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Ano II • Nº 9 • Março 2000 • R$ 5,00

www.embalagemmarca.com.br

papelão rentabiliza colheita • aerossóis: perspectiva de crescimento


Carta do editor
O que é bom deve ser mostrado
O que di­fe­ren­cia as
o-bras de gran­des
mes­tres, como Goya, Da
men­to das embalagens,
tema da re­por­ta­gem de capa
des­ta edi­ção, de au­to­ria de
É uma das con­clu­sões a
que se che­ga ante os re­sul­
ta­dos de pes­qui­sa fei­ta pela
Vinci, Pi­cas­so, das te­las de Lean­dro Ha­ber­li. MA As­so­cia­dos com fre­
pin­to­res às vezes ta­len­to­sos, De que adian­ta uma in­dús­ qüen­ta­do­res de su­per­mer­
mas não ba­fe­ja­dos pela tria ado­tar o mais avan­ça­do ca­dos em Cam­pi­nas (SP),
ge­nia­li­da­de? A res­pos­ta cor­ sis­te­ma de fe­cha­men­to, a parcialmente re­pro­du­zi­da
re­ta mas in­com­ple­ta é: qua­ melhor tecnologia, se na nes­ta edi­ção.
li­da­de. A res­pos­ta cer­ta e pon­ta o com­pra­dor não vê Se­ria o caso de pen­sar em
com­ple­ta é: per­cep­ção da di­fe­ren­ça? Sim, com o tem­ for­mas de cha­mar a aten­
qua­li­da­de por parte de quem po os consumidores aca­ ção para as van­ta­gens ofe­
ob­ser­va. Sem isso, a Maja bam per­ce­ben­do as van­ta­ re­ci­das pe­las embalagens e
Des­nu­da, a San­ta Ceia e gens pro­pi­cia­das por no­vas seus com­ple­men­tos? Afi­
Guer­ni­ca não se­riam vistas tam­pas e novos se­los usa­ nal, su­pon­do-se que o ca­pi­
como obras-primas. dos nos produtos que con­ tal de giro ne­ces­sá­rio para
Tal­vez não fos­se ne­ces­sá­rio so­mem. Ocor­re que hoje con­so­li­dar lan­ça­men­tos
dra­ma­ti­zar des­sa forma, são tan­tas as ino­va­ções e as anda um tan­to es­cas­so, as
mas a compara­ção ilus­tra o al­ter­na­ti­vas em fe­cha­men­ em­pre­sas não têm con­di­
que acon­te­ce numa área de tos que os aper­fei­çoa­men­ ções de ban­car lon­gas
in­te­res­se mais di­re­to dos lei­ tos nem sem­pre são no­ta­ ma­tu­ra­ções. Até abril.
to­res de Emb ­ al­ ag
­ em­Mar­ dos pelo pú­bli­co com a
ca – os sis­te­mas de fe­cha­ ra­pi­dez que se­ria de­se­já­vel. Wilson Palhares
Espaço aberto
G os­tei mui­to da re­por­ta­gem so­bre
a nova em­ba­la­gem da Mi­lhe­na (pág.
lho ex­ce­len­te de vos­sa re­vis­ta é di­vul­
ga­do pelo EMDI, no meio do de­sign
44, fevereiro de 2000). Teria gos­ta­do da Fa­cul­da­de Es­tá­cio de Sá.
mui­to mais se o nome da mi­nha Ju­rair Ca­val­can­te
empresa es­ti­ves­se es­cri­to cor­re­ta­men­ EMDI
te. O cor­re­to é Ri­ge­sa Wes­tva­co. Uni­ver­si­da­de Es­tá­cio de Sá
Ro­nald Sa­si­ne Rio de Ja­nei­ro – RJ
Ge­ren­te de Marketing Cor­po­ra­ti­vo
Ri­ge­sa Wes­tva­co
Va­li­nhos – SP
P a­ra­be­ni­zo os edi­to­res e fun­cio­ná­
rios que fa­zem com es­ta re­vis­ta uma

G ostaria de conhecer o pro­ces­so


ver­da­dei­ra re­vo­lu­ção no meio da pro­
pa­gan­da e do mar­ke­ting. Ideal para

O anún­cio da Pac­king vei­cu­la­do


na edi­ção de fevereiro, di­vul­gan­do
de fa­bri­ca­ção de embalagens de água
mi­ne­ral, desde a ma­té­ria-pri­ma até o
pro­du­to final.
pro­fis­sio­nais e es­tu­dan­tes, com sua
lin­gua­gem cla­ra e ob­je­ti­va,
Achi­les Ba­tis­ta Fer­rei­ra Ju­nior
nosso site, fez com que o nú­me­ro de Thais Cou­to Bo­na­gu­ra As­ses­sor de Marketing
vi­si­tan­tes cres­ces­se mais de 30%. Al­pha­vil­le/Ba­rue­ri – SP As­sem­bléia Le­gis­la­ti­va, Paraná
Acre­di­to que esta in­for­ma­ção seja útil Cu­ri­ti­ba – PR
para vo­cês, pois de­mons­tra que a
re­vis­ta tem um gran­de po­ten­cial como
mí­dia es­pe­cia­li­za­da que real­men­te
N.R. - es­ta­mos pre­pa­ran­do re­por­ta­
gem so­bre o as­sun­to, que será pu­bli­
ca­da nas pró­xi­mas edi­ções de Em­ba­
T ive a opor­tu­ni­da­de de co­nhe­cer a
re­vis­ta Em­ba­la­gem­Mar­ca e gos­ta­ria
fun­cio­na. Te­mos um pro­gra­ma que ­ em­Marc
lag ­ a. de pa­ra­be­ni­zar a ini­cia­ti­va pela pu­bli­
con­tro­la as es­ta­tís­ti­cas de aces­so ao ca­ção de mui­to bom gos­to.
site e tam­bém re­gis­tros pre­ci­sos mês
a mês dos dois úl­ti­mos anos e pos­so
con­fir­mar o que es­tou di­zen­do. Nos­
E s­ta­re­mos re­ce­ben­do a Co­mis­são
do Mec para o Cur­so de Design Grá­
Bru­no Por­to
Por­to+Mar­ti­nez de­signS­tu­dio
Rio de Ja­nei­ro – RJ
sos aces­sos su­bi­ram mais de 30% em
fe­ve­rei­ro, e o anún­cio foi a úni­ca ação
de co­mu­ni­ca­ção que fi­ze­mos.
fi­co, ha­bi­li­ta­ção em Pro­pa­gan­da e
Marketing, e gos­ta­ría­mos de apre­sen­
tar EmbalagemMarca como bi­blio­
P arabéns pelos as­sun­tos abor­da­dos
por Em­ba­la­gem­Mar­ca. Além de
Fa­bio Mes­tri­ner gra­fia bá­si­ca do cur­so, por isso pre­ci­ tra­ba­lhar na Al­can, curso de­sign de
Pac­king Design de Em­ba­la­gem sa­mos ter a re­vis­ta em mãos. em­ba­la­gem na Anhem­bi Mo­rum­bi, e
São Pau­lo – SP Cé­lia Ge­rhard Bre­der a re­vis­ta me aju­da em mui­ta coi­sa.

Q ue­re­mos pa­ra­be­ni­zá-los pela


ex­ce­len­te re­vis­ta que vo­cês es­tão edi­
Es­co­la Su­pe­rior de
Pro­pa­gan­da e Marketing
Rio de Ja­nei­ro – RJ
Ju­lia­ne Abrão Ba­ron­to C. Wil­mers
Ana­lis­ta de arte
Al­can Alu­mí­nio do Bra­sil Ltda
tan­do e de­se­jar-lhes mui­to su­ces­so. Mauá – SP
Wil­liam Pi­ro­va­ni San­che
Ita­pe­mi­rim Car­gas
São Pau­lo – SP
A gra­deço o en­vio da re­vis­ta Em­ba­
la­gemMar­ca para a Na­tu­res. A pub­
P ara nós da área de embalagem, o
site de EmbalagemMarca é uma

E x­ce­len­te con­teú­do e forma. Em­ba­


la­gemMar­ca real­men­te mar­cou o
licação será mui­to útil e de gran­de
va­lia para esta empresa.
Os­wal­do D`An­dréa Neto
ótima forma de começar o dia.
Dinah Portaes Pendergast
Campinas – SP
mun­do da em­ba­la­gem no país. A pro­ En­ge­nhei­ro de Alimentos
Mensagens para EmbalagemMarca
fun­di­da­de com que os as­sun­tos, às Na­tu­res Alimentos Na­tu­rais
Redação: Rua Arcílio Martins, 53
vezes até ári­dos, são tra­ta­dos é per­fei­ Su­per­ge­la­dos S.A
CEP 04718-040 • São Paulo, SP
ta, e a lei­tu­ra se torna leve. Bom, bom São Pau­lo – SP

E
Tel: (11) 5181-6533
mesmo. Es­pe­ra­mos continuar con­tan­ Fax: (11) 5182-9463
do com o pri­vi­lé­gio de re­ce­ber tão s­tou re­ce­ben­do Em­ba­la­gem­Mar­
redacao@embalagemmarca.com.br
im­por­tan­te meio de co­mu­ni­ca­ção do ca e fi­quei im­pres­sio­na­do com a qua­
se­tor de em­ba­la­gem. Pa­ra­béns! li­da­de da re­vis­ta. Pa­ra­béns pela óti­ma As men­sa­gens re­ce­bi­das por car­ta,
Ma­ria Apa­re­ci­da Car­va­lho pu­bli­ca­ção. Mui­to obri­ga­do. e-mail ou fax po­de­rão ter tre­chos não
São Paulo – SP Elias de Car­va­lho Sil­vei­ra es­sen­ciais eli­mi­na­dos, em fun­ção do

P ara­béns pela óti­ma pu­bli­ca­ção!


Uni­ver­si­da­de Es­ta­dual Pau­lis­ta
Bau­ru – SP
es­pa­ço dis­po­ní­vel, de modo a dar o
maior nú­me­ro pos­­sí­vel de opor­­tu­ni­da­

G
Ana Ce­cí­lia Bas­tos V. de Al­mei­da des aos lei­to­res. As men­sa­gens po­de­rão
Com­pa­nhia Si­de­rúr­gi­ca Na­cio­nal os­ta­ria de pa­ra­be­ni­zá-los pela tam­­bém ser in­se­ri­das no site da revista
(www.embalagemmarca.com.br).
Rio de Ja­nei­ro – RJ edi­ção de janeiro da re­vis­ta. O tra­ba­

4 – embalagemmarca • mar 2000


março 2000
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

8
EN­TRE­VIS­TA: Reportagem
AN­TO­NIO KRIE­GEL redacao@embalagemmarca.com.br
Di­re­tor da ca­te­go­ria
de sa­bões em pó da Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
Gessy Le­ver fala da Guilherme Kamio
guer­ra en­tre Omo e Ariel AE­ROS­SÓIS guma@embalagemmarca.com.br

28
Fun­cio­na­li­da­de e bons Leandro Haberli
re­sul­ta­dos grá­fi­cos leandro@embalagemmarca.com.br
Thays Freitas
fa­zem se­tor pre­ver thays@embalagemmarca.com.br
crescimento
Colaboradores
Adélia Borges, Fernando Barros,
Josué Machado, Luiz Antonio Maciel

Diretor de Arte

12
CAPA Carlos Gustavo Curado
Mul­ti­pli­cam-se as
Administração
op­ções em fe­cha­men­tos Marcos F. Palhares (Diretor)
à dis­po­si­ção das Eunice Fruet (Financeiro)

32
in­dús­trias usuá­rias LO­GÍS­TI­CA
Com a ex­plo­são do Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
e-bu­si­ness cres­ce Wagner Ferreira
o nú­me­ro de por­tais
Circulação e Assinaturas
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Cesar Torres

Público-Alvo
Em­ba­la­gem­Mar­ca é di­ri­gi­da a pro­fis­sio­nais que
ocu­pam car­gos téc­ni­cos, de di­re­ção, ge­rên­cia
e su­per­vi­são em em­pre­sas for­ne­ce­do­ras, con­
ver­te­do­ras e usuá­rias de em­ba­la­gens para
alimentos, be­bi­das, cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­
COMPLEMENTOS

22
tos, ma­te­riais de lim­pe­za e home ser­vi­ce, bem

35
Gan­chos plás­ti­cos CER­VE­JAS como pres­ta­do­res de ser­vi­ços re­la­cio­na­dos
com a ca­deia de em­ba­la­gem. A re­vis­ta é dis­
para me­lho­rar a Cer­ve­ja­rias usam tri­buí­da gra­tui­ta­men­te a ór­gãos go­ver­na­men­
ex­po­si­ção do pro­du­to em­ba­la­gem para tais, uni­ver­si­da­des, cen­tros de pes­qui­sa, as­so­
no pon­to-de-ven­da bri­gar por mercado cia­ções, im­pren­sa e agên­cias de propaganda.

Fotolito e Impressão

38
HOR­TI­GRANJEIROS CO­DI­FI­CA­DO­RAS

24
Novo Fotolito Editora Gráfica
Cai­xas de pa­pe­lão Fer­ra­men­tas cen­tra­li­zam
aju­dam a di­mi­nuir con­tro­le das im­pres­so­ras Tiragem
os des­per­dí­cios e fa­ci­li­tam a vida 6 500 exemplares
dos usuá­rios EmbalagemMarca
é uma publicação mensal da
E MAIS Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
Carta do Editor ......................... 3 Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
FOTO de capa: andré godoy

Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463


ESPAÇO ABERTO ........................... 4
CAFÉ ..............................................34
www.embalagemmarca.com.br
MATERIAIS .................................... 28 O con­teú­do edi­to­rial de Em­ba­la­gem­Mar­ca é
res­guar­da­do por di­rei­tos au­to­rais. Não é per­
DISPLAY ........................................ 40 mi­ti­da a re­pro­du­ção de ma­té­rias edi­to­riais
EVENTOS ...................................... 48 pu­bli­ca­das nes­ta re­vis­ta sem au­to­ri­za­ção da
Blo­co de Co­mu­ni­ca­ção Ltda. Opi­niões ex­pres­
COMO ENCONTRAR .................... 49 sas em ma­té­rias as­si­na­das não re­fle­tem
ALMANAQUE ................................ 50 ne­ces­sa­ria­man­te a opi­nião da re­vis­ta.
ENTREVISTA

“A marca Omo só pode evoluir” tro da es­tra­té­gia da empresa de


tor­nar o pro­du­to a prin­ci­pal re­fe­
rên­cia para os consumidores de
sa­bão em pó (ver Emb ­ al­ ag
­ emMar­
ca nº 2). O cer­to é que, segundo
con­se­cu­ti­vas edi­ções da pes­qui­sa
Top of Mind do jor­nal Fo­lha de S.
Pau­lo, Omo é a pri­mei­ra mar­ca
de pro­du­to que vem à ca­be­ça dos
bra­si­lei­ros.
No entanto, há pou­co me­nos de
um ano, de­pois de con­so­li­dar a
ca­be­ça-de-pon­te que abri­ra em
1997 no Sul do país, a nor­te-ame­
ri­ca­na Proc­ter & Gam­ble en­trou
com for­ça total na luta para le­var
sua mar­ca Ariel, que a empresa
de­no­mi­na “nº 1 mun­dial”, a todo
o ter­ri­tó­rio na­cio­nal. É uma guer­
ra na qual os investimentos em
pes­qui­sa, mar­ke­ting e embala­
gens são con­ta­dos em al­gu­mas
cen­te­nas de milhões de dó­la­res.
Con­fir­man­do o fato de que a mar­
ca e a em­ba­la­gem ga­nham cres­
cen­te im­por­tân­cia na luta pela
divulgação

con­quis­ta do con­su­mi­dor, é in­te­

P
res­san­te ob­ser­var quan­to se agi­
tou esse cam­po nos úl­ti­mos
ri­mei­ro de­ter­gen­te em pó me­ses. Nes­ta en­tre­vis­ta, o di­re­tor
ANTONIO KRIEGEL, a che­gar ao Bra­sil, em da ca­te­go­ria de sa­bões em pó da
diretor da categoria 1953, Omo, da Gessy Gessy Le­ver, An­to­nio Krie­gel,
Le­ver, sub­si­diá­ria bra­si­ con­ta o que a empresa, dona de
de sabões em pó da lei­ra da mul­ti­na­cio­nal qua­se 80% do mercado no seg­
Gessy Lever, in­gle­sa Uni­le­ver, sem­pre mento, vem fa­zen­do para im­pe­dir
en­fren­tou com re­la­ti­va tran­qüi­li­ que sua ar­quir­ri­val mun­dial ga­nhe
conta como a marca da­de a con­cor­rên­cia em seu seg­ – em seu pre­juí­zo – es­pa­ço no
Omo enfrentará a mento. Ob­via­men­te, ja­mais as Bra­sil.
mar­cas con­cor­ren­tes, lan­ça­das
concorrência do Ariel: mui­tas vezes por em­pre­sas mul­ti­ Há 40 anos Omo é lí­der em
apostando em seu na­cio­nais tão po­de­ro­sas quan­to a sa­bões em pó no Bra­sil, e por
Uni­le­ver, fo­ram tra­ta­das com in­di­ al­guns anos tem se des­ta­ca­do
forte recall e no esfor- fe­ren­ça. como lí­der em pes­qui­sas de re­cor­
ço da empresa para A mar­ca Omo e seu su­por­te bá­si­ da­ção de mar­ca. Qual é o fu­tu­ro
co, a em­ba­la­gem, sem­pre fo­ram da mar­ca?
atualizar sempre sua trabalha­dos com gran­de aten­ção Acho que a evo­lu­ção da mar­ca já
pela Gessy Le­ver, e por isso atin­giu tal ní­vel de re­cor­da­ção
compreensão
mu­da­ram sem­pre, sem per­der as es­pon­tâ­nea e de ima­gem que só
do consumidor ca­rac­te­rís­ti­cas fun­da­men­tais, den­ tende a evo­luir. Um as­pec­to

8 – embalagemmarca •
im­por­tan­te é o que diz res­pei­to a fi­ze­mos, que é es­tar pró­xi­mo ao mos a em­ba­la­gem no sen­ti­do mais
como evo­lui o con­su­mi­dor. Nos­so con­su­mi­dor, en­ten­dê-lo bem, não am­plo, não so­men­te em suas fun­
gran­de de­sa­fio é fazer a mar­ca dei­xar es­pa­ço para a con­cor­rên­ ções bá­si­cas de pro­te­ção e trans­
es­tar sem­pre pró­xi­ma do con­su­ cia. por­te, mas tam­bém bus­can­do ino­
mi­dor, em qual­quer ní­vel de evo­ va­ções que cau­sem im­pac­to no
lu­ção em que ele es­te­ja. Por isso, Con­cre­ta­men­te, como? pon­to-de-ven­da e no uso.
nos­sa gran­de preo­cu­pa­ção é in­ves­ A con­cor­rên­cia veio com a em­ba­
tir mui­to no en­ten­di­men­to do con­ la­gem la­mi­na­da. Num pri­mei­ro A co­mu­ni­ca­ção de Ariel dá ên­fa­se
su­mi­dor. In­ves­ti­mos qua­se 10 mo­men­to, tí­nha­mos di­fi­cul­da­de ao de­sem­pe­nho su­pos­ta­men­te
milhões de reais por ano em pes­ de co­lo­car embalagens la­mi­na­ su­pe­rior do pro­du­to. . .


