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mo, classificado como no-trabalho aquele que detm outros significados (como o das sociedades tradicionais que tinham funo de preencher obrigaes para como o grupo); questiona, tambm, a adoo de
uma concepo burguesa de trabalho (subordinada a necessidades econmicas e racionalidade).
semelhana do campons, o trabalhador urbano no Estado dirigido
pela Frelimo estar, por meio dos
sindicatos, estreitamente ligado s
determinaes estatais. O autor
constata a ausncia de um sindicalismo autnomo em Moambique: O
autoritarismo e o totalitarismo presentes (ou inerentes) aos regimes fascista portugus e socialista da Frelimo
possibilitaram um sindicalismo similar no seu carter (p. 105).
Colao conclui seu ensaio afirmando que a Frelimo, ao subestimar os
anseios populares, comprometeu a
implementao de polticas pblicas,
demonstrando uma incapacidade em
captar a insatisfao de boa parte da
populao rural em relao s polticas destinadas s zonas rurais (instalao de aldeias comunais e de
cooperativas de consumo, deslocamentos espaciais que muitas vezes
implicaram em desrespeito aos locais onde se realizavam rituais tradicionais ou que eram tidos como
sagrados) e em cumprir seus propsitos de recuperao da dignidade
africana.
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