You are on page 1of 38

RELATÓRIO TÉCNICO

PROJETO SER CRIANÇA - ARAÇUAÍ/MG


FEVEREIRO E MARÇO

2006

INTRODUÇÃO

Neste ano, por motivo de espaço físico, o projeto “Ser Criança” passou a funcionar de forma unificada.
Agora, os dois núcleos e crianças e educadores fazem parte de um único projeto, que funciona no colégio
Nazareth e atende crianças de 6 a 15 anos, distribuídas em cinco grupos pela manhã e cinco à tarde, em
horários alternados aos da escola. Cada grupo tem em média 20 crianças, num total de 200 crianças
atendidas.

As crianças se adaptaram muito bem às mudanças ocorridas no projeto e participam com muito entusiasmo
das atividades. Tivemos a oportunidade de fazer um rodízio e trabalhar com todas as faixas etárias,
realizando diferentes dinâmicas com o objetivo de promover o entrosamento e assim conhecer um pouco
mais de cada criança. Só após isso os grupos foram divididos e cada educador está trabalhando com a faixa
etária com a qual melhor se identificou ou que foi identificada pelas crianças.

A partir dessas observações, estamos trabalhando as carências e qualidades, nos transformando e fazendo
transformações, melhorando a nossa convivência, para que sejamos um só grupo.

Nosso tema é a “Educação pelo Brinquedo”, utilizando a “pedagogia da roda” como instrumento de
trabalho. Na roda, resolvemos os problemas, colocamos as novidades do dia-a-dia e olhamos uns para os
outros de forma igual e respeitosa. Todos têm o direito de opinar e dar sugestões, com autonomia e
credibilidade para expor suas idéias, de forma que possamos chegar juntos aos objetivos.
Nas atividades diárias, temos tido a oportunidade de conhecer melhor as pessoas, suas habilidades,
dificuldades e, a partir desse diagnóstico, tentar solucionar os problemas, melhorando a cada dia o trabalho
desenvolvido no projeto.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 1


ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

• Dinâmicas e brincadeiras

Iniciamos o ano desenvolvendo algumas dinâmicas com o objetivo de trabalhar o entrosamento, o


conhecimento, a interação, a afetividade, o respeito, e a socialização, fazendo com que as pessoas pudessem
se sentir mais próximas umas das outras, tornando a nossa relação ainda mais harmoniosa.
As dinâmicas desenvolvidas foram: Cosme e Damião; Se eu Fosse...; Minha Cidade; Construindo Sonhos;
Construção do Boneco Guia; Meu País; A Bola; A troca; Preciso de Você; Recorte sua Vida e a Dinâmica da
Agulha.

As dinâmicas aconteceram com uma boa participação e reflexão. As crianças se envolveram com muito
entusiasmo, conheceram melhor umas às outras e se entrosaram, gerando um clima de união, respeito e
construção de uma boa relação.

• Brincadeiras

Brincar é sempre uma atividade que deixa a nossa vida com mais brilho e alegria. Com a junção dos dois
projetos estamos realizando muitas brincadeiras novas e até mesmo as antigas brincadas de forma diferente.
Com a brincadeira Dominó, tivemos a oportunidade de nos aconchegar mais uns com os outros,
proporcionando momentos de carinho e descontração.

A princípio, houve um pouco de resistência entre as crianças em beijar e abraçar o outro. Aos poucos,
porém, elas foram se deixando levar por esses momentos de alegria e se envolvendo na brincadeira, ficando
mais entrosadas e desinibidas. Quando a brincadeira é nova, elas ficam superatentas e envolvidas, pois
todas querem aprender. Essa foi uma atividade tranqüila e positiva para o grupo.

Com a brincadeira Piscada Fatal, observamos os pequenos guetos que se formam nos grupos e trabalhamos
nas crianças a importância de não se deixar levar pelo preconceito. Utilizamos também brincadeiras com
músicas, para trabalhar versos. No início, as crianças também se mantinham inibidas, mas com o decorrer
da atividade foram se soltando e deixando a roda mais alegre e participativa.

• Boca de Forno

Com a brincadeira Boca de Forno, foi possível aprender algumas noções de matemática e de cuidados com
o meio ambiente. No projeto, temos aproveitado todas as oportunidades para brincar e aprender ao mesmo
tempo. O brincar tem um grande significado, pois traz alegria, prazer e muita participação do grupo.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 2


Nessa brincadeira, recolhemos todos os copos e plásticos que estavam espalhados no quintal, aprendemos a
cuidar do nosso meio ambiente, trabalhando também a aprendizagem. Quem coordenava a brincadeira
dizia uma operação matemática e indicava o material a ser escolhido. Ao adaptar uma antiga brincadeira,
foi possível despertar nas crianças o prazer e a alegria de trabalhar em grupo e de aprender um pouco mais
de matemática.

Resgatamos também a brincadeira Minha Machadinha, que tem tornado nossas rodas mais alegres e
brincantes.

• Crachás e Cartões

Com objetivo de trabalhar o entrosamento, a participação e a criatividade, confeccionamos cartões e


crachás. No decorrer da atividade, o grupo esteve muito motivado com suas criações, pois todos
permaneceram unidos e compartilharam bem o material exposto, valorizando assim a transformação de um
simples papel em lindos cartões.

A tinta de terra foi utilizada para a pintura de alguns cartões, tendo como objetivo estimular a cooperação e
a criatividade. O material foi suficiente para o grupo, mas faltou mais cooperação entre as pessoas, que
mostraram dificuldade em compartilhar ou esperar a sua vez. Além de aprender a preparar a tinta,
discutimos na atividade a importância do não desperdício e da cooperação. Esta observação foi feita por
muitos durante a avaliação.

Na confecção dos crachás, o grupo foi se apresentando e falando do símbolo escolhido. A atividade nos
permitiu uma discussão bastante calorosa, pois falamos de nossos sonhos e da importância da persistirmos
na busca de realizá-los. Com os crachás, tivemos a oportunidade de conhecer o grupo e de saber a história
de cada um. A sintonia e a cumplicidade dos grupos foram evidentes, havendo assim harmonia entre todos.

• Trabalhos com argila e confecção de pulseiras

Trabalhamos nos grupos algumas atividades manuais para a confecção de pulseiras e criação com argila,
com objetivo de promover a integração e o envolvimento. No início das atividades, as crianças estavam
dispersas, o que dificultou o andamento dos trabalhos. No decorrer das atividades, porém, houve maior
interesse e participação das crianças, pois cada uma ficou livre para criar e trocar experiência, permitindo
maior entrosamento e cooperação entre elas.

Embora as atividades tenham começado de forma um pouco dispersa, conseguimos fazer com que os grupos
participassem de forma ativa, podendo assim alcançar o nosso objetivo, pois houve entrosamento e interação

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 3


entre as pessoas. Pudemos notar que as atividades manuais despertam o interesse e a criatividade nas
crianças e isso é facilitador, pois são ferramentas que nos auxiliam rumo aos nossos objetivos.

• Saboneteira de litro descartável

Ao ver sabonetes jogados no chão depois do banho, o grupo sentiu a necessidade de ter um local
apropriado para guardá-los. Pensamos em usar saboneteiras e decidimos aproveitar garrafas de plástico
descartáveis para confeccioná-las. Além de trabalhar o valor do alternativo, estamos melhorando a higiene
do grupo e promovendo a saúde e o bem estar de todos, o que é também um de nossos objetivos. Nessa
atividade, todas as crianças participaram com prazer e alegria, demonstrando grande satisfação em produzir
algo que está sendo utilizado para a organização e o bem estar de todos que participam do projeto.

• Gominha de retalhos

Trabalhamos a confecção de gominhas coloridas, com o objetivo de desenvolver a aprendizagem e a auto-


estima. No desenvolvimento da atividade, houve um pouco de resistência por parte dos meninos em
confeccionar a gominha, mas conversamos bastante sobre a importância da participação de todos na
atividade, independentemente de sexo ou de preferência.

Por ser um trabalho manual, uma das atividades preferidas de muitos, houve uma boa participação. O grupo
se concentrou na atividade e ninguém ficou disperso. Alguns iam cortando os retalhos, enquanto outros
montavam a gominha e iam fazendo contas de quantos retalhos brancos usariam, com mais alguns
vermelhos e assim fomos resolvendo várias operações.

Depois de prontas as meninas se enfeitaram com as gominhas e os meninos presentearam as educadoras e


outras crianças.

• Livros, textos, histórias e filmes trabalhados

Com o objetivo de trabalhar a socialização, realizamos atividades de contação de história envolvendo dois
temas: A Casinha de Sonhos e A Cabra de seu Joaquim. Essa é uma atividade que envolve bastante os
grupos, tornando-se mais atrativa com as variações dos personagens. Os grupos permaneceram atentos e
tranqüilos.