qui­sas para en­ten­der para onde das, por­que a ve­lo­ci­da­de das nos­ Na con­cor­rên­cia di­re­ta con­tra o
vai o mercado. Pes­qui­sa­mos tam­ sas li­nhas é mui­to alta. Para dar nos­so com­pe­ti­dor, bus­ca­mos sem­
bém a fim de ter sem­pre um pro­ pre ter o me­lhor pro­du­to pos­sí­vel.
du­to atua­li­za­do, tan­to tec­ni­ca­ Ago­ra, por exem­plo, aca­ba­mos de
men­te quan­to emo­cio­nal­men­te, A grande de­sen­vol­ver uma nova tec­no­lo­gia
por­que a re­la­ção de Omo com a diferença entre nós e que nos per­mi­tiu ba­ter to­dos os
con­su­mi­do­ra é mui­to emo­cio­nal, nos­sos con­cor­ren­tes, in­clu­si­ve no
não é uma re­la­ção fria. Para nós, é os concorrentes é que que diz res­pei­to à re­mo­ção de
mui­to im­por­tan­te en­ten­der que eles vêm com a man­chas, ter­re­no em que so­mos
pon­tos emo­cio­nais es­tão na moda, su­pe­rio­res. Essa tec­no­lo­gia foi
por exem­plo. A mar­ca Omo tem proposição de ser ino- de­sen­vol­vi­da em nos­so Cen­tro de
47 anos de Bra­sil, qua­se 90 anos Ino­va­ção Re­gio­nal, no qual tra­ba­
vadores, com apelos
no mun­do, e pre­ci­sa fi­car sem­pre lham cer­ca de 100 pes­soas e no
per­to do con­su­mi­dor, aten­den­do de marketing. qual in­ves­ti­mos uns 100 milhões
suas ne­ces­si­da­des e evo­luin­do. de reais por ano.
Amostragem nós fize-
No Bra­sil, Omo en­fren­ta hoje a mos em 1942, não A con­cor­rên­cia, po­rém, bate forte


con­cor­rên­cia de uma mar­ca forte, com a ex­per­ti­se de “nº 1 mun­
Ariel, que en­trou no mercado las­
vamos fazer seis dial”. . .
trea­da pela li­de­ran­ça que de­tém décadas depois . O de­sen­vol­vi­men­to de que falo
em ou­tros paí­ses, em al­guns dos foi lan­ça­do no Omo Pro­gress em
quais é lí­der de ven­das. A mar­ca ou­tu­bro aqui no país e ago­ra está
uti­li­za uma co­mu­ni­ca­ção agres­si­ uma idéia, nos­sa uni­da­de de sen­do ex­pan­di­do para mais de
va, com al­guns aden­dos ins­ti­gan­ In­daia­tu­ba (SP) é a fá­bri­ca de ses­sen­ta paí­ses. É o Bra­sil ex­por­
tes, ape­los emo­cio­nais. Um de­les maior pro­du­ção de de­ter­gen­te no tan­do tec­no­lo­gia. A gran­de di­fe­
está na pró­pria em­ba­la­gem, que é mun­do. Pro­du­zi­mos mais de 50 ren­ça en­tre nós e os con­cor­ren­tes
me­ta­li­za­da, com la­mi­na­dos de 000 to­ne­la­das de Omo por mês. é que, mui­tas vezes, eles vêm
pro­te­ção con­tra umi­da­de. De que Em ter­mos de em­ba­la­gem isso com a pro­po­si­ção de ser ino­va­do­
ma­nei­ra Omo en­fren­ta­rá isso? sig­ni­fi­ca 50 milhões de uni­da­des res, com al­guns ape­los de mar­ke­
Essa con­cor­rên­cia para nós não de 1 qui­lo. Ou seja, nos­sos vo­lu­ ting ou de co­mu­ni­ca­ção. Acon­te­
é no­vi­da­de. Con­cor­re­mos com mes de pro­du­ção são mui­to gran­ ce que nós es­ta­mos aqui há
Ariel na Eu­ro­pa, nos Es­ta­dos Uni­ des. Mas ime­dia­ta­men­te, no cinqüenta anos. Amos­tra­gem fi­ze­
dos, em uma sé­rie de ou­tros lo­cais. mo­men­to em que a con­cor­rên­cia mos em 1942, não va­mos fazer
A con­cor­rên­cia é sa­dia, vai es­ti­ co­lo­cou essa em­ba­la­gem à dis­po­ seis dé­ca­das de­pois. Todo mun­do
mu­lar mui­to o con­su­mo per ca­pi­ta si­ção do con­su­mi­dor, tam­bém já co­nhe­ce Omo, todo mun­do
de de­ter­gen­te no país, que ainda é co­lo­ca­mos, com Omo Pro­gress e vi­veu Omo, ex­pe­ri­men­tou Omo, a
baixo, de cer­ca de 3,5 qui­los por Omo Má­qui­na. Es­ta­mos sem­pre mãe usou, a fi­lha usa. Assim, o
pes­soa, enquanto nos paí­ses mais bus­can­do ino­va­ções na em­ba­la­ mar­ke­ting que te­mos de fazer
de­sen­vol­vi­dos che­ga a até 8 qui­ gem. Ago­ra mesmo de­sen­vol­ve­ com Omo é di­fe­ren­te, é mos­trar
los por pes­soa. Acre­di­to que isso mos um “por­ta-Omo”. Tra­ta-se de quão per­to está do con­su­mi­dor.
vai de­sen­vol­ver o mercado, que um pro­te­tor da cai­xa, que pro­te­ge Essa é a nos­sa es­tra­té­gia. Te­mos a
tem mui­to po­ten­cial. Com re­la­ção con­tra a umi­da­de e ainda per­mi­te mar­ca lí­der de mercado, Omo; a
a Omo, va­mos fazer o que sem­pre a do­sa­gem e o fe­cha­men­to. Usa­ se­gun­da, Bri­lhan­te; e a ter­cei­ra,

mar 2000 • embalagemmarca – 9


Mi­ner­va. Ariel é hoje a quar­ta de­sin­fe­tan­tes e pu­ri­fi­ca­do­res de ar. in­tro­du­zi­do com uma pro­pos­ta de
mar­ca do mercado. Seus fa­bri­can­ No caso de Bri­lhan­te, há três anos aten­der à ne­ces­si­da­de es­pe­cí­fi­ca
tes ainda têm de tra­ba­lhar mui­to iden­ti­fi­ca­mos uma ne­ces­si­da­de do consumidor de bai­xa ren­da.
para po­der ser con­si­de­ra­dos um mui­to gran­de: exis­tia Omo, como Hoje, Ala tem 22% do mercado no
com­pe­ti­dor gran­de. Eles são gran­ pro­du­to pre­mium, mar­cas ba­ra­tas, Nor­des­te.
des mun­dial­men­te, mas no Bra­sil como Cam­pei­ro, que é nos­sa, Pop
ainda es­tão mui­to aquém do que etc.; ha­via a ne­ces­si­da­de de se Além do pre­ço baixo essa em­ba­la­
es­pe­ra­vam. Quan­do a Proc­ter criar um segmento in­ter­me­diá­rio. gem, que aliás está sen­do uti­li­za­
com­prou o ne­gó­cio de de­ter­gen­tes To­ma­mos en­tão a de­ci­são de lan­ da no Su­des­te e no Sul, pela Proc­
da Bom­bril, ti­nha uma par­ti­ci­pa­ çar Bri­lhan­te. Foi lan­ça­do no Rio ter & Gam­ble, com as mar­cas
ção de mercado de 14,6%. Fe­cha­ de Ja­nei­ro e an­dou mui­to bem, Ariel e Ace, tem al­guns atri­bu­tos


ram o ano de 1999 com 13,5%. tan­to que hoje tem 20% de par­ti­ci­ in­te­res­san­tes. Ela poderá vir a
Nem re­cu­pe­rar a par­ti­ci­pa­ção de pa­ção no mercado do Rio. De­pois subs­ti­tuir os car­tu­chos?
mercado que a Bom­bril ti­nha con­ Es­ta­mos ex­pan­din­do a pre­sen­ça
se­gui­ram ainda. Con­cluo que a Lançamos a da mar­ca Ala, lan­çan­do-a ago­ra
Bom­bril era um con­cor­ren­te mais em Belo Ho­ri­zon­te e de­pois em
embalagem plástica
di­fí­cil. ou­tras áreas em que o con­tin­gen­te
no Nordeste, com a de consumidores de bai­xa ren­da é
O se­nhor ci­tou as mar­cas Mi­ner­ sig­ni­fi­ca­ti­vo. O con­su­mi­dor de
marca Ala, porque seu
va e Bri­lhan­te. Pode-se de­du­zir Ala ainda lava rou­pa à mão, até na
que a empresa tra­ba­lha com uma consumidor ainda lava bei­ra do rio. Por isso op­ta­mos pela
mar­ca guar­da-chu­va, com va­rian­ em­ba­la­gem plás­ti­ca em vez do
tes, como Omo Pro­gress e Omo
muita roupa à mão, car­tu­cho. No caso de nos­sa linha
Lí­qui­do, para am­pliar es­pa­ço e até na beira do rio. su­pe­rior, tra­ba­lha­mos com o car­
re­for­çar a li­de­ran­ça? Se for tu­cho, por­que é mais prá­ti­co e
mesmo essa a es­tra­té­gia, qual a Outras tentativas não por­que a dona-de-casa já está
mis­são das ou­tras mar­cas? deram certo. Para a acos­tu­ma­da com ele. Fora Bri­


Te­mos a mar­ca que cha­ma­mos de lhan­te e Ala, to­das as ten­ta­ti­vas de
mar­ca de top per­for­man­ce, de per­ consumidora, produto lan­çar embalagens plás­ti­cas não
for­man­ce su­pe­rior, que é Omo. premium vem de­ram cer­to. Nos­so con­cor­ren­te já
Nos­sa es­tra­té­gia de va­rian­tes é ter lan­çou car­tu­cho e saco plás­ti­co, e
um Omo para cada ne­ces­si­da­de em cartucho o saco plás­ti­co não pe­gou. A con­
do con­su­mi­dor que exi­ge per­for­ su­mi­do­ra de­fi­niu na ca­be­ça dela
man­ce su­pe­rior. Sem­pre ti­ve­mos ex­pan­di­mos para o Bra­sil, che­gan­ que pro­du­to pre­mium vem em
essa es­tra­té­gia. De­pois te­mos do a ter 13,6% do mercado, ocu­ car­tu­cho. Ela não acei­ta que pro­
Mi­ner­va, que tra­ba­lha num seg­ pan­do a fai­xa in­ter­me­diá­ria, ou du­to com uma re­la­ção de valor um
mento es­pe­cí­fi­co, o de de­ter­gen­ seja, dan­do mais uma op­ção para pou­co mais fa­vo­rá­vel ve­nha em
tes com ama­cian­tes. o con­su­mi­dor. Assim, a con­su­mi­ saco plás­ti­co.
do­ra tem as op­ções de be­ne­fí­cio
Essa sin­to­nia com o con­su­mi­dor da linha Omo, com per­for­man­ce Essa é uma ten­dên­cia de uso de
pa­re­ce es­tar in­fluin­do na seg­men­ su­pe­rior, e de Bri­lhan­te, como em­ba­la­gem que ocor­re só no Bra­
ta­ção e tam­bém em mu­dan­ças das al­ter­na­ti­va de pro­du­to bom, fo­ca­ sil ou é mun­dial? Aliás, em quan­
embalagens. Nota-se, por exem­ do em bran­cu­ra, que é um be­ne­fí­ tos paí­ses a mar­ca Omo está pre­
plo, que vá­rias mar­cas da Gessy cio que a mu­lher quer, mas a um sen­te?
es­tão usan­do cai­xas de pa­pel-car­ pre­ço mais aces­sí­vel. Bri­lhan­te é O pro­du­to está pre­sen­te em mais
tão me­ta­li­za­das. ven­di­do a 90% do pre­ço de Omo. de ses­sen­ta paí­ses. Mas um fato
É ver­da­de. Em Mi­ner­va ti­ve­mos Nós tra­ba­lha­mos com uma es­tra­té­ im­por­tan­te é que não te­mos mar­
uma ino­va­ção este ano, que foi a gia de port­fó­lio, ou seja, cada cas mun­diais. Por exem­plo, Omo
em­ba­la­gem la­mi­na­da e uma nova segmento está sen­do preen­chi­do, no Bra­sil tem o mesmo po­si­cio­na­
ver­são de per­fu­me. Foi o pri­mei­ro como mos­tra nos­sa ex­pe­riên­cia no men­to que Skip na Argentina, Surf
de­ter­gen­te a uti­li­zar no Bra­sil uma Nor­des­te com Ala. Esse foi o pri­ na Ale­ma­nha e na Áfri­ca do Sul e
es­tra­té­gia de per­fu­me, usual em mei­ro sa­bão em pó em saco plás­ti­ Pen­sil na In­gla­ter­ra. É o mesmo
ou­tras li­nhas de produtos, como co no Bra­sil, o pri­mei­ro a ser po­si­cio­na­men­to, a mes­ma for­mu­

10 – embalagemmarca • mar 2000


la­ção, o mesmo tipo de cam­pa­nha a im­por­tân­cia do im­pac­to visual as ven­das por esse ca­nal, e al­gu­
de pro­pa­gan­da, só a mar­ca é di­fe­ da em­ba­la­gem. É ele que pas­sa a mas re­des in­ves­tem cada vez mais
ren­te. Num de­ter­mi­na­do mo­men­ idéia de per­for­man­ce do pro­du­ nele.
to a Uni­le­ver pas­sou a tra­ba­lhar o to, as ca­rac­te­rís­ti­cas da mar­ca e Al­guns de nos­sos clien­tes já têm
que cha­ma­mos de glo­bal mul­ti­lo­ mui­tos dos va­lo­res que o con­su­ pro­gra­ma de ven­das por In­ter­net
cal. Usa-se o apren­di­za­do glo­bal, mi­dor re­co­nhe­ce nela e com os e en­tre­ga das com­pras na casa do
mas apli­ca-se lo­cal­men­te, de­pen­ quais se iden­ti­fi­ca. A In­ter­net é con­su­mi­dor, e nós es­ta­mos tra­ba­
den­do da me­lhor ade­qua­ção para uma nova mí­dia que vai im­pac­ lhan­do mui­to com eles para via­
o con­su­mi­dor. tar mui­to a vida do con­su­mi­dor, bi­li­zar isso. Por ou­tro lado, es­ta­
mas é ape­nas mais uma mí­dia. mos tra­ba­lhan­do a In­ter­net como


Já vi­mos que, no caso, o con­su­ Eu não sou tão ve­lho, mas lem­ um ca­nal de es­trei­ta in­te­ra­ção
mi­dor de sa­bão em pó pa­re­ce bro-me que quan­do sur­giu a te­le­ com o con­su­mi­dor. Te­mos al­guns
que­rer embalagens mais in­cre­ pro­je­tos em an­da­men­to, tan­to no
men­ta­das. O car­tão la­mi­na­do, Bra­sil como no mun­do, e va­mos
re­ves­ti­do com po­liés­ter e me­ta­li­ A Internet é bus­car for­mas para che­gar cada
za­do en­ca­re­ce mui­to o pro­du­to? uma nova mídia vez mais per­to do nos­so con­su­
En­ca­re­ce bas­tan­te. Para dar uma mi­dor. Mas acre­di­to que a em­ba­
idéia, o la­mi­na­do cus­ta o dobro que vai afetar muito o la­gem no pon­to-de-ven­da vai
de um car­tu­cho nor­mal. Ob­via­ consumidor, mas é continuar exis­tin­do por mui­to
men­te, es­ta­mos tra­ba­lhan­do bas­ tem­po, até por­que faz parte dos
tan­te e de­sen­vol­ven­do al­ter­na­ti­ apenas uma nova há­bi­tos do con­su­mi­dor ir ao
vas de ver­ni­zes e de no­vas embal­ mídia. A embalagem su­per­mer­ca­do. Isso de­mo­ra um
agens, para não dei­xar pos­si­bi­li­ pou­co para mu­dar.
da­des para a con­cor­rên­cia fazer no ponto-de-venda
nada an­tes de nós. Omo é o pri­ Se­ria in­te­res­san­te ten­tar pin­tar
continuará existindo
mei­ro e vai se­guir sen­do o pri­ um qua­dro de como será essa
mei­ro. Va­mos bus­car de to­das as por muito tempo, até mu­dan­ça. O se­nhor quer ten­tar?


for­mas in­cor­po­rar as van­ta­gens A In­t er­n et, sem dú­v i­d a, é char­
tec­no­ló­gi­cas que pos­sam exis­tir
porque faz parte dos me e, quem sabe, vai até au­m en­
para a mar­ca. hábitos ir ao . tar a im­p or­t ân­c ia da em­b a­l a­
gem. No fun­d o, a In­t er­n et, o
O se­nhor diz que a Gessy Le­ver
supermercado . com­p u­t a­d or, é um re­c ur­s o
pro­cu­ra es­tar sem­pre sin­to­ni­za­da au­d io­v i­s ual. Se an­t i­g a­m en­t e se
com o sen­ti­men­to, com a emo­ção, vi­são, prin­ci­pal­men­te a co­res, mos­t ra­v a o produto e se con­
com o com­por­ta­men­to do con­su­ di­zia-se que o rá­dio iria aca­bar. ven­c ia as pes­s oas a com­p rá-lo,
mi­dor. O que se per­ce­be é que O rá­dio per­deu re­la­ti­va im­por­ uti­l i­z an­d o um anún­c io em bran­
deverá cres­cer enor­me­men­te a tân­cia, mas con­ti­nua mui­to bem. co e pre­t o em Se­l e­ç ões do Rea­
for­ça das ven­das pela In­ter­net. Acho que vai exis­tir uma di­fe­ der’s Di­g est, po­d e­r e­m os a qual­
Isso poderá mu­dar de al­gu­ma ren­ça mui­to gran­de de re­la­ção quer hora ter uma tela tri­d i­m en­
forma a re­la­ção do con­su­mi­dor en­tre o con­su­mi­dor e o fa­bri­can­ sio­n al co­l o­r i­d a, onde po­d e­r ão
com o pro­du­to em si? Qual a for­ te através da In­ter­net, e isso vai ser ma­x i­m i­z a­d os to­d os os be­n e­
ça de uma em­ba­la­gem quan­do a des­de pro­gra­mas de fi­de­li­za­ção fí­c ios da em­b a­l a­g em. No co­m e­
com­pra é fei­ta por com­pu­ta­dor? até di­fe­ren­tes ti­pos de pro­pa­gan­ ço des­t a en­t re­v is­t a fa­l a­m os em
Uma em­ba­la­gem bri­lhan­te, uma da. Mas acho que vai ser mui­to aro­m a, em estratégia de per­
em­ba­la­gem com re­le­vo, o aro­ma mais di­fí­cil as com­pras pela fume. Quem sabe um dia, como
do pro­du­to fun­cio­nam mui­to bem In­ter­net afe­ta­rem ex­pres­si­va­ hoje nós te­m os a câ­m a­r a mos­
numa gôn­do­la de su­per­mer­ca­do. men­te o segmento dos sa­bões em tran­d o a ima­g em dos produtos,
Numa tela de com­pu­ta­dor não pó, por­que o valor agre­ga­do des­ ape­l an­d o para a vi­s ão, te­r e­m os
vai fun­cio­nar des­sa ma­nei­ra. ses produtos é mui­to baixo. con­d i­ç ões de ex­p lo­r ar ou­t ros
Como isso está sen­do vis­to es­pe­ En­tre­gar por­ta-a-por­ta um pro­ sen­t i­d os den­t ro da In­t er­n et,
ci­fi­ca­men­te para sa­bão em pó? du­to que vale 3 ou 4 reais é mui­ como o olfato. Não sei, va­m os
O valor da em­ba­la­gem nun­ca vai to com­pli­ca­do. ver. É di­f í­c il pre­v er o fu­t u­r o.
ser mi­ni­mi­za­do, nem se per­de­rá No entanto, não são des­pre­zí­veis Mas tudo pode acon­t e­c er.

mar 2000 • embalagemmarca – 11


CAPA

As es­tre­las
da em­ba­la­gem
Sis­te­mas de fe­cha­men­to devem ser efi­ca­zes, con­ve­nien­tes,
prá­ti­cos e atraentes. Assim, o consumidor repara no produto

u
Leandro Haberli

m bom sis­te­ma de fe­cha­ A re­vis­ta apre­sen­ta tam­bém, em pri­


men­to é igual ao juiz de mei­ra mão, re­sul­ta­dos de pes­qui­sa
fu­te­bol: quan­do é efi­cien­ rea­li­za­da pela MA As­so­cia­dos Pes­
te nin­guém re­pa­ra nele. qui­sa e Pla­ne­ja­men­to Es­tra­té­gi­co de
Mas, em negócios, é pre­ci­so es­tar Mer­ca­do, de Cam­pi­nas (SP), so­bre
aten­to a esse com­ple­men­to in­dis­ como os consumidores per­ce­bem
pen­sá­vel da em­ba­la­gem, pois se um di­fe­ren­tes ti­pos de fe­cha­men­to de
pro­du­to con­cor­ren­te che­gar ao mer­ embalagens. A vi­são é de lei­go: não
cado com tam­pas ou se­los me­lho­res fo­ram co­lo­ca­das para os con­sul­ta­
dos di­fe­ren­ças téc­ni­cas en­tre tam­
o con­su­mi­dor vai no­tar a di­fe­ren­ça.
pas. Per­ce­be-se cer­ta con­fu­são na
Hoje não bas­ta mais aos sis­te­mas de
men­te dos consumidores, in­di­cando
fe­cha­men­to ga­ran­tir pro­te­ção aos
andré godoy

a ne­ces­si­da­de de enfatizar os atri­bu­


produtos. É ver­da­de que, res­sal­va­ tos dos sis­te­mas de fe­cha­men­to.
dos pos­sí­veis aci­den­tes, so­bre eles Afi­nal, como eles pro­pi­ciam be­ne­fí­
re­cai toda a res­pon­sa­bi­li­da­de por Dada sua atual fun­ção de fa­ci­li­ cios, cer­ta­men­te aju­da­rão a ven­der
qual­quer fa­lha na ve­da­ção dos tar a vida do con­su­mi­dor, o fe­cha­ os produtos, se o po­ten­cial com­pra­
produtos acon­di­cio­na­dos. Esse se­ria men­to se tor­nou uma arma de ven­da dor es­ti­ver in­for­ma­do das van­ta­gens
o “lado he­rói­co” dos fe­cha­men­tos. tão im­por­tan­te quan­to o pro­du­to, a de de­ter­mi­na­da tam­pa ou selo.
Mas há ou­tro as­pec­to dos fecha­ em­ba­la­gem e a mar­ca. Par­te in­dis­ Fo­ram rea­li­za­das, no final de fe­ve­rei­
mentos que, nos atuais pa­drões de so­lú­vel do sis­te­ma de acon­di­cio­na­ ro úl­ti­mo, 412 en­tre­vis­tas vá­li­das,
con­su­mo, as­su­mem im­por­tân­cia tão men­to, se ele fa­lhar o pro­du­to fa­lha. em su­per­mer­ca­dos e hi­per­mer­ca­dos
de Cam­pi­nas, ci­da­de con­si­de­ra­da
gran­de quan­to o da pro­te­ção. Tra­ta- Mas, no mun­do in­tei­ro, in­cluin­do o
re­pre­sen­ta­ti­va das di­fe­ren­tes clas­
se da fun­cio­na­li­da­de ao abrir e da Bra­sil, o se­tor avan­ça em tec­no­lo­gia
ses so­ciais bra­si­lei­ras. Por­tan­to,
pos­si­bi­li­da­de de re­tam­par o re­ci­ e cria­ti­vi­da­de, ofe­re­cen­do um nú­me­
segundo o pu­bli­ci­tá­rio Mau­rí­cio
pien­te, sem ne­ces­si­da­de de uso de ro cres­cen­te de op­ções. Nesta Al­mei­da, di­re­tor da MA e res­pon­sá­
qual­quer tipo de ins­tru­men­to. Em reportagem, Emb ­ al­ ag
­ em­Marc­a vel pela di­re­ção dos tra­ba­lhos, os
ou­tras pa­la­vras, além de se­gu­ran­ça a mos­tra al­gu­mas das boas pos­si­bi­li­ da­dos da pesquisa po­dem ser in­ter­
ques­tão é de con­ve­niên­cia e de be­le­ da­des dis­po­ní­veis no mercado. pre­ta­dos como na­cio­nais. A mar­gem
za. É aí que os sis­te­mas de fe­cha­ Numa pró­xi­ma edi­ção, Em­ba­la­gem­ de erro pre­vis­ta é de 5%. A res­pon­
men­to, em suas va­ria­das apli­ca­ções Marc ­ a tra­rá re­por­ta­gem so­bre sis­te­ sa­bi­li­da­de téc­ni­ca da pes­qui­sa é do
e for­ma­tos – tam­pas plás­ti­cas ou mas de acon­di­cio­na­men­to/fe­cha­ so­ció­lo­go Car­los Araú­jo. Fo­ram
me­tá­li­cas, de ros­ca ou de re­cra­va­ men­to para, en­tre ou­tros produtos, en­tre­vis­ta­dos so­men­te fre­qüen­ta­do­
ção, se­los ade­si­vos e tan­tos ou­tros per­fu­mes e cos­mé­ti­cos, medicamen­ res de auto-ser­vi­ços que têm de­ci­
tos, vi­nhos e ma­te­riais de lim­pe­za. são na com­pra de mer­ca­do­rias.
– se tor­nam a es­tre­la da em­ba­la­
gem.
12 – embalagemmarca • mar 2000
ALIMENTOS PESQUISA
Os for­ne­ce­do­res de tam­pas para ALI­MEN­TOS

