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Escola B.2,3 Dr.

Leonardo Coimbra
Diana margarida correia pereira
Nº8 7ºC
Neste trabalho eu vou falar sobre a doença da lepra os tipos de
lepra, o tratamento desta doença, a prevenção, entre outros.
A lepra e uma doença com que se pode morrer.

Informações sobre a lepra:

A doença de Hansen (lepra) é uma doença crónica causada pela


bactéria Mycobacterium leprae e caracteriza-se por causar a
desfiguração da pele e de membros (causando degeneração
progressiva dos nervos). Não se sabe como se contrai a doença,
embora se saiba que não é muito contagiosa. A lepra tem um
período de incubação longo podendo chegar aos 20 anos.
Tipos de lepra: lepra tuberculóide, lepra lepromatosa, lepra
borderline ou limítrofe e lepra indeterminada.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito através de esfregaços cutâneos ou
biopsia das lesões.
Tratamento da doença
A lepra tem cura, se o tratamento for feito no início da doença o
doente não desenvolve lesões desfigurantes. Medicação sugerida
pela OMS: Dapsona, Rifampicina e Clofazimina. Medidas durante
o tratamento: os doentes deverão proteger os olhos com óculos
e chapéus, usar luvas nas mãos, pegas no manuseio de materiais
quentes e calçado confortável.
Prevenção
Evitar contacto físico com doentes em tratamento.
“Lepra, uma doença esquecida” será o lema para o 54ª Dia
Mundial dos Leprosos, que se celebra no próximo Domingo, 28 de
Janeiro.
A ONU instituiu a celebração deste Dia em 1954, a pedido de
Raoul Follereau, com o objectivo de promover a reflexão e
motivar a generosidade das populações a favor das pessoas
atingidas pela doença de Hansen, de forma a poderem ser
tratadas e curadas em igualdade aos demais doentes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, há 300 mil novos
leprosos todos os anos, com especial incidência na África,
América e Mediterrâneo Oriental. O país com mais casos é a
Índia, seguida do Brasil, Madagáscar e Moçambique.
Os números, contudo, podem ascender ao dobro, dado que esta é
uma doença com graves consequências de exclusão social. Estima-
se que existam cerca de 10 milhões de leprosos em todo o mundo.

Presentemente, já há tratamento e cura para a doença e são,


efectivamente, curadas cerca de um milhão de pessoas por ano.
As situações de pobreza, guerras e catástrofes naturais,
contudo, fazem surgir anualmente, em todo o mundo, cerca de
600/700 mil novos casos de Lepra.
Segundo a Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau
(APARF), o número de leprosos nascidos em Portugal aproxima-se
do milhar, a que se junta cerca de meia centena de enfermos
provenientes dos Palop’s, Brasil, Índia e Timor. Os casos novos
aparecidos em Portugal são, em cada ano, em menor número.
Em Portugal, é tarefa da APARF a promoção e celebração do Dia
Mundial dos Leprosos, para que, através das várias iniciativas de
sensibilização, as pessoas colaborem generosamente com os seus
donativos no Peditório Nacional que se realiza nos dias 27 e 28
de Janeiro, de forma a financiar projectos de tratamento e cura,
reabilitação e reinserção.

A APARF foi fundada em 1987 por iniciativa dos Missionários


Combonianos e actualmente financia cerca de 80 projectos
anuais, em trinta e cinco países, nomeadamente em Portugal e nos
Palop’s.