Com a história Casinha dos Sonhos, cada um contribuiu falando de seus sonhos, respeitando e valorizando
as diferenças individuais. A história da Cabra de seu Joaquim permitiu discutir a importância de seguirmos as
regras, pois relata as dificuldades de uma cabra que não soube respeitar os combinados.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 4


Percebemos que contar histórias no grupo faz com que as crianças fiquem mais atentas, podendo assim
absorver o conteúdo com mais clareza, atingindo desta forma o objetivo desejado.

Visando trabalhar noções de higiene e saúde, fizemos uma sessão de contação de história com a adaptação
do livro “Cata-Piolho”, da Algibeira de Livros. A história manteve as crianças concentradas, prestando
atenção em cada detalhe, sem se dispersarem com os barulhos ao redor. Na avaliação, falamos o quanto é
importante cuidar bem de nosso corpo e de nossa saúde e de estarmos sempre limpos. Cada um tinha uma
história para contar sobre o assunto e, ao final, algumas crianças levaram o livro para casa para mostrá-lo à
família.

Alegria azul, tristeza molhada

Com objetivo de criar e fortalecer os vínculos afetivos, trabalhamos o livro “Alegria azul, tristeza molhada”,
de leda Martins de Oliveira. Todos participaram e, quando alguém falava de características parecidas com as
nossas, cada um podia se ver dentro da história e assim usar a imaginação. No início, algumas pessoas do
grupo atrapalhavam o desenvolvimento da atividade, pois queriam participar de tudo, tirando a
oportunidade do colega. Paramos então por alguns momentos para estabelecer algumas regras e definir a
forma de organização.

Usando o livro e sua história, essa atividade nos permitiu trabalhar não só os sentimentos, mas também a
imaginação, a criatividade, a socialização e a aprendizagem.

Texto - Sonho de Prequeté

Com o texto “Sonho de Prequeté”, discutimos a importância de sonhar, de respeitar os sonhos de cada um e
o que temos em comum. Diante da discussão, foi possível valorizar o envolvimento, uma vez que as opiniões
despertavam interesse e participação.

O texto foi apenas um pretexto para estimular as crianças a falar de seus sonhos e a valorizar a opinião do
outro. Afinal, é muito bom conhecer o outro, saber do que ele gosta, do que não gosta. O desenvolvimento
da atividade estimulou uma atitude bastante reflexiva, uma vez que os participantes tiveram muito do que
falar.

A interpretação do texto auxiliou a discussão, principalmente quando começamos a pensar nas coisas boas e
a discutir uma frase do livro que diz: “gente mais velha só atrapalha criança”, pois Prequeté passava o dia
imaginando “coisas”, o que não é diferente das nossas crianças. A dificuldade foi organizar o grupo na hora

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 5


de falar: foi um atropelando o outro, prolongando a atividade por mais um dia. Foi uma oportunidade de
discutir também regras e respeito.

Preciso de alguém

Esta atividade proporcionou o grupo a trabalhar o valor da amizade. Lemos o texto “Preciso de alguém”, que
fala do poder da amizade sincera, e fizemos uma reflexão da leitura. Logo após, ao discutir o tema no
grupo, uns disseram acreditar e outros discordaram de que é possível ter um amigo verdadeiro. Uns
motivados pelo amor, respeito para com o outro, outros incrédulos por fatos marcantes que inviabilizaram a
possibilidade de se ter um amigo. A discussão gerou um debate em que cada um queria defender sua tese,
mas sempre respeitando o pensamento do outro.

Filme “Corrente do bem”

Com o objetivo de promover a cooperação e trabalhar a UTI Educacional, vimos o filme “A corrente do
bem”. Por ser um filme legendado, foi possível perceber as dificuldades em relação à leitura. Na medida em
que aconteciam os fatos mais importantes, sempre que o grupo sentia necessidade de fazer algum
comentário, parávamos o filme e falávamos sobre o assunto. Consultávamos no dicionário as palavras
desconhecidas e íamos tirando as dúvidas. A atividade não foi concluída no mesmo dia, mas foi bem
aproveitada, pois as crianças não se inibiram em tirar suas dúvidas. A partir daí , percebemos as dificuldades
de alguns.

A dama e o vagabundo

Depois de várias dinâmicas realizadas com o objetivo de nos conhecer melhor e permitir maior
entrosamento, partimos para a discussão e elaboração das regras. Percebemos que muitos têm dificuldade
em cumprir os combinados, desrespeitando as regras e as pessoas.

Assistimos ao filme “A dama e o vagabundo”, com o objetivo de refletir sobre as nossas escolhas, frisando o
respeito às regras e às pessoas, que são fundamentais na convivência em grupo. Trabalhando também a
socialização, que é um dos nossos grandes objetivos. Foi uma atividade bem tranqüila, pois as crianças
ficaram muito envolvidas com o desenrolar do filme, atividade de que gostam muito. É em desenho animado
de fácil entendimento, fala das escolhas de um cachorrinho que dispensa as comodidades e o carinho das
pessoas de sua casa e foge para a rua, desobedecendo às regras da casa e também os seus pais.

Discutimos bastante sobre nossas escolhas na vida e sobre a necessidade que temos de construir e obedecer
às regras. Elas nos ajudam a viver melhor e a nos relacionarmos com mais respeito e harmonia.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 6


• Trabalho com música

Com o objetivo de promover a educação pela música aos participantes do projeto Ser Criança, está sendo
desenvolvido em todos os grupos um trabalho em que a música é usada como instrumento de
aprendizagem, participação e oportunidade.

O trabalho teve início com a música do espetáculo “A Vaquinha Lelé”. As crianças ficaram muito
entusiasmadas ao saber que sempre haverá esta atividade, pois todos gostam muito de cantar e desejam
fazer parte do coral. Explicamos a eles que a proposta de se trabalhar com a música não é necessariamente
uma forma de integração ao coral “Meninos de Araçuaí”. Nesse trabalho, a música é um instrumento de
educação e transformação social.

O grupo discutiu a possibilidade de aprender várias músicas e cantigas de roda, buscando resgatar os
valores culturais e explorar mais os talentos existentes no projeto. Como muitos participantes ainda se
mostram um pouco tímidos, a música é um recurso usado para trabalhar tais questões. Procuramos ensinar a
mesma música a todos os grupos, para que todos tenham a oportunidade de conhecê-la e cantá-la na roda
grande.

Contando a história Vaquinha Lelé, que não conhecia o medo, queria descobrir o mundo e desejava muito
voar, foi ensinada a letra da música de uma forma dinâmica e criativa. Antes porém, para preparar a voz, foi
feito um aquecimento corporal e vocal. Ao fazer o aquecimento, as crianças achavam graça em fazer careta,
colocar a língua para fora, jogar beijinho, correr e abraçar, imaginar o corpo como um lápis, ficando cada
vez mais motivadas em aprender.

Todos aprenderam com rapidez, mesmo que a música fosse muito difícil de ser cantada sem o
acompanhamento do violão. Mas a vontade e a alegria de aprender não deram espaço para a dificuldade.

O trabalho está sendo coordenado por Pama Dourado, educadora e participante do coral “Meninos de
Araçuaí”, envolvendo todos os educadores que estão diretamente ligados às crianças e adolescentes.

• Cozinha experimental

Estamos tentando trabalhar a importância de se zelar pela saúde, estimulando nas crianças, adolescentes e
educadores hábitos mais saudáveis, que possam também ser adotados fora do ambiente do projeto. Para
isso, iniciamos uma campanha de redução do açúcar e do óleo de soja na alimentação.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 7


A rapadura tem sido introduzida no cardápio, bem como a soja e a utilização de chás e sucos naturais.
Estamos organizando uma pequena horta com espirais de ervas, hortaliças e alguns legumes e substituímos a
batatinha por inhame e couve-flor. As crianças começaram a confeccionar o cardápio e já notam a diferença
na alimentação.

Estamos utilizando algumas receitas em que as crianças estão colocando literalmente as mãos na massa. A
confecção do biscoito de soja foi também um pretexto para trabalhar a aprendizagem de matemática e
língua portuguesa. Antes de iniciar a atividade, fizemos combinações para que não houvesse tumulto e, com
essa organização, foi possível fazer os biscoitos de forma agradável. Também escrevemos a receita e
discutimos ortografia. A cada ingrediente citado, íamos fazendo algumas operações matemáticas e, na hora
de enrolar o biscoito, escrevíamos nomes, palavras e letras.

Nessa atividade não conseguimos trabalhar a aprendizagem da forma que pretendíamos. Com a
empolgação das crianças, acabamos dando mais ênfase na preparação dos biscoitos. Mas as crianças
tiveram uma boa participação nesta primeira experiência: estavam muito empolgadas com o biscoito de soja
que fizemos e pudemos compartilhar com todos do projeto.

• Pedagogia do biscoito

Uma forma lúdica de trabalhar a aprendizagem foi experimentar a “pedagogia do biscoito”. Essa foi uma
atividade que interessou muito o grupo. Cada um teve a oportunidade de escrever a letra inicial do seu nome
e também letras do alfabeto e algumas palavras sugeridas pelas crianças. A euforia foi grande: entre
escrever uma letra e experimentar a massa, tudo foi motivo de prazer e alegria. A novidade – estar na
cozinha e poder escrever as letras com o biscoito – fez com que o grupo se tornasse bastante participativo,
contribuindo para um melhor aprendizado.

