne ‘Uma outra teoria que pode ser mencionada foi 1 defendida na URS.” Tai aire nterne. (Constiniigio dos EUAY:G) teoria da execuco que permanecendo DI; (9) teoria da incorporacio ow da aduptacio que da Validude imediata abvDI no digvito interno. Os drgios estatais fazem win ato meramente leclavatsrio/ Observa Stern que todos do vaidacte 40 DI pens seguem diferentes ciminhos. Nu Slemuanha se diseute se ¢ udotada a teoria da wansformacio ou a teoria da exeentcio. Conelus Klaus Stern aque aja qual for a tcoria udotada hao primudo do De que 0 tratido & Ysto como lei especial , Na Tnghiverta adlotase o dualismo, sendo tecessitio uma tei interna} ppara que © DI seja aplicado pelos uibuiais. mas é-consagraca & primsazia| do Di 28. A jurisprudéncia internacional tem sido undnime em consagra primaria do DI. No séeulo XIX este principio ji fora admitido na arbitra gem do caso Alabama. No corrente século a jurisprudéncia internacional hos fornece, entre outros, 0 caso Wimbledon, O direito interno tem 6 jug internacional o valor de um simples futo. no possuindo qualquer valor normative."* Pode-se lembrar que isto nao significa que o DIP ignore 0 diva interno. sendo de se recordar que 0 principios gerais do diveito sio fontes do DIP, bem como o direito interno pode servir de prova para 2 existéncia de um costume internacional (Akehurst) ; ‘As normas internaciomais, ma st maioria, sio ditigidas wos Estados, pessoas internacionais assim sendo, todo 0 ordenamento juridico estata deve se conformar ao DI. Seria impossivel existirem, em okima andlise, duas ordens juridicas contraditorias¢ vilidas wo mesmo tempo. Seria near a unidade do Direito, E mais ainda uma ordem juridica € sempre superior 408 sujeitos de diveito, c “negar sua superioridade significa negar sta existéncia” (Michel Viral). Kaufman bem observa que € interior € uma vida exterior"; ele ordens’. Dents raciocinio, um Estado pode incorver e bilidade internacional mesmo quando. a violagio do DI_€ cometida por st ou sefa, & Constiigao. Neste sentido encontiamos ia jis ho caso George Pinson. ipio da responsabilidad scima enuunciado & consagrado pact ficamente quando a Constituicio wiéla um watado coneluido pelo Estado anterior a sua vigéneia ou quando # Carta Magna viola wm costume inter dracionsl, Tod oblema se complica quando um watade éconcluido ‘© mesind"Estado que possi uma vida “0 ponto de jungio entre as duas responsi (Preta setwrewor vo cpl referent esta conclusio pocemos assinsar que em todos os casos existe wa \primazia do DI, mesino naqueles em, que se admite a relevincia interna \ us

You might also like