LEPRA - UMA DOENÇA AINDA NÃO ERRADICADA

Este artigo surge na sequência do meu trabalho como voluntária


da Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF),
em Nampula, no norte de Moçambique. A APARF é uma
Instituição Particular de Solidariedade Social de Utilidade
Pública, com sede em Lisboa (Rua de Matola, 2 – 1800-270). Tem
inspiração na filosofia de Raoul Follereau e como objectivo a luta
contra a Lepra e todas as «lepras».
Ainda existe lepra? Esta era a questão que muitos me colocavam,
antes da minha partida para África. Não só existe, como continua
a ser um problema de saúde pública em seis países de África,
dois do Sudeste Asiático e um da América Latina. São eles:
Angola, Madagáscar, Moçambique, República da África Central,
República Democrática do Congo e República Unida da Tanzânia,
Índia, Nepal e Brasil, respectivamente.
A lepra (ou hanseníase) é uma doença infecciosa causada pelo
Mycobacterium Leprae, um bacilo em forma de bastonete,
descoberto por G. A. Hansen em 1873. Afecta principalmente a
pele, os nervos periféricos (o sistema nervoso central não é
afectado), a mucosa do trato respiratório superior e os olhos.
O bacilo transmite-se através das vias respiratórias: tosse,
espirro ou falando (gotículas de saliva), de pessoa para pessoa.
Existe outra via, menos importante, através da pele lesada em
indivíduo são, favorecida pela prolongada sobrevivência dos
bacilos no meio ambiente. Podem permanecer vivos nas gotículas
suspensas no ar e naquelas que caiem no chão por mais de 24
horas e, excepcionalmente, até uma semana ou mais,
especialmente em condições de clima quente e húmido e ao abrigo
da luz solar.
O período de incubação da doença (desde a infecção até ao
aparecimento dos primeiros sinais clínicos) pode durar muitos
anos (até 20). Considera-se que o período mínimo é de 5 anos,
uma vez que não têm sido registados casos em crianças com
idade inferior.
A maioria das pessoas é resistente ao bacilo da lepra, quando é
infectada, elimina-o desenvolvendo imunidade permanente.
Apenas 5% das pessoas é susceptível de contrair a doença,
porque os seus mecanismos de resistência imunitária (defesas
orgânicas) estão alterados.
Existem três tipos de classificação da doença: Ridley, Madrid e
Organização Mundial de Saúde (OMS). Para efeitos de
tratamento, é utilizada a classificação da OMS, devido à sua
operacionalidade. Segundo esta classificação, a lepra pode
manifestar-se sob duas formas. Paucibacilar (PB): até cinco
manchas de lepra, baciloscopia negativa; apenas um ramo nervoso
afectado. Multibacilar (MB): mais que cinco manchas de lepra,
baciloscopia positiva, dois ou mais ramos nervosos afectados.
Para além do nº de manchas e do resultado da baciloscopia, é
muito importante a palpação e avaliação dos nervos periféricos
que são afectados pela doença. Se apenas um dos nervos estiver
espessado, classifica-se como paucibacilar, mas se dois ou mais
nervos estiverem espessados, já será multibacilar, mesmo que o
doente apresente uma única mancha.

TRATAMENTO
Em 1941, começou a ser utilizada a Dapsona, para tratar a lepra.
Mas a utilização incorrecta do medicamento e a facilidade do
aparecimento de resistências por parte do bacilo, levaram à
necessidade de associação de diferentes medicamentos, para
assegurar a cura dos doentes.
Actualmente, o tratamento da lepra faz-se com uma combinação
de medicamentos (terapêutica de medicamentos associados -
TMA). Após tomarem as primeiras doses, os doentes contagiosos,
deixam de ser uma fonte de infecção para a comunidade. A TMA
foi recomendada pela OMS em 1981 e contém os seguintes
medicamentos: Rifampicina, Clofazimina e Dapsona. Cada carteira
tem medicamentos para um doente para 4 semanas.
A duração do tratamento paucibacilar (PB) comporta 6 carteiras,
a serem tomadas mensalmente, num período máximo de 9 meses.
A duração do tratamento da lepra multibacilar (MB) comporta 12
carteiras a serem tomadas mensalmente, num período máximo de
18 meses.
Em países onde se regista um número significativo de doentes PB,
com lesão (mancha) única e sem lesões nos nervos, podem
preferir o regime alternativo, composto por: Rifampicina,
Ofloxacina, Minociclina – dose única, recomendado pelo 7º Comité
de Peritos em Lepra da OMS (1997). Este regime não é adoptado
em Moçambique.

REACÇÕES
As reacções são inflamações agudas, que podem aparecer no
decurso normal da doença, causadas por uma mudança da
resposta imunitária individual contra o bacilo. Geralmente
acontecem na fase inicial da doença, constituindo, muitas vezes,
a razão que leva o doente a apresentar-se pela 1ª vez na unidade
de saúde. Contudo, podem ocorrer durante o tratamento com
TMA, ou até, após a conclusão do mesmo. Estas reacções devem
ser consideradas como uma urgência, devido ao risco de danos
nos nervos e consequentes incapacidades. São classificadas em
dois tipos: reacção tipo 1 ou reversa e reacção tipo 2 ou
lepromatosa.