Embora o objetivo da atividade tenha sido atingido, tivemos ainda alguns problemas relativos à organização.
No decorrer do trabalho, entretanto, eles foram superados.

• Jogos

Batalha da Amizade e Carneirinho Carneirão

Com objetivo de promover a afetividade, trabalhamos o jogo “Batalha da Amizade” e a música “Carneirinho
Carneirão”. Com a música, as crianças participaram e se envolveram, tornando a nossa manhã bastante
prazerosa e atrativa. Em determinado momento, a música do carneirinho é muito interessante, pois pede às
crianças que executem provas voltadas para a afetividade, como abraçar, beijar, apertar a mão etc.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 8


No jogo, o grupo se dividiu em duas equipes, que receberam fichas com palavras como abraço, beijo,
carinho etc. Cada equipe tinha que adivinhar o que foi escolhido pela outra. Não acertando, tinha que ir até
a outra equipe e dar abraços e beijos, o que permitiu um grande entrosamento com o grupo.

As atividades promoveram grande envolvimento entre os grupos, pois eles puderam brincar cantar, trocar
carinhos, embora alguns ainda mostrassem resistência em se aproximar do outro. É importante trabalhar
esse tipo de atividade, pois o grupo ainda enfrenta muitos problemas relacionados à agressividade.

O trabalho com o “Jogo dos Sentimentos” foi importante, pois possibilitou trabalhar a criatividade, o
protagonismo, o respeito. Com ele, as crianças foram aprendendo a reconhecer as emoções, que eram
repassadas em forma de gestos, gerando assim mais participação.

Me chama mais

Como estamos ainda no início do ano, sentimos necessidade de fazer um jogo que pudesse ser trabalhado
com todas as faixas etárias, que pudesse aproximar as pessoas, permitindo conhecer um pouco de cada um,
promovendo a interação, o respeito e o entrosamento entre os participantes.

Antes de começar o jogo, discutimos e definimos quais seriam as regras. Iniciamos com a proposta de cada
um falar sobre o que gosta ou não de fazer. A partir daí, o grupo foi desenvolvendo e adaptando o jogo de
acordo com as idéias e características de cada um. Todos estavam bastante envolvidos na atividade,
preocupados em fazer algo que interessasse as crianças, independentemente da idade. Este jogo foi uma
experiência muito interessante, pois nos permitiu vivenciar momentos de conhecimento, descontração, prazer
e respeito.

• Limpeza e higienização

Com objetivo de trabalhar a organização do nosso espaço e estimular o espírito coletivo nas crianças e
adolescentes, cuidamos da limpeza do local e de sua organização, pretexto usado para também trabalhar a
cooperação e a socialização.

A princípio, tivemos dificuldade com algumas crianças e adolescentes que queriam fazer apenas o que era
mais viável e fácil. Ao terminar a “sua parte”, ficavam esperando o restante do grupo concluir sua tarefa, às
vezes até mesmo atrapalhando a atividade de outros grupos.

Depois de discutir a importância do trabalho em grupo em muitas rodas de conversa, os participantes estão
mais conscientes de que a atividade é responsabilidade do grupo e que a divisão de tarefas é apenas um

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 9


facilitador. Combinou-se que quem terminar primeiro vai ajudar os outros, até concluir a atividade de todo o
grupo e não das pessoas separadamente.

Já observamos um grande avanço na execução da limpeza, mas ainda precisamos ser mais disponíveis e
colaboradores.

Com objetivo de trabalhar o bem-estar e a auto-estima, além de incentivar hábitos saudáveis, estamos
realizando uma vez por semana um trabalho de higienização e saúde. Foi difícil iniciar a atividade, dada a
resistência de alguns participantes. Após conversar sobre a importância do bem-estar físico e mental,
iniciamos a atividade. Todos passaram limão e bicarbonato nas axilas, usamos xampu para piolho,
limpamos as unhas, fizemos escovação e terminamos com um bom banho. Terminado o banho, todos se
pentearam – as meninas fizeram penteados diferentes, umas ajudando as outras.

Percebemos que a prática da higienização já está surtindo efeito, pois notamos a preocupação das crianças e
adolescentes em estarem limpos, arrumados e bonitos. Acreditamos que auto-estima está sendo trabalhada
e este é apenas um passo nessa direção. A proposta é aprimorar a atividade de higienização com a
instituição de dias de beleza.

• Biblioteca virtual

Com a biblioteca virtual, foi possível trabalhar muitas coisas interessantes: poesias, músicas, corpo humano,
doenças, cidades etc. A atividade proposta foi o jogo da “forca”, cujo objetivo é fazer com que as crianças se
divirtam e aprendam novas palavras. Com o dicionário do lado, começamos a atividade. Dividimos o grupo
em duas equipes: uma trabalhava a aprendizagem utilizando o dicionário, enquanto a outra equipe recorria
aos jogos de português sobre os substantivos.

Como temos quatro computadores para vinte crianças, trabalhamos dessa forma na biblioteca virtual. Assim,
as pessoas que estão esperando a vez também realizam atividades voltadas à aprendizagem. O
desenvolvimento dessa atividade foi muito legal porque as crianças das duas equipes estavam envolvidas e
participativas. Dessa forma, trabalhamos a aprendizagem de forma lúdica e prazerosa.

GERENCIAMENTO DO PROJETO

O projeto é gerenciado pelo Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) e neste ano, com a
junção dos dois projetos, há uma nova coordenação que tem discutido e avaliado com a equipe de
educadores as práticas diárias e a metodologia, proporcionando melhorias no ambiente de trabalho.

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 10


Sentar em grupo buscando melhorar as ações diárias tem feito o trabalho melhor. As cobranças e as falhas
existem, mas vêm contribuindo para o crescimento e a busca dos objetivos.

DESEMPENHO DOS EDUCADORES

Na capacitação para a elaboração do nosso Plano de Trabalho e Avaliação (PTA), tivemos momentos de
grande aprendizado, pois discutimos as novas propostas para 2006, como a cidade sustentável, ou seja,
todos os projetos do CPCD unidos em um só.

Tivemos momentos de muita reflexão e aprendizado e foi possível compreender a importância de um bom
planejamento. A sintonia e o bom entrosamento têm nos permitido superar as dificuldades do trabalho, pois
as ações e reflexões feitas a partir de avaliações e reuniões têm sido fundamentais para alcançarmos os
objetivos. A equipe está mais aberta às discussões da prática, aceitando críticas e sugestões.

ENVOLVIMENTO DAS ENTIDADES

É muito gratificante receber em nossa roda novas pessoas para conhecer e contribuir com o trabalho. Tais
intercâmbios são importantes para trocarmos experiências e expandir conhecimentos.

Patrícia Guerrero, do grupo Três Marias, de Campinas (SP), e a equipe do projeto Sementinha de Santo
André (SP), que acompanhou as nossas rodas, atividades e avaliações, ficaram encantadas com a
ornamentação, com a roda e principalmente com as músicas e brincadeiras que realizamos com as crianças.
Tivemos a oportunidade de participar da oficina de contação de história com Arlete (Batata), junto com os
Agentes Comunitárias de Educação e com as Mães-cuidadoras que fazem parte do projeto Cidade Educativa
e demais coordenadores do CPCD. Conhecer as malas de história e um pouco da experiência do trabalho
desenvolvido pela equipe de Santo André foi muito gratificante e produtivo. Aprendemos algumas técnicas de
contação e discutimos a importância de resgatar as histórias.

Participamos ainda da oficina de música, que também contribuiu de forma significativa para o
aprimoramento do nosso trabalho.

AVANÇOS OBTIDOS

- Aumento da freqüência

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 11


- Organização do espaço
- Planejamento das atividades e do cardápio
- Pontualidade
- Ornamentação e estética
- Maior interesse dos educadores em cumprir o combinado
- Aumento das atividades
- Teatros, apresentações, danças e contação de história na roda grande pelos educadores.

DIFICULDADES ENCONTRADAS

- Manter as crianças juntas no horário do dever, uma vez que combinamos fazer atividades que promovam a
aprendizagem com as crianças que não trazem a tarefa para fazer no projeto.
- Limpeza tumultuada.
- Falta de apropriação com as coisas do projeto.
- Problemas na realização da roda grande pelo excesso de barulho de uma obra do Colégio Nazareth, muito
próxima ao galpão.
- Abastecimento de água: o reservatório não é suficiente, mas já está sendo providenciado.
- Tumulto na hora de beber água. Como não foi instalado ainda o bebedouro, providenciamos garrafas de
pet para armazenar a água potável, o que gera tumulto e desorganização, já que temos apenas uma
torneira com água filtrada.