fonte: ma associados
embalagens de alimentos, já en­tro­sa­
As tam­pas plás­ti­cas com ros­ca
dos com as exi­gên­cias por pra­ti­ci­da­
(para po­tes de maio­ne­se e café
de de aber­tu­ra e com a ne­ces­si­da­de
so­lú­vel) go­zam de óti­ma re­pu­ta­ção
de pro­ver sis­te­mas que per­mi­tam o
en­tre os consumidores. Para 95,6%
re­tam­pa­men­to dos produtos, têm
de­les elas sig­ni­fi­cam um bom fe­cha­
mul­ti­pli­ca­do suas al­ter­na­ti­vas de
men­to da em­ba­la­gem. Para 86,4%,
fe­cha­men­to. O novo pa­no­ra­ma ace­na
são ade­qua­das para o re­tam­pa­men­
com boas pos­si­bi­li­da­des para a
to e a reu­ti­li­za­ção, pois dão maior
entrada de produtos di­fe­ren­cia­dos no
pro­te­ção às ca­rac­te­rís­ti­cas ori­gi­nais
mercado.
do pro­du­to. Em po­tes de vi­dro, esse
Na es­tei­ra das mu­dan­ças, o que se
nú­me­ro che­ga a 90,8%. Além dis­so,
vê é a bus­ca por mais fun­cio­na­li­da­de
77,7% das pes­soas acre­di­tam que
e boa apre­sen­ta­ção nos di­ver­sos sis­
esse tipo de tam­pa acres­cen­ta be­le­
te­mas de fe­cha­men­to dis­po­ni­bi­li­za­ pro­fis­sio­nais li­ga­dos ao de­sen­vol­vi­
za plás­ti­ca à em­ba­la­gem.
dos para a in­dús­tria ali­men­tí­cia. Com men­to de fe­cha­men­tos para embala­
Por sua vez, as tam­pas me­tá­li­cas de
a cres­cen­te im­por­tân­cia do as­pec­to gens ali­men­tí­cias já per­ce­be­ram que
gar­ra (para po­tes de pal­mi­to, azei­to­
se­gu­ran­ça, embalagens que exi­jam não há mais pers­pec­ti­vas para
nas e ou­tros alimentos em con­ser­
ob­je­tos, como fa­cas ou te­sou­ras, produtos que ex­po­nham o con­su­mi­
va) têm ima­gem ne­ga­ti­va na men­te
para sua aber­tu­ra te­rão cada vez dor ao ris­co de fe­rir-se durante a
dos consumidores, pro­va­vel­men­te
me­nos es­pa­ço nas pra­te­lei­ras. Os aber­tu­ra de um item.
de­vi­do à di­fi­cul­da­de de aber­tu­ra em
má­xi­mo três anos. “Essa tec­no­lo­ al­guns produtos. Par­ce­la con­si­de­rá­
Na bus­ca por sis­te­mas de fe­cha­
men­to com fa­ci­li­da­de e se­gu­ran­ça gia não se preo­cu­pa ape­nas com a
de aber­tu­ra, no­tó­ria con­tri­bui­ção con­ve­niên­cia de con­su­mo”, ob­ser­
foi dada pela So­no­co For-Plas, que va Mi­ner­bo. “Gra­ças ao anel, que
dis­po­ni­bi­li­za no mercado brasile­ não dei­xa ne­nhu­ma ares­ta da mem­
iro tam­pas com tec­no­lo­gia Sea­led bra­na de alu­mí­nio na em­ba­la­gem,
Safe para embalagens me­tá­li­cas. O a se­gu­ran­ça ofe­re­ci­da pelo Sea­led
sis­te­ma, que re­vo­lu­cio­nou o mer­ Safe é total”, ele diz.
cado de acho­co­la­ta­dos, é com­pos­ O Sea­led Safe se adap­ta tam­
to por uma pe­lí­cu­la de alu­mí­nio bém a fras­cos de vi­dro, onde já é
do­ta­da de um anel me­tá­li­co e em­pre­ga­do em ca­fés so­lú­veis e
so­bre­tam­pa plás­ti­ca. Se­gun­do Sér­ maio­ne­ses. No caso, em vez da
gio Mi­ner­bo, di­re­tor de ven­das e pe­lí­cu­la de alu­mí­nio, o la­cre da
mar­ke­ting da empresa, as pers­pec­ em­ba­la­gem é ga­ran­ti­do por um fil­
me plás­ti­co e uma ca­ma­da de
divulgação

ti­vas são de que o Sea­led Safe


subs­ti­tua os ou­tros sis­te­mas em no pa­pel. A tec­no­lo­gia Sea­led Safe
Sealed Safe, da
tam­bém será em­pre­ga­da em uma
Sonoco For-Plas: em­ba­la­gem ci­lín­dri­ca e mul­ti­fo­lha­
para vidro, metal e da, que al­ter­na ca­ma­das de ma­te­
multifolhadas
riais fle­xí­veis e car­tão,
em de­sen­vol­vi­men­to pela
pró­pria So­no­co For-Plas.
“Ain­da es­ta­mos tra­çan­do
as estratégias para o lan­
çamento des­sa em­ba­la­
gem, que poderá acon­di­
cio­nar produtos se­cos,
granulados e em pó”,
conta Sérgio Mi­ner­bo.
andré godoy

mar 2000 • embalagemmarca – 13


Abre-Fácil, da Rojek, em
recipientes de vidro

Na área de fe­cha­men­tos me­tá­


li­cos para alimentos, a tec­no­lo­gia
PESQUISA
continuação
Abre-Fá­cil, em que um selo de
vel dos pes­qui­sa­dos (58,3%) con­si­

fonte: ma associados
ve­da­ção é apli­ca­do num ori­fí­cio
de­ra esse tipo de fe­cha­men­to ruim.
cen­tral da tam­pa, vem se pro­je­tan­ Para 68,4%, se fos­se pos­sí­vel es­co­
do em novos ni­chos e am­plian­do a ve­ri­fi­ca a cres­cen­te subs­ti­tui­ção lher o tipo de fe­cha­men­to man­ten­
par­ti­ci­pa­ção nos já con­quis­ta­dos. das tam­pas com gar­ras pelo sis­te­ do-se inal­te­ra­das as ca­rac­te­rís­ti­cas
Com isso, a Me­tal­grá­fi­ca Ro­jek, ma de­sen­vol­vi­do pela Ro­jek. “Is­so do pro­du­to, como qua­li­da­de, pre­ço
de­ten­to­ra da pa­ten­te uni­ver­sal do está ocor­ren­do gra­ças a al­gu­mas e mar­ca, a tam­pa plás­ti­ca subs­ti­tui­
sis­te­ma, man­tém 80% de par­ti­ci­ van­ta­gens in­con­tes­tá­veis das tam­ ria a me­tá­li­ca, o que in­di­ca que o
pa­ção no mercado. A empresa pas Abre-Fá­cil, como a total fa­ci­li­ con­su­mi­dor per­ce­be a qua­li­da­de da
dis­po­ni­bi­li­za a Abre-Fá­cil nos diâ­ da­de e a se­gu­ran­ça de aber­tu­ra”, pri­mei­ra como sen­do su­pe­rior.
me­tros 67mm e 74mm, aplicáveis sa­lien­ta Rei­nal­do Ro­jek, di­re­tor O con­su­mi­dor des­co­nhe­ce que nem
sem­pre é pos­sí­vel subs­ti­tuir os
em co­pos de vi­dro e la­tas de aço, su­pe­rin­ten­den­te da Ro­jek.
ma­te­riais das tam­pas, pois os di­fe­
res­pec­ti­va­men­te. Apesar do reconhecido avan­ço
ren­tes pro­ces­sa­men­tos im­pe­dem
No segmento de co­pos, onde tec­no­ló­gi­co, as Abre-Fá­cil são mais
isso. Mas pa­re­ce ine­gá­vel que os
são acon­di­cio­na­dos prin­ci­pal­men­ ba­ra­tas do que ou­tros sis­te­mas, fa­bri­can­tes de alimentos têm de
te lác­teos cre­mo­sos, produtos em re­fle­xo do em­pre­go do aço em pen­sar em ma­nei­ras de di­mi­nuir a
con­ser­va e ge­léias, 90% das subs­ti­tui­ção ao alu­mí­nio, ma­te­rial má ima­gem que a di­fi­cul­da­de de
embalagens têm tam­pas Abre-Fá­ pre­sen­te na maio­ria das tam­pas
cil. A tec­no­lo­gia tam­bém está pre­ re­cra­va­das. A tec­no­lo­gia tem ex­ce­
sen­te em po­tes de vi­dro, onde se len­te de­sem­pe­nho em la­tas de ato­
ma­ta­dos. Por isso, e tam­bém para
di­fe­ren­ciar seus produtos, a Gessy
Le­ver foi a pri­mei­ra a lançar, com
ex­clu­si­vi­da­de por cin­co anos, o
sis­te­ma na linha de ato­ma­ta­dos
Cica. “Mas ou­tras em­pre­sas te­rão
seus produtos no mercado com
tam­pas Abre-Fá­cil”, adian­ta o di­re­
tor da Ro­jek. Hoje, além de mo­lhos
fotos: divulgação

de to­ma­te, essa tec­no­lo­gia está pre­


Abre-Fácil em
latas de aço
sen­te nas la­tas dos produtos da
linha Moça Fies­ta, da Nes­tlé.

Com fér­til ter­re­no de apli­ca­ção do na linha de bis­coi­tos da gi­gan­te destaca ainda que o equi­pa­men­to
na área ali­men­tí­cia, o Fe­cho Res­ ita­lia­na Par­ma­lat – tem con­se­gui­do de apli­ca­ção do Fe­cho Res­se­lá­vel
se­lá­vel da No­vel­print – ou selo con­quis­tar consumidores pela pos­ pode ser ins­ta­la­do jun­to à linha de
Fe­cha Fá­cil, como fi­cou co­nhe­ci­ si­bi­li­da­de de conservar os produtos pro­du­ção, fa­tor que per­mi­te su­prir
nas embalagens, mesmo após a a de­man­da dos clien­tes de ma­nei­ra
aber­tu­ra. En­tre­tan­to, o sis­te­ma ul­tra­ efi­cien­te. Além das embalagens de
pas­sa o ape­lo da con­ve­niên­cia de bis­coi­to Par­ma­lat, há ou­tros exem­
con­su­mo, já que tam­bém pode fun­ plos de em­pre­go des­sa eti­que­ta
cio­nar como agre­ga­do pro­mo­cio­nal auto-ade­si­va, en­tre eles o café Ita­
aos itens em que é apli­ca­do. “Esse ma­raty e al­guns snacks da mar­ca
ca­rá­ter é re­for­ça­do pela di­fe­ren­cia­ Elma Chips. “O ex­ce­len­te de­sem­
luciana cattani

ção visual, ga­ran­ti­da por uma pe­nho em embalagens fle­xí­veis


im­pres­são em até oito co­res”, sa­lien­ pos­si­bi­li­ta o em­pre­go do sis­te­ma
ta Chris­tian Klein, ge­ren­te de mar­ em ou­tros seg­men­tos, além do ali­
Fecho Resselável, da Novelprint ke­ting da empresa. A No­vel­print men­tí­cio ”, lem­bra Klein.

14 – embalagemmarca • mar 2000


divulgação
A Aro é ou­tra in­dús­tria de­ten­ Dupla Proteção, da PESQUISA
to­ra de pa­ten­te no segmento de White Cap, para continuação
tam­pas me­tá­li­cas para alimentos baby food

fonte: ma associados
aber­tu­ra pode trans­fe­rir para os
com as tam­pas de fá­cil aber­tu­ra
seus produtos. Uma al­ter­na­ti­va à
(TFA), apli­cá­veis em po­tes e
dis­po­si­ção do mercado é a tam­pa
co­pos de vi­dro com bo­cais de Abre-Fá­cil, con­si­de­ra­da por 76,1%
67mm e 74mm. O sis­te­ma TFA dos en­tre­vis­ta­dos um gran­de avan­
con­ta com bo­tão de se­gu­ran­ça que ço na ca­te­go­ria em que se di­fun­diu,
acu­sa se a tam­pa foi vio­la­da. a dos re­quei­jões. Um pon­to ne­ga­ti­vo
Ou­tra op­ção dis­po­ni­bi­li­za­da pela é que 22,5% consideram esse tipo
Aro é a tam­pa FLIP, que per­mi­te No mercado de baby food, de fe­cha­men­to pouco efi­caz na pro­
fá­cil aber­tu­ra com pres­são la­te­ral onde con­su­mi­do­ras aten­tas exi­ te­ção do pro­du­to, após a sua aber­
dos de­dos. Nos dois sistemas, o gem cada vez mais qua­li­da­de tu­ra. Por ou­tro lado, a Abre-Fá­cil foi
fechamento é feito por in­je­ção de dos produtos, tão im­por­tan­te con­si­de­ra­da por 68% das pes­soas a
va­por (fe­cha­men­to a vá­cuo). quan­to uma em­ba­la­gem que tam­pa mais in­di­ca­da para mos­trar
per­mi­ta a vi­sua­li­za­ção do ali­ se o pro­du­to foi vio­la­do no pon­to-
mento é uma tam­pa com aber­ de-ven­da.
Na área de la­tas para óleos tu­ra prá­ti­ca e que tam­bém in­di­
co­mes­tí­veis e azei­tes, onde a per­ que se o item foi vio­la­do. Em
fu­ra­ção das embalagens per­sis­te res­pos­ta a es­tas ne­ces­si­da­des, a
como prin­ci­pal al­ter­na­ti­va de Whi­te Cap, gru­po nor­te-ame­ri­
aber­tu­ra para os consumidores, ca­no com fá­bri­ca em quin­ze
no­vas tam­pas des­pon­tam no mer­ paí­ses, de­sen­vol­veu a Tam­pa
cado, tra­zen­do so­lu­ções prá­ti­cas. Du­pla Pro­te­ção. O sis­te­ma,
Con­tu­do, tais avan­ços qua­se sem­ além de evi­den­ciar – por meio
pre re­sul­tam em au­men­to de cus­ de bo­tão de se­gu­ran­ça e anel
to, en­tra­ve cru­cial para a apli­ca­ plás­ti­co – a aber­tu­ra do pro­du­
ção em produtos de pri­mei­ra to, in­di­ca se o pro­ces­so de en­va­
ne­ces­si­da­de e com baixo valor se ga­ran­tiu a for­ma­ção de vá­cuo
agre­ga­do, como o óleo de soja. no in­te­rior da em­ba­la­gem.
Mas os fa­bri­can­tes têm Ofe­re­ci­da ini­cial­men­te no
apresenta­do alternativas, como as segmento de alimentos in­fan­tis,
tam­pas re­trá­teis da Be­ri­cap, que a idéia da Whi­te Cap é am­pliar
evi­tam o es­cor­ri­men­to na hora de o cam­po de atua­ção da Tam­pa
con­su­mir. Gra­ças às fa­ci­li­da­des Du­pla Pro­te­ção, já que a tec­no­
de em­pi­lha­men­to, ge­ra­das pela lo­gia pode ser uti­li­za­da em pro­
fle­xi­bi­li­da­de do sis­te­ma, as tam­ ces­sos de en­va­se a frio, a quen­
pas, apresentadas em seis diâ­me­ te ou até em au­to­cla­ve. A con­
tros, não com­pro­me­tem a lo­gís­ti­ ve­niên­cia da Tam­pa Du­pla Pro­
ca. Nesse sistema, o as­pec­to te­ção é as­se­gu­ra­da pelo ma­nu­
se­gu­ran­ça é ga­ran­ti­do por anéis seio sim­ples e pela fa­ci­li­da­de
que per­mi­tem iden­ti­fi­car se as de aber­tu­ra. Quan­to ao visual, a
la­tas fo­ram vio­la­das. tam­pa con­ta com am­plas pos­si­
bi­li­da­des de im­pres­são li­to­grá­
fi­ca em sua su­per­fí­cie me­tá­li­ca.
“Gra­ças a esse con­jun­to, o sis­
te­ma alia pra­ti­ci­da­de e uma
in­te­gra­ção visual har­mo­nio­sa
com os de­mais com­po­nen­tes da
fotos: divulgação

em­ba­la­gem”, res­sal­ta Rub­nei


Rosa, ge­ren­te ge­ral da Whi­te
Cap Bra­sil.

mar 2000 • embalagemmarca – 15


BEBIDAS PESQUISA
Para lí­qui­dos, per­ce­be-se per­sis­ten­te BEBIDAS

fonte: ma associados
in­cli­na­ção ao uso de tam­pas de ros­ca.
Para re­fri­ge­ran­tes, a tam­pa plás­ti­
Isso ocor­re sobretudo em produtos
ca com ros­ca é vis­ta como o
acon­di­cio­na­dos em gar­ra­fas de plás­ti­
me­lhor tipo de fe­cha­men­to pelos
co ou de vi­dro, mas tam­bém em car­to­
consumidores. Pelo me­nos é o
na­das. A ten­dên­cia abran­ge des­de os
que 86,4% de­les dis­se­ram. Para
seg­men­tos de águas, re­fri­ge­ran­tes e
87,4%, esse sis­te­ma de fe­cha­
su­cos até be­bi­das al­coó­li­cas, cer­ve­jas
men­to aju­da a man­ter as ca­rac­te­
e mesmo es­pu­man­tes. Cla­ro que a
rís­ti­cas ori­gi­nais do pro­du­to.
re­gra não é ab­so­lu­ta. Em al­coó­li­cos, A tam­pa crown para cer­ve­jas é
por exem­plo, é in­ten­so o em­ba­te en­tre con­si­de­ra­da uma boa so­lu­ção por
as tam­pas pil­fer-proof de alu­mí­nio e as 52,1% dos en­tre­vis­ta­dos, enquan­
plás­ti­cas tipo Gua­la. to 46,3% a con­si­de­ram ruim ou
Em cer­ve­jas, as crown me­tá­li­cas per­ di­fí­cil de abrir. O fa­tor “pro­te­ção”
ma­ne­cem so­be­ra­nas em gar­ra­fas re­tor­ me­lho­ra a ima­gem da tam­pa
ná­veis, mas em long necks one way de be­bi­das de qual­quer tipo não foge à
crown, con­si­de­ra­da a que dá
pre­do­mi­nam as twist-off. E, ante a hipó­ re­gra vi­gen­te para as de­mais ca­te­go­rias
maior pro­te­ção ao pro­du­to por
tese de in­gres­so das garrafas de PET de produtos de con­su­mo: agre­gar valor,
65,5% dos en­tre­vis­ta­dos. So­bre
no segmento, já há opções de tam­pas ofe­re­cen­do visual mais atraen­te, fa­ci­li­
ela pesa ainda a má ima­gem das
plás­ti­cas de ros­ca para elas. da­de de aber­tu­ra, pos­si­bi­li­da­de de
tam­pas twist-off uti­li­za­das nas
Há novidades em todos os segmentos, e re­tam­pa­men­to do re­ci­pien­te e se­gu­ran­
embalagens long neck. A fal­ta de
até no ni­cho dos es­pu­man­tes avan­çam ça tan­to de uso como con­tra vio­la­ções.
co­nhe­ci­men­tos téc­ni­cos le­vou
as tam­pas de ros­ca. A ri­gor, a pa­la­vra de (N. da R: la­tas se­rão ob­je­to de uma
al­guns dos consumidores ou­vi­dos
or­dem em fe­cha­men­tos de embalagens pró­xi­ma re­por­ta­gem)
a su­ge­rir que fos­sem ado­ta­das
“tam­pas plás­ti­cas com ros­ca” em
De olho nas possibilidades de cer­ve­jas, o que “evi­ta­ria cor­tes
entrada do PET no mercado de nos de­dos” e “fa­ci­li­ta­ria o re­tam­
cer­ve­ja, o gru­po eu­ro­peu Be­ri­cap, pa­men­to” (para 87,4% das pes­
que se ins­ta­lou no Bra­sil há pou­co soas, a tam­pa plás­ti­ca com ros­ca
é a mais in­di­ca­da para ar­ma­ze­nar
mais de um ano, com fá­bri­ca em
o pro­du­to de­pois de aber­to).
So­ro­ca­ba (SP), está dis­po­ni­bi­li­ Poly-Cap
Double Seal, As ino­va­ções em fe­cha­men­tos
zan­do uma al­ter­na­ti­va de fe­cha­ da Bericap, nas embalagens car­to­na­das e
men­to es­pe­cí­fi­ca para esse fi­lão. A com duas as­sép­ti­cas para chás, su­cos e
empresa ins­pi­rou-se num dos camadas
be­bi­das lác­teas são bem re­ce­bi­
maio­res en­tra­ves à efe­ti­va­ção do das pelos consumidores. As tam­
PET no segmento de cer­ve­jas (a pas plás­ti­cas ofe­re­ci­das pelos
de­bi­li­da­de de bar­rei­ra a ga­ses), gral­men­te o sabor e o aro­ma da fa­bri­can­tes des­se tipo de em­ba­la­
para de­sen­vol­ver uma tam­pa com cer­ve­ja acon­di­cio­na­da em PET.
tec­no­lo­gia ino­va­do­ra. De­no­mi­na­ Embora dis­po­nível no Bra­si­l, o
do Tap­sid, o sis­te­ma con­ta com sistema não é pro­du­zi­do no país.
duas ca­ma­das de bar­rei­ra a ga­ses e Tam­bém pro­je­ta­da para mi­ni­
o ex­clu­si­vo O2 Sca­ven­ger, dis­po­ mi­zar os pro­ble­mas de bar­rei­ra em
si­ti­vo que cap­ta oxi­gê­nio do in­te­ gar­ra­fas de PET, a Be­ri­cap de­sen­
rior da em­ba­la­gem. Se­gun­do a vol­veu a Poly-Cap Dou­ble Seal,
empresa, o pro­ces­so pre­ser­va in­te­ es­pe­cí­fi­ca para re­fri­ge­ran­tes e dis­
po­ní­vel em diâ­me­tro de 28mm. A
se­la­gem tem apli­ca­ção in­ter­na
(inner) e ex­ter­na (outer), o que
fotos: divulgação

ga­ran­te maior to­le­rân­cia da tam­pa


a ir­re­gu­la­ri­da­des na su­per­fí­cie do
Para cerveja em PET, O2 Scavenger gar­ga­lo e fa­ci­li­da­de de apli­ca­ção.

