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PORTARIA PRM/RP/TC/CD Nº- 29,DE 2 DE DEZEMBRO DE 2009
O Procurador da República em Ribeirão Preto ao final assinado,
usando das atribuições que lhes são conferidas pelo artigo 129, incisos
II e III, da Constituição Federal, e pelo artigo 7°, inciso I, da Lei
Complementar n° 75/93, regulamentado pela Resolução 87/06 do
Conselho Superior do Ministério Público Federal, e também pela
Resolução nº 23 do Conselho Nacional do Ministério Público e, ainda,
Considerando que é função institucional do Ministério Público Federal
a defesa do patrimônio público e social, da ordem jurídica e dos
interesses difusos e coletivos, na forma do disposto nos artigos 127 e
129, da Constituição Federal, e artigo 5º, incisos I e III, alínea "b", da
Lei Complementar n.º 75/93; Considerando que o Ministério Público
Federal tem legitimidade, portanto, para promover o Inquérito Civil e
a Ação Civil Pública para a proteção do patrimônio público e social e
outros interesses difusos, entre eles, o respeito aos princípios
constitucionais que regem a administração pública (artigo 129, inciso
III, da Constituição Federal, e artigo 5º, inciso I, alínea "h", da Lei
Complementar nº 75/93); Considerando que as Peças Informativas nº
1.34.010.000386/2009-43, oriundas de representação feita pelo
cidadão Leopoldo Paulino, foram instauradas com o escopo de apurar
eventual responsabilidade em ações repressivas no período da ditadura
em Ribeirão Preto/SP; Considerando, por fim, que diligências foram
feitas e que há imperiosa necessidade de continuação da averiguação
das irregularidades e conveniência de que a instrução se dê no bojo de
inquérito civil; resolve: (I) Instaurar, nos termos dos artigos 2º, caput,
inciso I, e 4º, caput, inciso II, da Resolução nº 87/2006 do Conselho
Superior do Ministério Público Federal e do art. 4º da Resolução nº 23
do Conselho Nacional do Ministério Público, o presente INQUÉRITO
CIVIL, a fim de se colherem maiores informações sobre eventual
responsabilidade em ações repressivas no período da ditadura
em Ribeirão Preto/SP; (II) Comunique-se a instauração deste
inquérito à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (art. 6º da
Resolução nº 87/2006 do CSMPF), remetendo-lhe cópia da respectiva
Portaria e solicitando a sua publicação na Imprensa Oficial; (III)
Determinar a realização das seguintes diligências preliminares: -diante
da urgência que o caso requer e em caráter excepcional, que essa
Assessoria promova as alterações necessárias no Sistema ARP, bem
como a substituição da etiqueta fixada à capa do feito, convertendo-o
em Inquérito Civil; -após, verificar eventuais pendências e se já
vieram as respostas a todos os expedientes remetidos; -realizar análise
minuciosa dos documentos amealhados, juntando- se posterior
relatório e abrindo-se conclusão; (IV) Determinar o prazo inicial de
um ano, a contar da presente data, para a finalização do presente
inquérito civil.

Ribeirão Preto, 02 de dezembro de 2009.


CARLOS ROBERTO DIOGO GARCIA
Procurador da República





 
 
  
EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DOUTORES PROCURADORES DA
REPÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

EUGÊNIA AUGUSTA GONZAGA FÁVERO

MARLON ALBERTO WEICHERT

LEOPOLDO PAULINO, brasileiro, casado, advogado, residente e


domiciliado na cidade de Ribeirão Preto, diretor do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos
do Estado São Paulo, vem, respeitosamente, expor e requerer o que abaixo segue:

- No dia 02 de fevereiro de 2008, o acaso me colocou frente a frente com o sargento Dílson, agente
da repressão durante a ditadura militar, episódio que relato na 7ª edição de meu livro “Tempo de
Resistência”, páginas 357/360, conforme cópia anexa;

- Conforme se pode observar no texto anexo, sargento Dílson participou da terrível repressão que
aconteceu no ano de 1969 em Ribeirão Preto, quando centenas de militantes foram presos e
barbaramente torturados;

- Segundo suas próprias palavras, Dílson foi deslocado depois para a região do Araguaia, onde
participou da repressão à guerrilha, repressão essa cuja ferocidade hoje o mundo inteiro conhece.

- Pelo exposto, vem requerer a Vossa Excelência seja investigada a atuação do sargento Dílson
nesses lamentáveis fatos da história de nosso país, sendo certo que os dados expostos no texto do
livro são suficientes para que aquele agente da repressão seja devidamente identificado e
responsabilizado por sua participação nas ações repressivas, sobretudo nesse momento em que se
desnudam os métodos utilizados pelas Forças Armadas brasileira naquele episódio.

Ribeirão Preto, 24 de junho de 2009.

LEOPOLDO PAULINO
Diretor do Fórum
dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos
do Estado São Paulo e Advogado
 
 
 
      

 

 
 

 





EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PROCURADOR DA REPÚBLICA NO


MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO, ESTADO DE SÃO PAULO – DR.
CARLOS ROBERTO DIOGO GARCIA.

P.I. nº 1.34.010.000386/2009-43

LEOPOLDO PAULINO, brasileiro, casado, advogado,


residente e domiciliado na cidade de Ribeirão Preto, diretor do Fórum dos Ex-Presos e
Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, vem, respeitosamente, anexar cópia das
páginas 148, 149 e 174 a 179, do livro “Tempo de Resistência”, cujo exemplar se
encontra anexo aos autos, onde está relatada a ação de policiais e militares que atuaram
na repressão e na tortura em Ribeirão Preto na época dos fatos, bem como a ação de
advogados que agiram como colaboradores dos órgãos repressivos.

P. Deferimento.

Ribeirão Preto, 15 de janeiro de 2010.

LEOPOLDO PAULINO
Diretor do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos
Políticos do Estado de São Paulo e Advogado


 
  









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