BREVE SÍNTESE

Estamos cheios de expectativas para realizarmos o nosso trabalho com prazer, pois sabemos que a cada ano
há novos desafios a serem enfrentados e novas conquistas a realizar. São esses desafios que nos fortalecem
para desenvolver um trabalho de qualidade. Por meio deles, percebemos o quanto o nosso trabalho é
importante.

Para aprimorar os nossos conhecimentos, tivemos a oportunidade de participar da capacitação no início do


ano, nada muito diferente do que havíamos feito antes. Diferente foi a maneira como foram direcionadas e
conduzidas às discussões.

Falamos sobre temas muito importantes, que nos possibilitaram refletir e rever conceitos, discutindo sobre
nossas ações e sobre a importância de contribuir para a transformação social. Temos o objetivo de tornar
Araçuaí uma cidade sustentável, o que nos leva a questionar como o projeto Ser Criança participa e contribui

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 12


e como isso gera transformação social, não só nas crianças e adolescentes, como na comunidade e equipe
do CPCD. Aos poucos, tudo está se encaixando e se realizando. Nós, educadores, estamos preocupados em
dar ênfase a um trabalho de qualidade, nos empenhando para um ambiente harmonioso e sintonizado.

Astrogilda Jardim Santana - Coordenadora


Projeto Ser Criança

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 13


ANEXO

• Depoimentos

Dinâmica do boneco guia

“Gostei muito da atividade. Com ela tivemos a oportunidade de conhecer melhor as pessoas.”
Tattiany Dourado - 13anos

“É bom conhecer pessoas novas, mas é pena que, para uns, isso não faz sentido nenhum: continuam
bagunçando e o aproveitamento poderia ser melhor.”
Vinícius Gomes de Oliveira - 14 anos

“A participação foi boa, mas teve gente que não aproveitou muito, pois perdeu o momento de fazer e
conhecer novas amizades.”
Carlos Henrique - 13 anos

“Achei o envolvimento das pessoas muito bom, mas o grupo desandou por motivo de atraso de algumas
pessoas.”
Mateus Marques - 15 anos

“Eu achei essa atividade boa, porque teve muita criatividade e nós expressamos tudo o queremos este ano no
projeto.”
Brenda Gonçalves - 11 anos

“Gostei de ter participado e gostei mais ainda porque todos do grupo participaram, mesmo aqueles que
quase não participam.”
Anália Nascimento - 13 anos

“Fazer o boneco foi bom, porque teve a participação de todos e a atividade saiu muito legal.”
João Batista Fernandes - 12 anos

“Fazer o boneco representou o projeto. A atividade foi um exemplo do que o grupo quer fazer mesmo, pois
todos participaram.”
Lidiane Santos - 12 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 14


“Foi bom participar: cooperei com o grupo e conseguimos fazer o boneco do futuro, que nos mostrou que
devemos praticar os pontos positivos para sermos felizes.”
Marilene Gomes Oliveira - 9 anos

“Aprendi que devemos ficar ligados e praticar as coisas boas, senão não vamos ser felizes e nem ajudar aos
outros.”
Ramon Felipe Souza - 10 anos

“Gostei e aprendi que não devemos praticar o lado negativo e sim construir em nós um novo boneco para
ajudar na nossa convivência.”
Vanessa Santos - 10 anos

“Devemos esforçar para ajudar a quem precisa, pois estamos juntos. Mas, se formos observar ao nosso lado,
não temos feito muito pelas pessoas.”
Diulhiany Lemes - 10 anos

“A visão que temos do projeto é boa, de um lugar interessante, mas devemos fazer mais para que ele se
torne melhor ainda.”
João Carlos Pereira Júnior - 10 anos

“Percebi que devemos dar vários passos para ajudar o projeto, pois ele é muito importante para nós: oferece
coisas boas e interessantes. O boneco que temos que construir é do bem.”
Jeniffer Borges - 10 anos

Minha cidade

“Gosto muito de conhecer novos lugares. O que não gosto é de poluição, pois ela destrói a natureza.”
Tamires Fernandes Oliveira - 9 anos

“A cidade que acho mais linda é o Rio de Janeiro. Só não gosto da violência que existe lá.”
Lucas Teixeira Viana- 9 anos

“O que eu mais gosto é quando as pessoas me tratam com carinho. Não gosto de brigas e confusões.”
Raíssa de Souza Moreira - 9 anos

“Gosto de ter muitos amigos e de conhecer lugares e pessoas novas. O que não gosto é de desrespeito e
violência.”
Thainara Mendes Morais - 9 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 15


Se você fosse

“Gostei da atividade, porque falamos de nossas vidas e também nos conhecemos melhor. Fizemos perguntas
uns aos outros e daí surgiram várias amizades, porque descobrimos as qualidades de cada um.”
Douglas Gomes - 9 anos

“Foi bom participar da atividade: conversamos bastante sobre vários assuntos e pudemos conhecer melhor o
grupo todo e aqueles que vamos conviver mais tempo.”
Lucas Teixeira Viana - 9 anos

“Gostei muito, pois foi bom ouvir as palavras positivas que foram faladas.”
Sara Gonçalves Pereira - 9 anos

“Acho interessante bater papo, dialogar, saber mais sobre as pessoas que convivemos.”
Raíssa de Souza Moreira - 9 anos

A troca

“Eu me senti feliz em saber que as pessoas gostam de mim.”


Daiane Aparecida - 11 anos

“Às vezes, somos egoístas. Está na hora de pensar nos outros também.”
Everton Mendes - 14 anos

“Com essa dinâmica, aprendi que nunca é tarde para rever nossos conceitos. Foi uma aprendizagem muito
rica para mim.”
Marcos Paulo Lopes - 14 anos

“Se não fosse o Everton dar o sentimento que recebeu para outra pessoa, a gente continuava pensando que
era errado dar o que a gente ganha. Acho que os conflitos nos levam a entender algumas situações.”
Iago Ferreira - 11 anos

Dinâmica da bola e construindo sonhos

“Na dinâmica da bola, pudemos conhecer melhor os nossos colegas e aprendemos os nomes das pessoas
que não sabíamos.”
Vanessa Santos - 10 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 16


“Ter feito a dinâmica da bola foi muito interessante: pude aprender os nomes pessoas que eu não sabia.”
Marlon Fernandes - 10 anos

“A minha participação na dinâmica foi muito proveitosa, pois pude conhecer as pessoas melhor.”
Ana Tereza Marques - 10 anos

“Gostei de ter participado da dinâmica, pois tivemos a oportunidade de conhecer o outro melhor.”
Viviane Rodrigues - 11 anos

“A dinâmica foi interessante, porque tive a oportunidade de estar entrosada com as pessoas que chegaram.”
Raiane Gonçalves - 11 anos

“Adorei ter feito à dinâmica. Falamos um pouco sobre o projeto e também tive a oportunidade de conhecer
as pessoas que chegaram.”
Isleide Dourado - 11 anos

Recorte sua vida

“Foi bom ter contado um pouco da minha história para os meninos. Gostei também porque os meninos
participaram e não houve problemas no grupo.”
Tarcísio Nascimento - 13 anos

“Eu gostei de ter contado um pouco da minha história e de ter conhecido um pouco da história do outro. Eu
nunca tinha feito esta dinâmica e por isso foi legal.”
Edinan Pereira - 13 anos

“Achei interessante a dinâmica, pois através dela pudemos nos conhecer melhor, pudemos também descobrir
algo em comum com outra pessoa e, assim, formar novas amizades.”
Thaís da Costa Gomes - 14 anos

Quem sou eu

“Gostei da dinâmica porque foi boa para nos incentivar a saber um pouco mais sobre as pessoas e nos
esforçarmos para descobrirmos mais sobre elas.”
Aline Amaral Silva - 15 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 17


“Foi legal porque assim ficamos conhecendo o que as pessoas gostam e o que não gostam. Foi legal
também saber mais sobre nós mesmos, pois tínhamos que pensar para responder.”
Tarick Haziz - 14 anos

“Eu gostei muito de conhecer um pouco das pessoas aqui do projeto e espero conhecer mais.”
Márcia Ramos - 12 anos

“Foi muito boa a participação das pessoas. Isso ajudou a gente a conhecer mais o próximo.”
Ramon Pereira - 13 anos

Dinâmica da agulha

“Acho que o importante não é ganhar nem perder. O importante é a gente se divertir com os amigos e
participar. Não pode ficar zombando do outro porque perdeu, pois uma vez a gente perde e na outra a
gente ganha.”
Késsia Gonçalves - 12 anos

“A equipe ajuda, mas às vezes pode atrapalhar, porque tira a concentração se gritar.”
Jaqueline Mendes - 12 anos

“Eu acho que a equipe ganhou porque a Thaís ajudou a Patrícia quando ela estava tremendo. Aí teve
cooperação.”
Carlos Augusto Souza - 11 anos

“Gostei muito dessa dinâmica. Só que poderia ter sido melhor se todos tivessem participado. Para a gente
não atrapalhar a outra equipe, tem que ter respeito, educação e cooperação.”
Anália Pereira Gomes - 13 anos

Preciso de você

“Todos cooperaram com a atividade, ninguém ficou com vergonha. É bom saber que podemos oferecer algo
para as pessoas.”
Káren Gonçalves - 13 anos

“Foi diferente, calmo, emotivo. Todos se surpreenderam com alguns meninos.”