16 – embalagemmarca • mar 2000


No segmento de tam­pas twist- do com o de­sen­vol­vi­men­to de um PESQUISA
off para gar­ra­fas long-neck de agen­te de des­li­za­men­to que fa­ci­li­ta continuação
vi­dro, o mercado as­sis­tiu à re­cen­te a aber­tu­ra. En­tre­tan­to, as em­pre­sas
gem fo­ram vis­tas como sen­do um

fonte: ma associados
fu­são en­tre a Ta­pon Co­ro­na e a ale­gam que a di­fi­cul­da­de de aber­
bom sis­te­ma de fe­cha­men­to por
Aro S/A, ho­mo­lo­ga­da tu­ra das tam­pas twist- uma gor­da fa­tia de consumidores
Twist-off em
pelo Con­se­lho Ad­mi­ long neck off em long neck tam­ (85,4%). Ain­da as­sim, 57,8% dos
nis­tra­ti­vo de De­fe­sa bém se deve à fal­ta de en­tre­vis­ta­dos acham que a em­ba­
Eco­nô­mi­ca (CADE) ajus­te no ma­qui­ná­rio la­gem car­to­na­da tra­di­cio­nal, que
em janeiro úl­ti­mo. dos en­va­sa­do­res. Por pre­ci­sa ser aber­ta com um cor­te
“Com isso, es­pe­ra­mos não dis­tin­guir, às em uma das abas, ofe­re­ce um
so­mar ex­pe­riên­cias, vezes, en­tre a apli­ca­ “bom sis­te­ma de fe­cha­men­to”.
am­pliar o po­der de ção dos sis­te­mas twist- Po­rém, 65,5% con­si­de­ram que
ne­go­cia­ções e dar off e da ro­lha me­tá­li­ca essa em­ba­la­gem não pro­te­ge o
maior com­pe­ti­ti­vi­da­ (crown) para abri­dor, pro­du­to após a sua aber­tu­ra. Sur­
preen­den­te­men­te, essa ob­je­ção
de ao ne­gó­cio”, re­ve­la os cer­ve­jei­ros es­ta­riam
não é mui­to me­nor (59,7%) nas
Luís Car­los Co­ve­lo, apli­can­do a mes­ma
embalagens car­to­na­das com tam­
di­re­tor co­mer­cial da Aro. pres­são nos dois sis­te­mas. A fim de pas plás­ti­cas, o que in­di­ca que o
Uni­das, as em­pre­sas de­ram um cor­ri­gir tal pro­ce­di­men­to, a Ta­pon con­su­mi­dor va­lo­ri­za esse adi­cio­
pas­so im­por­tan­te para so­lu­cio­nar e a Aro es­tão cen­tra­li­zan­do es­for­ nal pela pra­ti­ci­da­de.
uma re­cla­ma­ção já usual en­tre os ços para ofe­re­cer as­sis­tên­cia téc­ni­
consumidores de cer­ve­ja long- ca aos en­gar­ra­fa­do­res e ins­truí-los
divulgação

neck: a di­fi­cul­da­de de aber­tu­ra das so­bre pro­ce­di­men­tos ade­qua­dos de


gar­ra­fas. O pro­ble­ma foi con­tor­na­ apli­ca­ção das tam­pas.

Comple­men­tos es­sen­ciais da
em­ba­la­gem, além de suas ca­rac­
te­rís­ti­cas fun­cio­nais, as tam­pas
as­su­mi­ram o pa­pel de di­fe­ren­ciar
as inú­me­ras ca­te­go­rias de pro­du­ Screw Cap, da
fotos: divulgação

Bericap, para
to e va­lo­ri­zar a ima­gem das mais água sem gás
de 150 mar­cas que dis­pu­tam o
mercado de águas mi­ne­rais. A Tam­bém nor­tea­da pela es­tra­
sport cap, da Le­vís­si­ma Sport té­gia de for­ne­cer sis­te­mas de
Cap da Perrier Vittel (Nestlé), é fe­cha­men­to ca­pa­zes de di­fe­ren­
um exem­plo. Apre­sen­ta ini­gua­lá­ ciar produtos no mercado de
vel con­ve­niên­cia de aber­tu­ra no águas mi­ne­rais, a Be­ri­cap ofer­
segmento, total fa­ci­li­da­de de ece entre outras no­vi­da­des a tam­
re­fe­cha­men­to e in­vio­la­bi­li­da­de pa Screw Cap, com selo cô­ni­co
ga­ran­ti­da por selo plás­ti­co. O sis­ de ve­da­ção. Es­pe­cí­fi­ca para gar­
te­ma é for­ne­ci­do pela Crea­ti­ve ra­fas plás­ti­cas, é apresenta­da em
Pac­ka­ging, dos EUA. diâ­me­tro de 32mm. Segundo a
Em res­pos­ta ao êxito al­can­ça­ empresa, o sis­te­ma, além de ideal
do pela concorrente, a Per­rier para águas sem gás, adap­ta-se
lan­çará até maio, uma ver­são de 100% a be­bi­das não car­bo­na­ta­
sport cap, a ser forneci­da pela das em ge­ral. De fá­cil aber­tu­ra e
Al­coa nor­te-ame­ri­ca­na, per­mi­tin­do re­fe­cha­men­to, a tam­
com du­plo la­cre de pa tem la­cre de se­gu­ran­ça que
se­gu­ran­ça. per­ma­ne­ce no bo­cal da gar­ra­fa
depois de rom­pi­do. A Per­rier Vit­
divulgação

Sport Cap: sucesso


tel é uma das usuá­rias.
An­te­ven­do um cam­po prom­ se a gar­ra­fa foi vio­la­da. O bom
issor em bebidas alcoólicas, a ape­lo visual, por sua vez, é
Exi­max Co­mér­cio Im­por­ta­ção e ga­ran­ti­do por uma im­pres­são de
Ex­por­ta­ção está tra­zen­do da Itá­ até seis co­res e pela apli­ca­ção de ReCap, da Tetra Pak: fluxo controlado
lia uma ex­clu­si­va linha de tam­ uma ca­ma­da de ver­niz. O re­sul­ Na área de car­to­na­das, a boa
pas de alu­mí­nio tipo pil­fer-proof. ta­do se tra­duz em bri­lho e bom re­cep­ti­vi­da­de dos consumidores
Além de propiciar ex­ce­len­te des­ta­que no pon­to-de-ven­da. O a embalagens re­tam­pá­veis tem
apre­sen­ta­ção visual, o sistema fabricante do sistema pil­fer- ace­le­ra­do o de­sen­vol­vi­men­to de
im­pe­de fal­si­fi­ca­ções, ar­gu­men­ta proof ofe­re­ci­do pela Exi­max é a no­vas al­ter­na­ti­vas de fe­cha­men­
Sér­gio No­vaes, di­re­tor da empre­ ita­lia­na Al­plast, nome de peso to. Com a pro­fu­são de novos sis­
sa. “Não há como des­mem­brar o en­tre os for­ne­ce­do­res de tam­ te­mas, a aber­tu­ra de boa parte das
con­ta-go­tas do cor­po da tam­pa, pas de alu­mí­nio para be­bi­das cai­xi­nhas de chás, su­cos e be­bi­
por isso, reen­cher a gar­ra­fa é fi­nas. Pilfer-proof da Alplast: das lác­teas, já não re­quer fa­cas ou
im­pos­sí­vel”, ele diz. segurança e bom visual te­sou­ras. As pers­pec­ti­vas são de
Mas o dis­po­si­ti­vo que real­ que esse pa­no­ra­ma em bre­ve se
men­te evi­ta a ação dos fal­s i­ es­ten­derá à maio­ria das embala­
fi­ca­do­res é o la­cre gens car­to­na­das.
de alu­mí­nio que, O sis­te­ma Re­Cap3, da Te­tra
divulgação

si­tua­do na base da Pak, é uma das no­vas opções.


tam­pa, in­di­ca Segundo o fabricante, além da
fa­ci­li­da­de de aber­tu­ra, esse tipo
de fechamento permite con­tro­lar
o flu­xo de saí­da da be­bi­da e in­di­
Sin­to­ni­za­da com a evo­lu­ção con­ve­niên­cia de con­su­mo, am­bas
ca, numa fita de alu­mí­nio com
das tam­pas para gar­ra­fas de vi­dro, as mar­cas usam uma tam­pa de ros­
bor­da ser­ri­lha­da, se o item foi
a in­dús­tria de es­pu­man­tes tem ca pil­fer-proof de alu­mí­nio im­por­
vio­la­do. Uma van­ta­gem adicional
de­mons­tra­do pro­pen­são ao uso de ta­da da Itá­lia. O sis­te­ma tem uma
do sis­te­ma é a mi­ni­mi­za­ção dos
sis­te­mas di­fe­ren­cia­dos. A Ce­re­ser so­bre­tam­pa plás­ti­ca, que lem­bra a
re­sí­duos do pro­du­to na em­ba­la­
e a Geor­ges Au­bert tra­di­cio­nal ro­lha de
gem, van­ta­gem in­con­tes­tá­vel para
ilus­tram essa ten­dên­ cor­ti­ça, e uma cáp­su­
a re­ci­cla­gem do ma­te­rial usa­do
cia, res­pec­ti­va­men­te la de pa­pel me­ta­li­za­
nas embalagens car­to­na­das.
com a si­dra Ce­re­ser do (Alu­seal, for­ne­ci­
Ou­tra boa al­ter­na­ti­va para
Young e com di­fe­ da pela empresa
embalagens car­to­na­das é ofe­re­ci­
ren­tes es­pu­man­tes, ar­gen­ti­na Fa­dip, dona
da pela Be­ri­cap. Tra­ta-se de uma
andré godoy

to­dos em gar­ra­fas de da pa­ten­te).


tam­pa de duas pe­ças com se­la­
187ml. No viés da Rosca em espumantes
gem cô­ni­ca, apresenta­da nos diâ­
fotos: divulgação
me­tros de 21mm e 28mm. A
empresa for­ne­ce o sis­te­ma para a
Es­trean­do nova ra­zão so­cial, Gua­la. Fei­ta de po­lie­ti­le­no de alta pró­pria Te­tra Pack, que o em­pre­
devido a sua com­pra pelo Gru­po den­si­da­de (PEAD), a tam­pa ga nas embalagens Te­tra Rex de
Gua­la Clo­su­res, a an­ti­ga Com­pa­ impede a fal­si­fi­ca­ção das be­bi­das 1 li­tro. En­tre os
nhia Pra­da de Em­ba­la­gem, ago­ra e agre­ga be­le­za à em­ba­la­gem, produtos pre­
Com­pa­nhia Pro­du­to­ra de Em­ba­ ex­pli­ca Re­na­to Zo­le­zi, res­pon­sá­ sentes no mer­
la­gens (CPE), investe firme em vel pela área co­mer­cial da CPE. cado com essas
divulgação

seu sis­te­ma de fe­cha­men­to para Por isso, e porque é fácil romper tam­pas, des­ta­
be­bi­das fi­nas, o Tam­per Evi­dent os pontos de ligação e o anel de cam-se os su­cos
Tamper Evident Guala: segurança, a empresa aposta na da linha Dan
beleza e inviolabilidade mi­gra­ção da tam­pa con­ta-go­tas Fresh, da Da­no­
co­mum para o Tam­per Evi­dent. ne.
Ade­mais, o sistema tem tra­vas Tampa cônica
anti-ro­ta­ção no in­te­rior do tubo da Bericap para
plás­ti­co, o que fa­ci­li­ta a aber­tu­ra. cartonadas

mar 2000 • embalagemmarca – 19


complementos

gancho na
praticidade
Hang tabs garantem exposição vertical e simplificam embalagem

u
Guilherme Kamio

m pe­que­no pe­da­ço de sen­tes em auto-ser­vi­ços pro­pi­ciam


plás­ti­co pode tra­zer gran­ maior vi­si­bi­li­da­de para o pro­du­to,
des van­ta­gens para a de­vi­do à ex­po­si­ção ver­ti­cal, e
em­ba­la­gem e fazer a redução nos cus­tos da em­ba­la­gem,
di­fe­ren­ça no pon­to-de- por di­mi­nuí-las às di­men­sões do pro­
ven­da. Tan­to isso é ver­da­de que a du­to. Exem­plo: a com­bi­na­ção de
nor­te-ame­ri­ca­na Do-It, que em tabs com fil­mes plás­ti­cos ter­moen­
1973 in­ven­tou o con­cei­to de co­lhí­veis, ou shrinks.
hang tabs, gan­chos auto-ade­ “O ob­je­ti­vo da Do-It é pro­mo­ver
si­vos mais co­nhe­ci­dos como a subs­ti­tui­ção dos mais va­ria­dos
“tes­tei­ras” e uti­li­za­dos pelos ti­pos de blis­ters, a fim de fa­ci­li­tar o
mais va­ria­dos produtos em pro­ces­so de em­ba­la­gem, di­na­mi­zan­
gôn­do­las, se tor­nou prós­pe­ra do a co­mu­ni­ca­ção com o con­su­mi­
gra­ças a eles. Na ver­da­de, os dor, e fo­men­tar ven­das por im­pul­
ne­gó­cios da empresa ex­plo­di­ so”, conta Ar­nold Die­sen­druck,
ram no iní­cio da déca­ di­re­tor da Ar­nold Com,
da de 80, quan­do re­pre­sen­tan­te da mar­ca no
pas­sou a for­ne­cer Bra­sil. “O hang tab é de­fi­
o pro­du­to às in­dús­ ni­ti­va­men­te um ven­de­dor
trias pro­du­to­ras de si­len­cio­so”, ele diz. A
fi­tas VHS vir­gens e Do-It fa­bri­ca mais de 500
ba­ra­lhos. A partir ti­pos de hang tabs em sua
daí os tabs fo­ram se base de South Ha­ven
po­pu­la­ri­zan­do, pa­ra­ (EUA), e de­sen­vol­ve re­gu­
le­la­men­te ao cresci­ lar­men­te novos mo­de­los,
mento do uso dos dis­ an­te­ci­pan­do fer­ra­men­tas
plays com gan­chos no cada vez mais es­pe­cí­fi­cas
foto e ilustrações: divulgação

va­re­jo dos EUA. para apoiar ações de mar­


Como sem­pre acon­te­ce, a ke­ting com foco no pon­to-de-ven­da,
idéia, de­pois que al­guém a como o cross-mer­chan­di­sing e
tem, é sim­ples: os tabs reu­nem ou­tras for­mas de pro­mo­ção.
as van­ta­gens de im­pac­to no Die­sen­druck adap­tou o ca­tá­lo­go
pon­to-de-ven­da e de eco­no­mia da ma­triz às ne­ces­si­da­des do país,
na pro­du­ção. Es­ses gan­chos oni­pre­ res­trin­gin­do para cer­ca de cin­qüen­ta

22 – embalagemmarca • mar 2000


os mo­de­los de hang tabs ofe­re­ci­dos
ao mercado brasileiro. Isso, ele ex­pli­ Modelos de hang tab
ca, não im­pe­de o aces­so aos ou­tros
mo­de­los exis­ten­tes, e há ainda a pos­ Os mo­de­los mais sim­ples de hang tabs apre­sen­tam op­ções de fu­ros. A
fu­ra­ção del­tói­de ofe­re­ce maior ver­sa­ti­li­da­de, pois per­mi­te a au­to­cen­tra­gem
si­bi­li­da­de de pro­je­tos per­so­na­li­za­
em qual­quer dis­play. A fu­ra­ção Euro per­mi­te fá­cil co­lo­ca­ção dos produtos
dos, prin­ci­pal­men­te no caso dos
em dis­plays de fio úni­co ou du­plo. Já os fu­ros re­don­dos são para dis­plays
Prin­Tabs, tes­tei­ras im­pres­sas que
de fio úni­co. Hang tabs Fold Up, ou des­do­brá­veis, fi­cam pla­nos (re­ba­ti­dos)
po­dem ter de­se­nhos ex­clu­si­vos e nas cai­xas de em­bar­que, sen­do ati­va­dos no mo­men­to da co­lo­ca­ção nos
fun­cio­nam efe­ti­va­men­te como em­ba­ dis­plays. Isso fa­ci­li­ta pro­ces­sos lo­gís­ti­cos.
la­gem, tra­zen­do to­das as in­for­ma­ Os tabs co­lo­ri­dos ser­vem como iden­ti­fi­ca­do­res, para con­tro­le de es­to­que
ções obri­ga­tó­rias e a for­ça de co­mu­ Assim, pode ha­ver con­tro­le so­bre da­tas dis­tin­tas de fa­bri­ca­ção de produ­
ni­ca­ção da mar­ca. “Blis­ters de car­tão tos ou iden­ti­fi­ca­ção de dis­tin­ções de sa­bo­res, por exem­plo. As ti­ras ade­si­
são frá­geis; com a ação do tem­po, vas ser­vem para fi­xar uni­da­des e dei­xar a mar­ca sem­pre ex­pos­ta em
ras­gam ou se de­for­mam, ge­ran­do produtos com embalagens trans­pa­ren­tes. Para gan­chos sim­ples, há tam­
de­vo­lu­ções e afe­tan­do a ima­gem do bém os Dis­play Strips, ti­ras plás­ti­cas com per­fu­ra­ções para o acon­di­cio­na­
pro­du­to”, co­men­ta Die­sen­druck. men­to de produtos. Além de per­mi­ti­rem a ex­po­si­ção ver­ti­cal, po­dem ser
usa­das para real­çar as cha­ma­das “ven­das ca­sa­das”.
A Do-It pro­por­cio­na tam­bém
so­lu­ções “re­me­dia­do­ras” para quem Promoções com garrafas e similares
não im­ple­men­ta de­fi­ni­ti­va­men­te
A – Piggyback
seus tabs, como os gan­chos de
Ideal para ações de mar­ke­ting unin­do uma
re­for­ço (rein­for­ce­ment tabs), pe­da­ mi­nia­tu­ra ao pro­du­to em ta­ma­nho re­gu­lar.
ços plás­ti­cos auto-ade­si­vos para Há di­ver­sos mo­de­los, para fras­cos ou gar­
se­rem co­la­dos aci­ma dos fu­ros dos ra­fas de mui­tos es­ti­los e ta­ma­nhos.
blis­ters de car­tão, pro­por­cio­nan­do B – Piggyback auto-adesivo
maior tem­po de pra­te­lei­ra – ou Per­mi­te que se faça cross mer­chan­di­sing
me­lhor, dis­play – ao pro­du­to, ou de produtos va­ria­dos – por exem­plo, uma
A B
ainda re­pa­ran­do es­tra­gos já con­su­ be­bi­da com re­cei­ta de pre­pa­ro ou snack.
ma­dos. “Mui­tos produtos, como Con­ve­nien­te para ações pro­mo­cio­nais e
pi­lhas, têm peso ex­ces­si­vo o que divulgação de men­sa­gens.
C – Gargalheira
aca­ba es­tra­gan­do o blis­ter em pou­co
Pen­du­ra fras­cos ou gar­ra­fas em dis­plays,
tem­po”, exem­pli­fi­ca Die­sen­druck.
pelo gar­ga­lo. Pode vir com ou sem linha
Os tabs são con­fec­cio­na­dos a
de do­bra.
partir dos mais va­ria­dos ti­pos de D – Gargalheira para spray
plás­ti­co, conforme a apli­ca­ção. D
Pro­je­ta­da para as­sen­tar por cima da bom­ C
Assim, há di­fe­ren­ças em ri­gi­dez, ba de spray, fi­xan­do no dis­play.
trans­pa­rên­cia e du­ra­bi­li­da­de em E – Tab para centralização
E F
cada mo­de­lo. Po­dem ser co­la­dos As­sen­ta por cima da tam­pa de fras­cos e
aos produtos ma­nual­men­te ou em ver­ti­ca­li­za a co­lo­ca­ção no dis­play.
má­qui­nas apli­ca­do­ras, pois é pos­sí­ F – Twin Pack
vel en­co­men­dá-los em bo­bi­nas. Para a jun­ção de duas uni­da­des de um
Para fa­ci­li­tar a apli­ca­ção ma­nual, mesmo pro­du­to ou produtos di­fe­ren­tes.
Ideal para pro­mo­ções do tipo “pa­gue um
po­dem vir em fo­lhas ou em uni­da­
e leve dois”.
des sol­tas, se a pro­du­ção for pe­que­
na. O pre­ço uni­tá­rio de um tab las e pra­te­lei­ras, a es­ti­ma­ti­va dá mos­tra­va ao con­su­mi­dor”, con­ta
sim­ples gira em tor­no de 1,5 cen­ta­ mar­gem a pers­pec­ti­vas fa­vo­rá­veis An­tô­nio Apa­re­ci­do Sil­va, ge­ren­te
vo de real, o que “mos­tra como a se a moda dos dis­plays com gan­ na­cio­nal de ven­das da empresa, que
im­ple­men­ta­ção não im­pli­ca em chei­ras cres­cer por aqui como ocor­ usa Prin­Tabs per­so­na­li­za­dos, fei­tos
gas­tos ele­va­dos”, ar­gu­men­ta reu nos EUA. Um dos clien­tes mais nos EUA. “Hoje, os ba­ra­lhos com
Diesendruck. an­ti­gos da Do-It no Bra­sil é a tabs re­pre­sen­tam 35% de nos­sas
O Bra­sil é o ter­cei­ro mercado Co­pag, cé­le­bre fa­bri­can­te de ba­ra­ ven­das, e a ten­dên­cia é o au­men­to
in­ter­na­cio­nal para a Do-It. Con­si­de­ lhos. “Os hang tabs nos sa­tis­fi­ze­ des­se nú­me­ro, jun­to com o cresci­
ran­do que a maio­ria do co­mér­cio ram to­tal­men­te, pois an­tes nos­so mento dos dis­plays nos auto-ser­vi­
na­cio­nal se ape­ga de­mais às gôn­do­ pro­du­to fi­ca­va em­pi­lha­do, não se ços”, com­ple­ta o pro­fis­sio­nal.