TRATAMENTO DAS REACÇÕES


Se as reacções forem ligeiras, sem envolvimento dos nervos (dor,
engrossamento, perda de sensibilidade ou fraqueza dos
músculos), poderão ser controladas com repouso e analgésicos
(paracetamol ou aspirina). Se houver envolvimento dos nervos,
torna-se necessário tratar, também, com prednisolona. A dose
diária não deve ser superior a 1 mg por kg de peso da pessoa. Por
exemplo, a dose máxima para um adulto que pese 60 kg não deve
ultrapassar os 60 mg por dia. A dose deve ser reduzida de forma
gradual, primeiro 10 mg em cada duas semanas e posteriormente,
5 mg. Durante o tratamento com Prednisolona o doente deve ser
regularmente observado pelo profissional de saúde e alertado
para possíveis efeitos secundários.
Durante a reacção, a TMA não deve ser interrompida, deve
manter-se juntamente com o tratamento contra a reacção. O
tratamento com TMA reduz sensivelmente a frequência e a
gravidade das reacções.

DEFORMIDADES / INCAPACIDADES - PREVENÇÃO


A TMA é a parte principal do tratamento da lepra. Infelizmente,
o diagnóstico nem sempre é feito no início do desenvolvimento da
doença (muitas pessoas apresentam-se tarde), podendo surgir
complicações que levarão ao aparecimento de deformidades e
consequentes incapacidades. Um outro factor contribuinte é o
abandono do tratamento antes da sua conclusão.
Estes problemas surgem em sequência das lesões nos seguintes
ramos nervosos a nível bilateral: nervo que termina no olho (5º
par craniano), nervo facial (7º par craniano), nervo radial, nervo
cubital, nervo mediano, nervo poplíteo lateral externo e nervo
tibial posterior, (olhos, mãos e pés, serão atingidos).
Através do acompanhamento atento e contínuo de cada doente,
pelo menos uma vez por mês, é possível vigiar a função dos
nervos, prevenindo o aparecimento destas deformidades. De 3
em 3 meses (ou mais, se necessário), procede-se à reavaliação
dos nervos, teste sensitivo nas mãos e nos pés e teste motor
(olhos, mãos e pés), registando na ficha clínica do doente.
É, pois, muito importante ensinar e treinar a pessoa atingida e /
ou a família que está próxima, sobre os cuidados necessários para
prevenir as deformidades / incapacidades, consoante os nervos
afectados.
Anabela Torres Alves (enfermeira licenciada)

A LEPRA é uma doença crónica também conhecida como doença


de Hansen - nome que presta homenagem a Gerhard Hansen,
médico norueguês que descobriu o Mycobacterium leprae, o
microorganismo causador da doença.

A LEPRA lesa principalmente os nervos periféricos, a pele, a


membrana mucosa do nariz, os testículos e os olhos.
A forma de transmissão da LEPRA não é conhecida.
Quando um enfermo não tratado e gravemente doente espirra, as
bactérias Mycobacterium leprae dispersam-se no ar. Cerca de
metade das pessoas com lepra contraíram-na, provavelmente,
através do contacto estreito com uma pessoa infectada. A
infecção com Mycobacterium leprae poderá também ter origem
da terra, do contacto com tatus e mesmo com mosquitos e
percevejos. Algumas espécies de macacos, coelhos e ratos são
também susceptíveis à lepra.
Cerca de 95 % dos indivíduos expostos ao Mycobacterium leprae
não contraem a doença porque o seu sistema imunitário combate
a infecção. Naqueles em que isso acontece, a infecção pode ser
de carácter ligeiro (lepra tuberculóide) ou grave (lepra
lepromatosa).
A forma ligeira, ou seja a lepra tuberculóide, não é contagiosa.
A LEPRA ataca ainda hoje, mais de 11 milhões de pessoas em todo
o mundo. Segundo as estatísticas da “Organização Mundial da
Saúde” no ano 2007 foram registados 254.525 novos casos de
lepra. No entanto em países desenvolvidos é quase inexistente. A
OMS referencia 91 países afectados, sendo que a Índia, a
Birmânia, o Nepal totalizam 70% dos casos.
Na Europa existem ainda alguns focos da doença em países como
Espanha, Itália, Grécia e Turquia.
Apesar de em Portugal a LEPRA não constituir um perigo para a
saúde pública, há países onde a situação continua a ser
verdadeiramente dramática. Falta de condições de higiene e
alguma promiscuidade tornam esta doença infecciosa de "baixa
mortalidade" numa verdadeira maldição para quem não a detecta
e cura, atempadamente.
Apesar de considerada erradicada, os casos de LEPRA
duplicaram em Portugal em 2006, relativamente a 2005. Neste
ano foram registados 16 novos casos ou seja tantos casos de
lepra como os ocorridos entre 2002 e 2005. Estes dados oficiais
divulgados pela Direcção-Geral de Saúde, confirmam uma
tendência de aumento explicada pela imigração de pessoas
oriundas de países onde a doença é endémica. Existem, à data
1400 doentes registados em Portugal (DGS).
A nível mundial, o ano 2000 foi declarado como o de eliminação
da lepra como problema de saúde pública, tendo como premissa
que os casos são inferiores a um por dez mil habitantes.
Em termos de profilaxia ainda não existe uma vacina eficaz,
sendo o efeito protector da BCG controverso, já que não existem
dados concretos.
Muitos dos casos de LEPRA nos países desenvolvidos afectam
pessoas que emigraram de países em vias de desenvolvimento.
A infecção pode começar em qualquer idade, mais
frequentemente entre os 20 e os 30 anos. A variedade de LEPRA
grave, a chamada lepra lepromatosa, é duas vezes mais frequente
entre os homens do que entre as mulheres, ao passo que a forma
mais ligeira, denominada tuberculóide, é de igual frequência num
e noutro sexo.

