Trabalho versando sobre licitação pública e a dificuldade de implementação desta prática pelas prefeituras, especialmente nos pequenos e médios municípios, em face da ausência de estrutura, organização e práticas administrativas adequadas.
Original Title
Licitação - Processo Para Selecionar a Melhor Proposta Ou Balcão de Negociatas
Trabalho versando sobre licitação pública e a dificuldade de implementação desta prática pelas prefeituras, especialmente nos pequenos e médios municípios, em face da ausência de estrutura, organização e práticas administrativas adequadas.
Trabalho versando sobre licitação pública e a dificuldade de implementação desta prática pelas prefeituras, especialmente nos pequenos e médios municípios, em face da ausência de estrutura, organização e práticas administrativas adequadas.
A maioria dos nossos prefeitos, infelizmente, fazem do
processo licitatrio um balco de negociatas, descumprindo todas as orientaes constitucionais e legais a ele aplicveis. E, ao assim procederem, causam enormes prejuzos ao Municpio e, portanto, sociedade -, uma vez que estes deixam de usufruir os enormes benefcios que uma licitao bem feita proporciona. Os objetivos de uma licitao so: 1) selecionar a proposta mais vantajosa para a realizao de obras ou fornecimento de bens e servios ao Municpio; e 2) garantir igualdade de competio a todos os interessados que demonstrem possuir capacidade tcnica e econmica-financeira para atender as necessidades do municpio. Para isto, as licitaes devem processar-se com absoluto respeito s leis Lei ns. 8.666/93 e 10.520/2002 -, e obedecer rigorosamente os princpios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. O processo licitatrio, por isto, uma atividade essencial, que precisa ser acompanhado, fiscalizado e controlado pelos tribunais de contas, pelas cmaras legislativas e pela populao em geral, uma vez que, se mal conduzido ou fraudado, causar prejuzos ou ensejar o desvio de recursos dos cofres pblicos. E isto poder ocorrer por incompetncia administrativa ou por prticas corruptas (fraudes), tais como: favorecimento/direcionamento (colocao de clusulas nos editais, visando beneficiar uma empresa e impedir a participao de outras), formao de carteis, apresentao de certides negativas e atestados de capacitao tcnica falsos e, principalmente, elevao proposital dos preos. A realizao de uma boa licitao exige, principalmente, que a administrao municipal expresse de forma clara e objetiva o que pretende comprar ou contratar. E a maioria das administraes municipais no tm capacidade para fazer isto, vez que no possuem um quadro tcnico capaz de realizar corretamente o diagnstico das necessidades, elaborar os editais ou termos de referncia, especificando detalhada e precisamente o objeto a ser licitado. Para suprir essa deficincia tcnica, muitas administraes optam por contratar empresas de apoio aos municpios, geralmente situadas na capital e sem nenhum conhecimento das realidades
locais ou regionais. Sem desconhecer que existem empresas
prestadoras de servios que assessoram os municpios de forma correta - embora sejam cada vez mais raras, conforme apontam as diversas auditorias realizadas pelos tribunais de contas e pela Controladoria Geral da Unio -, a maioria delas se prestam e so especializadas na prtica de todos os tipos de irregularidades e ilicitudes. E por estes ralos escusos que se esvaem os recursos pblicos destinados execuo de servios e obras voltadas ao atendimento das necessidades das comunidades locais, que so desviados para a formao de fortunas particulares. Tudo isto poderia ser evitado, por exemplo, por meio da criao de agncias administrativas e de desenvolvimento, via consrcios municipais, com capacidade tcnica para apoiar adequadamente todos os municpios consorciados.