mar 2000 • embalagemmarca – 23


hortigranjeiros

atração sem
desperdício
Boas embalagens de hortifrutícolas reduzem
custos e se transformam em atrativo de consumo

o
Guilherme Kamio

s ca­pri­chos da na­tu­re­za Gran­des em­pre­sas do se­tor de pa­pe­ nhei­ro agrô­no­mo da empresa, nes­se
e a in­com­pe­tên­cia – ou lão on­du­la­do, como Ri­ge­sa Wes­tva­ sis­te­ma são su­ge­ri­das má­qui­nas e
o des­lei­xo – do ho­mem co e Kla­bin, es­tão sin­to­ni­za­das com al­guns com­ple­men­tos para que o
for­ja­ram ao lon­go do os pro­ble­mas des­se mercado e vêm agri­cul­tor via­bi­li­ze a ins­ta­la­ção de
tem­po o car­ma ne­ga­ti­vo dos produ­ di­na­mi­zan­do suas so­lu­ções. uma pack hou­se (uni­da­de de em­ba­
tos hor­ti­fru­tí­co­las no Bra­sil. As A Ri­ge­sa Wes­tva­co do Bra­sil, la­gem) em suas de­pen­dên­cias. Isso
in­tem­pé­ries e pro­ces­sos ine­fi­ca­zes por exem­plo, ten­ta dis­se­mi­nar as permite exe­cu­tar uma po­lí­ti­ca de
de co­lhei­ta e acon­di­cio­na­men­to van­ta­gens das cai­xas Pla­form, fa­bri­ em­ba­la­gem de acor­do com o que há
fa­zem do país um dos cam­peões ca­das no país sob li­cen­ça da es­pa­ de mais mo­der­no na ca­te­go­ria, prin­
mun­diais de per­das e des­per­dí­cio de nho­la Car­ti­sa. De olho na ca­rên­cia ci­pal­men­te para gran­des vo­lu­mes
fru­tas, le­gu­mes e ver­du­ras. de sis­te­mas efi­ca­zes de em­ba­la­gem de pro­du­ção. A ta­re­fa, po­rém, é
No pri­mei­ro caso, nem sem­pre nas mais dis­per­sas re­giões, a Ri­ge­sa ár­dua. “Como fa­la­mos de produtos
há o que fazer, dada a in­cons­tân­cia Wes­tva­co es­ti­mu­la a ado­ção do seu com baixo valor agre­ga­do, é di­fí­cil
e a ine­vi­ta­bi­li­da­de dos ele­men­tos. con­cei­to de Pac­ka­ging System, que cons­cien­ti­zar os pro­du­to­res das
No segundo há, e fe­liz­men­te vem- con­sis­te em so­lu­ções au­to­ma­ti­za­ van­ta­gens de uma apre­sen­ta­ção
se for­ta­le­cen­do a pro­pos­ta de re­du­ das, ideais para a Pla­form. mais atraen­te e das fa­ci­li­da­des para
zir as per­das, com o em­pre­go de um Se­gun­do Jua­rez Fer­rei­ra, en­ge­ pro­ces­sos lo­gís­ti­cos”, diz Fer­rei­ra.
pro­ces­so de em­ba­la­gem efi­caz e
ra­cio­nal que aten­da às ne­ces­si­da­des Caixas Plaform, da Rigesa Westvaco
lo­gís­ti­cas, eco­nô­mi­cas e mer­ca­do­
ló­gi­cas de toda a ca­deia. Um bom
passo é usar cai­xas ade­qua­das para
acon­di­cio­nar, trans­por­tar e ar­ma­ze­
nar fru­tas e le­gu­mes.
Mais que mi­ni­mi­zar os pro­ble­
mas com trans­por­te e ma­nu­seio,
que são crí­ti­cos para a ca­te­go­ria, tal
cai­xa ten­de cada vez mais a as­su­mir
divulgação

o pa­pel de apoia­do­ra de mar­ca –


pon­to para o qual pro­du­to­res e
co­mer­cian­tes es­tão len­ta­men­te des­
per­tan­do – e che­gar, de ma­nei­ra
mais efe­ti­va, à casa do con­su­mi­dor.

24 – embalagemmarca • mar 2000


A Pla­form pos­si­bi­li­ta im­pres­são dis­play, o ma­nu­seio pelo clien­te nos
em até seis co­res em fle­xo­gra­fia, pon­tos-de-ven­da di­mi­nui, resultan­
com a op­ção de cin­co co­res mais do em menos ma­chu­ca­dos ao pro­
ver­niz. O transporte é sen­si­vel­men­te du­to e, portanto, em me­no­res
me­lho­ra­do, pois o pro­du­to vai para per­das.
cen­trais de dis­tri­bui­ção ou para o “O con­su­mi­dor pas­sa
va­re­jo já acon­di­cio­na­do, evitan­do a le­var o produto mo­ti­va­
amon­toa­men­tos em pi­râ­mi­des. do pela em­ba­la­gem”, afir­
Além dis­so, pode ser des­car­re­ga­do ma Gal­vez. Ele apos­ta na
e es­to­ca­do au­to­ma­ti­ca­men­te, pois as ten­dên­cia de di­mi­nui­ção da
me­di­das da Pla­form são to­tal­men­te di­men­são das cai­xas, para mi­ni­
pa­le­ti­zá­veis. “O ideal é di­mi­nuir ao mi­zar as per­das por amon­toa­men­
má­xi­mo o ma­nu­seio do pro­du­to”, to. “Pro­du­tos como a ba­na­na são Caixas da Klabin:
as­si­na­la o en­ge­nhei­ro. “Se pos­sí­vel, mui­to de­li­ca­dos, o que gera uma redução do manuseio

deve-se re­du­zi-lo aos mo­men­tos da gran­de ca­deia de re­fu­go até seu des­ quan­to para o mio­lo das cai­xas, sem

andré godoy
co­lhei­ta e do con­su­mo, as pon­tas da ti­no final”, diz. A ten­dên­cia é de es­que­cer a ques­tão da re­ci­cla­gem.
ca­deia pro­du­ti­va.” de­sa­pa­re­ci­men­to gra­dual da ven­da No lado da im­pres­são a empresa
A maio­ria das cai­xas Pla­form é a gra­nel, para oti­mi­zar o apro­vei­ta­ apos­ta forte em cai­xas em tri­cro­
fei­ta para li­nhas au­to­má­ti­cas, mas men­to da pro­du­ção. mia. “Ain­da há re­sis­tên­cia para cai­
há mo­de­los para mon­ta­gem ma­nual, Como ou­tras gran­des em­pre­sas xas mui­to so­fis­ti­ca­das no se­tor, por
com vários benefícios, se­gun­do do se­tor, a Kla­bin vem aper­fei­çoan­ isso a au­to­ma­ti­za­ção total do pro­
Ferreira: tem de­sem­pe­nho su­pe­rior do a tec­no­lo­gia de pro­du­ção de ces­so de em­ba­la­gem deve de­mo­rar
em am­bien­tes úmi­dos, ten­de a ser pa­péis es­pe­ciais, tan­to para o li­ner a se alas­trar”, pre­vê Ferreira.
vis­ta como dis­play nos mais va­ria­
dos pon­tos-de-ven­da e – pon­to Im­por­tân­cia da ex­por­ta­ção
im­por­tan­te para fo­men­tar a ex­por­ta­
ção – é apre­cia­da pelo con­su­mi­dor O se­tor de fru­tas tem boa parte da gens con­fec­cio­na­das aqui mesmo.
eu­ro­peu. Ade­mais, como é ex­pres­ pro­du­ção des­ti­na­da a mercados “Ain­da há mui­ta im­por­ta­ção de
si­vo o numero de consumidores que es­tran­gei­ros, prin­ci­pal­men­te o cai­xas, mas a ten­dên­cia é o for­ne­
eu­ro­peu, ávi­do por produtos tro­pi­ ci­men­to pas­sar a ser cada vez
com­pram em grandes volumes, a
cais. Assim, a em­ba­la­gem para mais lo­cal”, en­ten­de Fer­rei­ra, que
em­ba­la­gem fun­cio­na como veí­cu­lo
ex­por­ta­ção deve ade­quar-se às acom­pa­nha a mo­vi­men­ta­ção de
para le­var a mar­ca do pro­du­tor ou
exi­gên­cias des­se pú­bli­co. “O con­ embalagens para o se­tor no Vale
da rede de va­re­jo às casas. su­mi­dor eu­ro­peu va­lo­ri­za mui­to do Rio São Fran­cis­co, re­gião
as cai­xas so­fis­ti­ca­das, com co­res an­tes ca­ren­te de so­lu­ções lo­cais.
Ca­deia de re­fu­go
im­pac­tan­tes”, diz Jua­rez Fer­rei­ra, Os prin­ci­pais jo­ga­do­res do merca­
A Kla­bin, ou­tra tra­di­cio­nal empresa en­ge­nhei­ro agrô­no­mo da Ri­ge­sa do de pa­pe­lão on­du­la­do se ins­ta­
do se­tor, tam­bém apos­ta no for­ta­le­ Wes­tva­co. O que está mu­dan­do é la­ram na re­gião, de olho no po­ten­
ci­men­to das cai­xas como dis­plays. que es­sas embalagens para cial do segmento. O que se es­pe­
Se­gun­do Ge­rar­do Gal­vez, ge­ren­te ex­por­ta­ção, tra­di­cio­nal­men­te ra, ago­ra, é que es­sas embala­
re­gio­nal de ven­das da uni­da­de de im­por­ta­das pelos pro­du­to­res de gens, com ape­lo pre­mium, se­jam
Jun­diaí (SP) da Kla­bin, quan­do a paí­ses como a Es­pa­nha, es­tão gra­dual­men­te in­cor­po­ra­das tam­
sen­do subs­ti­tuí­das por embala­ bém no mercado na­cio­nal.
em­ba­la­gem pode fun­cio­nar como
atraen
aerossóis

cada vez mais


Praticidade de uso e
bom acabamento
cativam consumidor
e aumentam vendas

s
Leandro Haberli

e­ uma das pa­la­vras de


or­dem no uni­ver­so das
embalagens, hoje, é con­ve­
niên­cia, para o profissional
do setor ela se tra­duz em ou­tra: ima­
gi­na­ção. O exer­cí­cio des­sa fa­cul­da­
de do es­pí­ri­to hu­ma­no é al­ta­men­te
com­pen­sa­dor, pois fa­ci­li­ta a vida
das pes­soas e gera lu­cros.
Tome-se o exem­plo das la­tas de
ae­ros­sol, sur­gi­das no Bra­sil em em­ba­la­gem em si (o aço é em­pre­ga­ mé­dia é de uma por ano. Uma das
1953. Em sua luta con­tra per­ni­lon­ do em cer­ca de dois ter­ços das la­tas ex­pli­ca­ções para o baixo con­su­mo é
gos, ba­ra­tas e ou­tros bi­chos, a hu­ma­ de ae­ros­sol em todo o mun­do; o alu­ o as­pec­to sa­zo­nal do co­mér­cio de
ni­da­de teve de gas­tar mui­to mu­que mí­nio res­pon­de pela ou­tra fa­tia). in­se­ti­ci­das no Bra­sil, prin­ci­pal ni­cho
nas ve­lhas “bom­bas de flit”, até que No entanto, não res­ta dú­vi­da de para a uti­li­za­ção de la­tas de ae­ros­
al­guém ti­ves­se a idéia de fa­bri­car que a gran­de ala­van­ca do êxi­to das sol, com 40% de par­ti­ci­pa­ção (grá­
uma lata con­ten­do um gás que li­be­ la­tas de ae­ros­sol é a sua fun­cio­na­li­ fi­co 1). As va­ria­ções de ven­das
ras­se o in­se­ti­ci­da ao aper­to de uma da­de. Atra­vés de um agen­te pro­pe­ che­gam a ba­ter em 200% no ve­rão.
vál­vu­la. A lata de ae­ros­sol é mais len­te, a lata de ae­ros­sol, com a no­tó­ A bai­xa di­ver­si­da­de de apli­ca­
uma pro­va de que fa­ci­li­tar a aber­tu­ra ria con­tri­bui­ção de um sis­te­ma es­pe­ ções também contribui para o fra­co
e o ma­nu­seio de um pro­du­to é si­nô­ cial de vál­vu­las, substituiu gra­dual­ de­sem­pe­nho dos ae­ros­sóis no Bra­
ni­mo de pos­sí­vel au­men­to do con­su­ men­te as bombas manuais. Tam­bém sil, co­lo­ca­do atrás da Ve­ne­zue­la e da
mo e de me­nos chan­ces de ar­ra­nhões pe­sa­ram no pro­ces­so o for­ma­to e a Tai­lân­dia no ran­king da categoria
na ima­gem da mar­ca. re­sis­tên­cia das la­tas, dois di­fe­ren­ (ver o grá­fi­co 2). Na Argentina, a
Essa lata agre­ga, ainda, forte ciais lo­gís­ti­cos que pos­si­bi­li­tam exem­plo do que ocor­re nos Es­ta­dos
po­der de atra­ção visual, atri­bu­to mo­vi­men­tar as mer­ca­do­rias com Uni­dos e em paí­ses eu­ro­peus, os
in­dis­pen­sá­vel quan­do o pro­du­to está baixos níveis de ava­rias. ae­ros­sóis são em­pre­ga­dos em gran­
ex­pos­to nas pra­te­lei­ras dis­pu­tan­do Po­rém, o rico his­tó­ri­co e a lis­ta de va­rie­da­de de produtos, não se
com inú­me­ros con­cor­ren­tes es­pa­ço de van­ta­gens des­se re­ci­pien­te não res­trin­gin­do a in­se­ti­ci­das, lu­bri­fi­
e a aten­ção dos consumidores. Os têm re­ver­ti­do em maior par­ti­ci­pa­ção can­tes ou itens de hi­gie­ne pes­soal,
bons re­sul­ta­dos grá­fi­cos des­se tipo no mercado brasileiro. Na ver­da­de, como ocor­re aqui. Lá fora, o se­tor
de re­ci­pien­te são pro­por­cio­na­dos o con­su­mo doméstico de la­tas de ali­men­tí­cio é um rico fi­lão para os
por uma im­pres­são li­to­grá­fi­ca efi­ ae­ros­sol está mui­to aquém de seu ae­ros­sóis, que en­tre ou­tros produtos
cien­te, que, no caso das la­tas de aço, po­ten­cial. Na Argentina, por exem­ acon­di­cio­nam alimentos vis­co­sos,
pode ser fei­ta di­re­ta­men­te nas fo­lhas- plo, o con­su­mo per ca­pi­ta é de seis como óleo cu­li­ná­rio (es­pe­cí­fi­co para
de-flan­dres, an­tes da con­fec­ção da la­tas anuais, enquanto no Bra­sil a un­tar for­mas) e cre­me chan­tilly. Há
28 – embalagemmarca • mar 2000
tes Consumo por habitante

Fonte: Associação brasileira de aerossóis e


saneantes domissanitários (dados de 1997)
al­gu­mas ver­sões locais, como o
chan­tilly da Vi­gor, mas suas embal­
agens são importadas.
O pre­si­den­te da Associação
Brasileira de Ae­ros­sóis e Sa­nean­tes
Do­mis­sa­ni­tá­rios (ABAS), Hugo
Cha­lu­leu, diz que a pro­du­ção
do­més­ti­ca de la­tas de ae­ros­sóis é são al­me­ja­da pelos fa­bri­can­tes, as la­ta apos­ta no crescimento do mer­
in­fe­rior à de­man­da por­que o gás la­tas de ae­ros­sol ainda pre­ci­sam cado de ae­ros­sóis e no fim do con­
usa­do como pro­pe­len­te no Bra­sil ven­cer o es­tig­ma de em­ba­la­gem cei­to de pro­du­to eco­lo­gi­ca­men­te
tem pre­ço me­nos com­pe­ti­ti­vo do agres­si­va ao am­bien­te, con­cei­to que in­cor­re­to atri­buí­do às embalagens.
que em ou­tros paí­ses. “A Argentina, de­cor­re do já ba­ni­do em­pre­go do Pro­va maior des­sa con­fian­ça foi a
es­pe­cial­men­te, ofe­re­ce pre­ço atraen­ gás CFC (clo­ro­fluor­car­bo­no) como re­cen­te es­tréia de cin­co li­nhas de
te e pro­pe­len­te de óti­ma qua­li­da­de, agen­te pro­pe­len­te (ver o qua­dro). equi­pa­men­to para pro­du­ção de la­tas
ori­gi­ná­rio de fon­tes na­tu­rais de Não há pes­qui­sas sobre a ima­gem de ae­ros­sol pela empresa. A tec­no­
de­ri­va­dos de pe­tró­leo”, ele ex­pli­ca. que os brasileiros têm das la­tas de lo­gia foi ad­qui­ri­da da Crown Cork
Atual­men­te, a pro­du­ção na­cio­ ae­ros­sol. En­tre­tan­to, em re­cen­te Em­ba­la­gens, sub­si­diá­ria bra­si­lei­ra
nal res­pon­de por 70% das cer­ca de pes­qui­sa fei­ta nos EUA, país que, da gi­gan­te nor­te-ame­ri­ca­na Crown
160 milhões de uni­da­des con­su­mi­ como o Bra­sil, subs­ti­tuiu o CFC dos Cork & Seal, através de um con­tra­
das no país, numa in­di­ca­ção cla­ra ae­ros­sóis há mais de vin­te anos, sete to de alian­ça es­tra­té­gi­ca com du­ra­
de que os 30% res­tan­tes já re­pre­ en­tre dez en­tre­vis­ta­dos ainda vêem ção de cin­co anos.
sen­tam, so­zi­nhos, um am­plo cam­po nes­se tipo de em­ba­la­gem um fa­tor No Bra­sil, a Crown con­cen­trou-se
a ser ex­plo­ra­do no mercado de la­tas de ris­co para o meio am­bien­te. “É na pro­du­ção de embalagens para be­bi­
de ae­ros­sol no Bra­sil. Com o dó­lar real­men­te di­fí­cil mu­dar um mito”, das, dei­xan­do a fa­bri­ca­ção de ae­ros­
sen­do negociado a ta­xas ra­zoá­veis, ana­li­sa An­tô­nio Car­los Tei­xei­ra, sóis cen­tra­li­za­da em sua uni­da­de
a in­ten­si­fi­ca­ção da pro­du­ção na­cio­ di­re­tor su­pe­rin­ten­den­te da Bra­si­la­ta, ar­gen­ti­na. Os equi­pa­men­tos para
nal tem boas pers­pec­ti­vas, acredita tra­di­cio­nal pro­du­to­ra de la­tas para ae­ros­sóis fo­ram in­cor­po­ra­dos pela
o pre­si­den­te da ABAS. tin­tas e ou­tros produtos quí­mi­cos. Bra­si­la­ta à sua nova plan­ta in­dus­trial,
Con­tu­do, para al­can­çar a di­fu­ Apesar das di­fi­cul­da­des, a Bra­si­ em Es­tre­la (RS). A ca­pa­ci­da­de ins­ta­la­

Participação dos aerossóis


no mercado
Em lugar do CFC, propelentes naturais
4% 20% De acor­do com a ABAS – Como al­ter­na­ti­va ao CFC, os fa­bri­
Associação Brasileira de Ae­ros­sóis can­tes e en­va­sa­do­res de ae­ros­sol
e Sa­nean­tes Do­mis­sa­ni­tá­rios, o gás pas­sa­ram a tra­ba­lhar com ga­ses
CFC (clo­ro­fluor­car­bo­no), que fun­cio­ li­que­fei­tos de­ri­va­dos do pe­tró­leo,
15%
na como pro­pe­len­te nas embalagens fun­da­men­tal­men­te o bu­ta­no e o
de ae­ros­sol, foi proi­bi­do no país em pro­pa­no. “Es­ses pro­pe­len­tes são
Fonte: Associação brasileira de aerossóis e
saneantes domissanitários (dados de 1997)

1979, pelo Mi­nis­té­rio da Saú­de. “Em na­tu­rais”, ga­ran­te o pre­si­den­te da


produtos do­mis­sa­ni­tá­rios, o Bra­sil ABAS. “Por­tan­to, não cau­sam dano
foi o ter­cei­ro país do mun­do a ini­ciar al­gum ao am­bien­te”. A ABAS pos­
40% o pha­se-out de CFC’s, de­pois ape­nas sui um con­tra­to de for­ne­ci­men­to de
21% dos Es­ta­dos Uni­dos e do Ca­na­dá”, pro­pe­len­tes com a Pe­tro­brás, de
Purificadores de ambientes in­for­ma Hugo Cha­lu­leu, pre­si­den­te quin­ze anos re­no­vá­veis. A par­ce­ria
Higiene pessoal da en­ti­da­de. Em ou­tros produtos, ga­ran­te a ex­plo­ra­ção de uma plan­ta
Farmácia/Veterinária como de­so­do­ran­tes, o gás pre­ju­di­ com ca­pa­ci­da­de para pro­ces­sar até
Inseticidas cial à ca­ma­da de ozô­nio só foi subs­ 30 000 to­ne­la­das de bu­ta­no e pro­
Outros ti­tuí­do em 1988. pa­no ao ano.