Nélio Nascimento - 15 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 18


“Hoje percebemos que temos condição de doar um pouco de nós para o outro. Foi gratificante e
transparente.”
Alan Nunes - 14 anos

“A vergonha nos impede de colocarmos nossas qualidades. Hoje, cada um sabe como pode ajudar o outro,
mesmo que ele não perceba.”
Marquele da Silva - 13 anos

“E bom saber que tem gente precisando de nós. Quando falaram que eu passava alegria para projeto, me
senti feliz. Isso era algo que eu não sabia.”
Alaeide Dourado - 15 anos

Brincadeira Dominé

“Achei muito importante essa brincadeira porque eu fiz mais amizade. Quando a gente se abraça, sente um
carinho gostoso.”
Andresa Caroline - 11 anos

“Eu me senti feliz! A brincadeira foi boa e aprendi rápido a música e vou ensinar pra minha irmãzinha.”
Brendon Nunes - 8 anos

“Eu gostei de ver todo mundo participando e rindo. Foi muito divertido!”
Marcelo Soares dos Santos - 7 anos

“Eu não gostei da brincadeira. Eu adorei, pois a gente cooperou e participou. Estava muito animado!”
Adalson de Souza - 8 anos

Brincadeira Boca de Forno

“A brincadeira foi muito boa: todo mundo brincou junto sem brigar e o mais legal é que nós brincamos e
pegamos o lixo que estava espalhado.”
Cléber Ferreira de Jesus - 8 anos

“Brincar de boca de forno é muito bom. Gostei de coordenar e fazer continhas para os meninos
aprenderem.”
Gabriel Clevinton Lemes - 8 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 19


“Eu gostei de brincar: todos participaram e foi bom, porque quem ainda não sabe pode aprender a fazer as
continhas.”
Joyce Ferreira Silveira - 8 anos

“A brincadeira foi ótima: todo mundo brincou alegre, mas foi ruim quando o Higor não cumpriu os
combinados, pois deixa a brincadeira sem graça.”
Jezebel Gomes Matos - 8 anos

“Gostei muito de brincar de boca de forno: me sinto alegre quando brinco com os amigos e ajudo a limpar.”
Rafaela Viana Mendes - 7 anos

“A brincadeira do grupo é muito boa: todo mundo coopera e fica sabendo o que é certo e errado.”
Higor Ferreira Fonseca - 8 anos

Atividade cartão

“Aproveitamos papéis coloridos e confeccionamos cartões. Teve muita colaboração no grupo, por isso a
atividade foi boa.”
João Batista Fernandes - 12 anos

“Fiz brincadeiras de mau gosto com a colega e, quando a escolhi para dar o meu cartão, ela não recebeu.
Fiquei triste, mas quero mudar minhas atitudes e respeitar as pessoas.”
Eduardo Ferreira - 12 anos

“Utilizamos bem o material, pois tudo está muito caro. A participação do grupo foi boa, por isso nossa
atividade terminou bem.”
Fernando Gomes - 12 anos

“Gostei de participar com o grupo: colaboramos, foi bom demais! Emprestei minha cola para os amigos e
todos nós fizemos a atividade.”
Patrícia Ferreira - 12 anos

“Acho importante atividades em que falamos dos sentimentos que temos por outras pessoas. E o meu
desenho representou um amigo ajudando o outro, ou seja, cooperando. Sem a ajuda do outro, a gente não
vive.”
Hiago Matos - 11anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 20


“Meu sentimento é de amor, pois é algo que significa muito para todos nós. O símbolo do amor é o nosso
coração.”
Jefferson lemes - 9 anos

“Eu desenhei e escrevi o nome do projeto, pois nele tem paz, amor, carinho, amizade. Acho que no Projeto
somos alegres.”
Moacir Raimundo de Oliveira de Oliveira - 10 anos

“Eu coloquei no desenho um coração entre duas crianças, simbolizando que devemos amar todos e não só
pai e mãe, pois convivemos com várias pessoas. Adorei participar e ver os outros participando.”
Diulhiany Lemes - 10 anos

“Gostei da atividade, pois foi diferente, porque eu não estou acostumado a pintar com tinta de terra. E fica
bonita a pintura feita com esse tipo de tinta.”
Tarick Haziz - 14 anos

“Bem, eu gostei muito. O ruim é que eu não sei desenhar, mas mesmo assim da minha parte eu cooperei
com o grupo.”
Cleidilane Ferreira - 14 anos

“Eu gostei de ter aprendido a fazer tinta de terra, porque eu nunca tinha feito essa tinta. Também gostei de
ter feito o desenho.”
Luís Gonzaga Júnior - 13 anos

“Achei legal a atividade com a tinta de terra, é algo bem diferente. Sempre achei que fosse assim, pois via
outras pessoas fazendo e admirava bastante.”
Thaís da Costa Gomes - 14 anos

Confecção de Crachá

“Achei legal fazer o crachá e colocar o teatro como o meu símbolo, pois é o que pretendo fazer, investir e
conseguir fazer uma faculdade de artes cênicas. A gente pode relatar os nossos sonhos, os nossos interesses,
discutir e conhecer um pouco de cada um. Muitas pessoas acham difícil expressar e foi legal porque todos
tiveram oportunidade de falar.”
Alberto Pereira - 14 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 21


“Coloquei no meu crachá a dança como meu símbolo, pois é uma coisa que gosto muito e pretendo batalhar
para ser um dançarino profissional.”
Douglas da Silva - 14 anos

“Escolhi uma rosa como meu símbolo por causa da beleza que representa. A vida é colorida e eu também
sou assim, alegre, gosto de brincar e usar a imaginação.”
Aline Amaral - 15 anos

“Escolhi uma estrela como símbolo porque é assim que me sinto quando estou apresentando no coral: me
sinto importante principalmente porque estou mostrando a nossa cultura pra outras pessoas e sou muito
valorizada pelo que faço.”
Jéssica Santos - 12 anos

“A atividade foi muito boa: tivemos a oportunidade de conhecer as pessoas e coloquei o esporte como meu
símbolo, pois é o que mais gosto de fazer.”
Mário Felipe Alves Gomes - 12 anos

Pulseiras

“Foi muito bom aprender a fazer pulseiras. Fui presenteada e fiquei muito alegre, fiz novas amizades no
grupo. E escolhi três amigas para presentear, pois quero a amizade delas.”
Brenda Gonçalves de Freitas - 11 anos

“Achei o grupo bem tranqüilo, alegre e gostando de aprender a fazer pulseiras, pois são coloridas e lindas.
Essa atividade é muito boa!”
Adrielle Santos Carvalho - 11 anos

“O grupo estava muito quieto, todos faziam pulseiras para presentear o outro. Eu quero conhecer a Brenda e
fazer mais amizade com ela.”
Michael Eduardo de Souza - 9 anos

“Eu aprendi a fazer com carinho. Ficarei com as pulseiras, pois são lindas!”
Marcilene Gomes Pacheco - 8 anos

“O grupo colaborou e aprendemos a fazer vários modelos de pulseiras.”


Crisleide Dourado - 10 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 22


Cerâmica

“Mexer com o barro foi muito. Fiz uma máscara e todo mundo inventou alguma coisa.”
Rafaela Viana Mendes - 7 anos

“Gostei da atividade com o barro, porque pude criar muitas coisas como máscara, bonecos, flores. E o
melhor é que pude ensinar para o grupo como fazer.”
Diarley Santos Moreira - 8 anos

“Eu gostei de mexer com o barro e gostei porque a Tainá fez uma flor de barro pra mim.”
Joyce Ferreira Silveira - 8 anos

“Foi bom porque todo mundo participou. Aprendi a fazer uma máscara e gostei porque filmaram a nossa
atividade.”
Gabriel Clevintom Lemes - 8 anos

“A atividade com o barro foi muito boa: todo o grupo estava criando e o mais legal é que filmaram a nossa
atividade. Todos cooperaram e mostraram muitas coisas bonitas, como flores, máscaras, violão, barcos etc.”
Franciele Alves Coelho - 8 anos

“Mexer com o barro foi bom. Fiz um boneco e gostei porque o Alex fez um barco pra mim.”
Marcos Barbosa dos Santos - 7 anos

“Eu gostei porque o Mateus nos ensinou fazer a máscara e a flor de barro.”
Marina Gomes Oliveira - 11 anos

“Ter tido a oportunidade de ensinar um pouco o que sei para as outras pessoas foi muito gratificante para
mim. Mexer com o barro nos ajuda a estimular a mente e a criatividade. Isso nos ajuda a ficar mais
tranqüilos vendo as peças se transformarem em belas artes. O ego fica cada vez melhor.”
Mateus da Silva - 15 Anos

Saboneteira com litro descartável

“Eu gostei de fazer a saboneteira para não deixar os sabonetes no chão.”