Devido ao facto de as bactérias causadoras da LEPRA se


multiplicarem muito lentamente, os sintomas não começam
habitualmente antes de, pelo menos um ano, após a pessoa se ter
infectado; o usual é mesmo surgirem de 5 a 7 anos mais tarde e
muitas vezes muitos anos depois. Os sinais e sintomas da lepra
dependem da resposta imunológica do doente.
Durante a evolução da LEPRA não tratada ou mesmo naquela que,
pelo contrário, recebe tratamento, podem verificar-se certas
reacções imunológicas que por vezes produzem febre e
inflamação da pele, dos nervos periféricos e, com menor
frequência, dos gânglios linfáticos, das articulações, dos
testículos, dos rins e dos olhos.
O Mycobacterium leprae não afecta o cérebro nem a espinal-
medula. É a única bactéria que invade os nervos periféricos e
quase todas as suas complicações são a consequência directa
desta invasão.
Um dos primeiros efeitos da LEPRA, devido à agressão dos
nervos, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a
incapacidade de diferenciar entre o frio e o calor no local
afectado. Mais tardiamente pode evoluir para diminuição da
sensação de dor no local.
Devido ao facto de diminuir a capacidade de sentir o tacto, a
dor, o frio e o calor, os doentes com lesão dos nervos periféricos
podem queimar-se, cortar-se ou ferir-se sem se darem conta.
Além disso, a lesão dos nervos periféricos pode causar
debilidade muscular, o que por vezes faz com que os dedos
adoptem a forma de garra e se verifique o fenómeno do «pé
pendente». Por tudo isso, os leprosos podem ficar desfigurados.
Os afectados por esta doença também podem ter úlceras nas
plantas dos pés. A lesão que sofre os canais nasais pode fazer
com que o nariz esteja cronicamente congestionado. Em certos
casos, as lesões oculares produzem cegueira. Os homens com
lepra lepromatosa podem ficar impotentes e inférteis, porque a
infecção reduz tanto a quantidade de testosterona como a de
esperma.

Certos sintomas, como as erupções cutâneas características que


não desaparecem, a perda do sentido do tacto e as deformações
particulares derivadas da debilidade muscular, constituem as
chaves que permitem diagnosticar a LEPRA. O exame ao
microscópio de uma amostra de tecido infectado confirma o
diagnóstico. As análises de sangue e as culturas não se mostram
úteis para estabelecer o diagnóstico.
O diagnóstico é, pois, clínico-epidemiológico e laboratorial. Com o
auxílio de laboratório faz-se biópsia da lesão e colhe-se a linfa
cutânea dos lóbulos das orelhas e dos cotovelos (baciloscopia).
Mas, em regiões em que a lepra é endémica e quando não se
dispõe de recursos laboratoriais, o diagnóstico é clínico (pelos
sintomas).