mar 2000 • embalagemmarca – 29


da da nova fá­bri­ca é de 4 mil­ Aerossóis da Brasilata: a Ba­nho pas­sou re­cen­te­men­te por
hões de la­tas de ae­ros­sol por meta de 30% uma re­for­mu­la­ção visual com­ple­ta,
mês, com duas op­ções de diâ­ do mercado rea­li­za­da pela agên­cia de de­sign
me­tro, 57mm e 65mm. “Nos­so Bench­mark. A lo­go­mar­ca foi re­no­
ob­je­ti­vo é con­quis­tar par­ti­ci­pa­ va­da, sem pre­juí­zo das ca­rac­te­rís­ti­
ção se­me­lhan­te aos 30% que a cas fun­da­men­tais da linha: o tom
Crown de­ti­nha no mercado azul es­cu­ro e os gra­fis­mos que lem­
brasileiro”, re­ve­la Tei­xei­ra. bram on­du­la­ções ma­ri­nhas, por
exem­plo, fo­ram man­ti­dos.
Diferenciação
Além da luta con­tra a ima­ Consumidor quer tudo
gem de pro­du­to ofen­si­vo ao To­dos es­ses são, no fun­do, atri­bu­tos
am­bien­te, os pro­fis­sio­nais va­lo­ri­za­do­res da em­ba­la­gem, que
que atuam com la­tas de “Nes­ta úl­ti­ma área, nos­sa pro­du­ção no entanto tem na ex­tre­ma pra­ti­ci­
ae­ros­sol es­for­çam-se para ino­var e é cen­tra­li­za­da em hair spray”, da­de seu prin­ci­pal ape­lo de ven­da.
di­fe­ren­ciar as embalagens. Ao lan­ sa­lien­ta Tet­su­ya Hi­gas­hi, ge­ren­te de Isso sig­ni­fi­ca­ria, en­tão, que a de­co­
çar o in­se­ti­ci­da Bay­gon Es­pu­ma ven­das da Prada. Ele destaca que, ra­ção, a cor, o bri­lho e ou­tros ele­
Ati­va, por exem­plo, a Ba­yer, criou além da pra­ti­ci­da­de e da so­fis­ti­ca­ men­tos vi­suais são su­pér­fluos e
uma fór­mu­la es­pe­cial para com­ba­ ção da im­pres­são, “ou­tra van­ta­gem por­tan­to dis­pen­sá­veis numa lata de
ter for­mi­gas e do­tou a em­ba­la­gem do ae­ros­sol é o de­sem­pe­nho su­pe­ ae­ros­sol? Tal per­gun­ta, que po­de­ria
de um apli­ca­dor di­re­cio­ná­vel, pró­ rior ao de ou­tras embalagens, na even­tual­men­te ocor­rer ao pes­soal
prio para in­se­ti­ci­das em forma de me­di­da em que pos­si­bi­li­ta maior da pro­du­ção no pas­sa­do, já não tem
es­pu­ma e úni­co no mercado. “Ava­ apro­vei­ta­men­to do pro­du­to”. sen­ti­do no mun­do contermporâneo
lia­mos que ha­via um ni­cho com O cer­to é que a as­so­cia­ção dos dos ne­gó­cios, onde pre­va­le­ce o pro­
boas pos­si­bi­li­da­des de ex­pan­são fa­bri­can­tes de ae­ros­sóis apos­ta no fis­sio­nal ho­lís­ti­co, aque­le que sabe
para esse item”, de­ta­lha Ro­dri­go crescimento da pro­du­ção in­ter­na e de tudo um pou­co. Os di­fe­ren­tes
Pougy, ge­ren­te de pro­du­to da linha do con­su­mo do pro­du­to para além de­par­ta­men­tos de uma empresa – e
Bay­gon. “Além do apli­ca­dor, pro­ das atuais 450 milhões de uni­da­des/ mesmo as di­fe­ren­tes em­pre­sas den­
cu­ra­mos con­fe­rir mo­der­ni­da­de ao ano. “O qua­dro atual de pro­du­ção tro de uma ca­deia – tra­ba­lham de
pro­du­to, uti­li­zan­do im­pres­são bri­ deverá ser mo­di­fi­ca­do”, ob­ser­va forma in­te­gra­da, em bus­ca do ob­je­
lhan­te, que destaca a em­ba­la­gem na Cha­lu­leu. Al­guns usuá­rios con­tri­ ti­vo co­mum que é sa­tis­fa­zer o con­
gôn­do­la”, ele diz. buem nes­sa di­re­ção. Des­de 1988, a su­mi­dor. E, já está exaus­ti­va­men­te
As embalagens da linha de in­se­ John­son & John­son, por exem­plo, com­pro­va­do, o con­su­mi­dor moder­
ti­ci­das Bay­gon são for­ne­ci­das pela tem la­tas de ae­ros­sol em sua linha no não se sa­tis­faz ape­nas com a
Cia. Me­ta­lúr­gi­ca Pra­da, lí­der bra­si­ de de­so­do­ran­tes Ba­nho a Ba­nho, pra­ti­ci­da­de e com mais um ou ou­tro
lei­ra no mercado de ae­ros­sóis, com além das ver­sões roll-on, spray, cre­ atri­bu­to de uma em­ba­la­gem. Ele,
ca­pa­ci­da­de pro­du­ti­va de 9 milhões me e tal­co. “O ae­ros­sol pro­por­cio­na sim­ples­men­te, quer tudo.
de uni­da­des por mês. Além de la­tas mais co­mo­di­da­de e uma apli­ca­ção
para in­se­ti­ci­das, a empresa for­ne­ce prá­ti­ca e seca”, de­fi­ne Luiz Car­los
embalagens de ae­ros­sol a Du­tra, res­pon­sá­vel pela área de
fa­bri­can­tes de óleos lu­bri­fi­ as­sun­tos pú­bli­cos da empresa.
can­tes, tin­tas, pu­ri­fi­ca­do­res Cons­cien­te de que a apre­sen­ta­
de am­bien­te e cos­mé­ti­cos. ção dos produtos nas gôn­do­las
tem pa­pel fun­da­men­tal na bus­ca
por maior par­ti­ci­pa­ção de merca­
Latas de do, “a J&J está sem­pre bus­can­do
Baygon embalagens mo­der­nas e
Espuma im­pac­tan­tes”, re­su­me
Ativa, da
Prada: bico Du­tra. A propósito, a
fotos: divulgação

inovador mo­der­ni­da­de repre­sen­


Banho a Banho,
ta­da pe­las embalagens da J & J: aplicação
dos de­so­do­ran­tes Ba­nho prática e seca

30 – embalagemmarca • mar 2000


logística

ROTAS virtuais
a
Portais na Internet ajudam no transporte de cargas

ex­plo­são do e-bu­si­ness (www.web­trans­por­tes.com.br), ao ou­tros, e o gran­de cam­po a ser


vem ar­ras­tan­do para a lado da Te­le­má­ti­ca, empresa de ex­plo­ra­do é o fo­men­to ao co­mér­cio
In­ter­net os mais di­ver­ co­mu­ni­ca­ção in­te­ra­ti­va. Assim en­tre trans­por­ta­do­ras e for­ne­ce­do­res
sos se­to­res da ca­deia de como o Ro­do­fre­tes (www.ro­do­fre­ – de au­to­pe­ças, de ser­vi­ços me­câ­ni­
pro­du­ção. Os por­tais de lo­gís­ti­ca e tes.com.br), mais re­cen­te site lan­ cos, de se­gu­ros etc. “Pri­mei­ro, es­ta­
trans­por­te, que pro­li­fe­ram sem ça­do do gê­ne­ro, e o Web­trans mos pro­cu­ran­do cen­tra­li­zar in­for­
parar, não fogem à regra. Além de (www.web­trans.com.br), apoia­do ma­ções, para de­pois nos con­cen­trar­
co­mer­cia­li­zar ser­vi­ços ele­tro­ni­ca­ pela Mul­ti­car­gas (ins­ti­tui­ção que mos no e-com­mer­ce”, diz Ja­bur,
men­te, es­ses si­tes es­pe­cia­li­za­dos une as 120 maio­res trans­por­ta­do­ que in­ves­tiu 1 mi­lhão de reais no
buscam in­te­grar de forma di­nâ­mi­ca ras na­cio­nais), o Web­trans­por­tes Ro­do­fre­tes e ainda con­tro­la uma
os elos do mercado e ofe­re­cer in­for­ abre para a empresa que pos­sui rede de lo­jas de pneus.
ma­ções di­re­cio­na­das a em­pre­sas e car­ga a ser trans­por­ta­da a pos­si­bi­ Ofe­re­cer qua­li­da­de de con­teú­do
pro­fis­sio­nais au­tô­no­mos do ramo. li­da­de de di­vul­gar qual a rota é o prin­ci­pal trun­fo dos por­tais do
Com a cria­ção dos por­tais, os de­se­ja­da e o pra­zo da en­tre­ga. Os segmento, já que o ob­je­ti­vo é abran­
trans­por­ta­do­res vis­lum­bram não só in­te­res­sa­dos lan­çam suas pro­pos­ ger toda a ca­deia de lo­gís­ti­ca, não
aten­der seus clien­tes tra­di­cio­nais. O tas, e a con­cor­rên­cia é aber­ta. “É ape­nas o trans­por­tes de car­gas. O
boom das ven­das pela In­ter­net acen­ uma opor­tu­ni­da­de in­crí­vel para os Guia de Lo­gís­ti­ca (www.guia­de­lo­
deu os âni­mos do se­tor, já que o em­bar­ca­do­res, pois eles po­dem gis­ti­ca.com.br), por exem­plo, lan­ça­
e-com­mer­ce de­pen­de di­re­ta­men­te re­du­zir cus­tos, e para as trans­por­ do em se­tem­bro de 1999, apos­ta
da mo­vi­men­ta­ção fí­si­ca dos produ­ ta­do­ras, que am­pliam sua car­tei­ra prin­ci­pal­men­te em suas se­ções de
tos. Ou seja, nun­ca se pre­ci­sou tan­to de clien­tes”, re­su­me Nél­son Ja­bur, ar­ti­gos e ca­ses e agen­da de even­tos
de ser­vi­ços de trans­por­tes con­fiá­ di­re­tor ge­ral do Ro­do­fre­tes. so­bre o as­sun­to. “Como fa­la­mos de
veis, ágeis e de qua­li­da­de, e essa lo­gís­ti­ca de ma­nei­ra glo­bal, te­mos
ten­dên­cia só deve au­men­tar, pa­ra­le­ Mais que lei­lões de ser mais que um ban­co de in­ter­
la­men­te ao crescimento da cul­tu­ra Num se­tor que mo­vi­men­ta cer­ca de me­dia­ção de ne­gó­cios e ofe­re­cer
de con­su­mir pela web. A Associação 35 bilhões de dó­la­res por ano e que in­for­ma­ção”, co­men­ta Mar­cos Ver­
Na­cio­nal de Trans­por­tes (NTC) esti­ con­ta com cerca de 12 000 trans­por­ lan­gie­ri, di­re­tor do Guia, que não
ma que, no pra­zo de dois anos, cer­ca ta­do­ras tra­di­cio­nais, 14 000 trans­ pos­sui vín­cu­los com en­ti­da­des. Ver­
de me­ta­de das ne­go­cia­ções de fre­tes por­ta­do­ras ex­pres­sas e 350 000 lan­gie­ri, pro­fis­sio­nal de lo­gís­ti­ca há
ro­do­viá­rios deverá ser fei­ta via In­ter­ au­tô­no­mos, os si­tes pre­ten­dem mais mais de vin­te anos, se en­tu­sias­ma
net, o que deve ge­rar ne­gó­cios da do que sim­ples­men­te lei­loar fre­tes e com os mais de 3 300 for­ne­ce­do­res
ordem de 15 bilhões de dó­la­res. com­pa­rar co­ta­ções. Há ser­vi­ços de de produtos e ser­vi­ços ca­das­tra­dos
A NTC, aliás, é uma das man­ no­tí­cias, di­cas, ma­pas, cur­sos on- até ago­ra em seu site. E acha que as
te­ne­do­ras do site Web­trans­por­tes line, orien­ta­ções so­bre le­gis­la­ção e pers­pec­ti­vas são ex­ce­len­tes.
marca
café

fixando a
Nestlé faz campanha mundial para reforçar a imagem do Nescafé

f
a­zer a fama e dei­tar na cria­ção de novos equi­ties,
cama, como en­si­na­va segundo o di­re­tor da di­vi­

fotos: divulgação
an­t igo di­t a­d o, po­d ia são de alimentos e be­bi­das
ser bom nas tam­bém da Nes­tlé.
re­m o­t as eras em se Ao lado das mu­dan­ças
amar­r a­v a ca­c hor­r o de la­yout e for­ma­to, a Nes­
com lin­g üi­ç a. Hoje, tlé lan­çou ou­tra no­vi­da­de
em ter­mos de em­ba­la­gem e em em­ba­la­gem para ca­fés
de mar­ca, tal prá­ti­ca é um so­lú­veis, que vem sen­do
sé­rio ris­co, pois os ca­chor­ros em­pre­ga­da no Nes­ca­fé Cap-
(leia-se a con­cor­rên­cia) dei­ ­puc­ci­no. São sa­chês mul­ti­
xa­r am de ser in­g ê­n uos e ca­m a­d as, me­t a­l i­z a­d os e
ad­qui­ri­ram o pés­si­mo há­bi­to com ren­d i­m en­t o in­d i­v i­
de co­m er as lin­g üi­ç as. O dual, ideais para con­su­mo
prin­cí­pio é ele­men­tar: a tec­ por­c io­n a­d o. “Gra­ç as à
no­lo­gia está ao al­can­ce de em­b a­la­g em, este pro­d u­to
to­d os e qual­q uer pro­d u­t o a-pre­sen­ta pre­pa­ro fá­cil e
pode ter um ri­val à al­tu­ra. Se rá­pi­do, além de maior cre­
não, por que iria a Nes­tlé mo­si­da­de”, apon­ta Ra­ko­
aba­l ar-se, como aca­b a de witsch.
fazer, e ini­c iar um pla­n o
mun­dial de mar­ke­ting para Frascos quadrados e logotipo
R$ 40 milhões
sua linha de café so­lú­vel Nes­ca­ na vertical: novos equities Ao todo, o novo pro­je­to de mar­
fé, uma das mar­cas mais lem­bra­ ke­ting da Nes­tlé para a mar­ca
das por consumidores de todo o des­ta­que nas gôn­do­las. “Nos­so Nes­ca­fé consumirá investimen­
mun­d o e res­p on­s á­v el por um ob­je­ti­vo foi ape­nas mo­der­ni­zar e tos pró­xi­mos a 40 milhões de
faturamento glo­bal es­ti­ma­do em di­f e­r en­c iar es­s es produtos”, reais, in­cluin­do equi­pa­men­tos e
10 bilhões de dó­la­res por ano? in­f or­m a An­d rei Ra­k o­w itsch, campanha de divulgação. O
di­re­tor da di­vi­são de alimentos e ob­je­ti­vo da ação não é mis­té­rio
Mudança total be­bi­das da Nes­tlé. “A mu­dan­ça den­tro da empresa. Com a cam­
O pro­j e­t o in­c lui cam­p a­n ha de for­ma­to não teve fi­na­li­da­des pa­nha Nes­ca­fé Open Up, cujo
pu­bli­ci­tá­ria mun­dial, in­ti­tu­la­da lo­gís­ti­cas”, ele diz. lançamento mun­dial se deu no
Nes­ca­fé Open Up, o lançamento Além das mudança no for­ Bra­s il, a mul­t i­n a­c io­n al suí­ç a
de novos produtos e o re­de­se­nho mato dos fras­cos, que passaram a pre­ten­de fi­xar ainda mais a mar­
de embalagens dos itens que ser qua­dra­dos, os ró­tu­los dos ca en­tre os apre­cia­do­res da be­bi­
com­põem o mix da mar­ca. Os ca­fés so­lú­veis da linha Nes­ca­fé da e au­men­tar a par­ti­ci­pa­ção do
fras­cos de vi­dro do Nes­ca­fé Tra­ es­trea­ram visual novo. O lo­go­ti­ café em seus ne­gó­cios, hoje res­
di­ç ão e Nes­c a­f é Ma­t i­n al, por po da mar­ca Nes­ca­fé pas­sou a pon­sá­vel por apro­xi­ma­da­men­te
exem­plo, ti­ve­ram al­te­ra­do seu ser dis­p os­t o ver­t i­c al­m en­t e no 12% do faturamento total no
tra­di­cio­nal for­ma­to. An­tes ci­lín­ rótulo, à es­quer­da das ilus­tra­ país.
dri­cas, es­sas embalagens pas­sa­ ções. Novamente, o ob­je­ti­vo foi A atual cam­pa­nha faz parte
ram a ter ân­gu­los re­tos, mu­dan­ça di­fe­ren­ciar a mar­ca de suas con­ das su­c es­s i­v as mo­d er­n i­z a­ç ões
que ob­je­ti­va pro­por­cio­nar bom cor­ren­tes, des­ta vez através da na ima­gem da gri­fe Nes­ca­fé. Ao

34 – embalagemmarca • mar 2000


cervejas

ataque com long


que tudo indica, essa es­tra­té­gia
vem dan­do re­sul­ta­dos, já que a
mar­ca de­tém no­tá­vel ín­di­ce de

neck 600 no nordeste


par­ti­ci­pa­ção no mercado glo­bal
de ca­fés em pó: de cada 100
xí­ca­ras con­su­mi­das em todo o

a
mun­do, vin­te con­têm produtos
Nes­ca­fé. No segmento de so­lú­ Kai­ser re­for­ça sua apos­ta na Cabo de San­to Agos­ti­nho (PE), a
veis, a fa­tia de mercado é ainda con­ve­niên­cia de uso da em­ba­la­gem se­cun­dá­ria da Kai­ser
mais ex­pres­si­va, com 58% de em­ba­la­gem para con­quis­tar no­vas apre­sen­ta em qua­tro fa­ces a foto
par­ti­ci­pa­ção. fa­tias de mercado. Como já vi­nha da gar­ra­fa e des­cre­ve seus prin­ci­
“Nes­ca­fé é um pa­tri­mô­nio da fa­zen­do des­de agos­to de 1997 a pais atri­bu­tos, como a não-re­tor­
Nes­tlé, a mar­ca mais im­por­tan­te ri­val An­tarc­ti­ca com três de suas na­bi­li­da­de, a fa­ci­li­da­de de trans­
da empresa”, sa­lien­ta Ri­car­do mar­cas (An­tarc­ti­ca, Ba­va­ria e por­te e a re­ci­cla­bi­li­da­de.
Gon­ç al­v es, di­r e­t or-pre­s i­d en­t e Po­lar Ex­port), a Kaiser aca­ba de In­cluin­do gar­ra­fas de vi­dro
da Nes­tlé Bra­sil. “Hoje ela é lan­çar em For­ta­le­za sua pil­sen em long neck de 355ml e la­tas de alu­
uma das dez mar­cas mais lem­ gar­ra­fas de vi­dro de 600ml não mí­nio, hoje as embalagens des­
bra­das no mun­do e, com o pro­ re­tor­ná­veis, chamadas de long car­tá­veis re­pre­sen­tam para a Kai­
je­to de mo­der­ni­za­ção, que­re­mos neck 600 pelas vidrarias. Se­gun­ ser 29% da ven­da total de cer­ve­ja.
er­guer sua ima­gem ainda mais”, do Jo­nas Viei­ra, ge­ren­te de ne­gó­ Com o lançamento da 600ml não-
re­ve­la, sem dis­pen­sar o tra­di­ cios da uni­da­de de Pa­ca­tu­ba (CE) re­tor­ná­vel, a empresa es­pe­ra
cio­nal ca­fe­zi­nho. da empresa, o ob­je­ti­vo é agre­gar au­men­tar em 10% sua par­ti­ci­pa­
fa­ci­li­da­de ao volume 600ml, que ção no segmento. A ex­pec­ta­ti­va é
corr­res­pon­de a 68% das ven­das ba­sea­da não só na pos­si­bi­li­da­de
Café com leite na ca­pi­tal cea­ren­se. de aten­der a uma de­man­da dos
consumidores por esse volume de
Após pes­qui­sas em que a Nes­tlé Ombro rendado pro­du­to, mas tam­bém ao pre­ço
cons­ta­tou que gran­de parte de
sua linha de ca­fés so­lú­veis é
Vieira lem­bra que essa iniciativa fa­vo­rá­vel do vi­dro em re­la­ção ao
con­su­mi­da com lei­te e açú­car, a sig­ni­fi­ca o retorno de uma opção da lata de alu­mí­nio, pre­ju­di­ca­da
empresa de­ci­diu lan­çar o Nes­ca­ de embalagem às gôn­do­las de pela alta do dó­lar, segundo Pau­lo
fé Café com Lei­te, pro­du­to so­lú­ su­per­mer­ca­dos, de onde havia Sér­gio Me­noita No­guei­ra, ge­ren­te
vel em água, em ver­são já ado­ça­ sido ba­ni­da há cer­ca de três anos. de pro­du­to da Kai­ser.
da. Para acon­di­cio­ná-lo, fo­ram As re­des não tinham interesse em
ado­ta­das la­tas me­tá­li­cas e ci­lín­ man­ter es­pa­ços e mão-de-obra
dri­cas, com ró­tu­lo de pa­pel ade­ para ad­mi­nis­trar a tro­ca de va­si­
si­vo, que en­vol­ve toda a em­ba­la­ lha­me re­tor­ná­vel.
gem. Nes­te caso, o lo­go­ti­po da
Apesar de a ação da Kaiser ter
mar­ca se­gue sen­do im­pres­so no
o mesmo mo­ti­vo da Antarctica –
topo do ró­tu­lo, aci­ma das ilus­tra­
ocu­par um es­pa­ço va­zio –, o
ções.
lançamento apre­sen­ta di­fe­ren­ças
im­por­tan­tes. Uma de­las é que a
gar­ra­fa, de­sen­vol­vi­da pela CIV –
Cia. In­dus­trial de Vi­dros, tem o
per­fil le­ve­men­te di­fe­ren­te, além
de con­tar com re­le­vo ren­da­do no
om­bro. Ou­tra está na em­ba­la­gem
se­cun­dá­ria, um six-pack de pa­pel-
car­tão com visual mo­der­no e
atraen­te, ao con­trá­rio do uti­li­za­do
pela An­tarc­ti­ca, um fil­me ter­
moen­co­lhi­do trans­pa­ren­te, sem
Six-pack
iden­ti­fi­ca­ção. For­ne­ci­da pela IGB atraente e
– In­dús­tria Grá­fi­ca Brasileira, de informativo