Vanessa Santos - 10 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 23


“Ter feito as saboneteiras foi muito interessante, porque estamos produzindo algo que é para a nossa
organização e ainda podemos usar material alternativo.”
Crisleide Teixeira Dourado - 10 anos

“Sempre quando fazemos atividades manuais acho muito bom. E essa foi mais interessante, pois fizemos
saboneteiras para os banheiros. Evitamos que os sabonetes continuem no chão.”
Marilene Gomes Oliveira - 9 anos

Gominhas de retalho

“Ter feito as gominhas foi muito interessante: usamos materiais alternativos e ao mesmo tempo aprendemos
várias coisas.”
Dalila do Santos Gonçalves - 9 anos

“Gostei de ter confeccionado as gominhas de retalho. Eu não sabia, mas tive a oportunidade de aprender
outro tipo que nunca tinha feito.”
Crisleide Teixeira Dourado - 10 anos

“No primeiro momento, não queria fazer, mas depois minha educadora me explicou que poderia presentear
alguém. Fiz com muito prazer e presenteei uma educadora. Homem também pode fazer estas coisas.”
Ramon Felipe Souza - 9 anos

Histórias

“A história foi interessante: todos os bichinhos queriam entrar na casinha para descobrir o que havia lá. Era o
sonho querendo sair. Quando eu crescer, quero ser igual a minha mãe: trabalhar em um restaurante bem
grande.”
Marcilene Gomes Pacheco - 8 anos

“Os bichinhos – a cobra, a minhoca, o gafanhoto, o beija-flor – eram muito unidos, por isso conseguiram
entrar na casinha dos sonhos. Eu adorei a história e o grupo prestou muita atenção. Meu sonho é ser um
jogador de futebol.”
Marcelo Soares Santos - 7 anos

“Os animais eram curiosos: ouviram bater na porta e logo resolveram abrir. Tinha um sonho querendo voar.
Meu sonho é ser um policial para ajudar a cuidar da cidade.”
Maurício Rui Barbosa - 8 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 24


“Meu sonho é ser um coordenador de projeto e ensinar as crianças a brincar.”
Anderson Vieira Santana - 7 anos

“A história é muito bonita e cheia de animais, mas a casinha me deixou curioso. Quando abriu a porta, era o
sonho. Achei que era outro bicho preso querendo sair. A história nos ensina a ser unidos e amigos sempre.
Quando eu crescer, vou ser um mecânico bem famoso.“
Dioniton Ferreira Nunes - 8 anos

“As histórias ensinam a gente a respeitar as regras e a seguir o que é combinado na roda.”
Franciele Alves Coelho - 8 anos

“A história da Cabra de Seu Joaquim ensina que não podemos deixar de fazer os combinados, porque na
história a cabra foi teimosa e acabou acontecendo uma coisa muito ruim com ela. Se todos nós
cumpríssemos os combinados, teríamos mais respeito entre as pessoas.”
Higor Ferreira Fonseca - 8 anos

“Algumas pessoas do grupo são como a Cabra de Seu Joaquim: não escutam e acabam não fazendo o que
combinamos. Mas, com a história, vão aprender a se comportar melhor.”
Diarley Santos Moreira - 8 anos

“Eu gostei muito da história porque ajuda a nos educar, ensina a gente a não desobedecer.”
Joyce Ferreira Silveira - 8 anos

“Eu gostei da história, mas não gostei da cabra, porque ela não obedeceu. É como na roda: às vezes as
pessoas não cumprem os combinados e isso deixa o projeto ruim.”
Rafaela Viana Mendes - 7anos

“A atividade teve boa participação e o assunto foi bem interessante, pois a nossa saúde é muito importante.”
Wesley Lemes - 10 anos

“Eu achei boa a atividade: foi bastante envolvente, aprendemos a nos prevenir dos piolhos, sobre a higiene
pessoal e a nossa saúde.”
Hiago Matos - 11anos

“Na história fala também sobre coisas emprestadas. Se pegarmos, devemos observar antes de usar, pois
pode estar estragado e temos que pagar um novo. Devemos evitar o máximo pegar emprestado. Se pegar,
não estragar.”
João Carlos Pereira Júnior - 10 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 25


“Eu gosto de falar de higiene. Temos que falar com a nossa mãe ou nós mesmos cuidarmos do nosso
cabelo. Passar remédio e penteá-lo para não ter piolho é muito importante, para não pegar doenças.”
Aline Gonçalves dos Santos - 9 anos

“Eu gostei de saber e ouvir: a história serve de alerta para nós, pois principalmente quem tem piolho deve
cuidar.”
Ramon Felipe Souza - 9 anos

“Descobri um monte de sentimentos legais na história.”


Brendon Nunes - 8 anos

“Eu adoro ouvir história! Quando estou escutando, penso que estou dentro dela e fico voando.”
Marcelo Soares dos Santos - 7 anos

“Foi muito legal a nossa contação de história, pois falarmos de muitas coisas que fazem o coração da gente
ficar alegre.”
Alane Ferreira de Alcântara - 8 anos

“Quando todo mundo fica dentro da história, a gente se diverte mais”


Dioniton Ferreira Nunes - 9 anos

“Eu gostei dessa história, porque ela foi contada de maneira diferente: nós é que éramos os personagens
dela.”
Ramon Santos - 8 anos

Texto - Sonho de Prequeté

“Sou um sonhador, como Prequeté: adoro imaginar coisas.”


Iago Matos - 11 anos

“Acho que todos nós sonhamos e sentimos as mesmas dores. Tem gente que sonha e corre atrás do sonho,
não espera ele morrer. Eu sou sonhadora e sempre troco de sonho quando consigo realizar.”
Juliane Lemes - 10 anos

“A importância de sonhar, para mim, é realizar algo que a gente nunca fez.”
Daiane Aparecida - 11 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 26


“Não concordo quando Prequeté fala que gente grande só atrapalha, porque se não fossem os adultos nós
crianças não tínhamos educação.”
João Carlos Pereira Júnior - 10 anos

“O texto, além de falar dos sonhos, foi muito importante para mim, porque sonhar me ajuda a crescer e a
querer sempre o melhor.”
Jennifer Borges - 10 anos

“Nenhuma criança gosta de apanhar e ficar de castigo. E o Prequeté, por mais que ele ache que adulto
atrapalha, a imaginação dele era diferente das outras pessoas. Ele fazia travessuras, mas sempre respeitando
as outras pessoas.”
Iago Matos - 11 anos

Texto - Preciso de Alguém

“Precisamos de alguém na nossa vida. Ficar isolado é muito ruim. E nós devemos ouvir os amigos e dar
conselhos, mesmo que eles fiquem chateados.”
Marquelem Silva - 13 anos

“É com o tempo que percebemos se temos ou não amigos. Foi muito legal a participação das pessoas, pois
as atividades nos ensinam sempre alguma coisa.”
Hilarina Barbosa - 13 anos

“Poucos expressam o que pensam ninguém tem amigos verdadeiros.”


Matheus Marques - 15 anos

“É preciso dar valor aos amigos. Cabe a cada um ver o que um amigo representa para ele.”
Vinícius Gomes - 14 anos

Filme - A dama e o vagabundo

“Eu quero sempre escolher o melhor para mim e, se eu fosse esse cachorrinho, eu escolheria ficar com meus
pais e não na rua. Lá a gente sofre e aprende coisas más, como o que ele fez: roubou a própria família.”
Tainá Souza Nunes - 9 anos

“O filme foi muito bom. Ele nos fez pensar como é importante saber escolher nossos caminhos e qualquer
caminho é melhor do que as ruas.”
Felipe Moreira - 9 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 27


“Aprendi que na vida somos livres para escolher que rumo seguir e que algumas escolhas vão atrapalhar
muito nossas vidas. Devemos aprender com nossos erros.”
Lucas Teixeira Viana - 9 anos

“Gostei muito do filme, pois pude entender que, se obedecermos e respeitarmos as pessoas, nossas vidas
serão bem melhores.”
Tamires Fernandes - 9 anos

“Mesmo com as dificuldades que aparecem em nossas vidas, temos que saber escolher o melhor caminho
para seguirmos.”
Raíssa de Souza - 9 anos

Corrente do Bem

“Este filme trouxe uma discussão boa para o grupo. Agora cabe a cada um colocar em prática.”
John Wilson da Silva - 13 anos

“Devemos colaborar não só aqui no projeto, mas em todos os lugares. Acho que o filme mostra isso muito
bem. A cada dia, percebemos que devemos também ajudar os outros grupos.”
Tiago Ferreira - 13 anos

“O filme foi interessante para mim, porque fala de algo que todos do projeto estão precisando. Se cada
grupo pensasse pelo menos uma forma de ajudar mais o outro, ficaria melhor. Percebi que estou tendo
dificuldade em ler rápido, pois o filme às vezes passava as letras muito depressa.”
Vinícius Gomes - 14 anos