No passado, as deformações causadas pela LEPRA conduziam ao


ostracismo e os doentes infectados costumavam ser isolados em
instituições e colónias. Em alguns países esta prática continua a
ser frequente. Apesar de o tratamento precoce poder evitar ou
corrigir a maioria das deformações mais importantes, as pessoas
com LEPRA estão propensas a sofrer de problemas psicológicos e
sociais.
O isolamento, contudo, é desnecessário. A LEPRA só é contagiosa
na forma lepromatosa quando não recebe tratamento, e mesmo
nesses casos não se transmite facilmente. Além disso, a maioria
das pessoas tem uma imunidade natural face à LEPRA e só
aquelas que vivem próximo de um leproso durante muito tempo
correm o risco de contrair a infecção. Os médicos e as
enfermeiras que tratam dos doentes com LEPRA não parecem
estar mais expostos do que as restantes pessoas.
Em termos de Saúde Pública são feitos esforços para a
prevenção voltada principalmente para evitar a disseminação,
para o diagnóstico precoce e tratamento dos doentes e
desenvolvimento de próteses para pacientes curados mas com
deformações.
Apesar de não mortal, a LEPRA pode acarretar invalidez severa
e/ou permanente se não for tratada a tempo. Hoje em dia, a
LEPRA é tratada com antibióticos. A OMS recomenda desde
1981 uma poli quimioterapia composta de três medicamentos: a
Dapsona, a Rifampicina e a Clofazimina. Essa associação destrói o
agente patogénico e cura o paciente. O tempo de tratamento
oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.
Quando as lesões já estão constituídas, o tratamento baseia-se,
além da poli quimioterapia, em próteses, em intervenções
ortopédicas, em calçados especiais, etc. Além disso, uma grande
contribuição à prevenção e ao tratamento das incapacidades
causadas pela LEPRA é a fisioterapia.

Desde que a escrita existe, há registo de como a LEPRA


representou uma ameaça, e os leprosos foram isolados da
sociedade. No Egipto antigo, há referências à LEPRA com mais de
3000 anos em hieróglifos (de 1350 AC). A Bíblia contém
passagens fazendo referência à LEPRA, sem que se possa saber
se se trata da doença, pois este termo foi utilizado para designar
diversas doenças dermatológicas de origem e gravidade variáveis.

A LEPRA foi durante muito tempo incurável e muito mutiladora,


forçando o isolamento dos pacientes em leprosários,
principalmente na Europa na Idade Média, onde eram obrigados a
carregar sinos para anunciar a sua presença. A LEPRA deu nessa
altura origem a medidas de segregação, algumas vezes
hereditárias, como no caso dos Cagots no sudoeste da França.
Citando, as afirmações no passado Domingo do CARDEAL
JAVIER L. BARRAGÁN: «Esta 56ª Jornada Mundial dos
doentes de lepra é uma ocasião oportuna para oferecer a
comunidade uma correcta, abrangente e capilar informação sobre
a lepra, sobre os efeitos devastadores que pode causar no
organismo se não tratada a tempo, sobre os efeitos na família e
na sociedade, e suscitar o dever pessoal e colectivo de uma
activa solidariedade fraterna.
(…)
O mundo leigo católico tem como seu modelo a Raoul Follereau,
idealizador e promotor desta “Jornada Mundial”, que continua a
sua benéfica acção através da “Associação dos Amigos” a ele
dedicada. A ele e a quantos lhe seguem no tempo dirigimos o
nosso aplauso particular e a nossa gratidão por tantas iniciativas
promovidas, com o objectivo de ter sempre viva a atenção aos
doentes de Hansen, sensibilizando a opinião publica e suscitando
o comprometimento de outros na promoção de programas e na
arrecadação de recursos financeiros.
É belo e consolador constatar que nesta luta contra a Doença de
Hansen estão presentes também Associações e Organizações
não Governamentais que vão mais alem do vínculo religioso,
ideológico ou cultural, encontrando-se todas na comum finalidade
de portar a quem
está doente a

oportunidade de reencontrar um estado de bem-estar social,


sanitário, espiritual.»
É neste contexto, que o NSF decidiu organizar a presente
palestra, dando o seu contributo na difusão e sensibilização de
uma doença estigmática, que parecendo tão longínqua continua
tão próxima.

Este foi o meu trabalho sobre a lepra.

Por favor
ajude- nos a
salvar alguns
dos leprosos que existem.

Colaborem pelo menos com 1€.

Xau!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Escola básica 2,3 Dr. Leonardo Coimbra