36 – embalagemmarca • mar 2000


ei, consumidor!
Na briga pela atenção do consumidor, cervejarias agregam
dispositivos à embalagem para indicar temperatura do produto

n a acir­ra­da com­pe­
ti­ção en­tre as mar­
cas de cer­ve­ja do
país, cada vez mais
ga-nha importância o recurso
à cria­ti­vi­da­de para cha­mar a
aten­ção do con­su­mi­dor.
cer­ca de 15 milhões de uni­da­
des do pro­du­to. O lançamento
tam­bém tra­rá mul­ti­packs
es­pe­ciais e in-vestimentos
ma­ci­ços em mar­ke­ting, den­
tro da cam­pa­nha “Re­fres­ca
até pen­sa­men­to”.
Co-mo na maio­ria dos ca­sos
as embalagens são pa­dro­ni­za­ Em vidro
das, en­tra em ação a for­ça dos Já na Kai­ser a di­fe­ren­ça é
ró­tu­los. A Brah­ma e a Kai­ser que a mí­dia da ino­va­ção são
es­tão anun­cian­do mais uma as embalagens em vi­dro de
no­vi­da­de que pro­me­te fa­ci­li­ 600ml re­tor­ná­veis. O ador­no
tar a vida dos apreciadores da aci­ma do lo­go­ti­po do ró­tu­lo,
be­bi­da: a in­cor­po­ra­ção de Reproduções dos anúncios da Brahma e da uma ca­ne­ca de cer­ve­ja es­ti­
Kaiser mostram as transformações nos rótulos
ró­tu­los e decoração com tin­ li­za­da, muda do ama­re­lo
tas termossensíveis em gar­ para o ver­de e sur­ge a ins­cri­
rafas e latas que “avi­sam” o ção “bem ge­la­da” so­bre o
con­su­mi­dor quan­do a be­bi­da fun­do. O dis­po­si­ti­vo fun­cio­
está ge­la­da, abai­xo dos 5 na a partir do em­pre­go de
graus centígrados. A tec­no­lo­ uma tin­ta rea­ti­va es­pe­cial, e
gia ter­mos­sen­sí­vel pre­ten­de não é no­vi­da­de no cam­po
agre­gar ca­rá­ter es­pe­cial às dos ró­tu­los para embalagens
embalagens dos produtos, de vi­dro (ver o qua­dro). A
ser­vin­do como mais um di­fe­ lata com tal dis­po­si­ti­vo na Amé­ri­ca empresa pro­me­te dis­po­ni­bi­
ren­cial na guer­ra por sha­re de La­ti­na, e uma edi­ção es­pe­cial e li­zar o pro­du­to ao pú­bli­co a partir
mercado – sa­cu­di­da nos úl­ti­mos li­mi­ta­da – se­rão co­mer­cia­li­za­das de 22 de março.
tem­pos pelos vai­véns do caso
Am­Bev.
Na Brah­ma, a tec­no­lo­gia está
Na Argentina pri­mei­ro
sen­do in­cor­po­ra­da às la­tas de alu­ A cer­ve­ja ale­mã Isen­beck Pre­ do o lí­qui­do atin­ge 8 graus cen­tí­
mí­nio de 350 ml, e con­sis­te num mium, de­sen­vol­vi­da ex­clu­si­va­men­ gra­dos, a tin­ta fica azul, mos­tran­do
ter­mô­me­tro que vai mu­dan­do de te para o mercado ar­gen­ti­no, já os di­ze­res “Ya es­toy fría”, ou já
cor à me­di­da que a be­bi­da gela. O en­trou na moda do rótulo termoss­ es­tou fria, em por­tu­guês.
sis­te­ma co­me­ça a fun­cio­nar aos 15o ensível há al­gum tem­po, em
C, quan­do a cor do ter­mô­me­tro é long necks. No caso, o ró­tu­lo
bran­ca. A to­na­li­da­de vai se mo­di­fi­ do gar­ga­lo da gar­ra­fa de
can­do pro­gres­si­va­men­te até atingir 355ml con­ta com dis­po­si­ti­vo
divulgação

o azul-cla­ro, si­nal de que o pro­du­to es­pe­cial, cha­ma­do Sel­lo Frío,


que per­ma­ne­ce in­vi­sí­vel em
está pron­to para ser con­su­mi­do. De
tem­pe­ra­tu­ra am­bien­te. Quan­
acor­do com a Brah­ma, é a pri­mei­ra
mar 2000 • embalagemmarca – 37
CODIFICAÇÃO

na mão do usuário
Ten­dên­cia no se­tor de co­di­fi­ca­do­ras e mar­ca­do­ras
é o surgimento de ferramentas que pos­si­bi­li­tam
o con­tro­le das im­pres­so­ras à dis­tân­cia

p ro­ver so­lu­ções in­te­gra­


das, onda do mo­men­to
na ca­deia pro­du­ti­va, é
uma ten­dên­cia que se
ma­ni­fes­ta tam­bém no
segmento de co­di­fi­ca­
do­ras e mar­ca­do­ras. Num pro­ces­so
que vem se acen­tuan­do nos úl­ti­mos
na ten­dên­cia, as em­pre­sas do seg­
mento fa­zem, com cres­cen­te fre­
qüên­cia, novos lan­ça­men­tos. Abai­
xo, al­gu­mas so­lu­ções de ge­ren­cia­
men­to in­te­gra­do das co­di­fi­ca­do­ras.

Wil­lett
O mais re­cen­te lançamento do mer­
anos, já es­tão à dis­po­si­ção dos usuá­ cado foi feito em fe­ve­rei­ro pela Wil­
rios des­ses equi­pa­men­tos soft­wa­res lett Ltda. É o Wil­lett Con­nec­tor,
que per­mi­tem con­tro­lar com­ple­xos soft­wa­re de in­te­gra­ção e fa­ci­li­ta­ção
sis­te­mas de im­pres­são por meio de de pro­ces­sos de co­di­fi­ca­ção e mar­
uma úni­ca uni­da­de cen­tra­li­za­do­ra. ca­ção. De­sen­vol­vi­do no Bra­sil, o
Assim, um único ope­ra­dor pode pro­gra­ma, ex­clu­si­vo para equi­pa­
con­tro­lar o sta­tus de fun­cio­na­men­to men­tos da Wil­lett (a partir da linha
dos equi­pa­men­tos e as men­sa­gens 400, no mercado des­de 1996), es­ta­rá
que es­tão sen­do im­pres­sas, o que dis­po­ní­vel em to­dos os paí­ses em
re­ver­te em maior agi­li­da­de nas cor­ que a empresa atua. A ver­são ori­gi­
re­ções de even­tuais fa­lhas. nal, em por­tu­guês, está sen­do tra­du­
Como na maio­ria das áreas, a zi­da para o es­pa­nhol e para o in­glês.
evo­lu­ção tec­no­ló­gi­ca no segmento Re­for­çando sua vo­ca­ção de pro­du­to
de mar­ca­ção e co­di­fi­ca­ção tem se mun­dial, o Wil­lett Con­nec­tor tem
re­ve­la­do im­pres­cin­dí­vel. Afi­nal, as um dis­po­si­ti­vo que pos­si­bi­li­ta sua
co­di­fi­ca­do­ras, tão úteis e de peso tra­du­ção para qual­quer idio­ma.
in­sig­ni­fi­can­te nos cus­tos glo­bais de Apos­tan­do na fa­mi­lia­ri­da­de cres­
pro­du­ção, são no­ta­das jus­ta­men­te cen­te das pes­soas com a In­ter­net, a
nos mo­men­tos em que dei­xam de empresa de­sen­vol­veu a in­ter­fa­ce
fun­cio­nar – e, quan­do isso acon­te­ce, grá­fi­ca do pro­gra­ma ins­pi­ran­do-se Ima­je do Brasil
as per­das po­dem ser sig­ni­fi­ca­ti­vas. nos brow­sers de na­ve­ga­ção na rede, Em res­pos­ta às fre­qüen­tes so­li­ci­ta­
Ade­mais, a po­lí­ti­ca de cen­tra­li­ com a in­ten­ção de tor­nar seu uso ções de seus clien­tes, a Ima­je do
zar os co­man­dos dos equi­pa­men­tos mais sim­ples e mne­mô­ni­co. Com­ Bra­sil de­sen­vol­veu em 1998 o soft­
de co­di­fi­ca­ção per­mi­te que es­ses pos­to por qua­tro mó­du­los que po­dem wa­re Ima­je Dri­ver, para am­bien­te
fa­bri­can­tes, além de aten­der às ser com­pra­dos se­pa­ra­da­men­te (Bá­si­ Win­dows, ca­paz de ge­ren­ciar, in­te­
ne­ces­si­da­des de seus clien­tes, criem co; de Rede; de Ca­li­bra­ção e Diag­ gral­men­te, uma ex­ten­sa linha de
bar­rei­ras à atua­ção dos con­cor­ren­tes nós­ti­cos; e de Re­la­tó­rios e Grá­fi­cos im­pres­são e co­di­fi­ca­ção. Des­sa
em mercados já do­mi­na­dos. O mo­ti­ de Pro­du­ção), o soft­wa­re aten­de forma, por meio de um PC, é pos­sí­
foto: andré godoy

vo é sim­ples: com o em­pre­go de des­de pe­que­nos clien­tes a gran­des vel con­tro­lar as im­pres­so­ras à dis­
so­lu­ções in­te­gra­das, as mu­dan­ças fa­bri­can­tes – com ele, é pos­sí­vel tân­cia. En­tre ou­tras fun­ções téc­ni­
de for­ne­ce­dor são si­nô­ni­mos de con­tro­lar até 99 má­qui­nas na linha cas, o pro­gra­ma edi­ta as men­sa­gens
investimentos ele­va­dos. Apos­tan­do de pro­du­ção. para car­re­ga­men­to da linha de pro­

38 – embalagemmarca • mar 2000


du­ção, po­den­do co­nec­tar
até 128 im­pres­so­ras. O
li­mi­te para ar­ma­ze­na­men­to
de in­for­ma­ções é de­ter­mi­
na­do pela ca­pa­ci­da­de do

a
HD (dis­co rí­gi­do). A boa
acei­ta­ção do equi­pa­men­to
s co­di­fi­ca­do­ras têm se mos­ agi­li­zan­do a sua cor­re­ção, e ob­tém-
na Fran­ça e na In­gla­ter­ra tor­
tra­do equi­pa­men­tos ver­sá­ se maior con­tro­le so­bre as per­das.
nou o Ima­je Dri­ver uma boa
teis e de gran­de uti­li­da­de nas Ro­nal­do Du­ran­te, ge­ren­te de
op­ção para o mercado brasileiro.
li­nhas de pro­du­ção. Com elas, é ven­das da Ima­je do Bra­sil, tam­bém
Sunny­va­le pos­sí­vel ras­trear os pro­ces­sos de destaca a fun­ção das co­di­fi­ca­do­ras
fa­bri­ca­ção, au­xi­liar a mon­ta­gem na lo­gís­ti­ca das em­pre­sas. Para ele,
As co­di­fi­ca­do­ras ink jet Do­mi­no,
por meio da mar­ca­ção de pe­ças e o con­tro­le de ex­pe­di­ção com es­ca­
uma das em­pre­sas re­pre­sen­ta­das
com­po­nen­tes e au­to­ma­ti­zar a co­le­ta nea­men­to di­re­to de có­di­gos de bar­ra
pela Sunny­va­le, po­dem ser in­te­gra­
de da­dos. Uma apli­ca­ção tí­pi­ca da per­mi­te a bai­xa au­to­má­ti­ca nos sis­
das e con­tro­la­das via PC com o uso
co­di­fi­ca­ção em eta­pas in­ter­me­diá­ te­mas de con­tro­le lo­gís­ti­co. “É pos­
do Je­tlink. Tra­ta-se de um soft­wa­re
rias é a mar­ca­ção de com­po­nen­tes. sí­vel mo­ni­to­rar a pro­du­ção des­de
que per­mi­te con­tro­lar itens re­mo­ta­
Se­gun­do Vil­son Bel­lim, ge­ren­te que os da­dos se­jam ge­ren­cia­dos por
men­te, con­tar os produtos mar­ca­
ge­ral da Brady do Bra­sil, essa prá­ti­ um soft­wa­re e as­so­cia­dos a có­di­gos
dos, mar­car lo­tes, da­tas e ho­rá­rios
ca fa­ci­li­ta o pro­ces­so de mon­ta­gem de bar­ra, que per­mi­tem a lei­tu­ra de
de fa­bri­ca­ção, além de ins­pe­cio­nar
e o con­tro­le in­ter­no da empresa, da­dos de forma au­to­ma­ti­za­da, sem a
a tro­ca de tur­nos. Já as co­di­fi­ca­do­
per­mi­tin­do um bom acom­pa­nha­ ne­ces­si­da­de de se­rem di­gi­ta­dos”,
ras ITI de alta re­so­lu­ção, da Ima­
men­to do es­to­que e do pro­du­to. “A opi­na. “Isso gera eco­no­mia de tem­
ging Tech­no­lo­gies, ou­tra re­pre­sen­
Brady está se es­pe­cia­li­zan­do, mun­ po e eli­mi­na er­ros.”
ta­da da Sunny­va­le, ofe­re­cem um
dial­men­te, em eti­que­tas de in­for­ A pos­si­bi­li­da­de de maior con­tro­
sis­te­ma mo­du­lar para im­pres­são de
ma­ção”, diz Bel­lim. O ob­je­ti­vo é le so­bre a pro­du­ção, o seu ge­ren­cia­
ca­rac­te­res gran­des, in­clu­si­ve de
agre­gar o má­xi­mo de in­for­ma­ções men­to e a eco­no­mia de tem­po tam­
có­di­gos de bar­ra, para a eta­pa final
às eti­que­tas, indo além da sim­ples bém são as van­ta­gens que Eli­zan­ge­
de em­ba­la­gem. Nes­te caso, um úni­
iden­ti­fi­ca­ção, dada a im­por­tân­cia la Mar­tins, as­sis­ten­te da di­re­to­ria de
co equi­pa­men­to ser­vi­dor é ca­paz de
cres­cen­te da co­di­fi­ca­ção nos pro­ mar­ke­ting da Os­car Flues, en­xer­ga
con­tro­lar até de­zes­seis li­nhas de
ces­sos pro­du­ti­vos. “A co­di­fi­ca­ção no ar­ma­ze­na­men­to dos da­dos da
embalagens si­mul­ta­nea­men­te, com
per­mi­te a ras­trea­bi­li­da­de de tudo o linha de pro­du­ção. “O ope­ra­dor dei­
até 112 ca­be­ço­tes de im­pres­são.
que está en­vol­vi­do na pro­du­ção, xa de re­ce­ber ins­tru­ções pelo pa­pel
Os­car Flues des­de a che­ga­da das ma­té­rias-pri­ e de per­der tem­po, pois a cen­tral
mas até o des­pa­cho dos produtos con­tro­la­do­ra tem a po­si­ção de to­das
A Os­car Flues vem ofe­re­cen­do ao
aca­ba­dos”, ele diz. Assim, fica mais as im­pres­so­ras”, ex­pli­ca Eli­zan­ge­la.
mercado brasileiro, des­de no­vem­
fá­cil – e mais ba­ra­to – iden­ti­fi­car a Se­gun­do ela, pode-se ga­nhar até
bro, a al­pha­JET Mo­de­lo C, co­di­fi­
ori­gem de even­tuais pro­ble­mas, 30% em pro­du­ti­vi­da­de.
ca­do­ra que tem uma cen­tral de
con­tro­le capaz de mo­ni­to­rar mais
de uma uni­da­de de im­pres­são. A Ampliar para vender mais
al­pha­JET, que pode im­pri­mir nú­me­
ros se­qüen­ciais, lo­go­ti­pos e có­di­gos A Brady, empresa nor­te-ame­ri­ca­na anunciou a du­pli­ca­ção da fá­bri­ca em
de bar­ra, é co­nec­tável a um soft­wa­ fa­bri­can­te de eti­que­tas in­dus­triais e Osas­co (SP), para 2 000 me­tros qua­
sis­te­mas de iden­ti­fi­ca­ção, ini­ciou dra­dos, na ex­pec­ta­ti­va de ele­var em
re es­pe­cí­fi­co. O con­jun­to per­mi­te
suas ati­vi­da­des no Bra­sil em 1996, 20% as suas ven­das (6 milhões de
in­te­grar os equi­pa­men­tos por meio
com uma di­vi­são para ven­das por dó­la­res em 1999). Segundo Vil­son
de sis­te­mas de lei­tu­ra óp­ti­ca, que
mar­ke­ting di­re­to, a Se­ton. Em 1998, Bel­lim, ge­ren­te ge­ral da Brady do
pos­si­bi­li­tam o con­tro­le da pro­du­ção ad­qui­riu a VEB Sis­te­mas de Iden­ti­fi­ Bra­sil, a empresa é pio­nei­ra em eti­
me­dian­te a uti­li­za­ção de có­di­gos de ca­ção, for­man­do a Brady do Bra­sil, que­tas de alta per­for­man­ce (que
bar­ra. Além dis­so, há mo­de­los ca­pa­ es­pe­cia­li­za­da na fa­bri­ca­ção e ven­da re­sis­tem a con­di­ções ad­ver­sas de
zes de im­pri­mir, si­mul­ta­nea­men­te, de so­lu­ções in­te­gra­das de iden­ti­fi­ca­ tem­pe­ra­tu­ra e à ex­po­si­ção a produ-
da­dos di­fe­ren­tes em duas li­nhas de ção ex­clu­si­vas para o mercado tos quí­mi­cos), fei­tas com ma­te­riais
pro­du­ção in­de­pen­den­tes. in­dus­trial. Em fe­ve­rei­ro, a empresa de­sen­vol­vi­dos e fa­bri­ca­dos nos EUA.
Display
Boz­za­no de
cara nova
A tra­di­cio­nal mar­ca Boz­za­no, da
Re­vlon, aca­ba de ga­nhar produtos
mas­cu­li­nos di­fe­ren­cia­dos. A linha
Boz­za­no Pro­tec­tion é com­pos­ta
por xam­pus, con­di­cio­na­do­res, gel
fi­xa­dor, es­pu­ma de bar­bear e gel De uma vez só
após bar­ba. Na cria­ção do pro­je­to,
a Bench­mark Design To­tal pre­ser­ A Fes­ti­va está co­lo­can­do no merca­ di­cio­nal, de 170 gra­mas. A Bis­coi­tos
vou a mar­ca Boz­za­no, de­vi­do a do os bis­coi­tos “Tur­mi­nha Fes­ti­va” Fes­ti­va, há três anos no mercado,
sua ima­gem de con­fian­ça, e acres­ em embalagens mo­no­do­se de 65 foi a pri­mei­ra in­dús­tria bra­si­lei­ra a
fotos: divulgação

cen­tou a sub-mar­ca Pro­tec­tion gra­mas, com 12 bis­coi­tos, para con­ lan­çar o con­cei­to mo­no­do­se no
para in­for­mar o con­cei­to dos su­mo ime­dia­to. A em­ba­la­gem tem o se­tor, com embalagens de sete a
produtos, com de­sign que visa mesmo com­pri­men­to do pa­co­te tra­ doze bis­coi­tos, no ano pas­sa­do.
atingir o pú­bli­co jo­vem.

Ka­ri­na para to­dos os ca­be­los


A Ka­ri­na Cos­mé­ti­cos lan­ça uma fios. O xam­pu é acon­di­cio­na­do em
linha es­pe­cial para to­dos os ti­pos de em­ba­la­gem trans­lú­ci­da de 260ml,
ca­be­los. A no­vi­da­de com tam­pa ver­de-água;
nos produtos Ka­ri­na o con­di­cio­na­dor vem na
Es­pe­cial 2000 está na mes­ma em­ba­la­gem, só
for­mu­la­ção com DNA que a tam­pa é azul
de­ri­va­do do tri­go, que ma­ri­nho; o cre­me para
au­xi­lia a nu­tri­ção, res­ ca­be­los tem em­ba­la­gem
tau­ra­ção e lim­pe­za dos de 300g com bico apli­
ca­dor.

Li­co­res Bols mo­der­ni­za­dos


A Bols, lí­der do mercado de li­co­res ga ao mercado em sete sa­bo­res:
no país, está mu­dan­do as embala­ Cho­co­la­te, Cre­me de Cas­sis, Cre­me
gens. As gar­ra­fas de vi­dro ga­nha­ram de Ca­cau, Cherry Brandy, Tri­ple Séc
Trans­por­ta­do­res ró­tu­los ar­re­don­da­dos, se­guin­do o Cu­ra­çao, Cre­me de Men­ta e Bols
para gar­ra­fas PET pa­drão ado­ta­do in­ter­na­cio­nal­men­te Blue, os dois úl­ti­mos em gar­ra­fas
pela mar­ca. A linha de be­bi­das che­ es­pe­ciais com ró­tu­los di­fe­ren­cia­dos.
A Kro­nes co­lo­cou no mercado
novos trans­por­ta­do­res pneu­má­
ti­cos para va­ria­dos ti­pos de gar­
ra­fas PET. As gar­ra­fas são le­va­
das so­bre um col­chão de ar.
Gra­ças a um pro­ces­sa­dor de
con­tro­le de fre­qüên­cia, em con­
jun­to com ven­ti­la­do­res es­pe­
ciais, o flu­xo de trans­por­te é
inin­ter­rup­to. A cor­ren­te de ar
cria­da no apoio do anel de
su­por­te da gar­ra­fa di­mi­nui a
fric­ção e o des­gas­te por atri­to.