“Ajuda não é só a fazer a limpeza, mas também uma boa conversa. Tem gente que pensa que ajudar é só
no trabalho, mas um desabafo também pode fazer o outro ver o mundo com outros olhos. E sei que preciso
ler mais.”
Pedro Henrique dos Santos - 14 anos

“Essa discussão foi muito importante para o grupo. Acho que a gente deveria trabalhar mais com filmes
legendados. Deveríamos seguir esse exemplo de como ajudar sem pensar em troca.”
Verbeth Rodrigues - 15 anos

“Sabemos que o mundo está muito difícil e precisa de todos para mudar essa realidade.”
Tattiany Dourado - 13 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 28


“Será que neste mundo, com tanta violência, essa corrente daria certo? Vamos tentar fazer isso aqui no
projeto para iniciar.”
Káren Gonçalves - 13 anos

Música - A Vaquinha Lelé

“Gostei muito porque cantamos uma música diferente. Antes teve uma história e aprendi a cantar sorrindo.”
Sara Gonçalves - 9 anos

“Gostei da participação das pessoas: elas cantaram com alegria e me senti muito valorizada ajudando a
Pama, pois também sou do Coral e já conhecia a música.”
Tamires Fernandes Oliveira - 9 anos

“Foi muito animada a atividade. Fiquei pensando no sonho da vaca de conseguir voar, que pode se realizar
um dia, como o meu de fazer parte do Coral Meninos de Araçuaí.”
Raíssa Souza Moreira - 9 anos

“As pessoas não ficaram com vergonha de cantar e foi muito animada a nossa atividade.”
Tainá de Souza Nunes - 9 anos

“Quando ia contando a história da Vaquinha Lelé, eu ficava imaginando como seria uma vaca voando. Na
hora de aprender a cantar, eu até acreditei que uma vaquinha podia voar. A música é muito bonita e ensina
a gente a acreditar nos sonhos. Quando a gente canta, o coração fica alegre e não dá vontade de parar.”
Pedro Igor Nunes da Silva - 8 anos

“Eu acho que a vaquinha conseguiu voar, pois a amiguinha dela ensinou. E eu quero aprender a cantar para
ensinar para as pessoas. Dá uma coisa boa na gente quando a gente canta!”
Sâmara Santos Rodrigues - 7 anos

“Não é preciso ter vergonha de cantar, temos que soltar a voz. Eu não tenho vergonha de cantar nem de
dançar, mas é engraçado ficar fazendo careta, colocar língua e pensar que isso faz a gente ficar com a voz
mais bonita.”
Ramon Felipe Souza Santos - 9 anos

“A música é muito boa. Não fiquei com vergonha de fazer o aquecimento e aprendi a música com rapidez.”
Vinícius Soares Pereira - 8 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 29


“Quando eu comecei a cantar, fiquei com medo de cantar errado, mas toda hora volta e tira as dúvidas da
gente. Demorei a aprender porque eu trocava as palavras, mas a música é linda!”
Alane Ferreira de Alcântara - 8 anos

Música do Carneirinho

“A música foi interessante, brincamos muito, pulamos, corremos e até beijamos o nosso colega.”
Breno Nunes Leite - 7 anos

“Foi ótima a brincadeira! Quando pede para abraçar, correr, beijar, fica melhor, mais animada.”
Yuri Santos Carvalho - 7 anos

“Aprendi rápido a música. Todos participaram quando pulamos na areia e demos cambalhotas. Foi muito
divertido! Essa atividade foi muito boa.”
Marcelo Soares Santos - 7 anos

“Todos participaram e cooperamos bastante. A música é bonita e, quando a gente aprende algo novo, o
mundo fica melhor.”
Adalson de Souza Santos - 8 anos

“A brincadeira foi boa: cantamos e divertimos muito. Só é ruim quando a pessoa escolhida não abraça a
gente, ficamos sem graça.”
Marcilene Gomes Pacheco - 8 anos

Biscoito de soja

“Acho que devemos fazer mais vezes, pois através da receita podemos aprender mais, ler direito e não
desperdiçar os ingredientes. Aprendemos também a nos alimentar melhor. Devemos escrever e depois ler
para ver se está certo.”
Hiago Matos - 11 anos

“Foi bom fazer o biscoito, porque fizemos as letras do nosso nome e máscaras. Usei a criatividade e tentei
fazer cada biscoito diferente, sempre um mais bonito que o outro.”
Moacir Raimundo de Oliveira - 10 anos

“Achei a atividade boa, ajudei a medir os ingredientes, aprendi com isso e gosto de ajudar as pessoas e
participar de tudo.”
Wesley Lemes - 10 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 30


“Em relação à receita, quando discutimos, descobri que devemos escrever com bastante atenção e depois ler,
senão a gente mesmo não vai entender e nem aprender.”
Fábio Ferreira - 12 anos

“Tudo o que fazemos devemos corrigir, pois assim temos a oportunidade de aprender. Se fosse uma
faculdade, com um pequeno erro, poderíamos ser reprovados.”
Jéssica Santos - 12 anos

“Pudemos nós mesmos preparar nosso lanche. Isso é muito importante, pois vi que tudo exige muito carinho
e atenção.”
Anália Nascimento - 13 anos

“Não só fizemos um simples biscoito de soja, mas falamos dos nutrientes da mesma, a importância pra
nossa saúde. Hoje eu aprendi muito.”
Carlos Augusto - 11 anos

“Eu achei o biscoito muito gostoso. Só achei um pouco difícil de fazer, pois a massa é esfarinhenta e dá
trabalho para enrolar.”
Thaís Pereira - 12 anos

“Hoje tive oportunidade de fazer o que gosto. Quando eu estiver trabalhando, já sei uma receita diferente.”
Patrícia Pereira Rodrigues - 11 anos

“Hoje a atividade foi muito legal, aprendemos a fazer biscoito, eu fiquei escrevendo as receitas e errei
algumas palavras que depois discutimos no grupo. Essa dificuldade que tive corrigimos juntos. Aprendi e
nunca mais escrevo errado.”
Isleide Teixeira - 11 anos

Pedagogia do Biscoito

“Eu gostei de fazer o biscoito, fiz a letra do meu nome. Essas atividades são importantes porque aprendemos
mais.”
Cleber Ferreira de Jesus - 8 anos

“A atividade foi boa: mexemos com biscoito, fizemos a letra do nome, o alfabeto. Isso é bom porque quem
não sabe aprende.”
Geizebel Gomes Matos - 8 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 31


“Eu gostei de fazer o biscoito e também gostei de fazer o meu L e o L do nome da minha irmã.”
Lauro Rocha - 8 anos

“Eu gostei de fazer biscoito, a letra do meu nome e de fazer as letras do alfabeto.”
Joyce Ferreira Silveira - 8 anos

“Escrever as letras do alfabeto com a massa de biscoito foi muito bom, porque assim pudemos aprender
mais.”
Hiaskhara Sad - 8 anos

Jogo - Batalha da Amizade

“O jogo batalha da amizade foi ótimo: aprendi a brincar em grupo e a saber ouvir.”
Franciele Alves Coelho - 8 anos

“O jogo ajuda a gente a ter mais amizade: me senti bem quando recebi um abraço.”
Pablo Santos Magalhães - 7 anos

“Eu gostei do jogo: todos participaram e foi legal, porque a gente fica mais amigo.”
Diarley Santos Moreira - 8 anos

“No jogo aprendi palavras que não sabia e gostei de dar um abraço nas pessoas.”
Jezebel Gomes Matos - 8 anos

“O jogo nos ensina a ter mais carinho e amizade com as pessoas.”


Joyce Ferreira Silveira - 8 anos

Produção do jogo

“Produzimos um jogo que nos ajuda a conhecer melhor o colega. E o mais legal foi que todos estavam
preocupados em fazer um jogo bem feito.”
Jéssica Silveira - 11 anos

“Quando fazemos nossos próprios jogos, vejo que temos mais prazer em brincar com eles.”
Viviane Rodrigues - 11 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 32


“O que fez nosso jogo ficar bem feito foi a participação de todos, pois dividimos as tarefas e todos puderam
dar sua contribuição.”
Afrânio Soares dos Santos - 11 anos

“Depois que montamos o jogo, ficou fácil colocar o nome, me conhecer mais, pois as tarefas que colocamos
tinham como demonstrar o que a gente gosta ou não através desse jogo. Creio que podemos respeitar o
gosto de cada um.”
Mauro Ribeiro de Jesus Junior - 12 anos

“Eu pensava que produzir um jogo era muito difícil. Pois estou chegando ao projeto esse ano e posso dizer
que já sei produzir um jogo que vai ajudar a nossa convivência aqui.”
Jean Carlos do Nascimento Carvalho

“Fazer esse jogo foi muito bom, porque dessa forma aprendemos a valorizar melhor o que as outras pessoas
fazem para nós.”
Sabrina Aparecida Gonçalves Pinheiro - 11 anos

Jogo dos Sentimentos

“Com esse jogo, aprendi a conhecer outras formas de expressar os meus sentimentos.”
Iago Ferreira - 12 anos

“O jogo nos ensina a fazer vários gestos e através deles podemos reconhecer a expressão das pessoas,
quando alguém está triste, feliz, mal humorado. O gesto é uma linguagem que inclui tudo, principalmente a
nossa convivência.”
Vanderson Pereira - 11 anos

“A mímica é uma leitura dos sentimentos, das pessoas. Achei muito interessante!”
Jéssica Santos - 12 anos

“O jogo ensina as pessoas se expressarem melhor.”