Diana
Margarida
Correia Pereira
Nº8 7ºC

Neste trabalho eu vou falar sobre o nosso caro amigo Raoul


Follereau – o ˝pai˝ dos leprosos.
O grande amigo dos doentes da lepra

Após uma viagem a África, este jornalista Francês muda o rumo


da sua vida. Foi aí que, ao ver um grupo de leprosos desfigurado
pela terrível doença, perguntou ao guia se toda aquela gente não
tinha tratamento. Este respondeu-lhe com um encolher de
ombros.
Marcado por esta visão, e pelo sentido que a fé dava a sua vida,
decidiu a partir daí dedicar o resto da sua vida ao serviço das
pessoas rejeitadas pela sociedade. Iniciou uma grande viagem
pelo mundo pedindo ajuda sensibilizando as pessoas para o
problema dos leprosos. As 1200 conferências que realizou,
deram-lhe a possibilidade de concretizar o seu sonho.
Integrado num projecto de religiosas para estes doentes, partiu
para a Costa do Marfim onde instalou uma grade centro de
tratamento. Por toda a África os procurou. Muitos deles fugidos
do convívio social, voltaram a conhecer a alegria de viver. A todos
levou o seu amor e a sua esperança de tal modo que, quando o
viram, logo lhe chamavam:”Pai Raoul"
190 Nasce no dia 17 de Agosto, em Nevers (França). Estudos
3 de Filosofia e Direito, Poesia e Jornalismo.
193 No Niger, teve o 1º Encontro com os Leprosos.
5
193 Cria as Fundações Charles Foucald.
7
194 Entusiasma-se com o projecto: Construção de uma Aldeia
2 dos Leprosos, em Adopzé, na Costa do Marfim.
194 Lança a "Hora dos Pobres", uma hora de salário para
3 ajudar os mais desfavorecidos.
194 Fundação da Ordem da Caridade.
5
194 Publicação da conferência "Bomba Atómica ou Caridade".
9
195 Pede à ONU a elaboração de um Estatuto Internacional
2 dos Doentes de Lepra.
195 Por sua iniciativa, a ONU institui o DIA MUNDIAL DOS
4 LEPROSOS, hoje celebrado em 127 Países.
195 Carta aos Senhores da Guerra e Paz (Presidente
5 Americano e Russo).
195 Visita Portugal e o Hospital Rovisco Pais - Tocha. pela 1ª
7 vez.

196 Carta a todos os Chefes de Estado do Mundo.


2
196
4 Apelo ao Mundo: Um dia de Guerra para a Paz.
196 Cria as Fundações Raoul Follereau. Visita Portugal, pela
8 2ª vez, pronunciando conferências em vários pontos do
país e desloca-se novamente ao Hospital Rovisco Pais.

197 Última viagem a África.


2
197 Raoul e Madeleine Follereau celebram as bodas de ouro
5 do seu matrimónio. Cinquenta anos ao serviço dos
Leprosos.
197 No dia 6 de Dezembro, em Paris, termina a vida terrena
7 daquele que foi apelidado o Vagabundo da Caridade.
Contava 74 Anos.
Este foi o meu trabalho sobre o nosso amigo dos leprosos.

Escola básica
2,3 Dr.

Leonardo Coimbra
Diana Margarida Correia Pereira Nº8 7ºC
Neste trabalho eu vou falar sobre a Associação Portuguesa
Amigos Raoul Follereau (APARF).

A Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF) é


uma instituição particular de solidariedade social, sem fins
lucrativos, reconhecida oficialmente de utilidade pública que tem
por objecto prestar assistência material, sanitária e moral às
pessoas afectadas pela doença de Hansen, através de actividades
baseadas nos princípios fundamentais da solidariedade e da
fraternidade humanas; promover, de acordo com a inspiração de
Raoul Follereau, acções de luta contra a doença de Hansen e
outras causas de marginalização social, colaborar com as
Organizações congéneres existentes noutros Países, quer no
domínio da informação e da investigação cientifica, quer na
assistência aos hansenianos de todo o mundo; celebrar em
Portugal o DIA MUNDIAL DOS LEPROSOS, sensibilizando a
opinião pública para a situação dos doentes de lepra em Portugal
e no mundo e promovendo a recolha de fundos destinados aos
fins próprios da Associação.

Na realização dos seus objectivos, a APARF apoia anualmente


muitas dezenas de projectos para tratamento e cura,
reabilitação e reinserção de milhares de Hansenianos e, também,
segundo a inspiração de Raoul Follereau, outros projectos de
ajuda, acompanhamento e assistência a famílias e pessoas vítimas
de exclusão social, restituindo a uns e outros a saúde, a
dignidade e a alegria de viver.

Nesta linha de acção, apresentamos aos nossos Estimados


Amigos e Colaboradores, os projectos já apreciados no decurso
do corrente ano para promover a sua generosidade e colaboração
a favor de causa tão nobre e humana,
na definição de Raoul Follereau
“Combater a Lepra e todas as lepras”.

Este foi o meu trabalho sobre a APARF.

Vamos ajudar a APARF a ajudar os leprosos.

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