40 – embalagemmarca • mar 2000


Display
Fá­cil Para ovos ar­te­sa­nais
de fazer O mercado de ovos de pás­coa ar­te­sa­nais vem cres­cen­do
nos úl­ti­mos anos e já re­pre­sen­ta cer­ca de 50% do mo­vi­
A Yoki Alimentos está
men­to do se­tor de cho­co­la­tes nes­ta épo­ca do ano. Acre­
in­ves­tin­do em sor­ve­tes
di­tan­do nes­te segmento, a Cro­mus Em­ba­la­gens de­di­ca-
na linha de so­bre­me­sas
se, des­de a sua fun­da­ção, há cin­co anos, à pro­du­ção de
Fá­cil de Fa­zer, que apro­
embalagens de­se­nha­das para a Pás­coa, mercado que
vei­ta a ne­ces­si­da­de do
mo­vi­men­ta cer­ca de 400 to­ne­la­das de pa­pel, além da
con­su­mi­dor de ter ao
im­por­ta­ção e co­mer­cia­li­za­ção de ou­tros produtos es­pe­cí­
seu al­can­ce produtos
fi­cos, como coe­lhos ar­te­sa­nais e ces­tas. Nes­te ano, fo­ram
prá­ti­cos. Para fazer a
lan­ça­das no­vas es­tam­pas, em três ta­ma­nhos, para ovos
Gua­ra­ná mas­sa, é só adi­cio­nar ao
de 100g a 250g, de 350g a 500g e de 750g a um qui­lo.
fotos: divulgação

ener­gé­ti­co pó 250ml de lei­te e


ba­ter por 5 mi­nu­tos.
O ener­gé­ti­co Hot Po­wer, O pa­co­te de 123g ren­de Vod­ca de bol­so . . .
ou HP, está che­gan­do ao 1 li­tro e meio. O sor­ve­te
mercado no sabor gua­ra­ Lí­der do ran­king na­cio­nal e
é ven­di­do nos sa­bo­res
ná, nas ver­sões com e mun­dial de vod­ca pre­
mo­ran­go, cho­co­la­te,
sem açú­car. Com a fór­mu­ mium, a Smir­noff está lan­
cre­me, pis­ta­che e café.
la de­sen­vol­vi­da na Eu­ro­pa çan­do uma em­ba­la­gem
e ma­té­ria-pri­ma im­por­ta­ iné­di­ta no Bra­sil para a
da, a be­bi­da é fa­bri­ca­da e ca­te­go­ria: o flask, uma
en­va­sa­da em Leme, no gar­ra­fa de bol­so de 350ml
in­te­rior de São Pau­lo, pela de vi­dro, fa­bri­ca­da pela
Fun­cio­nal Drinks. A em­ba­ Cis­per. O lançamento faz
la­gem de 250ml, cria­da parte da es­tra­té­gia da mar­
pelos pro­prie­tá­rios da ca de di­ver­si­fi­car as op­ções
mar­ca, Mar­ce­lo Mu­su­me­ci de con­su­mo. A Smir­noff,
e Ivan Ber­taz­zo, e pro­du­zi­ que já tem embalagens de
da pela pró­pria empresa, é 1 li­tro e 750ml, ago­ra
de PET, mas o for­ma­to aten­de à de­man­da do con­
lem­bra uma lata, e tem su­mi­dor por embalagens
uma tam­pa de alu­mí­nio. O me­no­res. Se­gun­do a fa­bri­
rótulo é ver­me­lho para o pa­ten­te para can­te, a Uni­ted Dis­til­lers & paí­ses, e a ex­pec­ta­ti­va é
sabor com açú­car e gra­fi­te Vit­ners, a gar­ra­fa flask tem que o su­ces­so se re­pi­ta no
ró­tu­los
na ver­são diet. boa acei­ta­ção em ou­tros Bra­sil.
mul­ti­pá­gi­nas
A No­vel­print re­ce­beu do
. . . cachaça também
Ins­ti­tu­to Na­cio­nal de Pro­
prie­da­de In­dus­trial (Inpi) Com o nome de Sa­ca­di­
car­ta pa­ten­te as­se­gu­ran­do nha 51, che­gou ao merca­
di­rei­tos ex­clu­si­vos para do no car­na­val a nova
pro­du­zir ró­tu­los mul­ti­pá­gi­ em­ba­la­gem da Ca­ni­nha
nas, que agre­gam ao ró­tu­ 51: uma gar­ra­fi­nha de PET
lo auto-ade­si­vo con­ven­ de 200ml. A pra­ti­ci­da­de
cio­nal um fo­lhe­to in­cor­po­ da em­ba­la­gem é des­ta­ca­
ra­do a um sis­te­ma res­se­ da na cam­pa­nha pu­bli­ci­tá­
lá­vel. A so­lu­ção de­sen­vol­ ria da Com­pa­nhia Mül­ler
vi­da pela empresa per­mi­te de Be­bi­das, fa­bri­can­te da
au­men­tar o es­pa­ço des­ti­ 51, que res­sal­ta sem­pre
na­do às ins­tru­ções de uso que a gar­ra­fa pode ser
do pro­du­to. guar­da­da no bol­so.

42 – embalagemmarca • mar 2000


Display
Hem­mer lan­ça mos­tar­das fi­nas
A Hem­mer, tra­di­cio­
nal in­dús­tria de
con­ser­vas, está lan­
çan­do uma nova
linha de mos­tar­das
fi­nas, em qua­tro
ver­sões: er­vas fi­nas,
ba­con, curry e raiz-
forte. A linha de
Coco na cai­xi­nha produtos foi de­sen­
vol­vi­da para aten­
A Ama­co­co – Água de com mo­ran­go. A em­ba­la­ der aos consumi­ aca­bou tor­nan­do mui­to
Coco da Ama­zô­nia – gem de Kero Sha­ke, cria­ dores que se acos­tu­ma­ ca­ros. A Mos­tar­da Fina
dona da mar­ca Kero da pela agên­cia de pu­bli­ ram, com a aber­tu­ra de Hem­mer vem em em­ba­la­
Coco, está co­lo­can­do no ci­da­de Azul, é a Te­tra Pak mercado, a produtos fi­nos gem de vi­dro com 120
mercado um novo pro­du­ de 180ml, alu­mi­ni­za­da, im­por­ta­dos, mas que a gra­mas, re­ves­ti­da com
to, o Kero Sha­ke. A be­bi­ com ca­nu­di­nho, e co­mer­ des­va­lo­ri­za­ção do real ró­tu­lo im­pres­so em dou­
da é fei­ta à base de lei­te cia­li­za­da em con­jun­tos de ra­do e pre­to.
de coco, e tem os sa­bo­ 3 cai­xi­nhas shrin­ka­das e

Clo­rox apos­ta em adi­ti­vos


res coco na­tu­ral, coco acon­di­cio­na­das em cai­xas
com cho­co­la­te e coco de 27 uni­da­des.
Três novos produtos da sen­ta ga­ti­lho e bico do­sa­
mar­ca Clo­rox, da Clo­ro­sul dor, e pos­sui ver­são re­fil.
Ltda. para o segmento de Já o Clo­rox Tira Man­chas
adi­ti­vos para la­va­gem de em gel tem ex­clu­si­va es­co­
rou­pa es­tão che­gan­do às va para me­lhor re­mo­ção
gôn­do­las. Po­si­cio­na­do de man­chas. As embala­
para to­dos os ti­pos de gens são em po­lie­ti­le­no de
te­ci­dos, o al­ve­jan­te Clo­rox alta den­si­da­de (PEAD),
Mul­ti Rou­pas tem visual com ró­tu­los auto-ade­si­vos
di­fe­ren­cia­do. A em­ba­la­gem da Pro­des­maq.
pro­cu­ra iden­ti­fi­car o alvo
do pro­du­to, as rou­pas
co­lo­ri­das, e traz tam­pa
do­sa­do­ra para fa­ci­li­tar o
uso. O Clo­rox Tira Man­
fotos: divulgação

chas, pri­mei­ro em for­ma­to


spray do mercado, apre­

Em­ba­la­gem re­for­mu­la­da

O tra­di­cio­nal re­mo­ve­dor mesmo for­ma­to, mas


Var­sol, dis­tri­buí­do pela Rec­ ga­nha­ram um gran­de atra­
kitt & Col­man está sen­do ti­vo: as tam­pas. Pro­du­zi­das
re­lan­ça­do em duas ver­ pela Bri­ga­plast e pela
sões, Nor­mal e Casa. Com Me­ca­plas­tic, elas ago­ra têm
novo visual, mais mo­der­no, um bico que evi­ta va­za­
as la­tas de um li­tro e de men­to e são re­tam­pá­veis.
500 ml, fa­bri­ca­das pela A aber­tu­ra fi­cou mais sim­
Pra­da, con­ti­nuam com o ples: bas­ta cor­tar o bico.

44 – embalagemmarca • mar 2000


Display
For­ma­to ex­clu­si­vo

A Ba­tá­via aca­ba de tam­bém ga­nhou novo


re­for­mu­lar seu lei­te fer­ visual, apa­re­cen­do
men­ta­do aro­ma­ti­za­do como as­tro­nau­ta num
Ba­ta­vi­to, di­ri­gi­do ao ce­ná­rio fu­tu­ris­ta. O
pú­bli­co in­fan­til. As pro­du­to está dis­po­ní­vel
emba-lagens de 150 tam­bém em con­jun­tos
gra­mas es­tão sen­do car­to­na­dos de seis uni­
subs­ti­tuí­das por gar­ra­ da­des, que to­ta­li­zam
fi­nhas de 100 gra­mas. 600 gra­mas – o maior
O per­so­na­gem Ba­ta­vi­to volume do mercado.
Pe­tit suis­se sabor lei­te
A Par­ma­lat está lan­çan­do cor bran­ca na em­ba­la­gem,
o pri­mei­ro pe­tit suis­se do que é ilus­tra­da com os
mercado na­cio­nal no sabor ma­mí­fe­ros. A linha pe­tit
lei­te, sem adi­ção de co­ran­ suis­se da Par­ma­lat é com­
tes. O pro­du­to é co­mer­cia­ pos­ta ainda pelos sa­bo­res
li­za­do em ban­de­jas de 360 mo­ran­go, acon­di­cio­na­do
gra­mas, com­pos­tas por em ban­de­jas de 360 e 520
oito po­ti­nhos. Para re­for­çar gra­mas, e ba­na­na, em ban­
o sabor lei­te, pre­do­mi­na a de­jas de 520 gra­mas.

Pri­mei­ro com dois sa­bo­res


Pal­mi­to de açaí com
selo de qua­li­da­de

A Rio­mar, fa­bri­can­te de im­pres­sos, para im­pe­dir


pal­mi­tos em con­ser­va, que a em­ba­la­gem seja uti­
está re­for­mu­lan­do a sua li­za­da por ou­tros fa­bri­can­
linha de produtos. O novo tes. Os ró­tu­los têm in­for­
pal­mi­to de açaí da mar­ca ma­ções so­bre o açaí –
Ivaí tem pe­da­ços com pal­mei­ra uti­li­za­da na pro­
diâ­me­tro maior e por du­ção do pal­mi­to –, es­pe­
isso, segundo o fa­bri­can­ ci­fi­ca­ção da com­po­si­ção e
te, é mais ma­cio. O pal­ in­gre­dien­tes.
mi­to Ivaí é en­con­tra­do em
la­tas de 500 e 220 gra­
mas e em po­tes de vi­dro
A Eli­da Gibbs está lan­ ção”, diz Lu­cia­na For­tu­ de 300 e 150 gra­mas,
fotos: divulgação

çan­do o pri­mei­ro gel na, ge­ren­te da mar­ca. O com novos ró­tu­los e já


den­tal com dois sa­bo­res, pro­du­to vem na tra­di­cio­ com o selo de qua­li­da­de
o Clo­se-Up Le­mon Mint. nal bis­na­ga plás­ti­ca de da An­fap (Associação
O pro­du­to, que com­bi­na 90 gra­mas e a cor pre­do­ Na­cio­nal dos Fa­bri­can­tes
li­mão com men­ta, con­ mi­nan­te, tan­to na bis­na­ de Pal­mi­to). Os po­tes de
tém tam­bém re­fres­can­te ga como na em­ba­la­gem vi­dro vêm com mais um
bu­cal, “para que a hi­gie­ se­cun­dá­ria em car­tão, é re­cur­so de se­gu­ran­ça: a
ne bu­cal seja real­men­te o ver­de – que re­me­te aos tam­pa é li­to­gra­fa­da, tra­
um mo­men­to de sa­tis­fa­ agen­tes de sabor do gel. zen­do mar­ca e lo­go­ti­po

46 – embalagemmarca • mar 2000


EVENTOS

ABRIL SETEMBRO
Pack Expo Bra­sil 2000 – Fei­ra “de­ci­sion ma­kers” re­pre­sen­tan­
Bra­sil­pack’2000 – Fei­ra In­ter­ In­ter­na­cio­nal de Em­ba­la­gem, tes de uma vas­ta gama de
na­cio­nal de Em­ba­la­gem, reu­ terá como foco prin­ci­pal as mais in­dús­trias que atuam nas áreas
nin­do as prin­ci­pais em­pre­sas re­cen­tes ino­va­ções na tec­no­lo­ de alimentos, be­bi­das, la­ti­cí­nios,
da ca­deia de em­ba­la­gem, gia do pro­ces­so e em­ba­la­gem e cos­mé­ti­cos, far­ma­cêu­ti­ca, quí­
en­va­se, aca­ba­men­to e ma­té­ irá apre­sen­tar os avan­ mi­ca, hi­gie­ne e lim­pe­
ria-pri­ma. É a se­gun­da edi­ção ços em equi­pa­men­tos za. A fei­ra é pa­tro­ci­na­
da fei­ra, or­ga­ni­za­da pela Al­cân­ para em­ba­la­gem, para da pela ABRE –
ta­ra Ma­cha­do e que nes­te ano pro­ces­sos, ma­te­riais, Associação Brasileira
fir­mou um acor­do com a Mes­ embalagens e com­ de Em­ba­la­gem, que
se Düs­sel­dorf para pro­mo­ção, po­nen­tes, or­ga­ni­za­da es­ta­rá apre­sen­tan­do
divulgação e con­ta­tos co­mer­ pelo Gru­po Bra­sil Rio pa­r a­le­la­m en­t e ao
ciais para os prin­ci­pais paí­ses e pela PMMI. Se­gun­ even­to o 9º Con­gres­
de fora da Amé­ri­ca La­ti­na. A do Jay­me Wiss Jr, so Bra­si­lei­ro de Em­ba­
Bra­sil­pack deverá reu­nir 350 ge­ren­te co­mer­cial do Gru­po Bra­ la­gem. De 12 a 15 de se­tem­bro
ex­po­si­to­res de 25 paí­ses, en­tre sil Rio, a ex­pec­ta­ti­va de vi­si­ta­ de 2000, no In­ter­na­tio­nal Tra­de
os quais EUA, Ale­ma­nha, Itá­lia, ção é de mais de 30 000 pro­fis­ Mart, em São Pau­lo. In­for­ma­
Argentina, Es­pa­nha e Tai­wan. sio­nais do Bra­sil e do ex­te­rior, e ções: (11) 3758 0996, ra­mal 213
De 24 a 28 de abril no Anhem­ o pú­bli­co-alvo do even­to são os e (21) 493 5856.
bi, em São Pau­lo. In­for­ma­ções:
(11) 826-9111/7295-1229.
NOVEMBRO Bra­sil em 1998, nes­te
Em­bal­la­ge 2000 – Clas­ ano a Ín­dia é o país
JUNHO si­fi­ca­da pelos or­ga­ni­za­ ho­me­na­gea­do. Se­rão
Fis­pal 2000 – Apre­sen­ta as do­res como “o rea­li­za­das ro­da­das
úl­ti­mas ten­dên­cias em tec­no­lo­ maior pon­to de de ne­gó­cios, con­fe­
gia, equi­pa­men­tos, ser­vi­ços, en­con­tro mun­ rên­cias e en­con­tros
in­su­mos e au­to­ma­ção. Du­ran­te dial do se­tor de per­s o­n a­li­z a­d os com
a fei­ra será rea­li­za­da a In­ter­ne­ embalagens”, a em­pre­sá­rios da­que­le
gó­cios/Ali­men­tí­cio’2000, uma fei­ra reú­ne mais país, onde o se­tor de
ro­da­da de ne­go­cia­ções en­tre de 2 500 ex­po­ em­ba­la­gem está em
em­pre­sas do se­tor ali­men­tí­cio si­to­res e são ple­n o crescimento.
do Bra­sil e da Amé­ri­ca La­ti­na aguar­da­dos 105 000 vi­si­tan­tes Si­mul­ta­nea­men­te à Em­bal­la­ge
que vai pro­mo­ver o Pro­je­to de todo o pla­ne­ta. A Em­bal­la­ge 2000 será rea­li­za­do o even­to
Com­pra­dor, com im­por­ta­do­res 2000, 34a edi­ção da fei­ra, vai “All tech­no­lo­gies for food, IPA,
la­ti­no-ame­ri­ca­nos e ex­por­ta­ re­ce­ber ex­po­si­to­res das mais World Food Pro­cess Ex­hi­bi­
do­res do Es­ta­do de São Pau­lo. di­ver­sas áreas, como mar­ca­ tion”. De 20 a 24 de no­vem­bro,
De 13 a 16 de ju­nho no Pa­vi­ ção, eti­que­ta­gem, ma­té­rias-pri­ em Pa­ris, Fran­ça. In­for­ma­ções
lhão de Ex­po­si­ções do Anhem­ mas, co-pac­king e embalagens na Pro­mo­sa­lons Bra­sil, pelo
bi, em São Pau­lo. In­for­ma­ções: de luxo, en­tre ou­tras. A exem­ te­le­fo­ne (11) 881-1255 ou pelo
(11) 3758-0996. plo do que acon­te­ceu com o fax (11) 280-0333.
Como Encontrar

N esta se­ção en­con­tram-se, em


or­dem al­fa­bé­ti­ca, os nú­me­ros
de te­le­fo­ne das em­pre­sas ci­ta­
CIV ........................ (81) 271-0322
Cia. Prod. de Embalagem - CPE
Novelprint . ............ (11) 268-4111
NTC – Assoc. Nac. de Transportes
(11) 7266 – 2411 (11) 6954-1400
das nas re­por­ta­gens da pre­sen­te edi­
ção. Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­ a fica à dis­ Copag ................ (11) 5506-5544 Oscar Flues . ...... (11) 5514-6900
po­si­ção para outras in­for­ma­ções. Crown Cork Embalagens S/A Rigesa Westvaco do Brasil
(11) 7809-1000 (19) 869-9000
ABAS . ................ (11) 5505-3192
Du Pont .............. (11) 7266-8392 Rodofretes ........... 0800 43 72 82
Alcoa .................. (11) 7295-3727
ExiMax .................. (11) 531-2677 Sonoco For-Plas ... (11) 456-4999
Arnold Com (Do-It Hang Tabs)
Gessy Lever ....... (11) 3741-4350 Sunnyvale .......... (11) 3842-9300
(11) 214-3899
Guia de Logística (11) 3841-9811 Tapon Corona ....... (11) 835-8662
Aro . .................... (11) 6412-7699
IGB ........................ (81) 521-1299 Vigor ................... (11) 6099-5719
Bayer .................. (11) 5694–5166
Imaje do Brasil ..... (11) 5563-2344 Webtransportes ... (11) 3272-7727
Benchmark . .......... (11) 822-0005
Johnson&Johnson...(11) 3030-8299 White Cap ............. (11) 748-5480
Bericap . ............... (15) 225–1222
Kaiser Pacatuba ... (85) 354-8100 Willett ................. (11) 7295-3261
Brady do Brasil . .. (11) 7086-4720
Brahma .............. (11) 3741-1810 Kaiser SP ........... (11) 3030-2908
Klabin.(11) 7398-7000/7398-7075 CORREÇÃO: Na última edição,
Brasilata ............. (11) 3662-4444
não foi divulgado o telefone da
Companhia Metalúrgica Prada MA Associados . ... (19) 255-8099 Ahlstrom Paper Group, fornece­
(11) 7266-2411 Metalgráfica Rojek(... 11) 7897- 4011 dora de embalagens flexíveis:
(11) 867-8096.
Cisper . .................. (11) 206-8076 Nestlé ................. (11) 5508-4400
Almanaque
Você sa­bia? Quem inventou o Guaraná?
Em ter­mos de me­mó­ria his­tó­ri­ al­gu­ma ao nome de um in­ven­
O nas­ci­men­to dos re­fri­ge­ran­
ca, na guer­ra Am­Bev x Kai­ser tor. En­tre os do­cu­men­tos da
tes data de 1772, quan­do o
quí­mi­co in­glês Jo­seph Pristly
– ou da Coca-Cola con­tra o empresa, o má­xi­mo que se
im­preg­nou água com gás car­ Gua­ra­ná An­tarc­ti­ca, úni­co en­con­tra é um pe­di­do de re­gis­
bô­ni­co. A in­dús­tria pro­pria­ re­fri­ge­ran­te ca­paz de en­fren­tá- tro co­mer­cial da mar­ca Gua­ra­ná
men­te dita, ao que se tem la em ní­vel mun­dial, como pre­ Cham­pag­ne, da­ta­do de 1921, e
no­tí­cia, nas­ce­ria 99 anos fe­re a empresa re­sul­tan­te da an­ti­gos car­ta­zes de pro­pa­gan­da.
de­pois, nos Es­ta­dos Uni­dos, fu­são da An­tarc­ti­ca e da Brah­
com o lançamento do pri­mei­ ma – o pro­du­to brasileiro leva
ro re­fri­ge­ran­te com mar­ca gran­de des­van­ta­gem.
re­gis­tra­da, o “Le­mon’s Su­pe­ Em­bo­ra seja qua­se qua­tro dé­ca­
rior Spar­kling Gin­ger Ale”. das mais an­ti­ga, a Coca-Cola
* * * tem sua his­tó­ria do­cu­men­ta­da
Me­nos de 150 anos de­pois da des­de o lançamento, em 1886,
che­ga­da de Ca­bral, o Bra­sil já se in­cluin­do o nome de John Styth
tor­na­ra um ra­zoá­vel pro­du­tor e Pem­ber­ton, far­ma­cêu­ti­co de
con­su­mi­dor de ca­cha­ça, a pon­to Atlan­ta in­ven­tor do xarope que
de in­co­mo­dar a me­tró­po­le. Tan­ serviu de base para a fabrica-
to que, em 21 de fe­ve­rei­ro de ção do refrigerante mais consu-
1647, foi bai­xa­da or­dem ré­gia mido do planeta hoje.
proi­bin­do o uso de vi­nho de mel Já o re­fri­ge­ran­te brasileiro é
e de aguar­den­te na Ba­hia. Mo­ti­
re­sul­ta­do do tra­ba­lho co­le­ti­vo
vo: o há­bi­to di­mi­nuía o con­su­
dos fun­cio­ná­rios da cervejaria
mo de vi­nhos de Por­tu­gal.
paulista. Não há re­fe­rên­cia

Com essa história de “baratos”, lança-perfume virou pó


Além de ba­ta­lhas de con­fe­ti, riais – Rho­do-Me­tal­li­co, da vi­dro, ver­são pos­te­rior­men­te
nos “car­na­vais de ou­tro­ra” Rho­dia, para o pro­du­to (éter des­con­ti­nua­da. Preo­cu­pa­do
tra­va­va-se len­dá­rio em­ba­te per­fu­ma­do) em aço, e Co­lum­bi­ com o uso do con­teú­do da­que­
en­tre os lan­ça-per­fu­mes de na, da So­cie­da­de Chi­mi­ca les tu­bos ou­tro­ra ino­cen­tes
me­tal e de vi­dro. Mui­tos, en­tre In­dus­trial, para o lí­qui­do em como in­du­tor de “ba­ra­tos”, o
os pou­cos com ida­de para lem- am­po­las de vi­dro. O que tal­vez go­ver­no re­du­ziu os lan­ça-per­fu­
brar, tal­vez se re­cor­dem das mui­to me­nos pes­soas lem­brem é mes a pó, ba­nin­do-os do merca-
duas mar­cas que nos anos 40 que já nos anos 20 a Rho­dia do em 1965, por de­cre­to.
se tor­na­ram sím­bo­los es­pe­cí­fi­ ofe­re­cia aos fo­liões o lan­ça-
cos de cada um des­ses ma­te­ per­fu­me Rodo (sem H) em

50 – embalagemmarca • mar 2000

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