Daiane Aparecida - 11 anos

“Tive certeza de que falar não é ruim.”


Fábio Ferreira - 12 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 33


“Gostei muito do jogo. Além de me divertir, eu refleti sobre meus sentimentos, principalmente meu humor,
meu comportamento e minha convivência com as pessoas.”
Iago Matos - 11 anos

“O jogo me deixou uma mensagem que devemos prestar mais atenção no que as pessoas querem nos
passar. Acho isso legal, porque é daí que surgem as discussões.”
Iago Matos - 11 anos

“Achei também muito criativo. E o legal é que podemos contar com a criatividade de todos.”
Everton Mendes - 14 anos

Limpeza e higienização

“Eu não sabia cuidar muito bem do meu corpo. Agora aprendi e sei como é importante mantê-lo limpo.”
Érika Barbosa Gomes - 12 anos

“Percebi que, quando cuidamos bem do nosso corpo, nos sentimos melhor e mais bonitas.”
Amanda Luiz Ferreira - 12 anos

“Eu já cuidava bem do meu corpo e aprendi aqui também. Mas fazer junto com os meus colegas e até
ensinando é muito legal: me senti muito feliz!”
Jéssica Silveira - 11 anos

“Eu nunca gostei nem tinha preocupação em cuidar das minhas unhas e dos meus pés. Achava que isso era
coisa de menina. Agora sei que isso não tem nada a ver.”
Eduardo Almeida - 11 anos

“Cuidei bem do meu corpo e, o melhor, aprendi a cuidar da maneira certa. Antes jogava só uma aguinha e
achava que estava bom. Agora me sinto até mais bonito.”
Mauro Ribeiro de Jesus - 12 anos

“Gostei muito de fazer esta atividade porque cuidar do corpo é um momento muito legal. Quando vemos
que estamos limpos e cheirosos, sentimos prazer em ficar perto das pessoas e até de dar um abraço mais
gostoso.”
Afrânio Soares dos Santos - 11 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 34


“Devemos andar limpos para agradar a nós mesmos e às pessoas que convivem conosco.”
Verberth Rodrigues - 15 anos

“É bom estar limpo, pois assim as pessoas não precisam fugir da gente. É tão ruim ver as pessoas fugirem da
outra por causa de um mau cheiro!”
Alan Nunes - 14 anos

“As pessoas não devem fugir do que é bom para elas. Ruim é quando elas fogem de nós Já passei por isso e
é muito desagradável. Ainda temos muito que melhorar, mas fazendo sempre a higienização iremos ficar
bonitos e cheirosos. Ninguém saiu machucado. É tão simples e as pessoas dificultam.”
Hilarina Barbosa - 13 anos

“Quem achou que o xampu era fedorento dançou. Acho que era uma desculpa para não fazer a
higienização.”
Tattiany Dourado - 13 anos

Limpeza

“Gostei da limpeza porque não houve problemas e tive ajuda. Por isso deu para terminar rápido.”
Adenilson dos Santos - 14 anos

“A limpeza foi boa porque todos participaram. Eu contribuí no local que eu estava e ajudei em outro quando
terminei e acho que todo o grupo deveria ter ido ajudar.”
Everton Mendes - 14 anos

“Todos têm que ajudar! O espaço é de todos e temos de cuidar bem do que é nosso.”
Ed Robson Dourado - 14 anos

“Se não cuidar do espaço, do material, é como dar as costas para nós mesmos. E eu sei que jamais
queremos descuidar de uma coisa nossa. Devemos preservar e valorizar tudo o que temos.”
Angélica dos Santos - 13 anos

“Temos que limpar o espaço, pois nós é que usamos. E ninguém gosta de ficar na sujeira.”
Carlos Henrique Ferreira - 14 anos

“A limpeza faz parte do nosso dia-a-dia. Devemos manter o local do projeto limpo.”
Joabe Dourado - 14 anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 35


“Com poucas pessoas, fizemos a limpeza. Acho que, quando a gente quer, não existe desculpa: as coisas
acontecem e isso deixa a gente feliz.”
Aline Aparecida - 13 anos

“Quando há cooperação, tudo funciona muito bem. Aqui não existe só a minha parte, é um ajudando o
outro. Acho que o forte de hoje foi a cooperação e o entrosamento.”
Jéssica Viana - 14 anos

“Acho que, quando combinamos antes, tudo funciona bem.”


Mário Felipe - 13 anos

“Não queria chegar ao segundo dia e fazer uma atividade chata. Participar da limpeza foi tão agradável que
me senti à vontade para terminar o que fiquei responsável e ajudar em outros lugares.”
Cleidilane Ferreira - 14 anos

Biblioteca Virtual

“Mexer com o computador é muito legal e educativo. A gente brinca com o jogo da forca, é muito divertido!
Quebramos a cabeça para achar as letras certas e isso faz a gente aprender.”
Patrícia Pereira - 11 anos

“Foi a primeira vez que fiquei em frente a um computador. Senti medo e alegria ao mesmo tempo. Não
joguei muito, mas pude perceber que é muito legal.”
João Marcos - 11 anos

“Cada vez que jogamos, aprendemos muitas palavras novas e descobrirmos o seu significado no dicionário.”
Brenda Gonçalves - 11 anos

‘Eu gostei muito de brincar com o jogo da forca, com o dicionário na mão, anotando as palavras. Assim
nunca vamos esquecer da palavra que não sabíamos.“
Rayane Marques Souza - 11 anos

Enquanto estávamos esperando que os outros meninos saíssem do computador, também nos divertimos
muito, porque estávamos brincando com jogos que também nos ensinam.”
Sabrina Aparecida Gonçalves Pinheiro - 11anos

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 36


“O mais legal é todo mundo poder aprender, seja na biblioteca virtual, com o jogo forca e também com o
jogo dos substantivos. Penso que dessa forma o nosso desenvolvimento escolar vai ser muito melhor.”
Afrânio Soares dos Santos - 11 anos

“Com o dicionário na mão, o que eu acertei vou aprender porque vou olhar e saber o seu significado. Assim
o jogo tem um resultado melhor.”
Karine Montenegro - 11 anos

“Brincando com outros jogos, a gente aprende a esperar a nossa vez. É muito melhor do que esperar sem
fazer nada. Assim não atrapalhamos quem está no computador e ainda aprendemos mais.”
Evandro Vieira Junior - 11 anos

Oficina de Música

“A gente veio mais para aprender com vocês do que ensinar. A gente só veio beber na fonte para fortalecer.
Viemos beber da água que é vital, pois estamos na terra-mãe. Aprendemos muito com vocês.”
Adriana Azevedo - Coordenadora
Projeto Sementinha em Santo André

“Eu agradeço o carinho e a recepção das pessoas conosco. O aprendizado que a gente teve aqui foi enorme.
Percebemos que podemos mudar muita coisa e vocês são ricos com essa cultura que têm.”
Durval

“Estou muito feliz em estar aqui. A gente veio na viagem falando que viemos visitar a mãe do projeto. Fiquei
feliz de ver a imensidão dos projetos. A gente não veio ensinar, a gente veio aprender um pouquinho e cada
um aqui sabe um pouquinho e tem sua importância. Vou levar uma bagagem enorme comigo!”
Kelly

“Aprendi novas técnicas para trabalhar a música. A contação de histórias deu uma visão mais ampla de
como contar e a importância de resgatar a nossa cultura.”
Jucélia Dourado - Educadora

“Foi muito bom estar aqui e peço para que vocês não percam a origem e não deixem de contar história. Vou
levar minha mala cheia história e música.”
Arlete Ferreira

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 37


“Para mim, foi muito importante participar das oficinas, que nos trouxeram várias técnicas importantíssimas
para o nosso dia-a-dia. A oficina de contação de histórias ampliou a nossa visão em relação a essa pratica e
a oficina de música nos alertou sobre a importância de resgatarmos a nossa cultura.”
Virgínia Neles - Educadora

“A oficina de música foi um momento muito importante para todos que dela participaram. Além de ter sido
muito animada, foi enriquecedora. Pude conhecer mais sobre as cantigas cantadas por aqui e perceber sua
importância como cultura de um povo. Ela me estimulou também a aprender a cantar mais e a tocar
cantigas, passando adiante o que aprendi. A oficina de contação de histórias me surpreendeu bastante, pois
as técnicas usadas foram inovadoras e proporcionaram uma reflexão sobre sua importância e como fazer
uma contação com qualidade.”
Talita Daniele Vieira Negreiros - Educadora

Projeto Ser Criança - Araçuaí /MG 38

You might also like